Sunday, August 12, 2018

A Ofensiva Politica de Corbyn e as Nefastas Consequencias Para Israel - 12/08/2018


Esta semana a violência entre Israel e o regime terrorista Hamas em Gaza chegou à beira de se transformar em uma guerra em grande escala. Mais de 180 mísseis foram lançados da Faixa sobre as comunidades do sul de Israel. E se esta guerra acontecer, uma coisa será certa: teremos milhares de manifestantes nas maiores cidades do ocidente, marchando em apoio ao Hamas e seu objetivo de aniquilar Israel.

As manifestações anti-Israel desta vez vão ofuscar todas as anteriores.

Podemos também esperar ataques a instituições judaicas e a judeus em todas as maiores cidades do mundo como aconteceu em 2014 na última guerra contra o Hamas. Mas desta vez os ataques serão piores. Nos últimos quatro anos o antissemitismo e extremismo de esquerda se espalhou como fogo no ocidente.

Não há quem seja pró-Israel, que não seja chamado de racista. Se alguém defende o direito de Israel de existir, é atacado virulentamente. O professor de direito de Harvard Alan Dershowitz, uma estrela democrata, apoiador de Hillary Clinton, foi banido dos circulos da elite liberal americana por apoiar Israel e dizer que não há base legal para o impeachment do presidente Trump.

Vejam a situação da Inglaterra. Quando Trump visitou este aliado americano no mês passado, a esquerda e os muçulmanos decidiram agir. Membros e ativistas gays, feministas, jihadistas e defensores dos direitos dos animais se uniram para organizar uma grande manifestação contra Trump em Londres.

Mas a manifestação ao final foi quase exclusivamente anti-americana e especialmente anti-Israel. A multidão dos manifestantes saiu gritando coisas como “do rio para o mar, a Palestina será livre”. Banners e posters de apoio ao Hamas também abundaram.

A pergunta é porque manifestantes contra Trump adotaram uma mensagem anti-americana e antissemita? O que possui feministas inglesas a apoiarem um regime jihadista que rotineiramente ataca Israel sem motivo e trata as mulheres como propriedade?
Nos últimos 15 a 20 anos, o ódio a Israel e o apoio a seus inimigos, incluindo o Irã, o Hamas e o Hezbollah, saíram das franjas radicais da esquerda para se tornarem sua posição padrão em todo o mundo ocidental.
Duas semanas atrás, em um movimento sem precedentes, os três maiores jornais judaicos britânicos decidiram publicar em conjunto o mesmo editorial de primeira página sobre os perigos de um governo trabalhista de Jeremy Corbyn. Os jornais se referiam a essa possibilidade como "uma ameaça existencial à vida judaica neste país".

Os jornais da comunidade judaica foram levados a publicar este aviso conjunto por que o Partido Trabalhista se recusara a adotar a mesma definição de anti-semitismo que o governo britânico. A definição, elaborada pela Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), enumera onze exemplos de anti-semitismo para permitir às autoridades identificar adequadamente a discriminação antijudaica.

Entre elas está a acusação de que Israel é um país racista e compara-la à Alemanha nazista. Mas o Partido Trabalhista recusa estes exemplos. Isto prova que hoje o partido trabalhista vê como normal comparar Israel à Alemanha nazista. E de fato, Corbyn e seus conselheiros foram repetidamente documentados expressando estas visões.

Isto também mostra a intenção do partido trabalhista de justificar a discriminação aberta e a perseguição dos judeus. Os judeus ingleses não são os únicos que precisam ficar alarmados com a ascensão de Corbyn e com o crescente anti-semitismo da esquerda. Israel também precisa estar profundamente preocupada.

Há pouco tempo, Corbyn se referiu a terroristas do Hamas e do Hezbollah como “seus amigos". Ele também colocou flores no túmulo do terrorista que perpetrou o assassinato dos atletas israelenses em Munique. Se ele se tornar primeiro-ministro, é possível que ele não só suspenda toda a cooperação de segurança com Israel mas financie e transfira informações significativas - para os "seus amigos".

Mas pode haver algo ainda pior. O relacionamento estreito entre a Inglaterra e os Estados Unidos permite uma influencia muito grande de Londres sobre Washington.

Imediatamente após os ataques de 11 de setembro, o então primeiro-ministro inglês, Tony Blair, convenceu o presidente George Bush a limitar a sua campanha antiterror contra grupos terroristas que não atuavam contra israelenses. Graças à influência de Blair, os terroristas palestinos receberam apoio político, militar e financeiro de todos os cantos do mundo.

Se Corbyn subir ao poder enquanto Trump ainda estiver na Casa Branca, ele dará legitimidade para a radicalização e antissemitismo do Partido Democrata. Mas terá um efeito limitado na política dos EUA em relação a Israel.

Mas se Corbyn for primeiro ministro junto com um presidente americano democrata, isto poderá ter um efeito devastador sobre as relações americanas com Israel.

Contra isso há algumas coisas a fazer. Os judeus do mundo precisam denunciar e criticar ferozmente Corbyn e suas posições. Não é preciso ser diplomata. Muito pelo contrario. Temos que tirar as luvas. O partido trabalhista e Corbyn nunca mediram palavras para derramarem seu veneno antissemita.
Como os três jornais judaicos notaram, até recentemente, o Partido Trabalhista “era o lar natural de comunidade judaica”, mas “o desprezo dos corbynitas por judeus e Israel” corroeu “seus valores e integridade”.
Ainda, Israel precisa se preparar agora para a possibilidade de Corbyn vencer a próxima eleição geral. Qualquer projeto estratégico de longo prazo que Israel possa ter com o Reino Unido deve ser desativado e novos projetos não devem ser nem considerados.

As atividades das ONGs financiadas ou com laços com o Partido Trabalhista inglês que atuam em Israel devem ser seguidas muito de perto.

Finalmente, Israel deve acabar com sua dependência militar dos Estados Unidos. Ela deve transformá-la em uma parceria militar. E com Trump isto é possível. Israel deve trocar a ajuda militar em investimentos americanos em projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento de armamentos. Ao transformar o relacionamento em parceria, haverá uma menor chance de que um próximo presidente democrata afaste Israel para agradar as bases radicais do seu partido e com Corbyn.

O crescimento e escalada do anti-semitismo na esquerda ocidental é uma ameaça estratégica para Israel e para todas as comunidades judaicas nos países ocidentais. Para o futuro dos judeus ocidentais e de Israel, precisamos reconhecer a ameaça agora, denunciá-la agressivamente e tomar todas as ações necessárias para limitar suas conseqüências.



No comments:

Post a Comment