Tivemos mesmo uma semana cheia e interessante. Todos os olhos estavam voltados para o Egito e a antecipação de uma resignação de Mubarak. Esperamos impacientemente seu discurso na quinta-feira mas o que ouvimos nos deixou de queixo caído. Com uma arrogância sem medida, Mubarak deixou claro que não iria sair. No dia seguinte, face à uma verdadeira revolta de um povo furioso, o exército lhe deu um ultimato: resignar ou eles dariam um golpe militar para remove-lo. A festa não poderia ter sido maior. A verdade é que todos nós que acompanhamos diariamente os protestos ficamos orgulhosos do que o povo conseguiu. Acho que não houve uma pessoa que não quisesse estar na praça Tahrir naquele momento.
Obama rapidamente felicitou as ações do exército e disse que continurá a ajudar o Egito. Ele reiterou que a América irá enviar 1.3 Bilhões de dólares em ajuda militar ao país neste ano.
A incompetência deste presidente americano é pavorosa. Antes mesmo de saber se o Egito cairá nas mãos dos extremistas islamicos ou não, Obama promete mais armas. Porque não transformar estes 1.3 Bilhões de ajuda militar em ajuda civil como por exemplo, fomentar a criação de empregos, ou apoiar programas que poderão realmente fazer diferença na vida do povo egípcio?
Mas a coisa não pára por aí. No final de janeiro houve um anúncio que passou totalmente desapercebido em face da revolução no Egito. A revelação de que o Paquistão dobrou seu arsenal de armas nucleares e hoje tem aproximadamente 110 bombas nucleares. Se isto for verdade, o Paquistão se tornou a quinta potencia nuclear, maior que a Inglaterra e a França. Além disso, o Paquistão também desenvolveu mísseis de até 2400 km de alcance para lançar estas bombas.
Nenhuma palavra da administração Obama sobre a proliferação nuclear do Paquistão. De acordo com David Albright, presidente do Instituto para a Ciência e Segurança Internacional, a administração americana subestima de modo flagrante o que se passa no Paquistão. Assim, enquanto sua economia está em ruinas, seu governo em pedaços e grande parte de seu território controlado pelos Talibans, seu programa nuclear está bem saudável.
O Paquistão é um dos maiores recipientes da ajuda americana. Em 2009, o Congresso aprovou um pacote de $7.5 bilhões de dólares para projetos civis e no ano passado, Obama propôs um suplemento de 2 bilhões para o exército paquistanês. Isto apesar de tudo mostrar que esta ajuda está sendo usada indiretamente para o programa nuclear.
Não é de espantar que o inspetor geral Americano publicou seu relatório esta semana dizendo que os $7.5 bilhões de ajuda não tiveram qualquer efeito no Paquistão.
Hoje, o governo paquistanês e seu exército têm uma posição radicalmente anti-americana e continuam a manter ligações com Al-Qaeda e os Talibans.
O Paquistão é outro desastre em curso que poderá ter proporções bíblicas. Sua enorme expansão nuclear, governo central fraco, população radical e pobre e um exército pró-islâmico, são ingredientes para uma situação perigosíssima.
Desde que assumiu a presidência, Obama se recusou a definir uma estratégia para lidar com a situação no Paquistão e no resto do Oriente Médio. De fato, sua administração baniu qualquer discussão sobre ameaças terroristas aos Estados Unidos. Barack Obama baniu o uso do termo “Guerra ao Terror” substituindo-o por “operação de contingência no exterior”. Seja lá o que isto for.
Em abril do ano passado, Obama também proibiu o uso de termos como “jihad”, “terrorismo islâmico” e “islamismo radical” em documentos oficiais americanos. Assim, imaginem um burocrata americano no Paquistão tentando descrever porque os membros de uma certa mesquita se recusam cooperar, sem usar estes termos. A cegueira chegou ao cúmulo esta semana, do diretor da Agência Nacional de Inteligência, James Clapper declarar ao Congresso americano que a Irmandade Muçulmana no Egito seria um movimento secular e não perigoso. Este é o mesmo James Clapper que numa entrevista em dezembro para a rede ABC de televisão, não sabia que terroristas haviam sido apreendidos na mesma semana na Inglaterra num mega plano de ataques.
