Sunday, June 9, 2024

Quatro Refens Resgatados! 9/6/2024

 

Hoje vamos começar com 4 alegrias e 2 tristezas. Primeiro, o resgate ontem de Noa Argamani de 26 anos, Almog Meir Jan de 21, Andrey Koslov de 27 e Shlomo Ziv de 40 anos foi a boa notícia que esperávamos ouvir nos últimos 8 meses.  A operação, nomeada Arnon, foi algo saído dos filmes de ação mais elaborados. Finalmente, a mãe de Noa, Liora, que está com um câncer terminal no hospital, poderá realizar seu último pedido de abraçar a filha antes de morrer. Os 4 reféns, foram heroicamente salvos das mãos do Hamas em Gaza, ou melhor, das mãos das famílias de civis “inocentes” que só estavam sendo pagos pelo Hamas para manter os 4 presos em suas casas. Mas estes resgates tiveram um preço alto para Israel. Primeiro foi a perda do oficial Arnon Zamora que morreu durante a operação.

A segunda, e uma notícia ainda mais triste, foi o falecimento do pai do refém Almog Meir Jan, que morreu um dia antes do resgate, sem esperança de reencontrar o filho. Quando o exército contatou a família, não conseguiu falar com ele. Logo em seguida a família o encontrou morto em seu apartamento, de acordo com eles, de tristeza.

O resgate dos quatro reféns deu um novo ímpeto para Israel para apertar o cerco sobre o Hamas e tentar resgatar os outros cativos. Mas no exterior a história foi contada diferentemente. Israel foi obviamente condenada pela morte destes “civis inocentes” que atiraram nos soldados para evitar que levassem os reféns, sem relacionar estas mortes com o resgate dos prisioneiros.

Ninguém criticou o Hamas ou responsabilizou o grupo por manterem reféns na residência de supostos “civis inocentes”. Noa Argamani foi encontrada em um apartamento e os outros 3 em outro em Nuseirat no centro de Gaza. O que não contam é que a família que prendeu Noa, era a do jornalista da Al-Jazeera Abdullah Al-Jamal que foi morto durante o resgate.

Eu repito: se a maioria da população de Gaza é formada por civis inocentes, porque ninguém coopera com Israel para encontrar os 120 reféns que ainda estão no cativeiro? Será que não há um residente de Gaza que não pensa em salvar as vidas de outros palestinos se contasse para Israel onde estão os reféns?

O Hamas se recusa a divulgar a lista de pessoas que mantém cativos e não permite visitas por parte da Cruz Vermelha. É problemático chegar a um acordo de libertação de reféns – em troca da libertação de terroristas e de um cessar-fogo – sem saber quantos reféns estão vivos e quantos estão mortos.

Somente agora, 8 meses depois verificamos que Dolev Yehud, um paramédico que acreditávamos ter sido feito refém, de fato morreu no dia 7 de outubro. Seu corpo estava tão carbonizado que precisaram fazer testes muito especiais para identificá-lo.  No mesmo dia em que o destino de Yehud foi noticiado, também ficamos sabendo que quatro reféns idosos – Chaim Peri, de 80 anos; Amiram Cooper, de 84; Yoram Metzger, de 80; e Nadav Popplewell, de 51 anos – foram mortos em cativeiro. Todos os quatro já haviam sido vistos em vídeos divulgados pelo Hamas então sabemos que foram levados vivos.

Nos vídeos, o Hamas e o Jihad Islâmico obrigaram os prisioneiros a declarar que Netanyahu era o único responsável por seu estado e a incentivar mais protestos contra o governo numa tentativa barata de semear a divisão em Israel.  Este é o plano estratégico do Irã e dos seus representantes terroristas.

Ada Sagi, de 75 anos, que foi mantida em cativeiro em Gaza até à sua libertação em novembro, contou que seus captores também foram pagos para mantê-la prisioneira. Os estudantes que a vigiavam recebiam 70 NIS por dia, um valor elevado para os padrões de Gaza, e a família em cuja casa ela estava detida ficou feliz quando recebeu outro prisioneiro, pois isso significava mais dinheiro.

O pai da família que manteve Ada como refém durante 54 dias disse a ela que ele não era cúmplice das atrocidades. Ao que Ada respondeu: ‘Como você não é cúmplice, se você tirou minha liberdade e eu estou presa contra a minha vontade, na sua casa? Você é cúmplice. Isso é dinheiro do Hamas.’

Vamos deixar algo claro: o Hamas, e somente o Hamas é responsável por todas as mortes ocorridas nesta guerra. De judeus e de palestinos. Mas o mundo só se revolta e se escandaliza se quem está atirando é um judeu.  

Mas este resgate também nos mostrou outra coisa: toda interferência americana foi em prejuizo de Israel em tempo e recursos. Primeiro os EUA pediram a Israel para não entrar em Gaza, mas depois de muito debate, Israel entrou. Depois pediram para não entrar no hospital Shifah, Israel não teve escolha e entrou, depois em Khan Yunis, Israel tomou o bairro, e agora pedem para não entrar em Rafah. Alguém duvida ainda que Israel irá entrar em Rafah?

