Todo dia 5 de
junho, os palestinos comemoram o dia da Naqsa. Diferentemente da Nakba, ou
catástrofe da criação do Estado de Israel, a Naqsa marca a derrota dos árabes
na Guerra dos Seis Dias. E Israel continua a se defender das dezenas de mísseis
e morteiros enviados nesta semana. Mas Israel não está em guerra somente em
loco. Sua batalha se estende ao mundo aonde as condenações e críticas hipócritas
abundam contra o Estado judeu.
Na semana
passada, o Kuwait submeteu um projeto de resolução pedindo que uma força
internacional seja enviada a Gaza para proteger os civis palestinos de Israel,
mas sem mencionar o papel do Hamas como o agente da violência. O Kuwait, um
pequeno país árabe rico em petróleo que teve que esperar os Estados Unidos
virem liberá-lo das garras de Saddam Hussein em 1990, quer ser visto como
defensor das vidas palestinas. Mas escondem que eles próprios assassinaram mais
de 20 mil palestinos refugiados em seu país, porque haviam supostamente apoiado
a invasão de Saddam Hussein.
Como pimenta
nos olhos dos outros não arde, hoje o Kuwait defende a bandeira do Hamas de
modo vergonhoso chegando a dizer descaradamente que a força internacional é
para proteger os civis palestinos e não para manter a paz. Em outras palavras,
a força é para impedir que Israel se defenda dos ataques do Hamas.
Na segunda
feira, os EUA foram duramente criticados pelos membros do Conselho de Segurança
por terem bloqueado a resolução Kuwaitiana que expressava "indignação e
tristeza pela morte de civis palestinos". Mas algo extraordinário
aconteceu. Na mesma semana, o governo Trump exigiu uma nova votação do Conselho
de Segurança da ONU propondo a condenação do Hamas como uma organização
terrorista e pelo recente disparo de mais de 70 foguetes contra o território
israelense.
Assim nasceu
uma nova estratégia - algo que o Conselho pode esperar acontecer daqui por
diante se não medir as palavras de suas resoluções contra Israel.
Nikki Haley,
a embaixatriz americana na ONU disse que "são resoluções como essa que
minam a credibilidade da ONU ao lidar com o conflito israelo-palestino”. Ela
disse que "aparentemente, alguns membros do conselho não acham que o lançamento
de mísseis pelo Hamas contra Israel pode ser qualificado como terrorismo",
mas "os Estados Unidos discordam". Haley finalizou dizendo que “o
povo de Gaza não precisa de proteção externa. O povo de Gaza precisa de
proteção contra o Hamas".
O embaixador
de Israel na ONU, Danny Danon, explicou que “a partir de agora, sempre que
houver uma resolução condenando Israel, não será apenas um veto dos EUA, mas haverá
um esforço proativo para expor a hipocrisia do Conselho."
Existem
inúmeras razões pelas quais há violência entre Israel e Gaza. Primeiro e mais
importante é o estatuto do Hamas que declara o inabalável compromisso da
organização em destruir o Estado de Israel.
Mas há também
o terrível estado de desleixo de Gaza. O esgoto flui pelas ruas, a água potável
é escassa, a eletricidade quase inexistente e o desemprego está na casa do
chapéu. Embora não há uma crise humanitária propriamente dita como no Iêmen e Sudão
do Sul, a vida em Gaza é deplorável. Mas Israel não tem qualquer culpa disto. O
único responsável pela miséria é o Hamas. Se o grupo realmente se importasse
com sua população, poderia por exemplo, decidir parar com o terrorismo, depor
suas armas e reconhecer o direito de Israel de existir. Mas o Hamas faz
exatamente o oposto e, em vez de investir dinheiro em infraestrutura e
bem-estar, ele escava mais túneis terroristas para infiltrar as comunidades
israelenses e cometer atrocidades.
