Sunday, July 12, 2020

Cancelando a Cultura - 12/07/2020


Depois da nova expressão “racismo sistêmico” que a mídia e a esquerda estão usando gratuitamente sem explicar o que é, temos uma nova agora: “cancelar a cultura”.

Se procurarem o termo em inglês, vai aparecer “online Shaming”, que é humilhar, ridicularizar, intimidar e abusar em publico, através da internet ou plataformas sociais e da mídia local, companhias e pessoas que não comungam da justiça social.

Mas este cancel culture vai mais além. Ela quer cancelar a cultura ocidental, o legado que líderes brancos deixaram, especialmente na América. Depois de vandalizarem estatuas de todo o tipo de homens brancos, independente de suas ideologias, agora querem destruir as esculturas do Monte Rushmore.

Lá estão George Washington, o líder da independência e primeiro presidente americano, Thomas Jefferson que defendia o direito do povo de se autogovernar (a base da democracia), Theodore Roosevelt, que tornou a América uma potencia internacional e Abraham Lincoln que acreditava que somos todos iguais e acabou com a escravidão. A multidão ignorante os condena por serem brancos. Que eles viveram há mais de 150 anos não importa. Eles têm que ser julgados pelos valores de hoje e são culpados.

Mas a coisa não para aí. Empregados da Ford exigiram esta semana que a empresa deixe de montar carros para a polícia. O presidente da empresa de alimentos Goya foi bullied impiedosamente nas mídias sociais e seus produtos boicotados por ele ter elogiado o presidente Trump na Casa Branca.

Há três semanas, comentei que os sites conservadores ZehoHedge e the Federalist tinham tido sua monetização suspensa pelo Google depois de uma campanha de uma jornalista novata da NBC. Ela só começou na empresa há 6 meses mas conseguiu afetar estas publicações aonde dói mais: no bolso. 

Isto depois de termos o PraguerU, um site educacional em que vídeos sobre a Constituição Americana, do professor de Harvard, Alan Dershowitz foram retirados do ar por serem supostamente “ofensivos”. E isso não se atém aos Estados Unidos. O comentarista brasileiro conservador Bernardo Kuster, teve seus vídeos excluídos do Youtube e depois de restitui-los, o Youtube desmonetizou completamente o canal do Bernardo alegando que o conteúdo era nocivo e perigoso para os expectadores. Quando questionado sobre qual conteúdo tinha sido considerado nocivo e perigoso, o Youtube se recusou a responder. 

Notem que o Youtube, do Google, como o Facebook e outras plataformas, há 20 anos conseguiram uma proteção contra ações na justiça, alegando serem apenas um veículo de postagem e não podem ser responsáveis por elas. Agora que elas resolveram se tornar ativistas políticos, monitorando e decidindo que tipo de mensagem pode ser veiculada, deveriam perder esta isenção. Aí sim, a coisa fica interessante.

Esta situação chegou a tal ponto que nesta semana 150 escritores e acadêmicos (que não são de direita) assinaram uma carta publicada na revista Harpers dizendo que apesar de “Trump ser uma ameaça real à democracia”, “a livre troca de informação e ideias - a força vital de uma sociedade liberal - está se tornando, a cada dia, mais restrita.” Que “a censura também está se espalhando” que há “uma intolerância a opiniões opostas, uma tendência a envergonhar e ostracizar e a ofuscar questões políticas com uma certeza moral que não pode ser discutida”. 

Líderes da mídia, em pânico, estão aplicando punições precipitadas e desproporcionais. Editores são demitidos; livros são retirados das prateleiras; jornalistas são impedidos de escrever sobre certos tópicos; professores são investigados por citar obras de literatura em sala de aula; um pesquisador foi demitido por circular um estudo acadêmico. Quaisquer que sejam as defesas o resultado tem sido limitar cada vez mais o que pode ser dito sem a ameaça de represália. Escritores, artistas e jornalistas que temem por seus meios de subsistência temem se afastar do consenso.

