Sunday, February 9, 2025

O Nunca Mais Está Acontecendo Agora - 09/02/2025

 

Ontem deveria ter sido mais um dia de comemoração em Israel. Outros três reféns foram libertados pelo Hamas contra 183 criminosos culpados de assassinato e de participarem em ataques terroristas. Mas a alegria inicial foi logo substituída por espanto e incredulidade.

Os rostos dos três, Or Levy, Eli Sharabi e Ohad Ben Ami estavam magros e afundados, seus corpos frágeis, precisando da ajuda de seus captores, terroristas do Hamas para andar. Olhos fundos, ossos salientes e estruturas esqueléticas tocaram um alarme instantâneo para israelenses e judeus em todo o mundo: sobreviventes do Holocausto! Esta é a história que seus corpos contaram depois de 491 dias de cativeiro do Hamas. Eli Sharabi sem saber que sua mulher e duas filhas tinham sido mortas em 7 de outubro e Or Levy terá que criar seu filho Almog sem sua esposa, também assassinada naquele dia horrendo.

Mas quando esses reféns voltaram para casa precisamente 80 anos após a queda do regime nazista, a resposta do mundo foi inimaginavelmente fria. Logo após todas as comemorações da libertação de Auschwitz e a renovação das juras de “nunca mais” por este mundo antissemita e hipócrita, nossos reféns regressam esqueléticos e torturados, imagens idênticas aos sobreviventes do Holocausto.

A BBC ontem convenientemente omitiu o sofrimento destes reféns. Hoje, ela compara em sua página inicial a situação dos reféns com as dos 183 criminosos palestinos soltos ontem. A CNN, por outro lado, achou adequado destacar a condição "emaciada" dos prisioneiros (não judeus) mas palestinos libertados que, é preciso dizer, receberam três refeições por dia, assistência médica e visitas de familiares e da Cruz Vermelha. A comparação não é apenas absurda; é obscena.

Vamos esclarecer as coisas. Os prisioneiros palestinos nas prisões israelenses não são reféns; eles são criminosos condenados, muitos culpados de terrorismo e assassinato. Suas detenções seguem julgamentos, evidências e devido processo legal em que eles têm acesso a advogados de sua escolha — luxos que o Hamas não concede a seus prisioneiros. Eles podem apelar de suas sentenças, têm acesso a livros, televisão, jornais e até estudos universitários.

E os reféns israelenses em Gaza? Trancados na escuridão, sem alimentação suficiente, em túneis super úmidos, sem luz do sol, sem exercício, sem contato com seus entes queridos ou com a Cruz Vermelha. Alguns deles foram operados sem anestesia; outros tiveram ferimentos graves por mais de um ano sem nenhum tratamento médico. O corpo da refém Eden Yerushalmi, de 24 anos, que foi assassinada num túnel junto com outros 5 reféns, pesava 36 kilos!

Agora eu pergunto: Onde estão as organizações de direitos humanos? Onde estão os protestos das mesmas vozes que, em um momento ou outro, se juntaram em rápida sucessão para condenar Israel? Elas estão mudas, indiferentes às vítimas israelenses, a menos que a tragédia possa de alguma forma ser distorcida para se tornar parte de uma condenação do estado judeu.

Ontem não vimos nenhum palestino subnutrido ou em farrapos. Sabem onde podemos ver milhares de pessoas subnutridas e farrapos? No Sudão. Mas ninguém liga para eles. No Jews, no News. Não tem judeus, não tem notícia.

Em sua volta para casa, a ex-refém Liri Albag contou que foi obrigada além de limpar e cozinhar, de tomar conta dos filhos de 3-4 anos de idade do casal que a prendia. E a brincadeira preferida deles era: “cuspir na judia”. Estes são a próxima geração de terroristas sendo preparados hoje para nos matar amanhã.

Mas estes terroristas e a população que vimos ontem, todos bem alimentados, bem vestidos e bem armados, não perdem por esperar.

Em sua conferência de imprensa com Bibi Netanyahu, Trump fez uma declaração bombástica: que os Estados Unidos iriam tomar Gaza. Agora temos outro comandante na Casa Branca e esta declaração tem o potencial de mudar todo o mapa do Oriente Médio! E o que ele oferece é a saída de Gaza para aqueles que querem sair da Faixa. E não são poucos.

