Hoje, a questão em todo o mundo é se o
plano do presidente Donald Trump de reassentar os moradores de Gaza em outros
países pode dar certo. A julgar por uma pesquisa feita pouco antes da guerra, pelo Centro Palestino de
Política e Pesquisa antes que grande parte de Gaza fosse destruída, a proposta
de Trump é razoável.
A pesquisa descobriu que 44% dos
jovens de Gaza entre 18 e 29 anos gostariam de emigrar. Quase um terço (31%) de toda a população já tinha considerado emigrar. O "destino preferido dos moradores
de Gaza é a Turquia, seguido pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos e
Catar". A maioria disse querer sair por razões econômicas; o segundo e o terceiro motivos são
oportunidades "políticas" ou educacionais. O quarto motivo é a
segurança e o quinto é a corrupção. Se esta porcentagem já era substancial antes da guerra, hoje com
certeza ela é muito maior.
Trump que sempre trabalhou em construção civil,
sabe calcular quanto tempo levará para reabilitar a Faixa de Gaza. Enfrentar morar de 15
a 20 anos em tendas fincadas
em escombros, respirando poeira e ouvindo o interminável barulho de construção, não é o que a maioria da população almeja,
especialmente os jovens que desejam começar uma vida e construir um futuro.
O menor problema de Trump é a população. Tanto
o Hamas, o Jihad Islâmico e a Autoridade Palestina rejeitarão este plano
por razões políticas. Eles não
querem perder seus escudos humanos e a história mostra que nem a
Autoridade Palestina nem o Hamas nem qualquer outro grupo colocou alguma vez o bem do
povo à frente de considerações políticas. Estes grupos podem intimidar os moradores chamando os que escolherem
sair de traidores.
Consequentemente, se Trump quiser
que seu plano tenha sucesso, ele deve ignorar a Autoridade Palestina e o Hamas
e trabalhar diretamente com o povo de maneira sigilosa e com a saída garantida pelos Estados Unidos.
O problema é que além dos atores terroristas em
Gaza, Israel tem que lidar com os líderes dos países vizinhos. Eles também não
querem que nenhum residente de Gaza deixe a “prisão de céu aberto” como eles
chamam a Faixa. Na terça-feira passada, o rei Abdullah da Jordânia se encontrou
com Donald Trump, quase exatamente um ano depois de se sentar com Joe Biden, na
Casa Branca. Um ano atrás, Abdullah sentado ao lado de um Biden sonolento, discordou
abertamente da política americana. Desta vez, ele se sentou ao lado de Trump e
segurou a língua. O contraste entre as duas reuniões não poderia ter sido mais
impressionante.
Na terça-feira, Abdullah parecia visivelmente perturbado,
mudando de posição na cadeira enquanto o presidente expandia seu plano de
assumir o controle de Gaza e realocar seus moradores, inclusive para uma
"parcela de terra na Jordânia". O rei se contraiu enquanto Trump
falava, mas ofereceu pouca resistência. Ele apenas disse que há um plano
egípcio que será apresentado no final deste mês na Arabia Saudita.
Abdullah não desafiou o plano de Trump
publicamente nem o contradisse abertamente. Ele sentou-se ali em silêncio,
cauteloso e contido, abstendo-se notavelmente de criticar Israel — algo que ele
tem feito frequentemente desde o massacre de 7 de outubro em vários fóruns
internacionais. Ele entendeu que Trump seria muito menos receptivo a essas
queixas.
Abdullah não foi tão contido com Biden. O rei
exigiu um cessar-fogo completo alegando mentirosamente que depois de 4 meses
havia mais de 100 mil mortos em Gaza – a maioria mulheres e crianças. Mas
depois que Trump deu a luz verde a Israel para soltar o inferno em Gaza se o
Hamas não libertasse os reféns Abdullah decidiu ficar calado.
Além disso, no ano passado, Abdullah defendeu o
papel e o financiamento da UNRWA. Mas com Trump tendo assinado uma ordem
executiva na semana passada cortando o financiamento da UNRWA e dizendo que a
organização tinha sido infiltrada por terroristas, alguns que inclusive
participaram do massacre de 7 de outubro, Abdullah entendeu que levantar a
questão provavelmente não era a coisa mais sensata a fazer. Ele simplesmente
sentou e ouviu enquanto Trump falava sobre seu plano de assumir o controle de
Gaza.
Abdullah claramente discordou. Mas ele não
expressou essa oposição — pelo menos não na cara de Trump. Em vez disso, ele o
elogiou. Engolindo seco, ele disse: "Sr. Presidente, eu realmente acredito
que com todos os desafios que temos no Oriente Médio, finalmente vejo alguém
que pode nos levar até a linha de chegada para trazer estabilidade, paz e
prosperidade para todos nós na região.
Somente depois, no X, Abdullah expressou alguma
resistência real, afirmando que ele havia "reiterado a posição firme da
Jordânia contra o deslocamento de palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Esta é a
posição árabe unificada. Reconstruir Gaza sem deslocar os palestinos e abordar
a terrível situação humanitária deve ser a prioridade de todos." Quer
dizer, manter os residentes de Gaza nestas condições intoleráveis, entregar
ajuda humanitária que o Hamas vende a preços astronômicos para comprar armas e
voltamos de novo ao começo da roda.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi,
não quis sair da panela para a frigideira e cancelou sua visita a Washington.
