Kenji Goto está morto. Mais um ato bárbaro,
cometido por sanguinários que dão vazão à sua ânsia de cometer crimes, baixo à
bandeira do islamismo. Imaginem soltar todos os presidiários de uma cadeia de
segurança máxima e dar a eles armas, muito dinheiro, e um território. Estes são
assassinos, pedófilos, abusadores sexuais e outros sociopatas reunidos para dar
realizar suas tendências sádicas e criminosas com a ratificação religiosa do
Al-Corão.
É o pior que a humanidade tem a oferecer. A
ralé do mundo.
Por que estamos tão chocados? Esta não é a
primeira vez na história que testemunhamos massacres de inocentes. Nesta semana
a ONU relembrou o Holocausto. Há 70 anos, o mundo assistia passivamente a
outros massacres, não em algum canto do terceiro mundo, mas na Europa
civilizada, cometidos pelo país considerado o mais avançado do continente. Ao
final foram 6 milhões de judeus entre eles 1 milhão de crianças assassinados
pelo regime nazista além de outros milhões de ciganos, deficientes físicos e
mentais e idosos.
Foi após este episódio horrendo que o mundo
decidiu se unir e criar a ONU com o propósito primordial de prevenir outro
genocídio. Nisso a organização falhou miseravelmente.
Mas será que o mundo, tão chocado em 1945 quando
da abertura dos campos de concentração, não sabia o que estava se passando?
Claro que sabia. Em 1943 e 44, judeus imploraram ao presidente americano Roosevelt
para bombardear os trilhos do sistema ferroviário alemão e impedir que judeus
fossem levados como gado aos fornos crematórios. Roosevelt negou.
Mas e depois de 1945? O mundo não sabia do
genocídio em Biafra, no Cambodia, em Bangladesh, no Timor do Leste, na Bosnia,
Rwanda, Darfur? É claro que sabia. E não fez nada. O “nunca mais” se tornou um
lema vazio e insignificante.
Hoje estamos testemunhando o massacre de
milhares de inocentes no Iraque e na Síria. Cristãos crucificados como na época
de Nero. Meninas vendidas como escravas e mulheres genitalmente mutiladas. E
ninguém faz nada, especialmente a ONU.
Israel está vendo isto.
Israel sabe que o mundo nada fará se o Irã
conseguir a bomba atômica e quiser jogá-la sobre o estado judeu. Os mullahs
estão em marcha para alcançarem este objetivo e o mundo sabe disso. E cada um
escolhe olhar para o outro lado e se calar porque simplesmente acha que tudo
isto está muito longe de suas fronteiras.
Mas pior do que se fazer de cego, Obama e
sua administração, têm feito tudo para impedir que Israel tome qualquer
iniciativa militar contra o Irã, ou pelo menos, contra seu braço armado no
Líbano, a Hezbollah.
Quando um alvo é atingido, Israel não
reivindica a autoria. Fica quieta. Isto dá ao outro lado a oportunidade de não
retaliar. Foi isso que fez Assad quando Israel destruiu um grande carregamento
de armas para a Hezbollah. Mas nos últimos anos, Obama fez questão de ir para a
mídia e revelar a autoria de Israel o que inevitavelmente gerou novos ataques
contra o Estado Judeu.
Obama também se recusa a reconhecer que a
Síria é controlada pelo Irã. Mas com o ataque que matou o filho de Imad
Mughnieh e um general iraniano, ficou patente o profundo envolvimento dos aiatolás
na Síria e o fato que eles querem abrir um novo front contra Israel, desta vez,
a partir dos Altos do Golã.
Tudo isso está acontecendo simultaneamente
a um avanço do Irã em outras regiões estratégicas. Na semana passada o regime
aliado aos Estados Unidos no Yemen foi derrubado por milícias shiitas
financiadas e treinadas pelo Irã. Como disse na semana passada, hoje
efetivamente o Irã controla não só o Estreito de Ormuz mas o Golfo de Aden,
literalmente bloqueando a Arábia Saudita e suas exportações de petróleo.
Em vez de defender o governo que era seu
aliado, Obama se resignou à tomada do Yemen pelos shiitas e sua política hoje é
de tentar fazer o país buscar um diálogo nacional que incluiria todo o mundo,
desde os shiitas iranianos até os sunitas da Al-Qaeda da Peninsula árabe. Chega
a ser impossível tentar descrever a insanidade desta política.
Mas os tentáculos do Irã vão mais além.
Esta semana foi divulgada a possibilidade que agentes iranianos teriam assassinado
o promotor Alberto Nisman na Argentina, às vésperas dele publicar o resultado
de sua investigação sobre o bombardeamento da Embaixada israelense em 1992 e do
Centro Judaico em Buenos Aires em 1994, provando o envolvimento do regime
iraniano.
Dos Altos do Golan a Gaza, do Yemen e
Iraque para a America Latina, o Irã está abertamente avançando sua agenda
imperialista e nuclear.
Durante a visita de Obama à Arábia Saudita,
por ocasião do funeral do Rei Abdullah, o novo Rei Salman reclamou ao
presidente de modo inequívoco, de fato soando o alarme para eventos piores a
vir se as ambições do Irã não forem tolhidas. Mas parece que a conversa não
teve qualquer impacto sobre Obama. Ele acredita piamente que os dois países
(Irã e Arábia Saudita) irão eventualmente fazer as pazes e enterrar os mais de
mil anos de rivalidade religiosa só porque ambos se opõem ao Estado Islâmico. Isto
é pura fantasia.
O ataque à Hezbollah mostrou a determinação
de agir quando sua segurança nacional está em jogo. Mas infelizmente Israel
está com as mãos amarradas por Obama.
Pelo fato da administração americana ter fechado
os olhos ao avanço do Irã e seu papel desestabilizador na região, Israel só
pode reagir a ameaças internamente ou imediatamente adjacentes a suas
fronteiras.
E é por isso que a presença de Bibi perante
o Congresso americano é tão crítica neste momento. Este Congresso ficará muito
após Obama ter deixado a Casa Branca com todas as suas ilusões, fantasias e vetos a sanções contra este regime terrorista. Ele
não pode perder a oportunidade de falar dos perigos reais que os israelenses enfrentam para um órgão do governo que o vê como aliado e que financia a defesa de Israel.
O relacionamento de Obama com Bibi
certamente irá piorar depois disso, mas vamos rezar para que estes 23 meses
passem rápido, sem muitos eventos traumáticos e que uma nova administração
americana, pelo menos uma que seja lúcida, assuma o leme do que ainda é a maior potência do
mundo.
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