Sunday, September 10, 2023

As Mentiras de Abbas e o Fim dos Acordos de Oslo - 10/09/2023

 

Não é sempre que dá satisfação dizer “nós avisamos”. Infelizmente, hoje, temos pelo menos duas razões para dizê-lo.

Na última quarta-feira, Mahmoud Abbas, o eterno presidente da Autoridade Palestina, da Organização para Libertação da Palestina e da Fattah, em conformidade com sua posição em relação aos judeus e a negação do Holocausto, declarou num discurso na conferência do Conselho Revolucionário da Fatah, que “Adolf Hitler mandou massacrar os judeus por causa do seu “papel social” como agiotas, não por causa da sua inimizade para com os judeus e o judaísmo.

Ele continuou dizendo que os judeus Ashkenazim provêm da Europa e não do Oriente Médio e, portanto, não são semitas. Assim, não há que se falar de antissemitismo. E não há que falar tampouco de seus laços com a terra de Israel como documentada na Bíblia.

Bem, tudo isso não é novidade porque estes argumentos se encontram na tese de doutorado de Abbas apresentada na Universidade Patrice Lumumba de Moscow em 1982, titulada “O Relacionamento Secreto entre o Nazismo e o Holocausto”. Nesta tese ele chama de “mito” e de uma “mentira fantástica” que seis milhões foram mortos no Holocausto e que o número fora exagerado por razões políticas.

A condenação foi generalizada. Se Israel – e o resto do mundo – precisassem de mais provas de que Mahmoud Abbas não é e nunca foi um parceiro para a paz ou para uma solução de dois Estados, este discurso põe fim às dúvidas.  Até a prefeita de Paris Anne Hidalgo retirou a mais alta honraria da capital francesa - a  medalha Grand Vermeil que ela mesma conferiu a Abbas em 2015. Ela resolver retirar a honraria dizendo que era “intolerável para alguém justificar o extermínio dos judeus da Europa”. Numa carta a Abbas ela adicionou que “os comentários que o Sr. fez são contrários aos nossos valores universais e à verdade histórica da Shoah. Assim, o Sr. não pode mais ser portador desta distinção”.

Sim. Mas isso deveria ter sido feito há alguns anos ou pelo menos em maio último quando Abbas acusou Israel de mentir como o propagandista nazista Joseph Goebbels, ou no ano passado na Alemanha, ao lado do Chanceler Scholz, quando acusou Israel de 50 Holocaustos.

Não dá satisfação em dizer: nós avisamos. Abbas nunca foi um líder de Estado, mas um terroristazinho de segunda categoria que carregava a mala de dinheiro de Yasser Arafat. Levanta-lo a uma posição de chefe de um Estado inexistente não o fez pensar ou agir diferentemente. Aos 87 anos ele continua o mesmo terroristazinho de segunda categoria.

E aí temos Oslo. Na semana que vem comemoramos 30 anos da assinatura dos Acordos do mesmo nome, que hoje sabemos foram o erro estratégico mais colossal da história de Israel moderna.

E uma vez que o legado dessa capitulação catastrófica por parte do Estado Judeu ainda está muito presente entre nós, vale a pena relembrar, de modo breve, a loucura daquela tentativa lamentável de apaziguar o terror com território.

Jogando a lógica ao vento Yitzhak Rabin e Shimon Peres, decidiram inexplicavelmente resgatar Arafat do ostracismo e esquecimento. Em 1993 Arafat estava jogado na Tunísia sem qualquer capital ou força política.

E apesar da sua carreira ignominiosa, ordenando o sequestro de aviões e navios de cruzeiro, planejando massacres em escolas e se divertindo com o assassinato de diplomatas americanos, Arafat recebeu subitamente legitimidade como “parceiro” de Israel, graças a Oslo.

Em troca de uma promessa de fazer a paz, com a cara mais lisa do mundo, Arafat recebeu Gaza e Jericó, seguidas de outras cidades na Judeia e Samaria. Foi-lhe permitido trazer milhares de terroristas da OLP do estrangeiro e até recebeu armas e munições de Israel.

O resultado: o previsível: sangue e terrorismo!

Nos cinco anos após a assinatura dos Acordos de Oslo, 279 homens, mulheres e crianças israelenses foram assassinados por terroristas palestinos. Mais do que os 254 mortos nos 15 anos anteriores aos Acordos.

Até agora, 1,675 israelenses foram assassinados e outros tantos feridos pelo terror palestino nas últimas três décadas, algo que os Acordos de Oslo foram assinados para evitar.

Em vez disso, estes famigerados Acordos deram origem não a uma, mas a duas entidades palestinas hostis que agora estão nas fronteiras do Estado judeu: a Autoridade Palestina, com sede em Ramallah, que incita a violência, educa os jovens para o assassinato e paga salários nababescos aos terroristas e suas famílias, por suas ações; e Gaza, controlada pelo Hamas, que regularmente ataca Israel com túneis, e mísseis disparados contra a população civil de Israel.

De uma só vez, Oslo encorajou os terroristas palestinos, minou a postura dissuasora do Estado Judeu e dividiu a Terra e o povo de Israel.

Oslo nos legou horrores sem precedentes, como atentados a bombas, ataques suicidas, o rapto de soldados, o incêndio de locais sagrados judaicos só para começar.

Como disse Michael Freund em seu artigo, a experiência de Oslo foi o equivalente diplomático do Titanic, um grandioso exercício de arrogância que afundou, enviando incontáveis inocentes para a morte.

O problema é que até hoje Israel continua a sofrer com Oslo. Os acordos são irreversíveis. Israel não pode mais voltar à situação de controle que tinha antes de 1993. Além disso, o mundo continua com a ilusão de que a única solução é a criação de um Estado palestino independente. A solução para que? Para destruir Israel???  

Israel não pode colocar a sua segurança nas mãos de outros e, nunca permitir que um Estado terrorista palestino seja estabelecido na Judeia e Samaria. O conceito de “terra pela paz” é uma ilusão fundada na fantasia de que a solução para o conflito é apaziguar o terrorismo, em vez de se opor a ele.

Aqueles que continuam a pronunciar o mantra de uma “solução de dois Estados” estão simplesmente ignorando a lição óbvia de Oslo: Israel nunca mais deve ceder território algum, em nenhuma circunstância, e certamente não em troca de falsas promessas de paz que valem o papel onde foram escritas.

Esta não é uma batalha por território ou fronteiras, e nunca foi. É um choque de civilizações. Uma luta entre o povo judeu, que reclama a sua pátria ancestral, e árabes muçulmanos que não querem um Estado próprio, mas querem apenas destruir o Estado judeu.

Nunca existiu um Estado palestino em toda a história, e ele não existe hoje. E Israel deveria deixar claro, de uma vez por todas, que nunca haverá. Se os árabes quisessem um estado, teriam criado um em Gaza, com uma infraestrutura que funciona e uma economia próspera, como era quando os judeus moravam na Faixa.  Ou em Ramallah, onde Abbas entrega milhões de dólares em assistência a terroristas em vez de em projetos para gerar empregos, enquanto continua a propagar suas mentiras e negações do Holocausto.

Trinta anos depois, podemos dizer com confiança que Oslo e tudo o que os Acordos representaram estão mortos. E em vez de tentar ressuscitá-los, faríamos bem em dar a eles um enterro adequado.

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