Depois da
nova expressão “racismo sistêmico” que a mídia e a esquerda estão usando
gratuitamente sem explicar o que é, temos uma nova agora: “cancelar a cultura”.
Se procurarem
o termo em inglês, vai aparecer “online Shaming”, que é humilhar,
ridicularizar, intimidar e abusar em publico, através da internet ou
plataformas sociais e da mídia local, companhias e pessoas que não comungam da justiça
social.
Mas este cancel
culture vai mais além. Ela quer cancelar a cultura ocidental, o legado que
líderes brancos deixaram, especialmente na América. Depois de vandalizarem
estatuas de todo o tipo de homens brancos, independente de suas ideologias,
agora querem destruir as esculturas do Monte Rushmore.
Lá estão
George Washington, o líder da independência e primeiro presidente americano,
Thomas Jefferson que defendia o direito do povo de se autogovernar (a base da
democracia), Theodore Roosevelt, que tornou a América uma potencia internacional
e Abraham Lincoln que acreditava que somos todos iguais e acabou com a
escravidão. A multidão ignorante os condena por serem brancos. Que eles viveram
há mais de 150 anos não importa. Eles têm que ser julgados pelos valores de
hoje e são culpados.
Mas a coisa
não para aí. Empregados da Ford exigiram esta semana que a empresa deixe de montar
carros para a polícia. O presidente da empresa de alimentos Goya foi bullied
impiedosamente nas mídias sociais e seus produtos boicotados por ele ter elogiado o presidente Trump na Casa
Branca.
Há três semanas,
comentei que os sites conservadores ZehoHedge e the Federalist tinham tido sua
monetização suspensa pelo Google depois de uma campanha de uma jornalista
novata da NBC. Ela só começou na empresa há 6 meses mas conseguiu afetar estas
publicações aonde dói mais: no bolso.
Isto depois de termos o PraguerU, um site
educacional em que vídeos sobre a Constituição Americana, do professor de
Harvard, Alan Dershowitz foram retirados do ar por serem supostamente “ofensivos”.
E isso não se atém aos Estados Unidos. O comentarista brasileiro conservador Bernardo
Kuster, teve seus vídeos excluídos do Youtube e depois de restitui-los, o
Youtube desmonetizou completamente o canal do Bernardo alegando que o conteúdo era
nocivo e perigoso para os expectadores. Quando questionado sobre qual conteúdo
tinha sido considerado nocivo e perigoso, o Youtube se recusou a responder.
Notem
que o Youtube, do Google, como o Facebook e outras plataformas, há 20 anos conseguiram uma proteção contra ações na justiça, alegando serem apenas um veículo de postagem e não podem ser responsáveis por elas. Agora que
elas resolveram se tornar ativistas políticos, monitorando e decidindo que tipo
de mensagem pode ser veiculada, deveriam perder esta isenção. Aí sim, a coisa
fica interessante.
Esta situação chegou a tal ponto que nesta semana 150 escritores e acadêmicos (que não são de
direita) assinaram uma carta publicada na revista Harpers dizendo que apesar de
“Trump ser uma ameaça real à democracia”, “a livre troca de informação e ideias
- a
força vital de uma sociedade liberal - está se tornando, a cada dia, mais
restrita.” Que “a censura também está se espalhando” que há “uma intolerância a
opiniões opostas, uma tendência a envergonhar e ostracizar e a ofuscar questões
políticas com uma certeza moral que não pode ser discutida”.
Líderes da mídia,
em pânico, estão aplicando punições precipitadas e desproporcionais. Editores
são demitidos; livros são retirados das prateleiras; jornalistas são impedidos
de escrever sobre certos tópicos; professores são investigados por citar obras
de literatura em sala de aula; um pesquisador foi demitido por circular um
estudo acadêmico. Quaisquer que sejam as defesas o resultado tem sido limitar cada vez mais o que pode ser dito sem a ameaça de represália. Escritores,
artistas e jornalistas que temem por seus meios de subsistência temem se
afastar do consenso.
