Ontem mais
três reféns israelenses foram soltos nesta primeira fase do pagamento de
resgate por Israel. Um pai, de 54 anos, Ofer Calderon, que finalmente pode
abraçar seus 4 filhos, um avô americano-israelense de 65 anos, Keith Siegel, e um
marido e pai de 35 anos, Yarden Bibas, que voltou sem sua mulher Shiri e seus
bebês Ariel de 5 anos agora, e Kfir de quase 2 anos. Kfir foi levado quando
tinha apenas 9 meses. Foi um retorno como nenhum outro. Todo o país prendendo a
respiração e rezando neste Shabat por Yarden. Não sabíamos se ele já tinha sido
avisado que sua família ainda continuava cativa em Gaza.
E aí o
noticiário da noite mostrou um vídeo sem voz de um Yarden com rosto contorcido sendo
filmado pelo Hamas enquanto eles contavam a ele que Shiri, Ariel e Kfir estavam
mortos, num ato de inimaginável crueldade. E quando ele foi finalmente recebido
ontem por seu pai e sua irmã, vimos que a luz dos seus olhos tinha
desaparecido.
O Hamas
continua a fazer seu circo, exibindo os reféns em palcos onde escreveram em
inglês “Palestina: A vitória do povo oprimido sobre o Nazismo Sionista”. Os
reféns obrigados a sorrir e acenar, com sacolas de memórias do seu cativeiro, diplomas
assinados pela Cruz Vermelha e até cópias do al-Corão. E o coreógrafo desta
palhaçada toda? Nada menos que um jornalista da AlJazeera chamado Tamer
Al-Mishal! Seria mais apropriado a rede reconhecer que é uma empresa de propaganda
e não de noticias.
E contra 34
israelenses, Israel está soltando 1,900 terroristas, muitos com prisão perpétua,
assassinos impiedosos que em muitos países teria recebido a pena de morte.
Pessoas que se importam com Israel ao redor do mundo sabem
que o esforço para obter uma cobertura positiva — ou até mesmo justa — do
estado judeu na mídia internacional é enorme. E o jornalista Gil
Hofman compilou várias instâncias preocupantes.
Na semana do
ataque de 7 de outubro, eu disse aqui que o mundo estava se comiserando com
Israel, mas que sabia que logo iria acabar E de fato, ela terminou quase que instantaneamente com três exceções.
Israel recebeu cobertura positiva no próprio dia 7 e
parte do dia 8 de
outubro, até que o exercito se recompôs e começou a lutar. A mídia foi empática novamente quando o Irã lançou seus ataques
a Israel com
mísseis balísticos e drones em 13 de abril e 1º de outubro de 2024.
E ainda temos
os relatórios favoráveis
no Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto (exceto
por programas como Bom Dia Inglaterra que esqueceram suas vítimas judias). Como disse Dara Horn em seu livro de 2021, “As Pessoas
Amam Judeus Mortos”.
Aqueles que buscavam empatia da mídia nas últimas duas
semanas pelas nove jovens israelenses, dois homens idosos, e dois de
meia idade que
finalmente retornaram para suas famílias, e para a nação que incessantemente
orou por eles — ficaram
amplamente decepcionados.
A foto
principal na capa do The New York Times Internacional na segunda-feira, 20 de
janeiro, um dia após Romi Gonen, Doron Steinbrecher e a cidadã britânica Emily
Damari terem sido libertadas, era mais uma foto de Khan Yunis com a manchete
"Residentes de Gaza Sonham Com Sua Casa". A edição americana tinha
uma foto enorme do campo de refugiados de Jabalya e uma menor da refém Emily Damari
que voltou sem dois dedos.
A esmagadora
maioria da mídia internacional continuou a transmitir a narrativa enganosa do
Hamas, implicitamente justificando o sequestro e a retenção de reféns.
A BBC alegou
falsamente, durante sua reportagem ao vivo, que Karina Ariev, Daniella Gilboa,
Naama Levy e Liri Albag foram libertadas usando os mesmos uniformes do exército
que usavam quando entraram em Gaza. A gigante da mídia britânica financiada
publicamente realmente achou que o mundo tinha esquecido as imagens chocantes
filmadas pelo próprio Hamas das meninas ensanguentadas arrancadas de suas camas
em pijamas e roupas íntimas e desfiladas pelas ruas de Gaza? A ABC News da
Austrália e outros veículos também compraram essa mentira asquerosa.
