Nesta última quinta-feira a
UNESCO, a Agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, aprovou uma
resolução submetida pelos palestinos, declarando o Monte do Templo e o Muro das
Lamentações da cidade de Jerusalém, como locais unicamente sagrados aos árabes
e muçulmanos. A UNESCO oficialmente cortou os laços que o Judaísmo e o
Cristianismo têm com este local.
Dos 58 membros da UNESCO, 24
votaram a favor, 26 se abstiveram e somente 6 votaram contra! Os heróis foram a
Estônia, a Alemanha, a Lituânia, a Holanda, o Reino Unido junto com a Irlanda
do Norte e os Estados Unidos.
Esta não é a primeira vez que
esta resolução vai ao voto e é aprovada. Em abril deste ano, a versão inicial
desta resolução recebeu 33 votos a favor, 17 abstenções e os mesmos 6 contra.
A diferença desta vez é que
houve um clamor no mundo cristão o que causou que 7 países trocassem seu voto
de a favor para a abstenção, entre eles os países europeus como a França, a
Espanha, a Suécia, a Eslovênia e a Argentina na América do Sul.
Mas aparentemente, este clamor
não chegou ao Brasil. Nas duas votações a representante permanente do Brasil na
UNESCO, a Sra. Eliana Zugaib, de origem árabe e que mora em Paris, com apenas o
levantar de sua mão, em nome de todos os brasileiros, ela despedaçou a Bíblia e
os Evangelhos e os jogou no lixo.
Na primeira votação em abril,
o Brasil ainda tinha ao leme a ignorância personificada, para a qual os fatos,
a história, a tradição ou a religião não tinham qualquer significância. O que
interessava era a implantação da agência socialista e do alinhamento do nosso
país com membros altamente culturais, científicos e educados da UNESCO como a Argélia,
Bangladesh, Chade, Irã, Líbano, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Paquistão,
Senegal, Sudão e Vietnã.
Aonde está o novo governo
Temer, e o novo Ministro das Relações Exteriores José Serra que deveriam ter restaurado
a lucidez à política externa do Brasil?
Aonde está a bancada
evangélica do Congresso? Será que o Senador Magno Malta, um dos seus líderes,
ficou ciente que em seu nome, o governo do Brasil revogou os laços do Cristianismo
com Jerusalém?
Daqui para frente, queridos
ouvintes cristãos, não se poderá mais dizer que Jesus esteve no Templo fazendo
perguntas aos sábios, ou que tenha purificado o Templo expulsando os trocadores
de dinheiro. Não poderão nem mesmo dizer que Jesus foi crucificado ou que ressuscitou
em Jerusalém. A resolução é clara ao dizer que o Monte do Templo e a Esplanada
do Muro das Lamentações são só sagrados para o Islamismo e os muçulmanos. A
mídia palestina reitera isso negando que jamais existiu qualquer Templo no
local! E ainda, que Jesus não era judeu mas o primeiro mártir palestino da
história!
Até a França, que tem que se
preocupar com seus constituintes muçulmanos que já são 10% de sua população,
desculpou-se por ter votado a favor da resolução em abril e nesta última pelo
menos se absteve de votar por este estupro da história e da religião. Mas por
que o Brasil votou a favor???
Por que esta obsessão em se aconchegar
com o mundo muçulmano, e com os palestinos em particular? Será que devemos a
eles uma grande dívida por sua imensa contribuição ao Brasil ou à humanidade? (Como
os sequestros de aviões e os homens-bombas).
Ou será que são eles que devem
ao Brasil? Sim, porque estes mendigos-chefes receberam R$25 milhões de reais
por decreto do governo Dilma em 2010 e depois mais 10 milhões de dólares
(outros 35 milhões de reais) para a construção de um hospital de ponta em
Ramallah, enquanto os contribuintes destes milhões continuam a morrer na fila
dos SUS ou são atendidos no chão dos hospitais por falta de verbas para comprar
macas.
Ou será que a obsessão é mesmo com aprovar qualquer resolução por mais
absurda que seja, desde que fira Israel e os judeus de algum modo? Mesmo ao
preço de negar sua própria tradição, sua própria Bíblia?