Mas o mundo
não vê nada disso. Ele também prefere não apontar o dedo para o Egito que
fechou completamente sua fronteira com Gaza, destruiu dezenas de casas na
fronteira e alagou os túneis do Hamas causando várias mortes. A única culpada é
Israel e é ela quem tem que resolver o problema dos quase 2 milhões de
habitantes da Faixa de Gaza.
De acordo com
os chamados “especialistas no assunto” entrevistados nesta semana, Israel precisa
banhar o Hamas com coisas. Alimentos, remédios, água, eletricidade, suprimentos
médicos, concreto e dinheiro vivo. O que o Hamas precisar, Israel deveria entregar
em nome da “assistência humanitária”. Toda vez que os repórteres perguntam o
que Israel pode fazer para acabar com a campanha jihadista do Hamas, estes “gênios”
dão a mesma resposta. Vamos regá-los com “coisas”.
O fato de a
Autoridade Palestina estar bloqueando a ajuda humanitária a Gaza não causa
qualquer impressão a ninguém. Por meses, o chefe da AP, Mahmoud Abbas, se
recusou a pagar salários a funcionários do regime do Hamas ou a pagar pela
eletricidade e combustível de Gaza. O Hamas, por sua vez, destruiu o terminal
de carga Kerem Shalom há duas semanas, bloqueando toda a transferência de gás e
alimentos para Gaza. E esta semana explodiu suas linhas de eletricidade com um
morteiro falho voltado para Israel. E corretamente, o ministro das minas e energia
Yuval Steinitz declarou que não irá colocar a vida de israelenses em perigo,
para reparar o dano causado.
A
determinação do Hamas de usar civis como escudos humanos para seus ataques terroristas
é uma mensagem clara de que não se importa com a vida das pessoas que controla.
Mas por algum motivo, isto não registra na psique da mídia ou dos políticos
europeus. Enquanto os moradores do sul do país corriam para abrigos a cada 10
minutos na terça-feira, a ONU dizia que Israel deveria dar remédios ao Hamas!!!
Mas quando o
Hamas se recusou a receber suprimentos médicos de Israel, os lideres europeus correram
para avisar que a única carta na manga de Israel era a de enviar ajuda
humanitária para Gaza(!!!).
Acima de
tudo, o conflito na fronteira de Gaza é cultural e religioso. A cerca de Gaza
não separa apenas Israel e os palestinos, mas também as civilizações. Israel é
hoje o posto mais avançado na batalha para proteger a herança da verdade e da
santidade da vida da marcha pela dominação do mundo por uma cultura de mentiras
e pela cultura da morte.
A pergunta da
semana é se há qualquer coisa que Israel possa fazer para resolver a situação
com o Hamas? A resposta pode ser não.
Enquanto o
Hamas continuar a governar Gaza e buscar a destruição de Israel, há muito pouco
que pode ser feito para mudar a realidade ao longo da fronteira sul de Israel.
Mas o que tem
ficar claro é que Israel não é responsável pela situação em Gaza. O que está acontecendo
ali é culpa do Hamas e do povo palestino que o elegeu e que até agora se
recusou a se levantar e se opor ao regime. Mas isso não significa que Israel
deva simplesmente aceitar ad eternum, a existência de um estado beligerante
ao seu lado. Isto é algo que nenhum país do mundo deveria ser obrigado a aceitar.
A Europa que
tanto prega a moderação a Israel, que tanto critica o Estado judeu por exercer
a autodefesa, continua invicta como o palco mais sangrento de toda a história da
humanidade. Seu solo ainda está húmido com o sangue dos milhões de judeus que assassinou
e isto não está somente nas costas dos alemães. Está nas costas dos espanhóis,
portugueses, franceses, italianos, russos e de todos os outros países do
continente.
Estes
europeus que hoje dizem defender a vida e a razão deveriam estar do lado de Israel.
Mas não, consistentemente se posicionam do lado repugnante dos que usam a
cultura da morte para realizar suas ambições. Se eles realmente se importam com as vidas
palestinas nesta guerra, não deveriam deixar Israel só para defender o que eles
cinicamente alegam serem seus valores éticos e morais.
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