Na semana passada comecei meu comentário com
minha indignação sobre a chacina cometida contra os reféns japoneses pelo
Estado Islâmico. E justo quando achava que a humanidade não podia descer mais
baixo em selvageria, ela pôde.
Esta semana está sendo particularmente
difícil ser racional e colocar os sentimentos de lado.
O revoltante vídeo do piloto jordaniano
sendo queimado vivo e depois soterrado por detritos de concreto foi uma das
coisas mais horripilantes que já assisti. Os poucos minutos, bem editados para
maior efeito, tiveram como objetivo causar medo, intimidação e revulsão,
exatamente o que procura um terrorista: causar o terror.
Na semana passada perguntei onde estava o
mundo que fica assistindo impassível às cenas de decapitação pelo EI. Pergunto novamente:
Será que elas não foram suficientes para que houvesse um consenso mundial para
lutar contra este mal?
Se as cenas da imolação do jovem jordaniano
não fossem suficientes, nesta semana a Anistia Internacional publicou um relatório
descrevendo a violência sofrida por meninas cristãs e yazidi nas mãos do Estado
Islâmico. São dezenas de testemunhos de meninas de 9 a 14 anos que descrevem torturas,
estupros, escravidão, conversão e casamentos forçados e tratamento tão selvagem
que muitas se suicidaram. Pergunto outra vez: onde está o mundo enquanto
meninas de 9 anos são estupradas, torturadas e vendidas?
Imediatamente após a publicação deste vídeo
medonho, a Jordânia executou dois prisioneiros condenados à morte que o Estado
Islâmico disse querer trocar pelo piloto e tomou a liderança nos ataques aéreos
contra o EI. Uma questão de honra para o rei Abdallah. Vejam aonde chegamos. Hoje
olhamos para a Jordânia, um país com uma pequena força aérea, mal equipada e
treinada, como líder na luta contra o Estado Islâmico!!!
E porque o resto do mundo está paralisado?
Porque desde a segunda guerra mundial, os americanos tomaram a liderança na
luta contra os bandidos deste mundo. Hoje, infelizmente a Casa Branca tem um
presidente que não quer comprometer sua agenda esquerdista de rebaixar a
América. Para ele, a liderança alcançada através do excepcionalismo americano é
algo ruim, algo a ser apagado dos anais da história.
Isto ficou patente há três dias quando
Obama, no Café da Manhã de Prece Nacional, comparou as atrocidades do Estado
Islâmico com as dos cristãos durante as Cruzadas e a Inquisição. Ele disse que
naquela época atos terríveis foram cometidos em nome de Cristo. Só que as cruzadas
aconteceram há mil anos! Foi o que denominamos a Idade das Trevas! O auge da
Inquisição foi há 500 anos! Neste meio tempo, a Igreja passou por uma Reforma
que permitiu sua modernização e o abandono das práticas bárbaras da época.
A Bíblia também fala de olho por olho,
dente por dente, mas alguém vê isto aplicado hoje literalmente?
E é uma reforma que o Islamismo precisa
desesperadamente. Não podemos ter no século XXI uma doutrina que exige a aplicação
literal das torturas e práticas descritas no Al-Corão. E isto tem que começar
pela Arábia Saudita e Irã.
Estes radicais e outros que os apoiam dizem
que não podemos exercer nossa liberdade de expressão porque sua religião e seu
profeta tem que ser respeitados. Como diz a frase antiga, respeito se
conquista! Ele se conquista através de contribuições positivas para a
humanidade, não atrocidades.
Vencer o Estado Islâmico é imperativo. Mas
a resolução do problema não se resume a isso. É verdade que uma vitória total
enviará uma mensagem inequívoca a todos estes jihadistas que sonham com a
dominação do mundo, que o mundo livre não tolerará suas investidas. Mas é
preciso uma mudança de mentalidade e a reeducação dos muçulmanos. Isto só eles
podem fazer.
Do nosso lado, temos que acabar com o
politicamente correto e dar o nome aos bois. Estamos em guerra contra o
islamismo radical. Se não definirmos quem é o inimigo, como podemos vencê-lo? E
todos nós no ocidente devemos ficar preocupados. Os ataques nos Estados Unidos,
na Inglaterra, na Espanha e recentemente na França podem ocorrer em qualquer
lugar. Mas o governo Obama insiste em menosprezar o problema. Susan Rice, a
conselheira de Obama em Segurança Nacional disse ontem que o Estado Islâmico
não representa um perigo existencial para os Estados Unidos. Sério? Aonde ela
vive? Ainda no dia 10 de setembro de 2001?
Nesta semana seis imigrantes da Bósnia,
incluindo uma mãe de 34 anos foram indiciados em vários estados americanos por
patrocinarem e angariarem fundos para o Estado Islâmico. Três deles são cidadãos americanos, inclusive
um que foi lutar na Síria. Outro ataque nos Estados Unidos é só uma questão de
tempo.
E não é só a América que tem que se
preocupar. Ontem 4 sírios foram presos no aeroporto de Madrid, procedentes do
Uruguai e Brasil com passaportes israelenses falsos.
Com o jihad globalizado, por que não vemos
uma força verdadeiramente internacional com tropas não só dos Estados Unidos,
mas do mundo inteiro, inclusive do Brasil, irem destruir este grupo e salvarem
estas meninas, salvarem o resto dos reféns e erradicarem estes degenerados?
O pior de tudo é que não só o mundo está
fechando os olhos para estas atrocidades mas está colaborando com o Estado
Islâmico. Se eles estão vendendo o petróleo do norte do Iraque, alguém está
comprando. Se eles têm armas e tanques, alguém lhes está vendendo. Porque
ninguém está fazendo estas perguntas?
O mundo vergonhosamente perdeu o norte
moral. Ele não sai de seu padrãozinho mesquinho e podre. Mesmo com as cenas do
piloto jordaniano queimando vivo na mente de todos, a ONU encontrou tempo esta
semana para outra vez condenar Israel. Sobre o recente ataque da Hezbollah ao
norte do país que deixou dois soldados israelenses mortos a ONU só teve a dizer
que os Membros do Conselho de Segurança “condenam nos termos mais fortes a
morte de um soldado espanhol parte da UNIFIL que ocorreu na troca de fogo ao
longo da linha azul em 28 de janeiro de 2015”. Nada sobre a Hezbollah, nada
sobre os dois soldados de Israel mortos.
Eu pergunto: Onde estão nossos líderes? Onde
está a ONU? É esse o mundo que queremos deixar para nossos filhos? Ou para os
filhos dos nossos filhos? Não há um só Winston Churchill ou John Kennedy para
nos defender, nos inspirar? Será que o problema é comigo? Acho que não. Precisamos
de um líder antes que seja tarde demais.
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