Sabendo disso, na semana passada, Joe Biden decidiu apresentar um plano que ele disse ter sido elaborado pelo gabinete de guerra de Israel com o aval do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. É muito estranho que ele tenha revelado um plano de outro chefe de estado sem que aquele chefe de estado estivesse presente e ainda, tê-lo publicado numa sexta-feira à noite nos Estados Unidos, quando já era madrugada em Israel. Claramente Biden decidiu colocar Israel contra a parede para aceitar um acordo a qualquer preço. Sempre foi muito mais fácil pressionar Israel por concessões do que forçar os palestinos, principalmente o Hamas, uma organização terrorista, a um acordo.

Apesar de toda a conversa americana sobre um cessar-fogo, o Irã e os grupos terroristas que apoiam continuam a pregar a eliminação do Estado Judeu, custe o que custar – mais mísseis, mais massacres, mais ataques cibernéticos e o isolamento internacional através da guerra e da pressão. O objetivo final é fazer com que Israel saia definitivamente – do rio ao mar.

A próxima vez que você ouvir falar de “civis inocentes de Gaza”, pergunte: eles mantiveram pessoas em cativeiro? Eles sabem onde os reféns estão sendo mantidos e estão protegendo os captores? Eles participaram na invasão, nos massacres, nos estupros e nos saques que ocorreram em 7 de Outubro, quer diretamente juntamente com os milhares que invadiram Israel nesse dia, quer indiretamente, celebrando o banho de sangue e os raptos?

Durante a limitada incursão de Israel em Rafah, que provocou a ira internacional, foram descobertos mais de 20 túneis, atravessando o reduto do Hamas em Gaza e chegando até o Egito. Enormes quantidades de armas, mísseis, combustível e outros produtos são contrabandeados através destes túneis. E isso ao mesmo tempo em que Israel é forçada a fornecer “ajuda humanitária” aos seus agressores.

O plano de Biden parece ser pressionar Israel para que ela assine qualquer acordo e deixar que o Egito e o Qatar tentem fazer o Hamas cumprir seu lado. Desculpe meu ceticismo. Tenho problemas de confiança – especialmente com os “cessar-fogos” do Hamas: Israel cessa, o Hamas dispara.

A campanha nas redes sociais “TODOS os olhos voltados para Rafah” demonstrou que o mundo está olhando na direção errada: A atenção deveria estar voltada para o Irã, o principal patrocinador dos terroristas; o Catar, que hospeda líderes do Hamas com luxo; e a Turquia, onde o regime de Erdogan também fomenta o ódio.

A propósito, enquanto todos os olhos estavam voltados para Gaza, na semana passada as forças dos EUA e do Reino Unido atacaram alvos Houthi no Iémen, na sequência de ataques crescentes apoiados pelo Irã ao transporte marítimo internacional. Os Houthis alegaram que todas as 16 pessoas mortas na operação eram civis. E agora hein? Será que as duas potencias também vão entrar na lista do Antonio Guterrez daqueles que matam crianças?

Por seu lado, a Hezbollah intensificou os seus ataques com mísseis e drones ao norte de Israel, causando incêndios massivos nas reservas florestais. Onde estão os ativistas verdes, a Greta com sua raiva climática?  Os ataques do Hezbollah, em violação das resoluções e acordos da ONU, são outra razão pela qual Israel não confia na palavra dos terroristas.

Na Judeia e Samária, tivemos um ataque na semana passada do estilo de 7 de outubro que saiu de Tulkarem contra Bat Hefer, no centro de Israel. Os terroristas, alguns deles usando bandanas do Hamas, fizeram selfies enquanto atiravam contra a comunidade israelense.

É difícil contar o número de frentes de onde Israel está sendo atacada: Gaza, Líbano, Síria, territórios controlados pela AP na Judeia e Samaria, Iémen, Iraque e Irã.

Mas qual é o plano de Biden? Ninguém entendeu o que ele disse mas pelo contexto pareceu ser o mesmo plano de fevereiro, em que o Hamas soltaria reféns em etapas, não todos de uma vez, contra uma segurança internacional de que Israel não mais atacaria o grupo, que Israel daria o dinheiro para reconstruir Gaza e deixaria o Hamas no poder. Só rindo mesmo...

Biden tem uma visão de um Oriente Médio pacífico “no dia seguinte a Gaza”. Como se estivesse negociando um acordo entre a Suécia e a Suiça. Se ao menos os inimigos de Israel partilhassem da mesma visão. Mas não. Os terroristas continuam mais inspirados pela “vitória” do Hamas do que pelas belas palavras de Biden. E vimos isso na passeata palestina frente à Casa Branca neste final de semana: os cartazes diziam: a Vitória ou o Martirio. Quer dizer, estão prontos todos a morrer para destruir Israel.

É contra isso que estamos lutando. E é por isso que temos que erradicar estes grupos e sua ideologia. Se a liderança do Hamas ou do Jihad Islâmico sobreviverem, o sonho de paz de Biden poderá prolongar em muito o pesadelo de guerra em vez de acabar com ele.

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