Como judia, não posso deixar
de lembrar que Jerusalem está mencionada na Bíblia 669 vezes e como Sião outras
154 vezes, totalizando 823 vezes. Durante os dois mil anos de exílio, o povo
judeu continuou a rezar três vezes por dia por Jerusalém. A cada nascimento, a
cada circuncisão, a cada casamento, a cada morte, sempre Jerusalém.
No Evangelho, Jerusalém está
mencionada 154 vezes e Sião 7 vezes. Quantas vezes a cidade está mencionada no
Al-Corão??? Nenhuma. Zero. Nil.
A passagem que muitos
muçulmanos citam, do sonho de Maomé em que ele teria voado em seu cavalo até a
mesquita mais longínqua, que eles interpretam como sendo El-Aqsa em Jerusalém,
não faz qualquer sentido porque não só não havia islamismo fora da Arábia
Saudita durante a sua vida, como esta mesquita só começou a ser construída em
705, 73 anos após a morte de Maomé.
Mas a coisa não para aí. O
próprio Corão reconhece o direito dos judeus à Terra Santa! Sim, vocês leram
bem. Então não só esta resolução nega o que está escrito na Bíblia e nos Evangelhos,
mas para mais uma investida política contra Israel, a Autoridade Palestina não
teve qualquer escrúpulo em negar o que diz seu próprio livro sagrado.
E a verdade é que Jerusalém
nunca foi sagrada para o Islamismo. Tanto que quando rezam na mesquita de
Al-Aqsa, eles se dirigem para Meca, levantando seu sagrado traseiro para o Domo
da Pedra, o local mais sagrado do Templo.
Alguns dos exemplos do Corão
são: Sura 29, versículo 47: Quando D-us fala ao povo de Israel ele diz: “Entre,
Meu Povo, a Terra Santa que Alá designou para vocês. Não dê as costas à ela ou
será sua ruína”. Ou a Sura 5, versículo 21: “Alá assentou os Israelitas na
terra abençoada e deu à eles tudo o que era bom”. E a Sura 10, versículo 93: E
Alá disse aos Israelitas: Vivam nesta Terra. Quando a promessa do mundo
vindouro será cumprida, Eu reunirei todos vocês nesta Terra no Fim dos Tempos.”
Esta resolução não é só uma
declaraçãozinha inócua. Ela tem consequências devastadoras para Israel e o
mundo cristão. Em vez de apaziguar, ela
irá encorajar mais violência muçulmana em Jerusalém contra judeus e cristãos.
Toda a base legal para a
presença judaica nesta Terra é o que está escrito na Bíblia! Para aonde, está
escrito, o Messias irá, ou se for cristão, retornará? Para Tel Aviv? Não, para
Jerusalem, para o Templo! Imaginem que amanhã, os muçulmanos proíbam o acesso dos
cristãos na esplanada do Templo. Como poderão protestar? Se hoje os cristãos
aceitam como verdadeira a retórica apresentada pelos palestinos de que nunca
houve qualquer Templo ou judeus em Jerusalém, não houve Jesus, ou os apóstolos,
ou Maria, ou a crucificação ou a ressurreição!
Para supostamente se alinhar
com o terceiro mundo do qual nunca se gradua, o Brasil, um dos maiores países
cristãos do mundo, senão o maior, vendeu suas crenças, deu as costas às suas
preces, e destruiu suas esperanças. Ele
se curvou à ignorância, ao radicalismo, e para quê??? É esta a minha pergunta.
O que o Brasil ganhou com isso??
Mas a sabedoria e a cultura
hoje não pertencem a mim. Pertencem à UNESCO. 3.500 anos de história e das
tradições judaico-cristãs no Brasil apagadas com o simples levantar do dedo da
honorável embaixadora Elaine Zugaib.
Da mesma forma que demos um
basta à ignorância e retomamos o leme do nosso destino, temos que questionar
nossos parlamentares, nossos senadores, sobre o racional usado e quem foi o
responsável por este voto do Brasil. E não faço isso de modo leviano. Todo aquele
que ficou escandalizado com esta votação, deveria escrever para seu deputado,
seu senador e expressar seu protesto e dizer “Não em meu Nome”. Para que na
próxima votação o Brasil não faça mais este papel vergonhoso. Que ele orgulhosamente
faça parte daqueles que não comprometem nem seus valores nem os de seu povo.
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