Pois é. O bicho que a esquerda criou, agora voltou para mordê-la.

Mas a situação é ainda pior quando se trata de antissemitismo. No mês passado falei aqui sobre o jogador sérbio de futebol Alexander Katai, que jogava para o Los Angeles Galaxy. A mulher dele, que mora em Chicago, colocou em sua mídia social em sérbio, comentários sobre os protestos da morte de George Floyd, chamando os manifestantes de “manada”. Por causa desses comentários e apesar de publicar uma desculpa imediata dizendo que Black lives matter, e que sua mulher tinha cometido um erro, Katai foi sumariamente demitido do time. Ele tinha um contrato de 1.3 milhões de dólares, nada comparado com as grandes estrelas do esporte. Isto foi em junho.

Nesta ultima segunda-feira, o jogador negro de futebol americano Desean Jackson, publicou uma citação atribuída a Hitler e compartilhou citações antissemitas do líder da Nação do Islã Louis Farrakhan em uma série de postagens.

Jackson, que tem 1,4 milhões de seguidores no Instagram, escreveu entre outras:
  “Como os judeus brancos sabem que os negros são os verdadeiros filhos de Israel e, para manter as Américas em segredo, os judeus chantagearão a América. Eles extorquirão a América, seu plano de dominação mundial não funcionará se os negros souberem quem eles são. Os cidadãos brancos da América ficarão aterrorizados ao saber que, durante todo esse tempo, estão maltratando, discriminando e linchando os Filhos de Israel.”

O time para o qual ele joga, os Eagles, divulgou um comunicado na terça-feira, chamando as mensagens de "absolutamente assustadoras" e dizendo que "está avaliando as circunstâncias e tomará as medidas apropriadas". Como é??? Continuam avaliando o quê????

Pelo fato de Jackson ser negro, ele tem o direito de dizer o que quer? seu contrato não será cancelado e ele continuará a receber os 28 milhões de dólares que lhe cabe. O salário-base dele este ano é de 6.2 milhões de dólares. Isso é mais de 33 milhões de reais até o final deste ano sem contar com o merchandising. E ele tem a coragem de dizer que é parte de uma minoria “perseguida” nos Estados Unidos.

Jackson também postou um clipe de Farrakhan, onde ele diz que o Dr. Fauci, consultor de coronavírus da Casa Branca, e Bill Gates da Microsoft, estariam planejando criar uma vacina contra o vírus que vai "despovoar a Terra".

Farrakhan é um notável antissemita cujas postagens foram sim banidas pelo Facebook, mas só em 2019, por promover "violência e ódio". Entre outras ele chama os judeus de cupins, de sinagoga de Satã, de controlarem todas as profissões e meios de comunicação, de promoverem atos sexuais degenerados e daí por diante.

Com a repercussão negativa, Jackson então postou que: "Qualquer um que acha que odeio a comunidade judaica tomou minhas postagens de maneira errada". Sério??? Qual parte estava errada?

Aí ele resolveu postar um pedido de desculpas meia-boca em seu Instagram: dizendo que sua “intenção era elevar, unir e incentivar a cultura(negra)com positividade e luz. Infelizmente, isso não aconteceu. Eu machuquei involuntariamente a comunidade judaica no processo e por isso sinto muito!

É, se um jogador branco tivesse dito algo assim, ele teria sido cortado imediatamente como ocorreu com Katai.

Não podemos ser forçados a escolher entre justiça e liberdade. A verdadeira justiça não ocorre sem liberdade. Especialmente liberdade de expressão. É só ver o que ocorre na China ou na Coreia do Norte. Prestem atenção que a censura sempre vem da esquerda.  A solução seria promovermos outras plataformas que dão a voz aos conservadores e também darmos o troco à estes monopólios aonde dói mais: no bolso.




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