A organização de notícias iraniana no exílio, IranWire
publicou uma análise de mais de mil artigos de um site iraniano antissemita que
tem o nome enganoso de “Centro de Estudos Judaicos". O artigo, do correspondente
Behnam Gholipour, titulado “A Insanidade Aterrorizante do 'Centro de Estudos
Judaicos' do Irã”, abriu uma janela assustadora para o absolutamente horrendo
antissemitismo promovido pelo regime dos mulás do Irã.
De acordo com Gholipour, desde a sua criação em 2016, o
site publicou mais de mil artigos antissemitas, relatórios, comentários, livros
e vídeos, organizados em 10 categorias como ' Os Judeus e a Mídia', 'Métodos
Judaicos' e 'Corrupção Judaica.'
O artigo de quase 2.500 palavras de Gholipour relata
que “o editor-chefe deste site é Kayvan
Ezzati, um jovem clérigo que também é editor-chefe do site Rasekhoon, que está
igualmente saturado de conteúdo antissemita. Em 2018, Ezzati ganhou um prêmio
no Festival ‘International’ anti-israelense Hourglass, cujo maior patrocinador
é a Guarda Revolucionária Iraniana.
Cabe lembrar que em 2019 o governo americano
classificou a Guarda Revolucionária como uma organização terrorista estrangeira.
De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, o regime do Irã além de ser o
principal patrocinador do terrorismo internacional, é também o principal
patrocinador internacional do antissemitismo.
Este “Centro de Estudos Judaicos”, apoiado pelo regime
iraniano, apresenta os judeus como pessoas “sanguinárias”, “desviadas”, culpadas
de “infanticídio”. O site chega a afirmar que o “infanticídio israelense” é
permitido como parte do judaísmo. Um dos seus artigos, afirma que o Antigo
Testamento, no qual acreditam judeus e cristãos, codificou o “assassinato de
crianças” por sionistas na Palestina.
Outro artigo prevê que os iranianos erradicarão os
judeus: “Deus, através dos iranianos, prepara o terreno para a vinda [do Mahdi,
o “oculto” 12º Imam dos muçulmanos xiitas].”
Gholipour escreve que "com cerca de 50 artigos e
comentários, um segmento inteiro do site, intitulado 'Conspirações Judaicas'
existe para acusar os judeus de terem participado de eventos históricos
infelizes no Irã e no mundo islâmico".
Outros 30 artigos argumentam que os judeus são
“promotores da corrupção, tráfico de drogas, superstição, racismo e
homossexualidade em todo o mundo”.
E como prova, o site cita Capezio, o fabricante de sapatilhas de ballet, roupas e acessórios, os designers de moda Isaac
Mizrahi e Tommy Hilfiger e o magnata de moda masculina e fragrâncias
iraniana-judaica Bijan Pakzad.
O site ainda declara que “o regime sionista é um dos
promotores da homossexualidade no mundo e é o organizador de eventos
promocionais como marchas homossexuais em várias cidades. Tel Aviv é a cidade
favorita dos homossexuais no mundo."
A negação do Holocausto por seu lado é uma parte
central das publicações do site. “O mito do Holocausto fez com que dezenas de
bilhões de dólares dos EUA e mais do que da Alemanha fluíssem para os bolsos
dos judeus”, afirmam, acrescentando que “O Holocausto acendeu o
fogo do sionismo em todo o mundo. A história do Holocausto uniu os judeus e forneceu o apoio financeiro e político que Israel precisava para
se estabelecer e sobreviver."
Um artigo afirmou que “o Holocausto se transformou em
uma nova religião no Ocidente e se tornou tão sagrado que expressar qualquer
dúvida sobre sua verdade pode levar a um processo”. O site ainda declarou, sem
provas, que Tel Aviv mandou a países estrangeiros que criminalizassem a negação
do Holocausto.
Sheina Vojoudi, uma dissidente iraniana que vive na Alemanha, argumentou que o antissemitismo é um dos fatores centrais da política interna e externa do regime iraniano e funciona como um método para distrair os iranianos dos problemas prementes da falta de pão: “A República Islâmica destruiu o Irã para salvar sua inimizade com Israel e o povo judeu. Israel é a única palavra que você pode ouvir dos mulás e dos funcionários da República Islâmica como desculpa para todos os problemas que enfrentam, dos problemas econômicos aos problemas ambientais, das questões sociais às questões políticas." Ela ainda disse que a Republica Islamica é tão antissemita que chega a odiar Ciro, o Grande, apenas por causa de sua importância para o povo judeu.
Não importa para a República Islâmica se o Irã for
destruído por causa de sua ideologia. A única coisa que importa para eles é o
ódio contra Israel, por isso as necessidades de suas milícias tem prioridade
sobre as do que o povo iraniano.
E porque isso é importante?
Porque o comportamento dos aiatolás é praticamente
idêntico ao de Hitler.
Hitler, como os iranianos, publicou seus planos de
genocídio dos judeus, anos antes da Segunda Grande Guerra, Hitler ordenou que
os míseros recursos que lhe sobravam como agua, comida e combustível fossem
enviados não para suas tropas nos fronts de batalha, mas para os SS que
mantinham os campos de concentração para que eles continuassem com seu
miserável trabalho de extinguir o povo judeu.
E como na época, o mundo está quieto, tentando uma negociação com
estes fanáticos que não levará a nada a não ser dar a eles tempo para colocarem
o mundo, e Israel, frente a um fato consumado.
As noticias sobre os esforços da Agencia Internacional de Energia
Atômica nem entram mais nas primeiras páginas dos jornais, exceto em Israel. Na
quarta-feira última, a Agencia aprovou uma resolução censurando o Irã por violações
nucleares. Mas a censura nem chegou a ser referida ao Conselho de Segurança da
ONU e é claro, a Rússia e a China se opuseram a ela.
Mohamed Reza Ghaibi, o representante do Irã na Agencia, disse estar
“desapontado” com a resolução e que seu país iria tomar as ações apropriadas em
resposta. E ainda que consequências cairiam sobre os proponentes e apoiadores
da resolução”. Sem perder tempo então, o Irã retirou câmeras de monitoramento da agencia
e anunciou a instalação de centrífugas avançadas em Natanz em retaliação,
dizendo que não podia cooperar quando a agência demonstrava um comportamento
irrazoável. Como podem ver, o Irã tremeu nas bases por causa desta resolução.
De acordo com a própria Agencia de Energia Atômica, o
Irã já tem suficiente uranio enriquecido para uma bomba nuclear.
Estamos avisados. Não podemos dizer mais tarde que não
sabíamos, como fizeram os aliados quando deparados com a enormidade do genocídio
judaico. Vimos agora, este ano, quanto o mundo está despreparado para lidar com
agressores e déspotas somente com a menção de armas nucleares. Se o mundo virou
as costas para a Ucrânia, sabendo de todas as consequências econômicas para o mundo que isto
acarretaria, o que podemos esperar que fará se o Irã atacar Israel?
Absolutamente nada.
E é por isso que não podemos nos calar. E precisamos
denunciar os que escolhem cruzar os braços. Assim, da próxima vez, eles também
sentarão no banco dos réus.
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