Sunday, January 26, 2025

A Nova Geração de Heroínas - 26/01/2025

 

Foi um sinal único o "V de vitória". da refém do Hamas em Gaza, Emily Damari libertada no domingo passado, quando levantou sua mão enfaixada, faltando dois dedos, e gritou: "Eu sobrevivi!"

Damari, de 28 anos, que tem dupla nacionalidade britânica e israelense, foi libertada junto com Romi Gonen, 24, e Doron Steinbrecher, 31. Ontem foi a vez das jovens recrutas Daniela Gilboa, Karina Ariev e Naama Levy de 20 anos e Liri Albag de 19 anos.

Vou lembrar que durante a invasão e mega-atrocidade do Hamas e do Jihad Islâmico, cerca de 1.200 pessoas foram assassinadas, muitas estupradas, torturadas, decapitadas e queimadas até a morte, e 250 foram sequestradas.

Foi impossível não se emocionar com os sorrisos e lágrimas de alegria (e alívio) pelo retorno destas jovens, meninas mesmo, mas verdadeiras leoas, quando elas se reuniram com suas famílias após 471 e 477 dias de cativeiro.

Em troca do retorno das reféns, Israel está libertando centenas de terroristas assassinos mantidos em prisões israelenses e se retirando de partes de Gaza.

O retorno destas mulheres e meninas corajosas foi cuidadosamente encenado pelo Hamas. Nos dois casos, terroristas bem armados e bem alimentados em seus uniformes pretos com bandanas verdes islâmicas se aglomeraram ao redor dos veículos que as transportavam, criando uma barreira contra as multidões de homens de Gaza que tentavam chegar nas reféns. Esses são os "civis inocentes", ao estilo de Gaza.

E aí o Hamas encenou uma "cerimônia" desprezível, forçando as jovens heroínas a acenar para estes homens e posar sorridentes para fotos com "sacolas de presentes" cheias de lembranças perturbadoras de seu cativeiro. As sacolas continham mapas de Gaza, fotografias delas no cativeiro e imaginem (!) certificados de libertação assinados pela Cruz Vermelha., Doron Steinbrecher disse à sua família que "parecia um ato final de crueldade". "Eles queriam transformar nosso sofrimento em sua propaganda."

A visão de terroristas mascarados e armados no teto do veículo da Cruz Vermelha que transportava as reféns deveria fazer o mundo pausar. Mas parece que o mundo tem expectativas muito baixas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que por 15 meses não visitou os reféns; não entregou a eles a medicação necessária; e nem mesmo fez uma lista de quem está vivo ou está morto — israelenses ou cidadãos de outros países, incluindo Tailândia, Nepal e Tanzânia. Mas não. Sua contribuição foi assinar os certificados como se as meninas tivessem completado um curso. Não há outra palavra além de repugnante. O que esta organização faz verdadeiramente, é de ser um Uber do Hamas.

O Hamas acha que todo este espetáculo, com certificado da Cruz Vermelha, faz dele um movimento legítimo e milhões em todo o mundo querem desesperadamente acreditar que ele seja um movimento legítimo de combatentes pela liberdade, em vez de uma organização de assassinos, sequestradores e estupradores jihadistas. Mas toda esta encenação foi ridícula para qualquer um que tenha dois neurônios no cérebro.

Quando as sete reféns finalmente cruzaram de volta para Israel, seus primeiros momentos de liberdade foram marcados por lágrimas, abraços e pura felicidade. Não conheço ninguém que tenha ficado de olhos secos nestes momentos.

Garanto que qualquer um com coração e uma consciência moral quer ver todos os reféns libertados. Mas isso tem um preço, e ele é muito alto.

Hillel Fuld, cujo irmão Ari Fuld foi esfaqueado até a morte em 2018, postou no Facebook na noite de sábado: "Alguém tem um conselho para alguém cujo irmão foi assassinado por um terrorista que deveria ficar na prisão pelo resto da vida e agora está saindo e andará livremente entre nós? "Não tenho certeza se há uma palavra para essa emoção. Não tenho certeza se algum ser humano sente o que nossa família está sentindo agora."

Outros amigos e conhecidos enfrentam o mesmo dilema, esperando para saber se os assassinos de seus filhos, irmãos e pais serão libertados, recompensando o Hamas pelo massacre e a tomada de reféns.

