Como toda
semana, em preparação para este programa, eu leio os principais jornais,
assisto os diversos canais de notícias e pesquiso o que falam os comentaristas.
Pela primeira vez, me senti cansada. A falta de moral do mundo neste século XXI é enojante.
Estou
cansada dos líderes mundiais que dizem que Israel tem o direito de se defender
mas sempre com alguma ressalva; cansada de outros líderes que nem este direito
dão a Israel. Farta daqueles que se acham no direito de opinar sobre um
conflito situado a mais de 10.500 km de distância quando não abrem a boca sobre
os verdadeiros massacres por outros na região ou fazem qualquer coisa em seus
próprios países sobre a segurança. Acho que sabem de quem estou falando.
Estou
farta de ouvir que Israel “bloqueia” Gaza quando 6 mil toneladas de
mercadorias, incluindo material de construção, alimentos e remédios são
entregues todos os dias só para serem usados para construir mísseis e túneis
contra Israel. Mas ninguém fala sobre o “bloqueio” do Egito, um país muçulmano
que não deixa passar nem um alfinete para Gaza.
Estou
farta da esquerda festiva, a mesma esquerda do Partido Nacional Socialista dos
Trabalhadores da Alemanha, os nazistas, que nunca abandonaram seu antisemitismo
e hoje se orgulham de chama-lo “antisionismo”. O sionismo não é um palavrão. É o
direito dos judeus a autodeterminação, como qualquer outro povo.
Estou
farta de ver o mundo aceitar dúzias de países muçulmanos e cristãos mas é a
idéia de um estado judeu menor que o estado de Sergipe que lhes tira o sono. Que
seja normal em 2014, quando 2 milhões de árabes vivem dentro de Israel, o mundo
exige a expulsão de 600 mil judeus da Judéia e Samária por serem um “obstáculo
à paz” pois os palestinos só aceitam um país Judenrein, livre de judeus.
Estou
farta da UNRWA que só agora admitiu que suas escolas são usadas para esconder
mísseis mas reconhece qualquer um que se encontrava em Israel entre 1946 e 1948
a qualquer título e incluindo seus descendentes, como refugiados palestinos. E
estou farta da ONU que não tem outro assunto a tratar além de condenar Israel.
Estou
farta da mídia, como Diane Magnay da CNN que ontem chamou os israelenses de “escória”
na sua conta twitter, e da BBC, France 24, Al-Jazeera que não cansam de chamar
Israel de criminosa mas ficam completamente calados quando os líderes do Hamas
e suas famílias se escondem como ratos no subsolo do hospital Shifa de Gaza ou
então, como Khaled Mashaal, que nunca pôs os pés em Gaza, mora ricamente em
Qatar, mas expõem as familias palestinas e as usam como escudos humanos.
Ninguém abre a boca quando milhares são massacrados e gaseados na Síria e no
Iraque. Hoje o grupo ISIS deu até sabado para os cristãos do Iraque se
converterem ao islamismo ou serem mortos. Alguém ouviu algum protesto? Houve
alguma passeata? Alguma condenação?
Estou
cansada do New York Times que continua a impor um equivalência moral entre os
mísseis e túneis dos terroristas que alvejam tão-somente civis israelenses, e o
exército de Israel que alveja somente objetivos militares e tenta de todas as
formas minimizar as perdas civis.
Que país
em guerra avisa o inimigo aonde irá atacar para que os civis procurem abrigo?
Que país em guerra continua a fornecer energia elétrica, comida e remédios ao
seu inimigo? Que país em guerra monta um
hospital no campo de batalha para tratar do inimigo? Que país aguentaria 10
anos e dezenas de milhares de mísseis sobre seus cidadãos, tentativas de
sequestro de seus soldados e civis, e assassinatos de familias inteiras sem
qualquer resposta? Apenas um destes túneis chegava no meio do kibbutz Netsiv
Asarah. Os terroristas encontrados nele levavam além de armas, algemas e
tranquilizantes.
Estou
farta daqueles que continuam a querer dar lições de moral a Israel sobre as
pobres mães de Gaza quando os próprios líderes do Hamas, eleitos por estas
mães, procuram o derramamento de seu sangue para alcançar seus objetivos
políticos.
