Estamos
com um grande problema nas mãos. A Ucrânia é o maior país em território do
continente Europeu, mas no ocidente temos a tendencia de vê-la como um país
pequeno e insignificante. Fatos históricos são mencionados passageiramente como
se não afetassem ninguém fora de suas fronteiras. O colapso da União Soviética,
a Revolução Laranja de 2004, a anexação da Criméia em 2014. E agora, seu sequestro
pela Rússia, trazendo ansiedade sobre uma possível outra Guerra Mundial.
O
fato é que a Ucrânia pode ser tudo menos insignificante. Ela não só tem um
capital humano diverso, um potencial econômico enorme, ela tem uma localização crítica
entre a Rússia e a União Europeia. Ela tomou parte na queda de 4 impérios,
incluindo o Austro-húngaro e a União Soviética.
E
isso não ocorreu por acaso. Os ucranianos hoje deixaram de lado suas afiliações
étnicas e religiosas e se uniram na ideia universal de liberdade. Sim, ainda
existem os oligarcas, os corruptos e os políticos vendidos. Mas a nova geração
está lutando contra eles. Especialmente desde 2014, depois que centenas de
milhares de manifestantes saíram contra a corrupção no que eles chamaram de
Revolução da Dignidade, compelindo o governo a ser mais transparente e
responsável. Hoje o povo, incluindo os que falam russo, não espera que o
governo ou seu exército os proteja. Eles estão se mobilizando de todas as
maneiras para defender seu país.
Putin,
por seu lado, tem feito de tudo para negar uma identidade nacional ucraniana.
Um dos grandes fronts desta guerra é sobre a informação divulgada sobre o
conflito. Putin não tem perdido uma só ocasião para empurrar a narrativa que os
ucranianos e a Ucrânia são uma parte intrínseca do mundo russo com laços históricos
e espirituais profundos com a Mãe-Rússia. Em julho do ano passado ele declarou
que os Russos e Ucranianos são “um só povo, uma unidade inquebrantável”.
A declaração
de Putin ilustra vividamente a prática de longa data (desde Lenin) de recusar reconhecer
os ucranianos como mestres de sua própria história, e negar-lhes uma cultura distinta.
Um
pouco de história. Até o século 17, a Ucrânia fazia parte da Comunidade
Polonesa-Lituana. Mas em 1654, ocorreu um evento histórico na Ucrânia, que a Rússia
adora descaracterizar. Naquele ano, a Ucrânia era governada por cossacos
ucranianos que resolveram fazer um pacto com o Tzar russo Pereiaslav. Intérpretes
foram chamados (sim, porque a Ucrânia tem uma língua distinta) e o tratado foi
escrito, descrevendo cada uma das partes como o estrangeiro. Hoje o Kremlin
quer convencer o mundo que o tratado de Pereiaslav foi uma unificação, um termo
que esconde a realidade da expansão imperial russa.
Cinquenta
anos mais tarde, o Tzar Peter I, se recusou a honrar o tratado e marchou sobre
a Ucrânia, vencendo suas forças em 1709 na batalha de Poltava. Em 1775, a
imperatriz russa Catarina II, querendo expandir ainda mais seu império,
erradicou todos os líderes cossacos locais e transformou a Ucrânia numa terra
subserviente à Rússia. Notem a palavra subserviente.
Em
janeiro de 1918, durante a primeira guerra mundial, a Ucrânia declarou sua independência
e cortou relações com a Rússia. Ao mesmo tempo ela passou a gravitar na esfera
da Alemanha. Mas quando o exército alemão perdeu a guerra, Lenin aproveitou a
oportunidade para invadir todos os países vizinhos e em 1922, a Ucrânia foi incorporada
à União Soviética junto com a Bielorrússia e a Transcaucásia. Mas isso só foi
possível depois de Moscou ter reconhecido a soberania do território e o Estado
da Ucrânia.
Então,
o que vemos quando levamos a sério a nacionalidade ucraniana moderna? Vemos um
movimento social e cultural com uma espinha dorsal anticolonial e uma
desconfiança das instituições estatais lideradas por homens fortes. Descobrimos
que, no campo dos valores políticos, a Ucrânia não é prima da Rússia. É
concorrente dela.
