Nos últimos
anos temos falado sobre a crescente onda de antissemitismo que está varrendo a
Europa. Atos de vandalismo, violência e perseguição de judeus viraram a norma.
E hoje não depende se o país aonde eles ocorrem estava do lado dos nazistas ou
dos aliados na Segunda Guerra.
Enquanto
isso, aqui nos Estados Unidos, tivemos em outubro, o ataque antissemita mais mortífero
da história da América quando 11 judeus foram mortos. Seis meses depois tivemos
o ataque à sinagoga em Poway aonde uma pessoa morreu. Na mesma época, tivemos
vários ataques contra judeus em Nova York, abusos e bullying contra judeus nas
ruas e nas universidades americanas.
A
pergunta é: até onde a América foi contagiada pela crescente onda de antissemitismo
na Europa?
O Centro de
Liberdade Religiosa do Instituto Hudson tentou responder a esta pergunta. Ao
analisar a situação na Europa, o Centro concluiu que os judeus que vivem na
Inglaterra são hoje o principal risco de segurança. Somente em 2018, 1.600
ataques a judeus ocorreram na Grã-Bretanha. Esta situação se desenvolveu, em grande parte,
por causa das políticas tóxicas do líder do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn.
O
antissemitismo está tão propagado na Inglaterra que um novo termo foi cunhado
para os judeus que pensam seriamente em abandonar o país: depois do Brexit, agora
temos o Jewxit. Uma pesquisa do jornal Jewish Chronicle em
2018 revelou que um em cada três judeus britânicos está considerando deixar o
Reino Unido se Jeremy Corbyn for eleito primeiro-ministro.
Este não é um
cenário tão absurdo quanto alguns pensam. Milhares de judeus franceses já deixaram
a França nos últimos anos devido ao antissemitismo. Tal saída da Inglaterra
causaria grandes danos à economia do Reino Unido tanto em dinheiro como em
cabeças pensantes.
Gideon
Falter, chefe da Campanha Contra o Antissemitismo, em entrevista à CNN, disse "que
é uma situação muito triste porque todos nós nascemos e crescemos aqui e para a
maioria é onde nossos avós encontraram refúgio durante os dias mais sombrios da
humanidade".
O enviado
especial do Departamento de Estado americano para monitorar e combater o antissemitismo,
Elan Carr, contradisse a ideia bastante enganosa de que há um "novo"
antissemitismo no mundo de hoje. "É a mesma coisa", ele disse.
E ele
tem razão.
Acusações
antigas contra os judeus, como o infame "libelo de sangue", são re-embaladas
em formatos novos como "israelenses assassinam bebês" e "judeus
infectam crianças palestinas com o vírus da Aids". Não há nada de novo no
antissemitismo de hoje. Antissemitismo e antisionismo são o mesmo mal.
Na França, a
crescente violência contra os judeus desde os anos 90, culminou com o ataque ao
Bataclan. Noventa pessoas foram chacinadas no teatro e outras 40 em cafés e
restaurantes. Mais de 400 ficaram feridas. Tudo isso porque os terroristas
acreditavam que o Bataclan pertencia a judeus. Não sabiam que seus donos judeus
haviam vendido o lugar alguns meses antes.
Não há dúvidas
de que os judeus da Europa enfrentam um futuro sombrio. Apesar de alguns
esforços sérios sendo feitos pela liderança de alguns governos, a violência diária é
muito difícil de policiar. E nesta altura do campeonato, mudar o curso da
opinião pública cada vez mais islamizada, parece um sonho impossível.
E na América?
Será que estamos descendo neste poço apenas um pouco mais devagar que na Europa
ou há esperança?
O Instituto
Hudson publicou uma pesquisa recente da McLaughlin and Associates com milhares
de eleitores americanos registrados. Os resultados foram surpreendentes e
encorajadores. Os resultados completos da pesquisa podem ser visualizados no
site do Instituto Hudson em Hudson.org.
Para começar,
a maioria dos eleitores dos EUA pesquisados entende o que é o antissemitismo.
Em respostas à pergunta: "Como você descreveria o antissemitismo?"
44% dos entrevistados disseram: "Ódio contra os judeus" e outros 20%
disseram “intolerância, nazismo e ódio a Israel”. 34% disseram que não sabiam.
Sobre a
opinião sobre Israel, 51% dos inquiridos tinham uma visão positiva de Israel;
apenas 21% tiveram uma opinião negativa (os outros colocaram “sem opinião”). Quando
perguntados sobre o apoio dos Estados Unidos a Israel, 55% disseram que a ajuda
era "correta" ou "muito pouca"; 21% disseram que era "demasiada"
e o resto não sabia.
Em resposta à
pergunta: "Você é islamofóbico se criticar a congressista Ilhan Omar por
suas opiniões sobre Israel?" 63% disseram que não, 14% disseram que sim e
23% não sabiam.
E houve uma
resposta significativa a uma importante questão histórica: “Você acredita que é
verdade que no Holocausto, o regime nazista visou e exterminou seis milhões de
judeus europeus?” 80% disseram que sim, apenas 8% disseram que não; e 12% não
sabiam.
A má notícia
sobre a Europa é que o antissemitismo está praticamente incontrolável, e seu
perigo é palpável. Mais e mais judeus estão considerando a mudança para Israel
ou para outro lugar.
A boa notícia
é que os americanos são muito menos antissemitas que seus primos europeus. A
maioria dos entrevistados está prestando muita atenção às questões políticas
que a América enfrenta hoje, incluindo aquelas relacionadas ao antissemitismo e
a Israel. Isto não quer dizer que temos que passar por cima das centenas de
ataques antissemitas na América que ocorrem todo o ano. Afinal, os ataques
antissemitas estão no topo da lista do FBI de todos os ataques discriminatórios
e seu numero está crescendo rapidamente.
Especialmente
nos campus universitários. Não podemos deixar que alunos se escondam atrás da liberdade
de expressão para abusar, perseguir e atacar estudantes judeus. Especialmente
os grupos de esquerda, os neo-nazistas e os islâmicos. Precisamos denunciar cada
ato, responsabilizar cada perpetrador e expor seus financiadores.
Só assim
poderemos impedir a América de seguir o caminho tenebroso que a Europa está
trilhando.
No comments:
Post a Comment