Meu cansaço
não é único. As nações árabes do Oriente Médio estão começando a se dar conta
que a mesma versão violenta e anti-semita do Islamismo que impulsiona a
agressão do Hamas contra Israel é a força por trás da violência no Iraque, na Síria
e em seus próprios países. Que o regime brutal do Hamas em Gaza, que perseque
mulheres, cristãos e homossexuais, que glorifica a morte violenta, e está usando
a população de Gaza é um perigo para todo o mundo árabe.
Os
egípcios, pela primeira vez, começaram a dizer na mídia que o Hamas, a
Irmandade Muçulmana e os outros grupos islâmicos que operam no Sinai, são uma
ameaça a sua segurança nacional. Neste final de semana a elite intelectual egípcia
publicamente acusou o Hamas de causar o sofrimento em Gaza. O jornal Al-Ahram
chegou até a elogiar o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu.
O
presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi tentou conseguir um cessar-fogo que foi
totalmente rejeitado pelo Hamas. Enquanto isso, Mahmoud Abbas, tomando as dores
do Hamas, está viajando pelo mundo advogando sem sucesso em prol do grupo
terrorista, difamando Israel com supostos “massacres”, provando mais uma vez
aonde fica sua lealdade.
Pela
primeira vez, o Hamas está frustrado com as nações árabes. Seu porta-voz, Sami
Abu Zuhri declarou que “não há uma atividade oficial árabe para salvar Gaza”. O
site oficial do Hamas disse que o grupo se sente “traído pelos regimes árabes”.
Zuhri fez
esta declaração depois de uma sessão de emergência da Liga Árabe em que a Arábia
Saudita e o Egito mandaram os palestinos resolverem suas diferenças políticas.
O Rei da
Jordânia por seu lado, tem sido ameaçado há anos pela Irmandade Muçulmana e
hoje pelo grupo islâmico ISIS que está na sua fronteira com o Iraque. Apesar de
ter condenado Israel publicamente, Abdullah não autorizou a reabertura dos
escritórios do Hamas em Amman. O rei sabe que um Hamas enfraquecido, é uma
Irmandade Muçulmana enfraquecida.
Desde
2005, quando Israel, numa ação dolorosa em prol da paz, demoliu todas as
comunidades judaicas em Gaza e evacuou seus 8 mil residentes, não houveram
postos de inspeção, obstáculos ao tráfego e principalmente nenhum assentamento
ou soldado israelense na Faixa. Mas em vez de construir a Cingapura do Oriente
Médio como os politicos prometeram, os palestinos em Gaza se dedicaram à morte
e destruição. Em vez de gastarem seu tempo e energia em contrabandear armas,
munição e explosivos e construirem centenas de túneis para dentro de Israel, a
liderança do Hamas poderia ter usado todos estes recursos para melhorar a vida
da população de Gaza.
E é
Israel que toma a lição de moral…
Finalmente,
estou farta de ouvir que não há solução militar para este conflito. Esta é a
maior imbecilidade já proferida por alguém mas é repetida indiscriminadamente
sem qualquer ponderação sobre o seu significado. Eu digo e repito: Só há
uma solução militar para este conflito. Tem que haver um ganhador e um
derrotado que aceitará os termos da rendição. Foi assim e será assim até o fim
dos tempos. Não houve qualquer conflito na história humana, resolvido de outra
forma.
E o Hamas
sabe disso e está desesperado por algo que possa chamar de vitória. Isto
poderia ser um ataque espetacular contra Israel, a morte de um número
expressivo de civis num ataque israelense ou mesmo a comunidade internacional
forçar Netanyahu a aceitar as condições absurdas impostas pelo Hamas.
Se Israel
conseguir negar esta vitória ao Hamas e infligir uma humiliação à esta
organização terrorista, eliminando seus líderes na Faixa e destruindo os túneis
que levam a Israel, terá então alcançado uma vitória neste round. É isso que temos
esperar.
No dia que Israel voltarem as fronteiras, e devolverem metade da jerusalem.
ReplyDeleteO mundo talvez acredite que Israel queira paz realmente!
quer dizer, Israel cometer suicidio pois estas fronteiras são indefensáveis; em alguns pontos Israel teria 4 Km de largura... Acho que eu fico com a opção do mundo não acreditar que Israel queira a paz...
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