Por fim
aconteceu. Joe Biden esperou quase um mês, mas nesta última quarta-feira ele
finalmente ligou para Bibi Netanyahu, superando todos os seus predecessores na
demora. Em 2001, George Bush ligou para Ehud Barak sete dias após sua posse
mesmo sabendo que Barak estava prestes a perder o cargo em questão de semanas.
Em 2009,
Barack Obama ligou para Ehud Olmert no dia seguinte à posse, um sinal da
importância do Oriente Médio para sua agenda externa.
Em 2017,
Donald Trump ligou para Benjamin Netanyahu dois dias após sua posse.
Para os que
defendem o relacionamento entre Israel e a América, isso foi preocupante e
perturbador. Israel é um dos aliados mais próximos da América no mundo,
definitivamente o mais próximo no Oriente Médio. Com base na tradição e nos
movimentos dos três últimos presidentes, o telefonema de Biden deveria ter
ocorrido em questão de dias, não depois de quase um mês.
Mas não há
dúvida do que esteve por trás do atraso. E porquê a falta de tal chamada não só
ganhou as manchetes em todo o mundo, mas também se tornou uma questão quase
diária para Jen Psaki a porta-voz da Casa Branca.
Enquanto todos
os outros níveis do governo americano já fizeram e têm mantido contato com suas
contrapartes israelenses, o fato de não haver contato direto entre a Casa
Branca e o Gabinete do Primeiro Ministro mostra uma nova abordagem nas relações
exteriores. A desculpa foi que Biden havia decidido fazer ligações com base nas
regiões do mundo e quando chegasse a vez do Oriente Médio, Israel seria o
primeiro.
Mas à medida
que os dias se arrastavam e a ligação não acontecia, ficou claro que uma
mensagem estava sendo enviada e que a esnobação de Biden era pessoal. Não se
tratava de uma mudança na política, como durante a era Obama, mas sim algo mais
profundo: o governo Biden quer colocar Israel e especialmente Netanyahu no seu
lugar e mostrar que Israel não controla mais em Washington.
Além disso,
Biden, agindo como uma criança emburrada, demorou para ligar para Netanyahu
porque o premiê israelense esperou alguns dias para congratula-lo depois da
eleição em novembro. E enquanto fotos
foram publicadas durante as conversas com outros líderes, a Casa Branca não publicou
nenhuma da ligação de Biden com Netanyahu.
O que estamos
assistindo é um retorno à era de Obama. E Biden, que era seu vice-presidente,
irá dar o troco pelas supostas transgressões de Bibi. O discurso que Netanyahu
fez perante o Congresso em 2015 contra o acordo com o Irã, parece ainda estar engasgado
na garganta do Partido Democrata, seis anos depois.
Muitos dos
conselheiros que hoje cercam Joe Biden eram os mesmos que cercaram Obama e
trabalharam no acordo com o Irã. Apesar de somente os Estados Unidos terem
saído do Acordo tendo a União Europeia, a França, a Alemanha, a China, a Rússia
e a Inglaterra terem se mantido, o Irã decidiu que se as sanções não fossem
levantadas, eles não iriam cumprir sua parte e em janeiro aumentou o
enriquecimento do urânio de 4.5% (que já violava o acordo) para 20%.
Em 12 de
novembro último, a Agência Internacional de Energia Atômica avisou que o Irã já
tinha armazenado 12 vezes a quantidade de urânio enriquecido do que o permitido
pelo acordo.
E com tudo
isso acontecendo, o Irã não reduziu seu patrocínio ao terrorismo internacional,
suas ações para alcançar a hegemonia no Oriente Médio. Só na semana passada o
Irã, através de suas milícias no Iraque lançaram uma barragem de mísseis contra
uma base das forças de coalisão no norte do país.
E sabem porque?
Porque Biden mostrou fraqueza. Logo após a posse ele rescindiu esforços para
reimpor sanções da ONU sobre o Irã. Ele chamou o absurdo acordo de 2015 uma
“conquista chave da diplomacia multilateral”. Nesta semana Biden se uniu aos
Europeus oferecendo começar discussões com o Irã sobre seu programa
nuclear.
E qual foi a
consequência, a recompensa que Biden ganhou com este gesto de suposta “boa
vontade” para não chama-lo de capitulação?
O Irã impôs
hoje como prazo fatal para que as sanções bancárias e da venda de petróleo
fossem suspensas. Caso contrário, o Irã irá expulsar os inspetores da Agencia
Nuclear da ONU. Os mulás declararam que os Estados Unidos devem dar o primeiro
passo e eliminar as sanções dando ao Irã toda a liberdade para não só reabastecer
seus cofres mas os de suas organizações terroristas como a Hezbollah, o Jihad
Islamico, os Houthis, as milícias pró-Irã no Iraque e outros grupos plantados
na Europa e América do Sul.
Mas Biden não
se importa. Ele está obcecado em voltar o relógio para 2016. Ele próprio que
disse que um presidente que governa por ordens executivas, é um ditador, e ele bateu
o recorde delas apenas no primeiro mês de governo.
Para a mídia
agora está tudo está bem. As perguntas que fazem a Biden são tão ridículas que
chegam a doer. No meio de uma crise de eletricidade no Texas, com pessoas
morrendo de frio, o que a preocupa é qual dos cachorros que ele tem é o mais
velho, como foi seu jogo de Mario Kart com sua neta, e como foi acordar na Casa
Branca depois da posse.
Aqui em Nova
Iorque a coisa não está melhor. O governador Cuomo está cada vez mais enrolado
em tentar defraudar a justiça ao esconder as mortes em asilos. E o prefeito de
Blasio, esta semana mandou fechar os rinks de skate da Fundação Trump que
servem à população mais pobre da cidade como o Harlem. Só porque são de Trump.
E ele disse isso. Ele quer punir o ex-presidente.
O que estamos
vendo é uma vergonhosa mostra do que a esquerda, que promete união, amor,
igualdade, faz na verdade. Para eles, não é uma questão de esquerda e direita.
Mas entre a esquerda e o mal. Os conservadores, os que acreditam em menos
governo e mais iniciativa privada, são representantes do mal. Eles querem o
controle, o poder de decidir por todos o que é melhor para nós. Como se fossemos
idiotas e não pudéssemos decidir nosso próprio destino. A solução? É continuar
a mostrar as mentiras que eles dizem e as falsidades que prometem.
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