O Papa Francisco anunciou na
segunda-feira que documentos do arquivo secreto do Vaticano sobre as ações do
papa Pio XII durante o Holocausto serão abertos ao mundo acadêmico em março de
2020. O objetivo, segundo o papa, é ajudar a esclarecer este período
controverso para o Vaticano e a Igreja Católica.
O anúncio é sem duvida
bem-vindo.
Pio XII foi papa de 2 de março
de 1939 até 9 de outubro de 1958 e seu papel durante o Holocausto sempre foi
objeto de controvérsia. Alguns críticos afirmam que ele não levantou um dedo
para ajudar os judeus que foram enviados para a morte, mas o Vaticano afirma
que estava realizando discreta diplomacia nos bastidores.
Pio XII nunca denunciou claramente
o genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial e nunca levantou a voz
contra os horrores do Holocausto.
Líderes católicos afirmam que
certas ações tomadas por Pio XII e outros clérigos católicos, ajudaram os
judeus europeus como por exemplo, a aceitação de crianças judias em mosteiros. Para
eles, a falta de discrição da Igreja poderia ter resultado em severas
represálias contra católicos na Europa nazista.
O papa Francisco disse que Pio
XII guiou a Igreja Católica “em um dos momentos mais tristes e sombrios do
século XX”, e que às vezes a critica a ele teria sido “exagerada”.
Espera-se que entre os
documentos estejam cartas e mensagens entre o papa e outras autoridades do
Vaticano e católicos piedosos que serviram como altos oficiais militares ou do
governo, e com católicos de menor escalão, que podem ter fornecido informações
de vários tipos a oficiais da igreja.
As questões a serem
respondidas por estes documentos são basicamente duas: que informações chegaram
ao Vaticano sobre os crimes do Holocausto e quando estas informações chegaram
até Pio XII?
Os jornais da época da guerra
elogiaram o papel do papa que teria exigido da Alemanha deixar 200 mil judeus
saírem do país depois da Noite de Cristal. Em 1939 ele empregara dúzias de
judeus que haviam sido demitidos de cargos públicos por decreto de Mussolini na
Itália. O Vaticano também teria ajudado a salvar quase cinco mil judeus
italianos escondendo-os em monastérios e conventos em Roma. Em sua morte em
1958, o grão rabino da Italia elogiou o papa por suas ações e Golda Meir chegou
a participar do seu enterro.
Por outro lado, há fortes
indicações que o Vaticano teria emitido certidões de batismo falsas para
nazistas ajudando-os a evadir a justiça. E a diretiva do Vaticano para mosteiros
que abrigaram crianças judias para criar como cristãs as que haviam batizadas.
Para muitos, inclusive para o
museu Yad Vashem, o silencio do papa durante a Guerra e sua recusa em condenar
o Holocausto até mesmo depois da Guerra, usando termos genéricos, é o resultado
de séculos de antissemitismo propagado pela Igreja que chegou ao seu ápice com
o nazismo.
A luz que estes documentos
podem trazer sobre o papel do Vaticano e de Pio XII durante a Segunda Guerra
talvez ajudará a encerrar este capitulo sombrio da história judaico-católica
precisamente quando outro capitulo está começando. E o pior, está começando
aqui na América.
De acordo com o instituto
Gallup, a simpatia dos americanos por Israel desceu a um nível não visto em 10
anos. Ainda assim, a maioria dos entrevistados ainda suportam Israel. Mas esta
simpatia está sofrendo uma rápida erosão devida primordialmente à radicalização
para a esquerda do partido democrata.
A recém-eleita deputada pelo
Estado de Minnesota Ilhan Omar, que imigrou para os Estados Unidos, como refugiada da
Somalia não mede suas declarações contra Israel e os judeus indo de acusações
de dupla lealdade à pagarem membros do congresso para continuar o apoio a
Israel. Ela é abertamente antissemita e mesmo assim foi nomeada para o Comitê
de Assuntos Externos que entre outros, é responsável pela ajuda econômica e
militar a Israel. Sua ultima declaração provocou uma avalanche de reclamações
de dentro do próprio partido democrata mas não foi suficiente para que seus
membros votassem uma resolução especificamente contra o antissemitismo.
O presidente dos EUA, Donald
Trump, caracterizou o Partido Democrata na sexta-feira como
"anti-judaico" e "anti-Israel" à luz desta controvérsia.
Falando a repórteres na Casa
Branca, Trump disse que era uma "desgraça" que os democratas tivessem
aprovado uma resolução na Câmara nesta semana condenando todas as formas de
ódio - e não o antissemitismo e não tivessem repreendido Omar.
Trump disse que "Os
democratas se tornaram um partido anti-Israel". "Eles se tornaram um
partido anti-judeu, e isso é muito ruim."
Por causa desta deputada, o
partido democrata teve uma semana conturbada com sua liderança pressionando por
uma resolução condenando as acusações de dupla lealdade como expressamente
antissemitas. Quando a linguagem foi finalmente aprovada pelo plenário, ela
havia sido alterada para incluir condenações de islamofobia, da supremacia
branca e de outras formas de ódio.
A liderança democrata -
incluindo o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, de Nova York, que é
judeu – mostrou seu desespero. Ele disse que os comentários do presidente
mostram que ele está interessado apenas em jogar a política da divisão e não no
combate ao antissemitismo". E disse: que "o Presidente, havia
redefinido a ousadia”. Nâo sei para quem Schumer pensava estar falando mas não
foi para seus eleitores de NY.
Outros democratas judeus que
estavam na semana passada liderando a acusação de condenar a colega de partido,
incluindo o deputado Ted Deutch, da Flórida, disseram que também deveriam
condenar o antissemitismo entre os aliados de Trump.
Os democratas querem de toda
forma abafar o escândalo em torno de Omar, que em três meses provocou três
grandes ondas de condenação por seus comentários sobre Israel e judeus.
Desde que assumiu o cargo,
Omar questionou se o apoio a Israel no Congresso é "tudo sobre os
Benjamins" e comparou as organizações de defesa de Israel com os lobbies
farmacêuticos, de combustíveis fósseis e de armas.
Ela apoia abertamente o
movimento de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel, e diz que
"ri" com a noção de que pode existir tanto como um estado judeu
quanto democrático.
Ela com seu hijab, junto com
Alexandria Ocasio-Cortez e seu asinino Novo Tratado Verde, são os novos rostos
do partido democrata da América. Os rostos que desde a eleição em novembro, têm merecido uma atenção quase que
exclusiva da mídia. E assim elas conseguiram impor sua agenda antissemita e
socialista ao partido e valores que são completamente estranhos ao povo americano.
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