Imaginem acordar em
seu quarto de hotel na Paradisíaca ilha de Oahu com um alarme avisando a
chegada de um míssil balístico; e que você precisa procurar abrigo
imediatamente e que esta mensagem não é um treinamento, mas de verdade.
Parece uma cena de abertura de
um filme de ação, mas foi exatamente o que aconteceu ontem no Estado do Hawaii.
Por 38 minutos, até o ataque ser desmentido pelas autoridades, 1.7 milhões de
residentes e turistas entraram em pânico, sem saber o que fazer. Pessoas entraram em banheiras e se cobriram com colchões, passageiros
no aeroporto se jogaram no chão, como se isso fosse ajudar contra radiação. Enfim,
foi uma mostra patética de como os Estados Unidos estão despreparados para um
ataque da Coreia do Norte.
A verdade é que não há um só
abrigo contra bombas no Hawaii ou em Guam, ou qualquer outro território americano
do Pacífico. Os poucos abrigos na Califórnia estão fechados há décadas. Se os
governos estaduais alocarem fundos para construir abrigos, pelo menos algo
positivo terá resultado deste erro. E com certeza a liderança na Coreia do
Norte e no Irã devem ter seguido as reações do publico e mídia americanas com
muito interesse e trocado congratulações por terem feito os americanos se ajoelharem sem fazerem nada.
Mas o assunto hoje é a UNRWA.
A agência da ONU especificamente destinada a refugiados palestinos, criada em
1949 depois da milagrosa vitória de Israel contra os exércitos de oito países árabes
e duas forças irregulares. Foi muito nobre da ONU ter criado esta agência para os palestinos enquanto centenas de milhares de judeus dos países árabes fugiam dos pogroms no Oriente Médio.
O absurdo é que a agência da ONU para todos os
outros refugiados do mundo - o Alto Comissariado para Refugiados - foi só
criada em 1950 e hoje lida com mais de 57 milhões de pessoas. A UNRWA diz que
tem 5 milhões de palestinos sob seus cuidados, descendentes e adotados dos que
se registraram no passar dos anos. E para se registrar é só afirmar que alguém da familia estava morando na Palestina entre 1946 e 1948, mesmo sendo de outras nacionalidades.
A UNRWA é a maior agencia da
ONU com orçamento de quase 2 bilhões de dólares anuais e continua a crescer
pois aceita bisnetos de refugiados como refugiados, mesmo estando já instalados
em outros países. A UNRWA tem mais de 30 mil empregados e divide sua sede entre
Gaza e Aman. O Comissariado para todos os outros 50 milhões de refugiados tem
6,300 empregados em 117 países com um orçamento de pouco mais de 7 bilhões de dólares.
Um dos maiores patrocinadores
da UNRWA são os Estados Unidos. Neste cenário, o presidente Donald Trump está
reconsiderando a lógica de continuar a pagar por esta agência especialmente do
modo que ela opera hoje.
Trump já mandou congelar $125
milhões, ou um terço dos fundos destinados à UNRWA e ele quer saber que destino
é dado às outras centenas de milhões do dinheiro do contribuinte americano. Trump
já declarou em seu Twitter, que ele quer tornar o patrocínio contingente à
cooperação palestina na resolução do conflito com Israel.
A preocupação de Trump é legítima.
A UNRWA tinha que ter sido uma solução temporária, para acomodar aqueles que saíram
de suas casas conclamados pelos países árabes que prometeram destruir Israel e jogar
os judeus no mar. Mas com a recusa dos palestinos em cooperar ou mesmo sentar
na mesa de negociações, não há razão para a América continuar a manter esta
agência indefinidamente.
Hoje a UNRWA é o maior
empregador em Gaza com mais de 11.500 empregados somente na Faixa. A liderança
palestina não se envolve em educação, saúde e empréstimos porque estes são os
serviços fornecidos pela UNRWA. Os palestinos não dizem querer um Estado? Não
parece pois não estão interessados em fornecer os serviços mais básicos.
Mas o principal problema é que
a UNRWA perpetua o conflito entre Israel e os palestinos. Enquanto que os
refugiados originais de 1948, os que saíram voluntariamente e os que foram
forçados, poderiam ter o status de refugiados, porque 70 anos depois seus netos e bisnetos têm direito à este rótulo e aos beneficios? Todos os outros 50 milhões de
refugiados espalhados pelo mundo sob os cuidados do Alto Comissariado dos
Refugiados não passam seu status para frente!
Mas os palestinos têm sua própria agência da ONU!
Em vez de incentivarem os
palestinos a tomarem o leme de seu destino , a UNRWA continua a fomentar a
ilusão de que eles sairão de Gaza e irão para Jaffa, Haifa ou Jerusalem. É ela também
que fomenta o apartheid que existe no Líbano contra os palestinos aonde mais de
um milhão nascidos no país não têm direito à nacionalidade libanesa, não podem
exercer muitas profissões ou ter acesso à educação. Isso além de estarem
confinados a campos de refugiados aonde o radicalismo, crime e violência regem.
Mas por serem refugiados da UNRWA, o governo libanês pode lavar suas mãos e se
recusar a integrá-los na sociedade.
Tudo isso pode mudar se a
UNRWA fechar. Se a agência diz ter como objetivo ajudar os refugiados a se
tornarem autossuficientes, ela tem conseguido torna-los totalmente dependentes
de sua ajuda perpetuando o mito do “direito de retorno”. Alguém tem que dar uma
dose de realidade para este pessoal.
Além disso, a UNRWA perpetua a
cultura de direitos. Por gerações os palestinos em Gaza, na Jordânia, na
Judeia, Samária e Líbano têm recebido dinheiro e serviços da agência como um
direito, não um favor. Ela deveria promover a iniciativa pessoal e não mina-la
através da distribuição de esmolas.
Já fazem doze anos que Israel
removeu todas as comunidades judaicas e posições militares da Faixa de Gaza.
Mas doze anos mais tarde, a UNRWA continua a tratar os palestinos de Gaza como
refugiados. E porque?? Não estão em sua
terra? E
porque os palestinos governados pela Autoridade Palestina na Judeia
e Samaria continuam a ser considerados refugiados? Qual a diferença entre os
que são refugiados e outros palestinos que não o são?? Existe
algum palestino que não seja refugiado? E porque o status de refugiado
palestino é transmitido hereditariamente, algo que é negado a todos os outros
refugiados do mundo?
Residentes árabes de Gaza e da Judeia e Samaria têm o direito de voto em
eleições palestinas, quando elas acontecerão. Mas com os
palestinos continuando a preferir a retórica inflamatória e belicosa do Hamas,
eles são culpados por não escolherem uma liderança mais prática, uma liderança
que queira realmente construir um estado e não só destruir Israel.
E é por isso que os palestinos continuam a ser uma sociedade fracassada.
A pergunta de Trump é até quando os Estados Unidos têm que pagar para manter uma
sociedade fracassada? Especialmente quando metade do dinheiro dado aos
palestinos é usado para pagar salários de terroristas e suas famílias?
Donald Trump tem razão em
questionar se o dinheiro do contribuinte americano está sendo usado sabiamente
neste caso. Muitos defendem a redução gradual da ajuda para a UNRWA para não
causar um problema humanitário em Gaza. Mas de acordo com todas as acusações
contra Israel, o problema humanitário já existe.
E talvez o fechamento da UNRWA
de uma vez por todas, seja o balde de água fria necessário para acordar os palestinos para a
realidade.
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