Todos
sabemos que o sonho de Putin é retornar a Rússia aos gloriosos, mas pobres e famintos
dias da União Soviética, e para tanto, ele precisa da Ucrânia para ficar face a
face, na fronteira da Europa. Ele se diz ameaçado pela vontade dos ucranianos de
entrarem na OTAN, e diz que está fazendo tudo isso para proteger os russos que
moram na Ucrânia. Mas mesmo eles, tirando alguns vendidos a Putin, prometeram lutar
contra uma invasão, porque experimentaram algo que não conheciam antes: a
liberdade.
Tudo
isso seria razão para o mundo tomar o lado da Ucrânia neste impasse que poderá
nos levar a uma guerra. No entanto a coisa não é tão simples.
De
fato, a Ucrânia não faz parte da OTAN e estados em sua fronteira oeste que
fazem parte da OTAN não querem ser arrastados para uma guerra com a Rússia. Nem
o resto da Europa ou os Estados Unidos. Eles deixaram isso claro quando a Rússia
invadiu e anexou a Crimeia em 2014.
Com
o desgoverno que reina hoje nos Estados Unidos, que não consegue nem proteger
sua própria fronteira sul, Putin sabe que Biden não irá enviar tropas
americanas para defender a fronteira da Ucrânia.
Aliás,
não é só Putin. A China está seguindo de perto estes acontecimentos e se o
mundo não fizer nada numa invasão da Ucrânia, ela irá certamente invadir Taiwan,
algo que ela vem prometendo há décadas. A Coreia do Norte também acelerou seu
programa de mísseis balísticos, e seu último teste conseguiu fechar por algumas
horas os aeroportos da costa oeste americana. E isso, sem falar do Irã que está
prestes a chegar na bomba nuclear, que irá desestabilizar todo o Oriente Médio.
Mas
outra vez, é Israel que está entre a panela e a frigideira.
Há
milhares de judeus e israelenses na Ucrânia. Há um renascimento das comunidades
judaicas no país. O presidente da Ucrânia é judeu. Haveria muitas razões para
Israel tomar seu lado.
Mas
Israel tem um relacionamento de alto interesse com Putin, porque a Rússia está
de fato na fronteira norte de Israel. A Rússia está instalada na Síria tanto
civil como militarmente e é ela quem permite Israel de atacar as bases e os
comboios iranianos de armas e mísseis para a Síria e para a Hezbollah no Líbano.
A Rússia tem interesse em reduzir a influência do Irã na Síria porque quer
proteger seu acesso ao Mediterrâneo sem ir diretamente contra um de seus
maiores clientes. Assim, Putin está mais que feliz em ter Israel para fazer o
trabalho sujo.
A
União Soviética já não existe há décadas, mas os corredores do Kremlin
continuam repletos do chauvinismo em relação à Ucrânia, que desde 2014, levou à
morte milhares de ucranianos e o deslocamento de outras centenas de milhares.
Hoje Putin tomou mais de 40 milhões de pessoas como reféns. Ao ameaçar suas
fronteiras, ele está apostando que o ocidente não se importa com a Ucrânia. Ele
também está apostando que o ocidente não sabe e nem vê a Ucrânia. Nossa ignorância
alimenta sua agressão.
Putin
não tem medo de sanções econômicas contra ele ou a Rússia. Ele acabou de assinar
um pacto com a China que com muito sucesso está ajudando o Irã a escapar das
sanções americanas contra os aiatolás.
E se
Putin invadir e não fizermos nada como aconteceu na Segunda Guerra com os Sudetos
entregues à Hitler, pensando evitar uma outra guerra mundial, isso dará ao
resto dos ditadores, expansionistas, terroristas e aproveitadores, carta branca
para agirem sem impunidade. E isso nos levará a outra guerra
mundial.
A
situação atual, não se enganem, é devida total e completamente à fraqueza que
vemos no governo Biden. Se este governo não der uma volta de 180 graus agora, seremos
todos jogados num caminho sem volta.