Temos então que esperar até o final do mês para ver o que estes hipócritas que
vivem chorando sobre os palestinos vão fazer para cinicamente manter toda a
população num estado precário, somente para ser usada como peão contra
Israel.
E junto com isso, o antissemitismo não parece
se aplacar pelo mundo. Dezenas de milhares de manifestantes
pró-Palestina em
Londres, que parecem não ter
mais o que fazer no sábado, saíram para insultar os judeus. “Porco sionista” foi apenas um
dos insultos - e gritos de "Khaybar,
Khaybar, oh judeus, o exército de Maomé retornará", pregando outro genocídio judaico foi entonado
por todo o caminho.
O antissemitismo está em um nível
recorde. Mas o que as
autoridades locais estão fazendo é praticamente nada.
Na Alemanha, a neta de um sobrevivente do
Holocausto registrou nada menos que 60 ocorrências com a polícia, entre elas
ameaças de estupro, de ser degolada e de ser fisicamente agredida, tudo saindo
da Universidade Goethe onde ela estuda. Ela ainda gravou estudantes a seguindo
na saída do campus universitário e de receber constantes ameaças anônimas de
que será esfaqueada ou baleada. A polícia alega que além de uma investigação
não pode fazer nada.
E um rapaz do estado de Utah depois de fazer
dúzias de ameaças, decidiu ir para NY para atirar em judeus na sinagoga
central.
Mas nesta semana ganhou o prêmio de
antissemitas do mês um casal de enfermeiros muçulmanos na Australia. No Instagram,
um influenciador israelense Max Veifer, recebeu a ligação de Ahmad Rashad Nadir
que se identificou como médico e de Sarah Abu Lebdeh uma enfermeira que
trabalhavam num hospital em Sydney. Quando Max Veifer se identificou como
israelense, o tom dos dois mudou, o ameaçaram de morte e chegaram a alegar
terem assassinado israelenses e ameaçado assassinar outros israelenses no
hospital, de acordo com declarações do Ministro da Saúde Mark Butler e do
Conselho de Enfermagem e Obstetrícia de New South Wales.
O conselho de enfermagem suspendeu o registro dos
dois o que, de acordo com Butler, significa que "eles não podem exercer a
enfermagem em nenhum lugar da Austrália, em nenhum contexto".
Butler continuou dizendo que “os australianos
têm o direito de se sentir seguros aonde quer que vão e nenhum lugar deve ser
mais seguro do que um hospital. A ideia de que alguém pense em destacar um
grupo específico e declarar que não se importa com eles, e pior, ameaçar
ativamente suas vidas, vai contra todos os princípios do nosso sistema de
saúde. Seus comentários repugnantes – e o ódio que os sustenta – não têm lugar
em nosso sistema de saúde e em nenhum lugar da Austrália.”
Óbvio que a polícia australiana está agora
investigando para verificar se eles realmente mataram israelenses ou judeus,
mas espero que isso não termine com um tapinha na mão ou que eles sejam reintegrados
no corpo de enfermagem em qualquer lugar.
Este é o ódio que está sendo marquetado em todo
o mundo e que os judeus da diáspora estão começando a sentir na pele. Aqui em
Israel estamos ainda na roda viva da alegria da volta de reféns e da amargura
da soltura de sanguinários que só contribuem com violência para a humanidade.
Mas o teatro da propaganda é um estudo na arte de auto-decepção. E é o que
assistimos a cada espetáculo do Hamas.
Seus terroristas, vestidos com trajes novos e completos
de batalha — equipamentos que eles obviamente nunca usaram em combate pois se
escondem em tuneis, atrás das saias das mulheres e sob os berços dos bebês —
desfilam pelo palco como matadores de dragões vitoriosos, ameaçando marchar
sobre Jerusalém.
Esta não é a mensagem de uma força triunfante.
É a fanfarronice vazia de um movimento buscando relevância, agarrando-se a
símbolos porque a realidade se voltou contra ele. Gaza está em ruínas,
completamente destruída. Centenas de milhares de moradores de Gaza caminharam
do sul de volta para suas moradias no Norte, e não encontraram nada além de
escombros. A formação militar do Hamas foi destruída; tudo o que resta são
caminhonetes com homens armados brandindo rifles.
Se esta é uma vitória para o povo palestino,
então não sei o que poderia ser uma derrota.
Por seu lado, o Egito e a Jordânia sabem que
vão ficar com a responsabilidade de tentar reabilitar Gaza e isso irá demandar
muita liderança que seus governos corruptos parecem não ter. E todos estes
antissemitas que hoje não têm mais vergonha de expressar seu antissemitismo,
vão ter que lidar com a decepção de não terem a Palestina do Rio ao Mar, mesmo
sem saberem que rio ou que mar e terão que viver com Israel laNetzah, para
sempre. Am Israel Chay para a eternidade!.
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