A decisão de Obama de barrar linguagem relevante de documentos oficiais, foi sem dúvida motivada por ideologia. E ao escolher ideologia e não a realidade, colocou seus burocratas para definirem estratégias que ignoram e negam a realidade. E isto mostra ainda mais a incompetência deste presidente em relação ao Egito.
Desde o começo, Obama fez um esforço monumental para ignorar a instabilidade política no mundo árabe. Ele se curvou para o rei da Arábia Saudita, ignorando as flagrantes violações de direitos humanos no país. Ele se recusou a apoiar o movimento popular de liberação no Irã porque achou que traria Ahmadinejad para a mesa de negociação. Cortou programas conduzivos a alternativas liberais no Oriente Médio implementados pelo presidente Bush, para não parecer contrário a movimentos islâmicos como a irmandade muçulmana. Tudo isto teve um cunho ideológico, mas foram políticas que não funcionaram.
E assim que começaram as revoltas na Tunisia e no Egito, além do Yemen, Jordania e Algeria, a administração Obama correu para se colocar do “lado correto” da história.
Para evitar as críticas sobre seu relacionamento com ditadores árabes, Obama foi para o outro extremo se tornando o maior defensor da democracia no Egito. Mas ao faze-lo ele também teve que defender o direito da Irmandade Islâmica de participar de eleições livres e democráticas. A mesma irmandade que odeia os Estados Unidos e Israel, que quer impor um califato islamico mundial, que quer matar os judeus e liderar o jihad contra os países do ocidente. Tudo isto foi varrido para baixo do tapete pela administração Americana e pela mídia que a apoia.
Mas em nenhum lugar esta incompetência é mais evidente do que a obsessão de Obama com o estabelecimento de um estado palestino do lado ocidental do rio Jordão. Durante sua visita a Israel esta semana, o conselheiro em segurança nacional de Obama, o General James Jones, disse sem qualquer vergonha que era a vontade de Deus que Israel se retirasse para fronteiras indefensáveis e que a bagunça no Egito era resultante da falta de um estado palestino.
A coisa é tão louca que a citação precisa de Jones foi: “Eu acredito que Deus apareceu para o presidente Obama em 2009 e disse a ele que se havia uma coisa a fazer no planeta, e uma só coisa, para fazer este mundo um lugar melhor e dar às pessoas mais esperança e oportunidades para o futuro, seria algo em relação a encontrar uma solução de dois estados no Oriente Médio”. Ele continuou dizendo que “o tempo não está do nosso lado e nossa falha em estabelecer um estado palestino poderá causar outras demonstrações como as do Egito em outros países da região.” O pior é que logo em seguinda, o representante da OTAN, o ministro do exterior inglês e a chefe da política exterior da União Européia, todos repetiram as palavras de Jones. Aonde estamos? O que estes luminários beberam?
Israel tem poucas opções para confrontar este ataque à razão da administração Obama. As ameaças a Israel são claramente resultantes do jihad, do terrorismo islamico e da aventura nuclear adotada por políticos e líderes islâmicos. Em outras palavras, são ameaças que a administração Obama escolheu ignorar e negar.
A obsessão deste governo em forçar Israel a renunciar a mais territórios para a Autoridade Palestina é acompanhada pela cegueira de quem e o que os líderes desta Autoridade Palestina representam para seu povo e como governo. Foi publicada esta semana que estes mesmos líderes que aplicam toda a repressão possível em sua população, pediram e receberam o passaporte e nacionalidade Jordanianas. Claramente, Abbas e sua gang não acreditam que conseguirão vencer o Hamas na Judéia e Samária. Mas isto é totalmente negado e desconectado na cabeça dos Europeus e Americanos em sua obsessão.
Precisamos de líderes que irão nos proteger dos perigos semeados por esta estratégia demente de Obama que irá sem dúvida provocar uma guerra num futuro próximo. Em 1973, havia uma demencia de Nixon que contagiou Golda Meir e seu governo. Isto causou a perda de mais de 2 mil israelenses na guerra de Yom Kippur. Hoje, com estes governos radicais islamicos com a bomba nuclear no bolso, Israel não pode cair na mesma armadilha. Ela precisa falar a verdade alto e claro mesmo se perder amigos na administração Obama e na Europa. Mas isto irá prepará-la para o dia em que todas estas mentiras serão desmascaradas, do Paquistão ao Cairo, do Irã a Ramallah.
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