Os ""rebeldes"" não possuem fábricas de armamento!
ReplyDelete.
.
Os líderes da quadrilha cidadãos de Roma XX-XXI (Merkel, Sarcozy, etc) DEVEM SER JULGADOS POR CRIMES CONTRA A HUMANIDADE.
.
.
Exemplo 1:
- Merkel (etc) bloqueiam a investigação à forma como chegam armas a 'grupos rebeldes' que... NÃO POSSUEM FÁBRICAS DE ARMAMENTO!
.
Merkel (etc) estão preocupados é em acusar de 'RACISTAS' os Identitários separatistas que dizem o óbvio:
- «a recepção de refugiados faź parte do negócio... os países aonde são produzidas as armas utilizadas pelos 'grupos rebeldes' é que têm de pagar a ajuda aos refugiados».
.
[É isso: a máfia do armamento fornece armas a 'grupos rebeldes' (sim: os 'grupos rebeldes' não possuem fábricas de armamento!) para lucrar, não apenas com a venda de armas, mas também com o acesso a recursos naturais de baixo custo (petróleo, etc)... e mais, refugiados são deslocados para locais aonde existem investimentos interessados em negócios de abundância de mão-de-obra servil].
.
.
Exemplo 2:
- Merkel, etc (procurando ter acesso a uma panóplia de fornecedores de abundância de mão-de-obra servil) bloqueiam a introdução da Taxa-Tobin.
.
Pois: Merkel (etc) estão preocupados é em acusar de 'RACISTAS' os Identitários separatistas que dizem o óbvio:
- «num planeta aonde mais de 80% da riqueza está nas mãos dos mais ricos, que representam apenas 1% da população, quem deve pagar a ajuda aos povos mais pobres é a Taxa-Tobin, e não a degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil de outros povos».
.
.
.
.
Os boys e girls da quadrilha cidadanismo de Roma XX-XXI pretendem retirar a liberdade de expressão aos Identitários europeus.
.
1- os Identitários trabalham para a sustentabilidade económica: discutem a constituição de uma sociedade economicamente sustentável, isto é, discutem a valorização de todos os trabalhadores necessários à sociedade (mão-de-obra servil incluida).
nota: o europeu-do-sistema XX-XXI quer que essa discução seja proibida: sob a acusação de ser 'RACISMO' não estar disponível para receber a abundância de mão-de-obra servil que os supremacistas demográficos (africanos e outros) estão disponíveis para fornecer.
.
2- os Identitários trabalham para a sustentabilidade demográfica: discutem a constituição de uma sociedade demográficamente sustentável... nota: tal como está explicado no blog "Origem Tabu-Sexo" (http://tabusexo.blogspot.pt/) não interessa o sexo, nem o estado civil... leia-se, deve-se promover/valorizar a monoparentalidade, sem beliscar a parentalidade tradicional, e vice-versa (VALORIZAR TODAS AS PESSOAS COM DISPONIBILIDADE PARA CRIAR/EDUCAR CRIANÇAS)... sim: é a evolução natural das sociedades tracionalmente monogâmicas.
nota: o europeu-do-sistema XX-XXI quer que essa discução seja proibida: sob a acusação de ser 'RACISMO'não estar disponível para receber a abundância de demografia que os supremacistas demográficos estão disponíveis para fornecer.
.
.
.
Separatismo Identitário na Europa:
--» Por um lado, temos o EUROPEU CIDADÃO DE ROMA: das negociatas de índole esclavagista (acesso a fornecedores de abundância de mão-de-obra servil).
--» Por outro lado, temos o EUROPEU IDENTITÁRIO: este europeu valoriza o Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade: '''ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo'''.
.
.
.
--> Separatismo Identitário
--> Separatismo-50-50
isto é:
----» Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta -» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE sentido economicamente menos rentáveis.
.
-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com
.
.
Nota:
O que há a dizer aos supremacistas demográficos... é óbvio:
- possuem imensos, imensos, territórios ao seu jeito!...
- não sejam nazis!
- ou seja: aceitem a existência de outros!
Resumindo: os globalization-lovers (etc) que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.