Pois é. O bicho
que a esquerda criou, agora voltou para mordê-la.
Mas a
situação é ainda pior quando se trata de antissemitismo. No mês passado falei
aqui sobre o jogador sérbio de futebol Alexander Katai, que jogava para o Los
Angeles Galaxy. A mulher dele, que mora em Chicago, colocou em sua mídia social
em sérbio, comentários sobre os protestos da morte de George Floyd, chamando os
manifestantes de “manada”. Por causa desses comentários e apesar de publicar
uma desculpa imediata dizendo que Black lives matter, e que sua mulher tinha
cometido um erro, Katai foi sumariamente demitido do time. Ele tinha um
contrato de 1.3 milhões de dólares, nada comparado com as grandes estrelas do
esporte. Isto foi em junho.
Nesta ultima
segunda-feira, o jogador negro de futebol americano Desean Jackson, publicou
uma citação atribuída a Hitler e compartilhou citações antissemitas do líder da
Nação do Islã Louis Farrakhan em uma série de postagens.
Jackson, que
tem 1,4 milhões de seguidores no Instagram, escreveu entre outras:
“Como os judeus brancos sabem que os negros
são os verdadeiros filhos de Israel e, para manter as Américas em segredo, os
judeus chantagearão a América. Eles extorquirão a América, seu plano de
dominação mundial não funcionará se os negros souberem quem eles são. Os
cidadãos brancos da América ficarão aterrorizados ao saber que, durante todo
esse tempo, estão maltratando, discriminando e linchando os Filhos de Israel.”
O time para o
qual ele joga, os Eagles, divulgou um comunicado na terça-feira, chamando as
mensagens de "absolutamente assustadoras" e dizendo que "está
avaliando as circunstâncias e tomará as medidas apropriadas". Como é??? Continuam
avaliando o quê????
Pelo fato de
Jackson ser negro, ele tem o direito de dizer o que quer? seu contrato não será
cancelado e ele continuará a receber os 28 milhões de dólares que lhe cabe. O
salário-base dele este ano é de 6.2 milhões de dólares. Isso é mais de 33
milhões de reais até o final deste ano sem contar com o merchandising. E ele
tem a coragem de dizer que é parte de uma minoria “perseguida” nos Estados
Unidos.
Jackson
também postou um clipe de Farrakhan, onde ele diz que o Dr. Fauci, consultor de
coronavírus da Casa Branca, e Bill Gates da Microsoft, estariam planejando criar
uma vacina contra o vírus que vai "despovoar a Terra".
Farrakhan é
um notável antissemita cujas postagens foram sim banidas pelo Facebook, mas só
em 2019, por promover "violência e ódio". Entre outras ele chama os
judeus de cupins, de sinagoga de Satã, de controlarem todas as profissões e
meios de comunicação, de promoverem atos sexuais degenerados e daí por diante.
Com a
repercussão negativa, Jackson então postou que: "Qualquer um que acha que
odeio a comunidade judaica tomou minhas postagens de maneira errada". Sério???
Qual parte estava errada?
Aí ele
resolveu postar um pedido de desculpas meia-boca em seu Instagram: dizendo que
sua “intenção era elevar, unir e incentivar a cultura(negra)com positividade
e luz. Infelizmente, isso não aconteceu. Eu machuquei involuntariamente a
comunidade judaica no processo e por isso sinto muito!
É, se um
jogador branco tivesse dito algo assim, ele teria sido cortado imediatamente
como ocorreu com Katai.
Não podemos
ser forçados a escolher entre justiça e liberdade. A verdadeira justiça não
ocorre sem liberdade. Especialmente liberdade de expressão. É só ver o que ocorre
na China ou na Coreia do Norte. Prestem atenção que a censura sempre vem da
esquerda. A solução seria promovermos
outras plataformas que dão a voz aos conservadores e também darmos o troco à
estes monopólios aonde dói mais: no bolso.
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