Sunday, October 2, 2011

O Antisemitismo Democrata-Americano - 2/10/2011

Nesta semana tivemos o supremo líder do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, declarou que qualquer acordo que aceitasse a existência de Israel deixaria um “tumor canceroso” que ameaçaria a segurança do Oriente Médio para sempre. Netanyahu respondeu que são declarações difamatórias como estas - que provam a intenção de aniquilar Israel - que dão credibilidade às necessidade de segurança e de reconhecimento de Israel como estado judeu.


Mahmoud Abbas por seu lado, de volta à Ramallah, recebeu uma recepção e tanto. Os palestinos aplaudiram seu discurso nas Nações Unidas no qual ele apagou a ligação história dos judeus com sua Terra ancestral, negou o direito de Israel de existir e prometeu estabelecer um estado palestino racista e etnicamente limpo de todos os judeus.

Alguns de seus fãs em Ramallah brandiam posters com a foto do presidente Americano Barack Obama retratado como um macaco entitulado “O Primeiro Presidente Judeu dos Estados Unidos”

O fato de palestinos tanto da Fatah como do Hamas serem racistas e anti-semitas, não deveria ser surpresa para ninguém que presta um mínimo de atenção para a mídia palestina e sua cultura em geral. Desde os Acordos de Oslo em 93, a Autoridade Palestina tem usado os meios de comunicação, escolas e mesquitas para vomitar propaganda antisemita idêntica à nazista.Sobre seu racismo, basta olhar os jornais de anos anteriores e ver como Condoleeza Rice era descrita e entender o apoio dos palestinos ao massacre dos negros em Darfur por muçulmanos.

É impressionante como num mundo que tenta ser tão politicamente correto tornando ilegais manifestações religiosas, banindo expressões em favor da familia tradicional, encorajando minorias a impor sua vontade, não condena, nem mesmo critica estes governos racistas e discriminatórios. Os negros americanos, bombardeados pela propaganda proselitista muçulmana saudita desde os anos 60, hoje simpatizam com os árabes e desconsideram o fato de que negros em países árabes sejam cidadãos de segunda classe, descritos como “escravos” pelos brancos.

Este mesmo lobby árabe também trabalhou incessantemente para minar a legitimidade dos judeus e de Israel no mundo. Uma pesquisa de opinião pública em 2008 mostrou que o ódio aos judeus é universal no mundo árabe e muçulmano. 97% do público na Jordania, Egito e Líbano expressaram ódio aos judeus e 75% da Turquia, Paquistão e Indonésia.

A visão de muçulmanos que vivem no ocidente não é muito melhor. Enquanto que 7% dos ingleses disseram ter uma visão desfavorável dos judeus, 47% dos muçulmanos ingleses admitiram o mesmo. E assim também é na França e Alemanha. Poderiam perguntar, porque isto é importante? Porque apesar dos muçulmanos serem 4.6% da população inglesa, eles foram responsáveis por 40% dos ataques anti-semitas no país.

Com este tipo de opinião que favorece um novo genocidio de judeus no mundo, poderiamos pensar que as organizações judaicas americanas estariam trabalhando mais para expor esta ameaça existencial. Mas este não é o caso.

A liderança judaico-americana se preocupa muito mais com a influência dos evangélicos no partido republicano do que com os perigos do anti-semitismo muçulmano.

No mês passado, uma pesquisa da Gallup mostrou que 80% dos judeus americanos vêem os muçulmanos americanos de modo favorável e não acreditam que eles apoiem a Al-Qaeda. Esta visão distorcida dos judeus americanos vai mais longe. Eles estimaram que somente 7% dos hispanos e 19% dos negros americanos sejam anti-semitas. A verdade é muito diversa. Mais de 50% dos Hispanos que imigraram para os Estados Unidos e afro-americanos afirmaram ter sentimentos anti-semitas.

Mas como os judeus, estes grupos étnicos votam em sua grande maioria a favor do partido democrata. Os evangélicos, por outro lado, apoiam os Republicanos. Neste mundo surreal, eleitores democratas tendem a ser muito mais anti-semitas do que os republicanos.

Esta disparidade pode se dever mesmo às escolhas políticas. O partido democrata de Barack Obama entendeu o medo que os judeus continuam a ter dos evangélicos que há mais de 40 anos tentam converte-los e está hoje numa batalha de demonização destes cristãos para manter o apoio financeiro dos judeus à sua campanha.

Quanto aos muçulmanos, o Conselho Nacional Judaico Democrata condenou um relatório do Congressista Peter King sobre a radicalização dos muçulmanos americanos dizendo que este tipo de coisa iria ferir a tolerância religiosa na América. Isto sem falar de seu apoio à construção da mesquita ao lado do World Trade Center. Em outras palavras, na opinião do Conselho Nacional Judaico Democrata, a mera investigação da radicalização dos muçulmanos Americanos poderia colocar os judeus em perigo.

Se os judeus na América estão preocupados em como irão manter sua lealdade ao Partido Democrata, então é normal eles exagerarem o perigo evangélico que é essencialmente Republicano. É razoável também para eles subestimarem o antisemitismo hispano e afro-americano e ignorar os altos níveis de antisemitismo entre os Democratas. Também faz sentido eles seguirem a linha do partido e ignorarem os perigos do antisemitismo islâmico global.

Mas nada disso, absolutamente nada, faz qualquer sentido se estes líderes da comunidade judaica tiverem sido eleitos para defender os judeus dos sentimentos antisemitas e da violência.

É possível que os judeus americanos estejam simplesmente desligados da realidade. Mas é seu dever se educar. Vimos o que aconteceu há 70 anos atrás quando os judeus deixaram de se inteirar das ameaças que a realidade trazia para os seus e seu povo. Na semana passada Mahmoud Abbas recebeu aplausos e ovações de todos os cantos por seu discurso antisemita, que negou a história dos judeus em sua terra e condenou o estado judeu por sua existência.

Nesta semana nós judeus temos que fazer uma contabilidade especial da alma, de nossas ações e nossas faltas. Melhorar nossa fé no nosso povo, nossas leis e para com Deus.

Com o continuo isolamento de Israel, e os ataques aos judeus no mundo aumentando geometricamente, meu voto é que para o ano que entra, a comunidade judaica Americana enfrente a difícil realidade e faça as escolhas corretas. Que ela tome a difícil resolução de atravessar as linhas partidárias e se coloque ao lado daqueles que nunca deixaram de apoiar Israel e combater o antisemitismo nos Estados Unidos e no resto do mundo.

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