Desde a tomada de posse da
presidência da Republica por Donald Trump, muita coisa tem mudado nos Estados
Unidos e no mundo. Apesar dos ataques venenosos e implacáveis da mídia, Trump
conseguiu concretizar mais promessas feitas durante a campanha do que qualquer
outro presidente americano.
Em pouco mais de 5 meses, além
de trazer uma confiança sem precedentes ao mercado e às bolsas de valores, Trump
cancelou centenas de regulamentos que atravancavam empresas e proibiam a
exploração de fontes de energia gerando milhares de empregos; nomeou e
conseguiu aprovar um membro conservador para a Suprema Corte do país; reduziu
substancialmente a imigração ilegal; congelou os gastos do governo federal;
renegociou vários tratados comerciais internacionais; aprovou o orçamento para
renovar o exercito, reformou o sistema médico para os veteranos, mas acima de
tudo, ao usar o Twitter, o presidente se tornou o comandante da luta contra o
noticiário falso. E isso está deixando os democratas, a esquerda e a mídia
furiosos.
Até hoje, o aparato político
precisava da mídia para transmitir suas medidas, políticas e acontecimentos ao
povo. Hoje, com mais de 100 milhões de seguidores no Twitter, Trump só precisa
de seu telefone. E para quem o segue, sabe que 99% de suas mensagens são sobre
as medidas que ele está tomando para como ele diz: Fazer a América Formidável de
Novo.
Mas em vez de discutir os
objetivos do governo, a mídia continua numa frenética, insana e pouco produtiva
caça às bruxas, a bruxa sendo Trump. Depois de mais de um ano sendo diariamente
insultado por este casal de âncoras da NBC, Trump que é um homem orgulhoso, com
mais conquistas no bolso do que todos nós juntos, resolveu bater de volta. Ele descreveu
Mika como baixo Q.I. e seu noivo de maluco Joe. Ainda contou que os dois tinham
tentado ser convidados para sua festa de ano novo mas ela estava sangrando de
uma plástica recente e Trump disse não.
Este twit causou um alvoroço e
nenhum outro assunto foi mais importante esta semana, inclusive para os
correspondentes internacionais brasileiros. Não a libertação de Mosul das mãos
do Estado Islâmico, não a confirmação da morte do líder do ISIS, Abu Bakr
al-Bagdadi, não a onda de cólera no Iemen, não a imigração na Europa que já se
tornou insustentável. Nada.
Mas Trump não parou aí. Depois
de ter repetido que a CNN é a maior fonte de noticias falsas, esta semana ele
foi vindicado. Três jornalistas da rede foram “resignados” incluindo o editor
executivo da unidade de investigação jornalística depois de terem publicado uma
estória falsa sobre um fundo de investimento russo que teria laços com pessoas
na administração Trump. Eles citaram uma fonte anônima como prova. A rede ainda
despediu Reza Aslan depois do âncora ter chamado Trump de um pedaço de
excremento. Isto se seguiu ao cancelamento do contrato da comediante Kathy
Griffin no começo de junho, depois dela ter aparecido segurando uma cabeça
decapitada e sangrenta de Trump.
Parece que só este tipo de
coisa consegue aumentar a audiência destas redes. Ultimamente só assistimos a
CNN nas filas dos aeroportos. A NBC nem isso. O que forçou a mão destas redes
foi a reação do público contra esta falta de respeito para com o presidente.
Mesmo democratas estão de acordo que tem que haver um basta..
Porque isto é importante?
Porque hoje temos que separar o joio do trigo quando ouvimos as noticias. Em
Israel esta semana soaram alarmes, ameaças e avisos sobre a aparente deterioração
das relações entre os judeus americanos e Israel. Tudo por que o governo de
Bibi decidiu adiar a criação de uma nova entidade para gerenciar o espaço no
Muro das Lamentações para os reformistas e conservativos e também sobre a lei
de conversões.
As manchetes e opiniões
distorceram de tal modo decisão - em vez de explica-la- que acabaram atacando
diretamente a união do povo judeu.
À primeira vista, nos deram a
entender que o governo eliminou de vez o espaço para os reformistas no Muro das
Lamentações e mudou para pior o status das conversões não ortodoxas em Israel. Ambos são mentira.
A decisão não altera de modo
algum o direito dos reformistas e conservativos de continuarem a rezar e a
conduzirem seus serviços religiosos no Arco de Robinson, que é parte do Muro
das Lamentações e o lugar que lhes foi designado há anos. Em 2016, o governo
tinha concordado em conectar o Arco de Robinson com o complexo do Muro das
Lamentações e transferir seu gerenciamento do rabinato ortodoxo para uma nova
entidade que incluiria representantes reformistas e conservativos. Foi esta
decisão que foi revertida.
Membros destes grupos têm o direito
de estarem frustrados. O governo renegou em seu acordo e isto não é justo. Mas
por outro lado, isto não justifica a retorica abusiva de membros da mídia e de alguns
poucos líderes americanos que ameaçaram retirar seu apoio a Israel.
Sobre a conversão, foi o
mesmo. Há 20 anos, a comissão Neeman decidiu que pessoas convertidas com os
reformistas e conservativos poderiam fazer alyah usando a lei do retorno, mas não
poderiam ser registrados como judeus pelo rabinato ortodoxo para efeitos de
casamentos, divorcio ou enterros. Isto também não mudou. Os mais afetados por esta
decisão são os 500 mil israelenses da ex-União Soviética que fizeram alyah
porque tinham pelo menos um avô judeu, mas não são judeus pela halachah porque
suas mães não são judias.
A coalisão de partidos que
mantém Bibi no poder é muito tênue e os partidos religiosos sabem disto. Eles
ameaçaram deixar a coalisão causando a queda do governo se ele cumprisse estas
promessas. Bibi não teve alternativa. Ele tomou uma decisão política para se
manter como primeiro-ministro e a vasta maioria dos lideres judaicos americanos
entende isto.
Mas ao caracterizar a decisão
do governo como uma rejeição do movimento reformista e conservativo, a mídia
está tirando o foco da razão real para lutar por esta lei. A razão principal é
a tremenda assimilação dos judeus na América. O casamento entre judeus e não
judeus está acima de 70%. Filhos destas uniões poderão querer fazer alyah algum
dia e muitos se consideram judeus. Os reformistas têm que lutar para que eles
sejam aceitos de modo pleno, e não aceitar uma divisão desnecessária, e cortar
seus laços com Israel se as leis não passarem agora.
O problema real é que enquanto
todo o mundo fala da unidade entre os judeus, ninguém envolvido na conversa
parece impelido a chegar neste objetivo. Não
se chega à unidade através de recriminações. A união de Israel é alcançada
pelo amor e respeito a todos, independente de suas origens, de suas tradições, e
de quanto seguem a religião. Afinal, éramos 12 tribos, cada uma com sua
bandeira. Sem isso, não teremos nenhum acordo bom ou duradouro. Precisamos de calma, diálogo e muita ahavat
Israel. E também paciência para esperar o momento político certo para alcançar estes
objetivos.
Deborah, comente por obséquio o recente embargo feito pelo Canadá à importação de produtos (vinhos)de Israel cuja proveniência seja de `Território Ocupado`.
ReplyDeleteValdir, pensei em comentar sobre o Canada nesta semana mas com tudo acontecendo em Israel mudei o assunto. Se nada mais dramático acontecer nesta semana que entra, vou discutir o Canadá no domingo que vem. Abc
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