Gaza não tem uma fronteira somente com Israel. Sua principal fronteira é com o Egito. Mas este país “irmão” dos palestinos fechou a passagem e somente os muito ricos conseguem um visto de saída de Gaza e de entrada no Egito. Incrivelmente, até mesmo cidadãos egípcios, que estavam em visita em Gaza, precisaram pagar as somas astronômicas que beneficiam ao que parece, a família do presidente Al-Sisi. Que surpresa!

Durante anos, uma rede de agentes de viagens e intermediários baseados no Egito e em Gaza têm oferecido passagem rápida por Rafah por um preço que varia de centenas a milhares de dólares. Quanto mais profundo o desespero para sair, melhor o negócio. Durante a guerra com o Hamas em que a outra saída controlada por Israel para Gaza foi fechada, as taxas dispararam. Alguns corretores agora estão cobrando dos palestinos entre US$ 4.500 e US$ 10.000 para uma autorização de travessia, de acordo com mais de uma dúzia de entrevistas conduzidas pelo Projeto de Reportagem do Crime Organizado e Corrupção e pela plataforma de mídia SaheehMasr, sediada no Cairo. A taxa para aqueles com nacionalidade egípcia é menor, em torno de US$ 650 a US$ 1.200 por pessoa. Até janeiro de 2024, a estimativa é que os egípcios tenham feito acima de 88 milhões de dólares com este esquema.

Trump simplesmente disse: se pudermos achar um lugar ou vários lugares e construirmos residências bem bonitas, e injetarmos dinheiro na economia, eu acho que seria melhor do que voltar para Gaza!

O mundo rapidamente reagiu à solução de Trump dizendo ser transferência forçada, um crime contra a humanidade, algo impossível. Isso me lembrou o autor Arthur C. Clarke que disse que ideias novas passam por 3 fases: a primeira é “não é possível fazê-la”, a segunda é “provavelmente pode ser feita, mas não vale a pena” e finalmente a terceira “eu sabia que era uma boa ideia desde o começo”.

E esta é uma ideia única, sem precedentes? Absolutamente não. Em todas as guerras há transferência de populações. Depois da Segunda Guerra, em 1950, 14.6 milhões de alemães foram transferidos da Europa central para a Alemanha e Áustria. Em 1947, na divisão da Índia, 20 milhões de pessoas foram transferidas, hindus do Paquistão para a Índia e muçulmanos da Índia para o Paquistão e Bangladesh.

Então por que o escândalo? Porque isso eliminaria uma plataforma de lançamento de mísseis e guerra contra Israel, perpetuando o conflito.

Isso quer dizer que Trump irá enviar tropas americanas para a área, ou reclamar soberania americana na Faixa…? Não. Quem conhece Trump sabe que você não pode levar o que ele diz literalmente, mas você tem que levá-lo a sério. Ele provavelmente dará a Israel todo o necessário para coordenar a saída dos palestinos que querem sair e a limpeza de toda a área destruída, que de acordo com estimativas levará 15 anos.

Se a saída voluntaria da população civil de Gaza for facilitada, removendo assim os escudos humanos do Hamas, que também complicam as operações do exército de Israel, e a normalização com as outras nações árabes é alcançada, isso deixará o Hamas mais isolado e ineficaz. Um regime como o do Hamas, que prioriza sua própria sobrevivência em detrimento do bem-estar das pessoas pelas quais afirma lutar, acabará perdendo o controle quando essas mesmas pessoas que ele governa puderem livremente buscar uma alternativa.

Ao sugerir que os Estados Unidos tomem Gaza, Trump fez o que ele sabe fazer de melhor: abrir a porta para uma discussão acirrada até o alcance da solução. Ele declarou que a solução de dois estados está morta e que devemos aprender com a história. Tudo já foi tentando e tudo falhou. E se o mundo vê Gaza como uma prisão a ceu aberto, porque manter sua população presa? Porque não permitir que ela saia, quem quiser sair, e reconstruir a área?

Estamos vivendo verdadeiramente tempos históricos. Anos que serão lembrados tanto por seus avanços tecnológicos como por sua brutalidade. E inexplicavelmente uma geração que consegue reconciliar os dois. E é exatamente por isso que elegemos Donald Trump para líder do mundo livre porque somente ele com sua coragem poderá nos ajudar a navegar estes tempos.

 

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