Quando o lider da Coreia do Norte Kim Jong
Un proclamou em seu discurso de Ano Novo que ele guardava o botão nuclear em
sua mesa e que seu arsenal de mísseis poderia atingir todos os Estados Unidos, não
esperava uma reação tão pronta do presidente Trump.
O Donald respondeu como se deve a qualquer
bully: que ele também tinha um botão, que era maior que o do líder
norte-coreano e que seu botão americano “funciona”. Imediatamente a mídia
enlouqueceu, chamando a resposta de Trump de irresponsável, infantil, insana, que
não se brinca com “botões nucleares”, e até que sua insegurança sexual iria
causar a destruição do mundo!
Mas um dia depois do tweet de Trump,
inexplicavelmente o lider da Coreia do Norte decidiu reabrir o canal de
comunicações com a Coreia do Sul fechado há anos. Kim Jon Un deve ter realizado
que era mais “seguro” falar com seus vizinhos diretamente do que continuar a
cutucar o louco do Trump.
Absolutamente
brilhante!
A mídia odeia o uso do Twitter por Trump porque
ele a corta como intermediária e a faz parecer irrelevante. Ele prefere
compartilhar suas opiniões diretamente com o público e consegue faze-lo melhor
em 280 letras do que as longas e frequentemente erroneas analises, do The New York Times.
No âmbito internacional, Trump não parou na
Coreia do Norte e partiu para “limpar a casa” das velhas estratégias que não
funcionam. Como parar com a mania da América de pagar centenas de milhões de
dólares de dinheiro dos contribuintes para países hostís. E os primeiros da
lista são o Paquistão e os palestinos.
No dia 1º de janeiro, em seu primeiro twitt
de 2018, Trump disse que “os Estados Unidos bobamente deram ao Paquistão mais
de 33 bilhões de dólares em ajuda nos ultimos 15 anos e eles deram em troca
somente mentiras e enganações, achando que nossos lideres são tolos”. Ele
continuou acusando os paquistaneses de darem “asilo a terroristas que nós
caçamos no Afeganistão. Não Mais!”
Isto foi uma clarissima mensagem ao país que
desde os ataques de 11 de setembro de 2001 tem dado refugio a membros do Talibã
que continuam a promover a guerra contra Kabul. O Paquistão também continua a proteger
lideres do grupo Haqqani que promove ataques contra as forças americanas no
Afeganistão e que o governo Obama designou como terrorista em 2012.
Mas mesmo cuspindo nos olhos de Washington
e colocando em perigo as tropas americanas, o Paquistão continua a ser um feliz
recipiente de montanhas de dinheiro dos Estados Unidos. Trump merece uma comenda
por advertir os paquistaneses que a America não está mais sujeita a ser
enrolada como os turistas em seus bazares.
A resposta paquistanesa foram protestos nas
ruas e queima de bandeiras americanas como se tanta mostra de “amor” fosse mudar
a ideia de Trump!
E aí Trump
voltou sua atenção para os palestinos.
No dia 3 de janeiro, Trump escreveu “Não é
só ao Paquistão que pagamos bilhões de dólares por nada, mas também muitos
outros países e outras entidades. Como exemplo, pagamos aos palestinos Centenas
de Milhões de Dólares por ano e não recebemos nem apreciação, nem respeito”.
Ele adicionou dizendo “os palestinos não querem nem mesmo negociar uma paz que
já deveria ter sido finalizada há muito tempo com Israel... Com os palestinos
se recusando a discutir a paz, porque estamos obrigados a fazer estes
pagamentos massivos para eles?”
Aaaah!!!!! Até
que enfim!!! Esta é uma
excelente pergunta, Sr. Presidente!
A ajuda americana aos palestinos
ultrapassou os 5 bilhões de dólares nos últimos 20 anos apesar deles serem os
maiores recipientes per capta do mundo de ajuda internacional. Só em 2016,
Washington forneceu aos palestinos $357 milhões de ajuda na Judeia, Samaria e
Gaza e outros $355 milhões para a UNRWA, a agência da ONU exclusiva para
refugiados palestinos, baseada em Gaza.