Por que
importa tanto que a mídia mundial tenha errado?
Importa
porque o Hamas estava deliberadamente tentando insinuar que essas "soldadas"
eram alvos militares legítimos e estava usando a imprensa para espalhar essa
mensagem ao redor do mundo.
As quatro
jovens foram forçadas a subir num palco com todo o aparato de uma comemoração
incluindo faixas erguidas com o dinheiro que Gaza de repente encontrou. Os
terroristas do Hamas bem alimentados usavam uniformes, limpos e passados, para
fazer o mundo esquecer que eles normalmente operam à paisana.
Ao facilitar
o golpe repugnante de relações públicas do Hamas, a mídia mundial deu a ele
legitimidade e humanizou a organização terrorista que continuará tentando sequestrar
e assassinar o máximo de judeus possível.
E só se a
coisa tivesse parado por aí..
Mas não. Os
assassinos libertados das prisões israelenses foram tratados como vítimas de
Israel. Esperávamos que os principais meios de comunicação internacionais no
mínimo os chamassem de terroristas, mas sua flexibilidade etimológica foi
totalmente assustadora. O New York Times os chamou de "ativistas", o Washington
Post se referiu a eles como "ativistas políticos", a Reuters disse
que eles eram "palestinos proeminentes" e o The Guardian disse que
eles foram "presos por operações anti-Israel". Sim, mas o prêmio vai
para a Globo que os definiu como “reféns” de Israel, não terroristas
sanguinários presos e mantidos às custas do contribuinte israelense.
A mídia então
contou histórias de prisioneiros palestinos abraçando seus filhos pela primeira
vez sem se preocupar em mencionar porque estavam na prisão e sob quais
acusações.
Por exemplo,
o The Washington Post destacou a infame terrorista da Frente Popular para a
Libertação da Palestina (FPLP) Khalida Jarrar, presa há seis anos após
participar de um ataque terrorista que assassinou Rina Shnerb, de 17 anos.
"Em um
ato surpreendente de omissão jornalística, o The Washington Post
convenientemente ignorou seus [Khalida Jarrar] laços diretos com a violência,
em vez disso, a pintou como mais uma figura política incompreendida em vez de
uma peça-chave de uma organização terrorista", escreveu o Honest Reporting.
Os relatos da
mídia sobre a libertação dos prisioneiros na semana passada não foram melhores.
A Sky News postou um vídeo do que descreveu como celebrações
"emocionantes" em Gaza após as notícias do cessar-fogo. Nisto ela compartilhou
um clipe de uma grande multidão cantando “Khaybar Khaybar ya yahud” – uma
ameaça bem conhecida de massacre de judeus – com a palavra “Khaybar” se
referindo ao lugar onde os judeus da Arábia Saudita foram massacrados no ano
628. O final do canto é “jaish Muhammad soufa ya’oud,” que significa “o
exército de Maomé retornará.”
Os principais
meios de comunicação minimizaram consistentemente a tragédia do lado
israelense. A manchete da NBC na segunda-feira foi "Hamas diz que 8 dos 26
reféns restantes estão mortos", esquecendo que na época ainda havia 90.
O
HonestReporting compilou uma análise de 733 prisioneiros palestinos cujos nomes
foram divulgados pelo governo israelense com seu gênero, idade, as acusações
contra eles e sua afiliação terrorista.
Ao contrário
de sua representação na mídia internacional como principalmente mulheres e
crianças presas injustamente, 91% são homens; 91% têm entre 18 e 59 anos; 609
dos 733 foram condenados por crimes violentos; e 87% são membros de
organizações terroristas.
Vamos ver o
que a mídia internacional fará nas próximas semanas, incluindo se os meninos
Bibas e sua mãe forem trazidos em sacos para cadáveres. Estamos todos apenas
esperando com a respiração presa. O povo todo, em Israel e na Diáspora está
desesperado por qualquer notícia. E se eu não consigo parar de pensar na Shiri e
seus bebês nas profundezas do inferno, como a família, como Yarden deve se sentir?
A tortura é sobre todos nós.
A tortura de
todo Am Yisrael, esperando que por um milagre esses garotinhos ruivos e sua mãe
voltem para casa sãos e salvos.
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