A hora da verdade finalmente está chegando
ao Iraque. O exército do país junto com os curdos, os peshmerga e uns 4 mil
soldados americanos dando apoio logístico,
estão se aproximando de Mosul, a capital do Estado Islâmico no Iraque. A
Turquia está trabalhando freneticamente para ter algum papel militar na tomada
da cidade, uma oferta totalmente rejeitada pelo governo do Iraque. Ninguém está
impressionado com a oferta turca. Depois de suas ações na Síria contra as
comunidades curdas, o governo iraquiano tem que assegurar a integridade e a segurança
dos membros de sua coalisão para a tomada ser bem sucedida.
A Turquia por seu lado está procurando
minar qualquer vitória para os curdos iraquianos ou sírios que poderia animar a
sua comunidade curda a procurar a independência. Os curdos são a maior minoria
do mundo sem um país. São 35 milhões espalhados pela Síria, Irã, Iraque e a
maioria na Turquia, e Erdogan os quer submissos ao seu governo.
O uso de armas químicas continua na Síria.
A ONU reportou um terceiro ataque pelo governo de Assad contra sua população
com cloro em gás e o Estado Islâmico teria usado gás mostarda. Alguém ouviu
alguma condenação do Conselho de Segurança da ONU? Não.
O que tivemos esta semana foi o repeteco
do vergonhoso episódio na UNESCO. Na terça-feira, a absurda resolução que
cortou todos os laços do Judaísmo e do Cristianismo com o Monte do Templo, que
havia sido aprovada na semana anterior, foi ratificada pela organização. O
único país a levantar objeção e trocar seu voto foi o México depois de um
protesto maciço dos grupos cristãos e judaicos do país. A Itália que se absteve
na votação, já avisou que irá votar contra na próxima votação.
A surpresa foi o Brasil avisar a
Autoridade Palestina, que no futuro não poderia garantir seu apoio em
resoluções similares. Se este foi o resultado da ação dos leitores, parabéns!
Mas deveríamos esperar mais do nosso novo governo. Se reconheceu que esta
resolução estava errada, porque não trocar seu voto? Por que deixar para a
próxima vez??
Nesta semana que entra, novamente, uma
resolução similar deverá ser votada pelo Comitê de Herança Mundial, um dos
órgãos da UNESCO. Mas infelizmente nem o México, nem o Brasil ou a Itália fazem
parte do comitê. Bastiões da cultura mundial como Angola, Burkina Faso, Cuba,
Kuwait, Líbano, Tanzânia, Zimbabwe e outros, deverão dar aos palestinos uma
vitória folgada.
Além disso, estas resoluções não
reconhecem qualquer ligação do povo judeu com o túmulo da matriarca Raquel em
Belém e o túmulo dos patriarcas em Hebron ambos descritos na Bíblia, mas não
são mencionados sequer uma vez em qualquer escrito islâmico. Nas resoluções, os
dois locais são descritos como “monumentos palestinos”.
O mundo parece ainda estar hipnotizado pela
causa palestina. Apesar de seu legado de cruéis ataques contra civis e de terem
inventado e exportado o terrorismo moderno.
Ontem tropas do Iraque, que vêm batalhando
homens-bomba diários, criados pelos palestinos, descobriram dezenas de túneis atravessando
vilarejos cristãos próximos a Mosul, cobertos de armadilhas e explosivos,
inspirados pelo Hamas.
Por seu lado, a mídia palestina noticiou nesta
semana que 300 membros da Fatah, o partido palestino do qual Mahmoud Abbas é o
presidente, começaram um treinamento militar em Gaza, em preparação para uma
guerra com Israel.
O braço armado da Fatah, a Brigada dos
Mártires de al-Aqsa anunciou que seus membros se alistaram em uma nova “academia”
como preparação para uma futura batalha contra o “inimigo sionista”. Esta “academia”
foi chamada de Divisão Nidal Al-Amoudi em homenagem ao terrorista que Israel
matou em 2008. O proposito único desta divisão é tanto de preparar uma guerra
contra Israel como lançar ataques terroristas contra israelenses.