Mas isso não foi o suficiente para deter os
palestinos de desafiarem os Estados Unidos nos foruns internacionais,
denunciando-a em tons ofensivos, invariavelmente expressando solidariedade aos
inimigos da America. Há apenas 5 meses,
Mahmoud Abbas mandou um telegrama para o ditador do botão nuclear norte-coreano
desejando-lhe “saude e felicidades” mesmo após ele ter ameaçado atacar os Estados
Unidos com armas nucleares.
Há 3 semanas, Abbas postou em sua conta
Twitter uma foto de Trump ao lado de Adolf Hitler dizendo não haver diferença
entre os dois. Isto não é o comportamento esperado de um recipiente de ajuda de
centenas de milhões de dolares. Mas os palestinos têm se safado dele por tantos
anos, que virou rotina.
Durante os últimos 25 anos, a posição de
todas as administrações americanas foi de apoiar os palestinos
incondicionalmente. A administração Obama não foi diferente da de George Bush
neste aspecto. A maior diferença entre os presidentes foi a hostilidade aberta de
Obama para com Israel e não o inconfortável apoio de Bush aos palestinos.
As administrações Clinton, Bush e Obama
mantiveram seu apoio incondicional aos palestinos apesar deles nunca cumprirem
o prometido. Eles nunca, de modo algum, abraçaram a ideia de paz com Israel. De
fato, a suposta moderada Fatah - que controla a OLP e a Autoridade Palestina -
que tem aceito os bilhões de dolares em ajuda americana desde 1994, nem mesmo
reconhece o direito de Israel de existir!
Quando os palestinos foram finalmente para
as urnas em 2006, viraram as costas para a America e elegeram o Hamas para
lidera-los. Mas em vez de aceitar a democrática decisão palestina de rejeitar a
paz, Condoleeza Rice e Bush simplesmente fingiram que os palestinos tinham
votado contra a corrupção da Fatah e continuaram com a ajuda financeira a eles
aumentando-a ano a ano.
Então com todo este dinheiro Americano,
europeu e árabe jorrando para os bolsos palestinos, o Hamas pode tranquilamente
usar os $100 milhões de dólares alocados pelo Irã para continuar armando suas
forças, cavar túneis e fabricar mísseis para sua próxima guerra com Israel.
E falando do Irã... Uma das razões para as
manifestações que explodiram em várias de suas cidades foi um orçamento
milionário para operações militares no exterior enquanto que o preço de
produtos internos básicos subiu em até 40%. Tanto o Supremo Líder Ali Khamenei,
como o Supremo Líder da Coreia do Norte, (todos adoram este título!) acham ok
fazer seu povo passar necessidades para avançar suas ambições expansionistas.
Trump imediatamente entendeu o que estava se passando
e twitou seu apoio aos manifestantes denunciando o desperdicio do dinheiro
publico do Irã com grupos terroristas. Isto deixou o governo Rouhani tão possesso
que protocolou uma queixa formal junto à ONU, acusando os Estados Unidos de
interferirem do modo “grotesco” em seus assuntos internos com twits absurdos”. O
enviado iraniano pediu a condenação dos Estados Unidos pela ONU por “atravessar
cada linha do direito internacional que governa a conduta civilizada das
relações internacionais”. Uau! Trump
conseguiu tudo isso em menos de 280 letras!
E aí está a
inteligência da estratégia de Trump.
Ao passar por cima da diplomacia
tradicional, das conversas de pé de orelha nos bastidores, da retórica florida
mas totalmente vazia de significado, Trump com seu Tweet, consegue mandar sua
mensagem sem filtro, direto, da maneira mais efetiva falando para sua audiencia
que ele está sério no que quer fazer e no que acredita.
Hoje ele bateu a bola para o campo dos
recebem ajuda americana desafiando-os a escolherem entre o dinheiro e suas
ideologias e estratégias nefastas.
Então, neste começo de 2018 vamos esperar
que Trump continue a usar o tweeter e que a liderança palestina receba um
choque suficientemente grande para lhe devolver a sanidade. Outros países
parecem ter entendido a mensagem. O Egito já teria dito aos palestinos manterem
sua capital em Ramallah e esquecerem de Jerusalem.
Sacudindo o status quo e mostrando que há
um limite para a paciência Americana para ofensas e falta de agradecimento,
Trump não está só trazendo um pouco de dose de moral de volta ao mundo. Está em
poucos dias desatando todo um contexto geopolítico que estava travado há
decadas, sem solução.
Somente por isso,
continue twittando Sr. Presidente! Continue twittando...
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