Sunday, March 10, 2019

As Boas Novas do Vaticano - 10/03/2019

O Papa Francisco anunciou na segunda-feira que documentos do arquivo secreto do Vaticano sobre as ações do papa Pio XII durante o Holocausto serão abertos ao mundo acadêmico em março de 2020. O objetivo, segundo o papa, é ajudar a esclarecer este período controverso para o Vaticano e a Igreja Católica.

O anúncio é sem duvida bem-vindo.

Pio XII foi papa de 2 de março de 1939 até 9 de outubro de 1958 e seu papel durante o Holocausto sempre foi objeto de controvérsia. Alguns críticos afirmam que ele não levantou um dedo para ajudar os judeus que foram enviados para a morte, mas o Vaticano afirma que estava realizando discreta diplomacia nos bastidores.

Pio XII nunca denunciou claramente o genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial e nunca levantou a voz contra os horrores do Holocausto.

Líderes católicos afirmam que certas ações tomadas por Pio XII e outros clérigos católicos, ajudaram os judeus europeus como por exemplo, a aceitação de crianças judias em mosteiros. Para eles, a falta de discrição da Igreja poderia ter resultado em severas represálias contra católicos na Europa nazista.

O papa Francisco disse que Pio XII guiou a Igreja Católica “em um dos momentos mais tristes e sombrios do século XX”, e que às vezes a critica a ele teria sido “exagerada”.

Espera-se que entre os documentos estejam cartas e mensagens entre o papa e outras autoridades do Vaticano e católicos piedosos que serviram como altos oficiais militares ou do governo, e com católicos de menor escalão, que podem ter fornecido informações de vários tipos a oficiais da igreja.

As questões a serem respondidas por estes documentos são basicamente duas: que informações chegaram ao Vaticano sobre os crimes do Holocausto e quando estas informações chegaram até Pio XII?

Os jornais da época da guerra elogiaram o papel do papa que teria exigido da Alemanha deixar 200 mil judeus saírem do país depois da Noite de Cristal. Em 1939 ele empregara dúzias de judeus que haviam sido demitidos de cargos públicos por decreto de Mussolini na Itália. O Vaticano também teria ajudado a salvar quase cinco mil judeus italianos escondendo-os em monastérios e conventos em Roma. Em sua morte em 1958, o grão rabino da Italia elogiou o papa por suas ações e Golda Meir chegou a participar do seu enterro.

Por outro lado, há fortes indicações que o Vaticano teria emitido certidões de batismo falsas para nazistas ajudando-os a evadir a justiça. E a diretiva do Vaticano para mosteiros que abrigaram crianças judias para criar como cristãs as que haviam batizadas.

Para muitos, inclusive para o museu Yad Vashem, o silencio do papa durante a Guerra e sua recusa em condenar o Holocausto até mesmo depois da Guerra, usando termos genéricos, é o resultado de séculos de antissemitismo propagado pela Igreja que chegou ao seu ápice com o nazismo.

A luz que estes documentos podem trazer sobre o papel do Vaticano e de Pio XII durante a Segunda Guerra talvez ajudará a encerrar este capitulo sombrio da história judaico-católica precisamente quando outro capitulo está começando. E o pior, está começando aqui na América.

De acordo com o instituto Gallup, a simpatia dos americanos por Israel desceu a um nível não visto em 10 anos. Ainda assim, a maioria dos entrevistados ainda suportam Israel. Mas esta simpatia está sofrendo uma rápida erosão devida primordialmente à radicalização para a esquerda do partido democrata.

A recém-eleita deputada pelo Estado de Minnesota Ilhan Omar, que imigrou  para os Estados Unidos, como refugiada da Somalia não mede suas declarações contra Israel e os judeus indo de acusações de dupla lealdade à pagarem membros do congresso para continuar o apoio a Israel. Ela é abertamente antissemita e mesmo assim foi nomeada para o Comitê de Assuntos Externos que entre outros, é responsável pela ajuda econômica e militar a Israel. Sua ultima declaração provocou uma avalanche de reclamações de dentro do próprio partido democrata mas não foi suficiente para que seus membros votassem uma resolução especificamente contra o antissemitismo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, caracterizou o Partido Democrata na sexta-feira como "anti-judaico" e "anti-Israel" à luz desta controvérsia.

Falando a repórteres na Casa Branca, Trump disse que era uma "desgraça" que os democratas tivessem aprovado uma resolução na Câmara nesta semana condenando todas as formas de ódio - e não o antissemitismo e não tivessem repreendido Omar.

Trump disse que "Os democratas se tornaram um partido anti-Israel". "Eles se tornaram um partido anti-judeu, e isso é muito ruim."

Por causa desta deputada, o partido democrata teve uma semana conturbada com sua liderança pressionando por uma resolução condenando as acusações de dupla lealdade como expressamente antissemitas. Quando a linguagem foi finalmente aprovada pelo plenário, ela havia sido alterada para incluir condenações de islamofobia, da supremacia branca e de outras formas de ódio.

A liderança democrata - incluindo o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, de Nova York, que é judeu – mostrou seu desespero. Ele disse que os comentários do presidente mostram que ele está interessado apenas em jogar a política da divisão e não no combate ao antissemitismo". E disse: que "o Presidente, havia redefinido a ousadia”. Nâo sei para quem Schumer pensava estar falando mas não foi para seus eleitores de NY.

Outros democratas judeus que estavam na semana passada liderando a acusação de condenar a colega de partido, incluindo o deputado Ted Deutch, da Flórida, disseram que também deveriam condenar o antissemitismo entre os aliados de Trump.

Os democratas querem de toda forma abafar o escândalo em torno de Omar, que em três meses provocou três grandes ondas de condenação por seus comentários sobre Israel e judeus.

Desde que assumiu o cargo, Omar questionou se o apoio a Israel no Congresso é "tudo sobre os Benjamins" e comparou as organizações de defesa de Israel com os lobbies farmacêuticos, de combustíveis fósseis e de armas.

Ela apoia abertamente o movimento de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel, e diz que "ri" com a noção de que pode existir tanto como um estado judeu quanto democrático.

Ela com seu hijab, junto com Alexandria Ocasio-Cortez e seu asinino Novo Tratado Verde, são os novos rostos do partido democrata da América. Os rostos que desde a eleição em  novembro, têm merecido uma atenção quase que exclusiva da mídia. E assim elas conseguiram impor sua agenda antissemita e socialista ao partido e valores que são completamente estranhos ao povo americano.

Se os democratas não fizerem uma auto-reflexão imediata, e denunciarem estas políticas, veremos o partido falir nas próximas eleições

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