Tanto os Estados Unidos como Israel
estão passando por momentos políticos conturbados. O circo dos democratas aqui
continua e a demência de seus atos procurando o impeachment de Trump está
completamente passando dos limites. Adam Schiff é o líder do comitê de
inteligência que está promovendo esta farsa. Em uma entrevista ele simplesmente
mentiu sobre a conversa do presidente com o recém-eleito presidente da Ucrânia
e foi vergonhosamente desmascarado quando Trump mandou soltar a transcrição da
conversa.
O que ficou claro com esta
palhaçada é que os democratas estão possessos porque Trump, que nunca foi
político, partiu para a ofensiva usando as mesmas táticas que os democratas
sempre usaram. Eles estão também muito
preocupados com o resultado da investigação sobre o filho de Biden, que além de
um contrato de $50 mil dólares por mês de uma empresa de energia da Ucrânia em
2014, conseguiu outro de 1.5 Bilhões de dólares e ainda outro de milhões para
um fundo de investimentos, ambos da China, sem ter qualquer experiência nestes
campos. Para piorar a situação, Hunter Biden que estava na reserva da marinha
em 2014, não passou um exame de drogas, atendeu algumas vezes programas de
reabilitação para viciados e um cachimbo de crack foi encontrado no carro que
estava dirigindo.
Os democratas estão tentando
remover Trump desta vez de uma forma completamente estabanada e urgente porque
têm que conseguir o impeachment antes do fim da investigação sobre o filho de
Biden.
Mas tudo isto está se virando
contra eles. Trump subiu dois pontos nas pesquisas de opinião nesta semana e arrecadou
125 milhões de dólares para sua reeleição neste último trimestre. Biden que
está em primeiro entre os democratas para enfrentar Trump nas urnas, só
conseguiu 15 milhões.
Em Israel, o impasse das eleições e
a impossibilidade dos dois maiores partidos (Likud e Branco e Azul) de formarem
um governo, podem levar a uma terceira eleição. No meio tempo, Bibi Netanyahu
também sofre com indiciamentos idióticos de corrupção promovidos pela esquerda que
vão de acusações de aceitar charutos e garrafas de champanhe a tentar obter uma
cobertura mais favorável da imprensa. Todas as alegações realmente absurdas e
muito difíceis de provar. Mas a esquerda não está interessada em provar qualquer
coisa. Para ela basta fazer Bibi sair do cargo para se defender das acusações que
o objetivo foi alcançado.
Enquanto isso, tanto os Estados
Unidos quanto Israel estão enfrentando ameaças reais. A Coreia do Norte recomeçou
seus testes de mísseis balísticos, e o Irã continua a ameaçar a estabilidade no
Oriente Médio.
E o Irã foi o tema do discurso de
Bibi ao convir a tomada de posse da 22ª Knesset. Bibi disse que Israel está “enfrentando
um enorme desafio à segurança, que só se intensifica de semana para semana.
Aumentou profundamente nos últimos dois meses e, em particular, nas últimas
semanas”.
O discurso ocorreu no mesmo dia em
que o Irã fez o chefe dos Serviços de Inteligência Geral da Guarda Revolucionária,
Hossein Taeb, anunciar detalhes de uma suposta "conspiração
árabe-israelense" para assassinar, o comandante da força Quds, Qasem
Soleimani.
Israel não reagiu a isso. Embora os iranianos tenham dado muito detalhes
sobre esta suposta tentativa, não dá para confiar no que dizem. O que está
claro, é que há muita tensão na liderança política de Israel. As observações de
Netanyahu na Knesset ecoam outros avisos do passado. E há muitas indicações de
que Israel está se preparando para a possibilidade de que as ações que está tomando
contra o Irã e seus capachos, possa se transformar em uma guerra total em todas
as frentes, cobrindo grande parte do Oriente Médio. É por isso que Netanyahu,
mas também o presidente israelense Reuven Rivlin, têm sugerido a necessidade de
aumentar o orçamento de defesa em bilhões de shekels, e que isso deve ser feito
o mais rápido possível.
Muitos na mídia israelense dizem que
Netanyahu está gritando “é o lobo” para angariar apoio dos partidos políticos e
conseguir formar o governo. Mas é muito possível que as ameaças sejam bem
reais. Os órgãos de defesa de Israel parecem verdadeiramente preocupados com uma
rápida deterioração com o Irã.
Se Israel realmente tentou eliminar
Soleimani isto pode ser a desculpa para levar a uma guerra total. Se o complô
alegado pelos iranianos for mentira, mesmo assim, falta menos de um fio de
cabelo para separar os dois da guerra. Ao
que parece, o Irã decidiu responder forçosamente aos muitos ataques aéreos
contra alvos iranianos na Síria e no Iraque atribuídos a Israel. E a amostra
disso foi o ataque coordenado contra a infraestrutura petrolífera da Arábia
Saudita. Com eles, os iranianos provaram ser capazes de penetrar as defesas aéreas
com misseis e drones armados e causar muito dano.
Como disse um oficial sênior de Israel, “a capacidade mostrada por este
incidente causa muita preocupação e exige uma resposta. É preciso impedir que os
iranianos possam causar danos à infraestrutura de Israel.
Mas pior que isto é o colapso da política americana em
relação ao Irã. Desde a demissão do conselheiro de segurança nacional John
Bolton, até o pedido de uma reunião ou até um telefonema com o presidente
iraniano Hassan Rouhani, e a renúncia do subsecretário do Tesouro dos EUA,
Sigal Mandelker, responsável pelas sanções contra o Irã tudo isto leva a crer
nas previsões preocupantes das forças de segurança de Israel.
Uma
das perguntas mais prementes é o que Israel irá fazer se o Irã decidir acelerar
seu programa nuclear abertamente. Os Europeus, como sempre não farão nada e
Trump parece ter perdido interesse em continuar com a forte pressão sobre os
aiatolás se concentrando em sua campanha de reeleição do ano que vem. Se isso
acontecer, Israel estará totalmente isolada na frente iraniana. E isso explica
o aumento urgente do orçamento de defesa que os líderes de Israel estão
tentando alcançar.
Para
piorar esta tempestade perfeita, é importante adicionar a autoconfiança do Irã,
que está crescendo exponencialmente. O Irã atingiu a infraestrutura nacional de
petróleo da Arábia Saudita, danificou os navios-tanque de várias nacionalidades,
abateu um drone americano caríssimo e continuou sua guerra no Iêmen sem pagar
nenhum preço na arena internacional. E o Irã tem um saldo de ataques muito
grande para acertar com Israel.
Será
que os iranianos estão preparando uma surpresa para Israel em outubro deste
ano? Em uma entrevista em 29 de setembro, o Brigadeiro general Dror Shalom,
chefe da divisão de pesquisa da Inteligência Militar de Israel (Aman), sugeriu
essa possibilidade. Shalom observou que um ataque iraniano poderia ser lançado
a partir do território iraquiano, onde os iranianos têm infraestrutura de mísseis
capazes de atingir Israel.
Os
tambores da guerra estão batendo no Oriente Médio com uma rara intensidade. Ao
mesmo tempo, está ficando cada vez mais claro que a confiança que Netanyahu teve
em Trump pode ter sido exagerada.
O
fato, ao que parece, é que Israel terá, mais uma vez, que se defender sozinha.
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