Sinos tocaram em toda a cidade de Nova York ontem, marcando o dia de luto para as quase 3 mil vítimas dos ataques de 11 de setembro. Além das comemorações solenes, a polícia também esteve ocupada em conter os protestos que por vezes se tornaram violentos, contra e a favor da construção da mesquita a alguns metros do local aonde uma vez estavam os prédios do World Trade Center.
Um minuto de silêncio foi pedido às 8:46 da manhã, a hora em que o primeiro avião bateu na Torre Norte do World Trade Center em 2001. E no por do sol holofotes gigantes acenderam em direção ao céu marcando o lugar das torres num tributo de luz às vítimas. Além dos 2,819 civis, 343 bombeiros, e 60 policiais morreram nas tentativas de resgate. Obama não veio à Nova York ontem, preferindo visitar o Pentágono e reiterar pela enésima vez que os Estados Unidos não estão em guerra contra o Islamismo. De acordo com o presidente, os ataques foram crimes perpetrados por um bando de homens que perverteram a religião.
E é por causa deste tipo de postura que todas as pesquisas estão prevendo um grande retorno dos republicanos no Congresso em novembro. Os americanos estão cansados de ouvir Obama minimizar a ideologia que acompanhou estes atos terroristas e pedir desculpas ao mundo pela grandeza da América.
Nesta última quarta-feira, um ótimo editorial da Caroline Glick capturou bem o que está acontecendo na América. Em 28 de agosto último, no 47º aniversário do discurso de Martin Luther King no Memorial de Lincoln em Washington, Glenn Beck, um radialista e personalidade da tv, algo controverso, reuniu dezenas de milhares de pessoas no mesmo local, num rally (comício monstro) que teve como tema a Restauração da Honra Americana. Não foi um evento político e o nome de Obama não foi mencionado nem uma vez. O público cantou músicas patrióticas, rezaram e honraram os heróis militares.
Glick no entanto disse que o comício não era para restaurar a Honra americana mas para restaurar algo bem maior: o credo americano.
Este credo professa que a América é um país excepcional, os americanos uma nação excepcional e portanto, como disse Abraham Lincoln, a melhor esperança da humanidade. A razão pela qual este comício de Glenn Beck atraiu tanta gente e foi tão importante na era de Obama é que pela primeira vez, o povo Americano sentiu a necessidade de reclamar para si o credo. Isto porque está claro que Obama o rejeita.
Obama não acredita que a America seja excepcional e está fazendo de tudo para tirar os Estados Unidos da liderança do mundo em favor de um transnacionalismo. Ele rotula seus adversários de primitivos e dogmáticos, ataca o Mercado livre e insiste em nacionalizar o sistema de saúde. Glenn Beck e seus seguidores se propuseram a reparar o dano causado por Obama.
O que as multitudes que participaram do comício entenderam é que a grandeza da América se funda neste credo e que se ele for abandonado, o país estará a caminho da ruína.
Lincoln também definiu os americanos como o “povo quase escolhido por Deus”. Ao falar isto, Lincoln uniu a história dos Estados Unidos à história dos judeus. O motivo para isto é que os judeus através de sua história, sempre tiveram seu credo, sua profissão de fé muito bem definido. É um credo baseado em 3 princípios e um objetivo. Os princípios são: a Lei de Israel, a Nação de Israel e a Terra de Israel. O objetivo é o de ser a luz para as nações, uma bênção para o mundo. Enquanto o credo americano foi criado há 350 anos, o do povo judeu o foi há 3.500 anos atrás.
A lei de Israel é a Torah, a Bíblia, o caminho para a santidade e justiça. Aqueles que seguem esta lei, contra todas as adversidades e tentações, formam uma nação distinta que serve de bênção e inspiração para o mundo. Mas foi somente vivendo na Terra de Israel que os judeus alcançaram um sucesso sem precedentes para um país de apenas 65 anos de existência, cercado por inimigos e adversidades.
Desde o começo do sionismo moderno, a maioria dos judeus e alguns cristãos viram o retorno dos filhos para a terra de Israel como o precursor da redenção do povo judeu e através dele, do mundo como um todo.
