Monday, August 4, 2014

A "Honra" do Hamas - 3/8/2014

O Midrash Tanchumah diz claramente que “aquele que é clemente com o perverso, será perverso com o clemente”. Em nenhum momento da história isto foi mais verdade do que hoje.

Acho que ninguém duvida que Israel possa arrasar Gaza pelo ar se quisesse, mas não o faz. Enquanto Israel entrega comida e remédio para a Faixa de Gaza, o Hamas não para de lançar mísseis e morteiros contra civis israelenses. Enquanto Israel escolhe por em risco a vida de seus jovens, para minimizar a perda civil palestina, o Hamas os conclama a subir nos tetos de suas casas e morrerem como mártires.

Enquanto Israel envia panfletos e textos e faz chamadas telefônicas para avisar a população civil palestina de um ataque iminente, o mundo condena e passa a sentença contra Israel sem ao menos pedir uma comissão de inquérito. A iluminada Comissária de Direitos Humanos da ONU Navi Pillay, conseguiu nesta semana condenar Israel e os Estados Unidos por não entregarem a tecnologia do Domo de Ferro para o Hamas. Se estivessemos em 1944 ela teria exigido que a América entregasse a bomba atômica ao Hitler. Direitos humanos são só relevantes quando supostamente violados por judeus.

Mas nunca pelo Hamas.

Nesta semana foi reportado que dúzias de Palestinos de Sajaiya saíram às ruas para protestarem contra a guerra e a destruição orquestradas por Ismail Hanyah. Em resposta, o Hamas pegou 20 deles e os executou sumariamente no meio da rua. Em Gaza não pode haver discordância. A mídia internacional mal noticiou o massacre.

E tudo isso em nome do quê? De uma ideologia islâmica radical que está dominando o mundo. Sim, eu sei, todas as vezes que começo a falar da religião muçulmana recebo dúzias de críticas dizendo que eu generalizo e condeno mais de um bilhão de pessoas pelos atos de uma minoria. Pesquisas de fato mostram que “apenas” 10 a15% dos muçulmanos do mundo são radicais. Mas 15% de 1 bilhão são 150 milhões de pessoas. Foi preciso de apenas 20 deles para destruir as Torres em Nova Iorque, matar mais de 3 mil americanos e colocar a América de joelhos. O que temos que fazer? Esperar que os outros 149.999.980 ajam?

E eles irão agir. Centenas de jihadistas europeus estão indo lutar na Síria e no Iraque e voltarão para a Europa. Sua influência já pode ser sentida. Dezenas de protestos supostamente contra Israel foram desmascarados quando gritos de morte aos judeus e slogans antisemitas invadiram as ruas de Paris, Londres e Berlin nesta semana. Em Paris, pela segunda vez, lojas e negócios de judeus foram destruidos e incendiados enquanto a polícia olhava impotente. Em Berlin, manifestantes gritaram “judeu, judeu, porco covarde, saia e lute sozinho”.

Surpreendentemente, o único país que até agora expressou irritação com o Hamas é o Egito! Sisi não esquece o apoio do Hamas aos terroristas no Sinai que mataram dúzias de militares egípcios. Os comentaristas de televisão e rádio egípcios culpam o grupo terrorista pela miséria trazida aos palestinos de Gaza enquanto seus líderes viajam em aviões particulares, moram e engordam em hoteis 5 estrelas em Qatar. E por falar em Qatar..

Qatar é um emirado de apenas 11 mil quilómetros quadrados, sentado em cima de uma das maiores reservas de gás e petróleo do mundo. O emir de 34 anos é conhecido por manter laços estreitos com a Irmandade Muçulmana. É muito generoso com grupos terroristas sunitas como os rebeldes da Líbia, da Síria, a Al-Qaeda, al-Nusra e o grupo ISIS que está dominando o Iraque. O Hamas é outro projeto dele. Além de dinheiro, ele ajuda a divulgar a ideologia destes grupos através de sua rede de televisão Al-Jazeera. Ele mostrou que um pequeno país com todo este dinheiro pode ter uma influência devastadora.

Não é de se espantar que Khaled Mashaal tenha transferido a base das operações do Hamas para Qatar. O emirado é também refúgio do Sheik Yusuf Kardawi, um clérico muçulmano que elogia Hitler e apoia homens-bomba para matar judeus.

Mas o emir é também um homem prático. Depois de ter financiado vários eventos esportivos e comprado a copa do mundo da FIFA em 2022 - apesar do clima ser totalmente inapropriado para o evento - ele forçou seu pai a abdicar em seu favor. Ele conseguiu a simpatia do ocidente comprando times de futebol e financiando projetos gigantescos entregues a construtoras americanas e européias. Além de prometer resolver todos os problemas econômicos dos palestinos, ele acabou de assinar um contrato de 11 bilhões de dólares com os Estados Unidos para a compra de armas, helicópteros Apache e baterias anti-mísseis.

