Em maio deste
ano foi publicado um relatório pela consultoria Asymmetrica e pela ONG Counter
Extremism Project mostrando que a milícia libanesa Hezbollah, designada pelos
Estados Unidos como um grupo terrorista, está formando um miniestado de lavagem
de dinheiro na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. E que
isto representa um risco cada vez maior à segurança nacional americana.
De acordo com
a análise, a crise na Venezuela e a inflação na Argentina, junto com a
corrupção enraizada na região e a fiscalização negligente, estão ajudando a
impulsionar uma economia ilícita estimada em US$ 43 bilhões por ano. Isto é
mais do que o orçamento de 170 países do mundo e é mais que três vezes o orçamento
do Líbano.
Junto com
este relatório, outro publicado pela União Européia sobre o terrorismo, afirma
que cidadãos europeus de origem libanesa trabalharam com organizações do crime
organizado para financiar as atividades terroristas da Hezbollah.
O Relatório
sobre a Situação e Tendências do Terrorismo da União Europeia de 2018 disse que
em 2017, os Estados-Membros realizaram várias investigações sobre o
financiamento do terrorismo e descobriram uma grande rede de cidadãos libaneses
oferecendo serviços de lavagem de dinheiro para grupos do crime organizado na Europa
em que parte dos lucros era destinada a financiar atividades relacionadas ao
terrorismo da ala militar do Hezbollah libanês.”
Em 2013, e só
depois de um ataque na Bulgária, a União Europeia designou a chamada ala
militar da Hezbollah como uma entidade terrorista. Donald Trump, presidente dos
Estados Unidos, e as administrações americanas anteriores tem pedido para a
Europa designar toda a Hezbollah como organização terrorista - sem sucesso.
O Irã é o
principal patrocinador financeiro da Hezbollah, dando ao grupo US$700 milhões por ano. E a Alemanha, é uma das
principais fontes de fundos e de recrutamento de membros para o grupo na Europa.
Porque isto é
importante? Porque em 2012 a Hezbollah explodiu um ônibus de turistas
israelenses na Bulgária, assassinando cinco israelenses e seu motorista de
ônibus muçulmano búlgaro. A Hezbollah também foi responsável pelo
bombardeamento da embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992 matando 30, e
pela morte de outros 85 inocentes no ataque contra a AMIA em 1994. E muitos
outros ataques que não vamos descrever aqui.
Mas
incrivelmente, a Hezbollah opera livremente na Europa, levantando fundos e
ameaçando interesses americanos e aliados. Os europeus insistem em manter suas
cabeças coletivas na areia mesmo tendo frustrado vários ataques da Hezbollah em
solo europeu nos últimos anos.
O
apaziguamento europeu da Hezbollah começa e termina com uma diferença criada na
Europa entre uma ala política e outra militar. Isto é incrível porque a própria
Hezbollah nunca fez esta distinção.
Particularmente,
a história da Alemanha em capitular ao terrorismo é longa e pouco lisonjeira.
Apenas um mês após o massacre palestino do Setembro Negro nas Olimpíadas de
Munique, todos os demais responsáveis foram libertados pelo governo alemão
sem mais nem menos. E a Alemanha nunca tentou processar ou mesmo prender os
terroristas que mataram os atletas olímpicos israelenses desarmados.
O que a
Europa não quer ver é que a Hezbollah de hoje é o Setembro Negro de ontem - mas
exponencialmente mais poderosa. Ela literalmente controla um país inteiro, o
Líbano, e é por sua vez controlada pelo Irã, o principal patrocinador do
terrorismo mundial.
Apenas
algumas semanas atrás, um diplomata iraniano Assadollah Assadi foi acusado pela
polícia alemã de ter entregue uma bomba a um casal iraniano para detonar em um
comício da oposição iraniana fora de Paris. E qual foi a resposta da União
Europeia? Uma semana após a tentativa do ataque, legisladores europeus
aprovaram planos para o Banco Europeu de Investimento fazer negócios com o Irã!
Os europeus estupidamente
continuam achando que se continuarem a jogar bifes para o tigre ele vai se
tornar um vegetariano.
Então o que
pode ser feito? A América deve fundamentalmente mudar sua política em relação
ao Líbano e reconhecer a triste realidade que hoje não há diferença entre o
Líbano e a Hezbollah.
Assim como os
EUA consideraram o ditador panamenho Manuel Noriega como um narcoterrorista nos
anos 80 e agiram de forma decisiva, é preciso fazer o mesmo com a Hezbollah que
financia seu terrorismo por meio de drogas e lavagem de dinheiro na Europa e na
América do Sul, alimentando diretamente o comércio de cocaína nos Estados
Unidos.
No momento em
que a Europa designar a Hezbollah como organização terrorista inimiga, suas
contas bancárias, negócios e finanças serão tratados como ilegais e serão altamente
sancionados junto com seus membros. E isso afetaria diretamente sua operação na
tríplice fronteira, diminuindo sua influencia junto a outros grupos criminosos
como o PCC e o Comando Vermelho que atuam no Brasil.
Quanto ao
relacionamento desagradável da Europa com o Hezbollah, assim como o endereço
para fazer qualquer coisa na Síria é Moscou, o endereço para lidar com a
Hezbollah na Europa é Angela Merkel. Merkel não pode alegar ignorância de quase
mil agentes da Hezbollah e mais de 300 do Hamas operando na Alemanha.
Chega de
acreditarmos nesta balela que proibir a Hezbollah na Europa irá prejudicar as
negociações de paz entre Israel e os palestinos, ou o que a suprema
inteligencia da Federica Mogherini gosta de dizer, que a Hezbollah contribui
construtivamente para o dialogo na região. Ela é a mesma que vive abraçando
Javad Zarif do Irã que defende a limpeza étnica de sunitas no Iraque, que arma
os houtis no Yemen e que está pagando a construção de bases iranianas na
fronteira com Israel.
Isto não é um
assunto a ser deixado para depois. A América precisa liderar e exigir que a
Europa a siga. Como disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, “este
governo vai expor e perturbar a Hezbollah e as redes terroristas iranianas a
cada momento, incluindo aqueles com ligações com o Banco Central do Irã”. Precisamos
cortar imediatamente seus tentáculos.
DoeA bola está agora na sua quadra,
Chanceler Merkel.
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