Economicamente, Israel hoje é uma potência. Tecnologicamente, Israel é uma super-potência. Foi em Israel que as fundações da idade digital foram postas, o microprocessador e os componentes principais do telefone celular inventados e aonde ocorrem diariamente descobertas em medicina, física, química, agricultura, etc.. O mundo como o conhecemos hoje, não existiria sem o papel pioneiro de Israel.
Também o judaísmo, como religião, prospera hoje em Israel como nunca, depois de 2 mil anos de diáspora. O povo judeu emergiu da beira da extinção, há 65 anos atrás para construir um estado em que o povo é mais versado em lei judaica que qualquer comunidade do passado.
Mas ao que parece, o extraordinário sucesso de Israel tem sido marcado por uma falha. Glick notou que desde a morte de Theordore Herzl em 1904, não houve um líder que verdadeiramente reconhecesse a importância do credo de Israel, tanto para o povo judeu como para o resto do mundo. E para que qualquer nação seja bem sucedida através dos tempos, seus líderes precisam afirmar seu credo com a confiança inabalável em seu destino. E não devem nunca dar a outra pessoa o direito de negar ao seu povo sua própria identidade.
Obama é claramente o primeiro presidente a rejeitar o credo americano. Mas Israel nunca teve um líder que tivesse a corajem de invocar o credo do Estado judeu de maneira clara e inabalável. Primeiros ministros de esquerda nunca o aceitaram e os de direita parecem não entender o que significa ter a confiança de enfrentar e publicamente afirmar uma identidade que o mundo não quer que você tenha.
Muitos historiadores dizem que a história do povo judeu é a história do antisemitismo. Ao negarem o credo de Israel, seus líderes têm na prática aceito esta definição. Mas ela é falsa. Através da história os antisemitas têm procurado negar aos judeus o direito de se definir de acordo com a lei da Torah, como uma Nação e hoje têm negado seu direito à Terra com falsas teorias de conspiração, avareza e acusações de expulsões e maus tratos de palestinos.
Há duas semanas atrás, o comissário da União Européia para assuntos comerciais Karel De Gucht se referiu ao “lobby judaico” influenciando as negociações em Washington e a dificuldade em ter uma conversa “racional” com um judeu sobre Israel pois “eles sempre acham que têm razão”. Ele não mereceu nem uma repreensão por esta declaração antisemita. Isto é só um exemplo. Hoje podemos ver o esforço sobrecomum do mundo para deslegitimizar o Estado de Israel.
Judeus sobreviveram repetidas tentativas de destruição não porque debateram os argumentos antisemitas do dia mas porque sempre se mantiveram fieis ao seu credo. Judeus do mundo guardaram a lei, se mantiveram como um povo e tres vezes por dia, de qualquer lugar aonde estivessem, rezaram para voltar para a terra de Israel, e cumprirem seu destino de serem a luz entre as nações.
Mas em Israel, em vez dos judeus afirmarem com orgulho esta natureza milagrosa, extraordinária e tenaz do povo, sua lei e sua terra, seus líderes tornaram o credo em pontos de negociação. E isto, e não outra coisa, poderá será o fim de Israel.
Hoje Netanyahu afirma que é possível alcançar a paz a curto prazo com os palestinos. A paz hoje é impossível, porque os árabes rejeitam os três componentes do credo de Israel: a nação judaica, a lei judaica e a Terra de Israel.
Ainda, ao exigir que árabes reconheçam Israel como um estado judaico, estão dando à eles o poder de dar ou negar aquilo que não é seu. Quem são os árabes para definirem Israel como estado judaico ou não?
Agora que acabamos de comemorar o ano novo judaico e a unidade nacional do povo de Israel, temos nós que exigir que seus líderes proclamem o credo de Israel: sua Torah, a Nação e a Terra, tanto internamente como para o mundo, de modo inequívoco.
Para que o povo judaico sobreviva na Terra de Israel, seus líderes precisam reconhecer que é seu dever sagrado e grande privilégio representar o excepcionalismo da nação de Israel para que ela finalmente cumpra seu destino de luz entre as nações para o benefício do mundo como um todo.
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