E agora entendemos a inexplicável posição de Obama e Kerry na semana passada. Em uma conversa telefônica com o primeiro ministro de Israel, Obama exigiu que Israel cessasse o fogo contra Gaza, unilateralmente se necessário por 72 horas. Como “garantia” de que o Hamas não iria atacar durante o cessar-fogo , Obama disse ter a palavra de Qatar e da Turquia. E nós vimos aonde isso levou Israel. Seis tentativas de cessar-fogo e seis violações por parte do Hamas.

O que é preciso entender é que de acordo com a religião islâmica, como escrita no Al-Corão, um muçulmano não precisa manter sua palavra quando negociar com um infiel. É com orgulho que eles descrevem a exterminação dos judeus de Medina após Maomé ter violado sua palavra de manter a trégua.

E é assim que o Hamas se conduz. Uma hora depois de ter declarado o cessar-fogo humanitário de 72 horas, imposto pelos Estados Unidos, e garantido pelo Qatar e Turquia, Israel foi atacada num evento muito bem planejado na sexta-feira. Um grupo de terroristas, inclusive um homem-bomba, saiu de um dos túneis e se explodiu, matando três soldados israelenses. Um outro grupo veio atrás para tentar pegar um refém, vivo ou morto. Khaled Mashaal num primeiro momento disse que o ataque ocorrera antes do cessar-fogo, mas quando pressionado pela mídia internacional ele declarou histericamente que o Hamas guerrea honrosamente.

Honrosamente? Aonde está a honra de líderes que se escondem embaixo de hospitais ou em hoteis de luxo em Qatar? Aonde está a honra em não cumprir a palavra? Aonde fica a honra quando civis são usados como escudos humanos, mísseis são armazenados e lançados a partir de escolas da UNRWA, de hospitais e de casas de civis?

Sr. Mashaal, acho que temos conceitos diversos do que é honra. Pelo que sabemos, a sua resta nos órgãos genitais das mulheres da sua familia.

Como podemos fazer a paz com alguém que se gaba não ter que manter a palavra? Como confiar que o cimento enviado à Gaza não acabe em túneis de terror contra Israel? Como podemos cogitar em abrir os portos para o comércio quando sistematicamente Israel confisca navios cheios de armas e munições? Hoje mesmo tivemos dúzias de mísseis lançados de Gaza, 27 dias depois do começo da operação. Alguém sabe qual é o tamanho do arsenal do Hamas? Se é isso o que eles têm supostamente baixo à “ocupação”, imaginem o que eles teriam se tivessem toda a liberdade portuária.

É incrível que ninguém faça estas perguntas. Ontem foi anunciado que a Autoridade Palestina irá processar Netanyahu, e possívelmente o ministro da defesa Buggy Ayalon e o Chefe do Estado Maior Benny Ganz, no Tribunal internacional de Haya por crimes contra a humanidade. Não vou ficar supresa se forem julgados e condenados. Isto quando o Hamas não tem nem qualquer vergonha de admitir ter cometido estes mesmos crimes.

Não duvidem que estamos revivendo a década de 30. O antisemitismo está rampante. Alguém disse que quando judeus escolhem deixar aos milhares um país como a França, é que o país está doente. Não, é o mundo inteiro que está doente. E a doença não vai demorar a chegar também na América e no Brasil. Neste final de semana li alguns artigos na Folha de São Paulo e outros jornais, reminiscentes dos Protocolos dos Sabios do Sião. Infelizmente.

Como disse no passado, Israel será condenada de qualquer forma. Que faça ou deixe de fazer. Assim, ela precisa atender os seus interesses independentemente das pressões que sofrer. Obama e Kerry junto com seus “aliados” Qatar e a Turquia já ficaram com cara de tacho esta semana, cortesia do Hamas. A América agora deve apoiar Netanyahu e deixar Israel acabar com os túneis e o arsenal de mísseis do Hamas. Sem eles, o grupo terrorista não terá alcançado nenhum de seus objetivos nesta guerra além da destruição do próprio povo que deveria proteger. Somente isto poderá enfraquecer o grupo.

Não se enganem, apesar de todos os protestos e escândalo, a Autoridade Palestina está rezando para Israel fazer este trabalho e os egípcios estão torcendo pelo fim do Hamas.

Quanto à honra, Sr. Mashaal, ela está na manutenção da palavra, na contribuição positiva que se faz para a humanidade e não pela infame quantidade de corpos que o Sr. está deixando no seu caminho.

Só quando os palestinos aprenderem isso e enterrarem de vez a idéia de Jihad então talvez possamos viver em paz.



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