Interessante que o Hamas, que matou dezenas
e continua a perseguir membros da Fatah em Gaza, não está em sua lista de
alvos.
Assim, em vez de treinar seus membros para
retomar a Faixa de Gaza e libertá-la da tirania islâmica do Hamas, estes “soldados”
da Fatah estão preparando uma guerra contra Israel, competindo entre si para
ver quem está mais “preparado” para enfrentar o estado judeu. Isto de fato
deixa pouco tempo para projetos sociais e melhora de vida da população.
Uns cinco grupos da Fatah atuam na Faixa
de Gaza, mas como seu objetivo é só Israel, eles são tolerados pelo Hamas. Eles
são formados em sua maioria por ex-policiais da Autoridade Palestina que
perderam seus empregos quando o Hamas tomou a Faixa, mas continuam a receber
seus salários de Abbas. Em outras palavras, estes “soldados” que preparam a
guerra contra Israel recebem o dinheiro de doadores ocidentais como os Estados
Unidos e países da União Europeia.
Esta divisão Nidal Al-Amoudi, recentemente
lançou um ataque sem precedentes contra Abbas, por ele ter participado no
enterro de Shimon Peres, dizendo que são contra “qualquer forma de normalização
com Israel!”. Eles exigiram que Abbas pedisse desculpas ao povo palestino e à
Fatah dizendo que o “conflito armado é a única maneira de “libertar a Palestina””.
Não devemos nos enganar. Estes grupos
acreditam representar a verdadeira Fatah, aquela que continua a seguir os
princípios de Yasser Arafat; aquela que nunca reconheceu o direito de Israel de
existir e a que vê o conflito armado como o único caminho digno para
conquistarem Israel. Eles não são movimentos marginais. Nunca foram renegados
por Abbas ou por outros membros da Fatah que continua a pagar seus salários.
Eles representam o movimento original que hoje acusa Abbas de ter deturpado a
doutrina de seu fundador.
Por seu lado, líderes da Fatah em Ramallah se
dizem desconectados destes membros em Gaza e culpam o exilado Mohamed Dahlan
pela divisão dentro do grupo.
Todos estes acontecimentos são importantes
por uma grande razão: porque a comunidade internacional ainda vê a Fatah como
um partido palestino “moderado” com o qual Israel tem que fazer a paz!
A Fatah é de fato um bicho com muitas
cabeças. Uma que fala inglês e diz o que a comunidade internacional quer ouvir,
isto é, que apoia a solução de dois estados e procura uma solução pacífica para
o conflito com Israel. E tem outra, que fala a verdade em árabe: que está
comprometida com o conflito armado e a “libertação da Palestina” de modo
violento e para tanto, está se preparando para a guerra.
Ela ainda tem outra cabeça, mostrando os
setores destruídos e pobres de Gaza, pelos quais também é responsável, para
angariar a simpatia da imprensa e mais contribuições de doadores apenados pelo
que veem.
Abbas perdeu a Faixa de Gaza não só para o
Hamas, mas para seus próprios seguidores. Estes membros da Fatah estão
marchando em uma direção totalmente diversa da direção de Ramallah. A disputa
entre a Fatah e o Hamas, que efetivamente dividiu os palestinos em duas
entidades, uma na Judeia e Samaria e outra em Gaza, é uma das razões pelas
quais os palestinos estão mais longe do que nunca de um estado independente. A
briga interna na Fatah e o oceano que separa seus líderes são outras razões.
Assim, quando ouvimos Abbas dizer que ele
não convoca novas eleições porque só ele poderá fazer a paz com Israel e quando
ele insiste ser o único líder da Fatah, o único líder da OLP, e o único líder
da Autoridade Palestina, não há como não contestar sua credibilidade quando
centenas de seus próprios seguidores estão se preparando para a guerra com
Israel.
O mundo tem que acordar desta hipnose da
causa palestina. É porque continuamos como zumbis, a dizer amém a tudo o que
eles exigem, que o mundo continua a despencar cada vez mais fundo no poço da
violência, guerra e desordem. Mas hoje, com a mídia social, todos nós podemos
ter um papel neste despertar. É só não deixarmos para amanhã.
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