O fato de Yahya Sinwar, um dos mentores da mega-atrocidade de 7 de outubro, ter sido libertado no acordo de Gilad Schalit de 2011 não pode ser ignorado.

Não foram apenas os parentes das vítimas do terror que ficaram divididos com o acordo. Famílias de soldados mortos nesta guerra e outras operações também tentaram encontrar significado na perda de seus entes queridos quando terroristas são libertados. E é difícil não notar a frustração dos soldados que arriscam suas vidas dia após dia para prender terroristas, sabendo que eles podem ser libertados em breve.

O professor de direito Alan Dershowitz resumiu a situação para o Gatestone Institute: "A decisão do governo israelense de fazer concessões significativas aos sequestradores do Hamas nunca deveria ser chamada de 'acordo'. Foi uma extorsão... O sequestro foi um crime. E a demanda extorsiva da soltura de milhares de terroristas foi outro crime...

"Quando um grupo terrorista 'negocia' com uma democracia, ele sempre tem a vantagem. Os terroristas não estão limitados pela moralidade, lei ou verdade... A democracia, por outro lado, deve cumprir as regras da lei e deve ouvir os apelos das famílias dos reféns.”

Mas tudo não são sombras. Ontem ouvimos estórias de coragem e liderança de Liri Albag, a mais jovem das recrutas, que disse que sabia que tinha que projetar força para seus captores, e mostrar que eles não a haviam quebrado apesar dos maus tratos e dela e suas amigas serem forçadas a trabalhar como escravas para os terroristas.

Há tantas coisas que precisamos aprender com essas sete mulheres excepcionais. Primeiro que a Geração Z, não se limita a postar vídeos bobos no TikTok e a curtir marcas famosas. Pelo contrário, o que essas jovens, e toda a sua geração, passou é notável, provando algo que notamos desde o 7 de outubro: que são elas que irão reconstruir nosso país Israel, e nossa nação.

Esta é a geração que vivenciou a pandemia da COVID-19, forçando-a a fazer o oposto do que os adolescentes querem fazer — ficar em casa e se distanciar dos amigos. Esta geração também passou a maior parte do último ano e alguns meses servindo seu país. Muitos deles, sem pensar duas vezes, embarcaram em um avião quando souberam que Israel estava sob ataque. Esta é a geração de jovens de vinte e poucos anos que foram a mais funerais nos últimos 15 meses do que alguns de nós fomos em toda a nossa vida. Estes são jovens que foram forçados a crescer. E por isso são os que podem nos mostrar o caminho a seguir.

Na quarta-feira à noite, estes jovens israelenses focados e talentosos, assim como traumatizados, nos mostraram que podem alcançar qualquer coisa. Yuval Raphael, uma jovem de 24 anos, foi escolhida para representar Israel no Festival Eurovisão da Canção 2025. Quando ela contou sua história pessoal durante as audições, ela fez todas as pessoas na plateia chorarem.

Yuval nunca imaginou que sua vida se tornaria uma história que entrelaçaria tragédia e superação. Ela é sobrevivente do massacre do festival de música Nova. Ela passou oito horas num abrigo de cimento, embaixo de dezenas de corpos sem vida, fingindo-se de morta enquanto granadas explodiam e balas choviam ao seu redor.

"Não consigo explicar o quão pesado um corpo se torna quando está morto", ela disse numa entrevista. Por oito horas, Yuval ficou deitada embaixo de uma moça que havia sido morta, mal ousando respirar. "Cada vez que levantava a cabeça, havia menos de nós vivos.”

Apenas 12 das 50 pessoas no abrigo sobreviveram, resgatadas não por soldados, mas pelo pai de outra vítima. A memória daquele dia está gravada na mente de Yuval, mas em vez de deixar que isso a silencie, ela escolheu falar e cantar.

Emily, Doron, Romi, Daniela, Liri, Karina, Naama e Yuval. Oito israelenses de vinte e poucos anos que moldarão Israel e a levarão avante com coragem e determinação. As imagens delas celebrando a vida e a liberdade foi o contraste perfeito com as de seus captores mascarados do Hamas idealizando o terrorismo.  

Abram espaço para elas e seus amigos. O futuro de Israel já está aqui.

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