Domingo passado marcou um ano dos assassinatos da familia Fogel no assentamento de Itamar na Samaria.
Ninguém aqui consegue imaginar o que se passa na cabeça dos filhos que sobreviveram, Tamar de 13 anos, Roi de 8 e Yishai de 3, um ano sem sua mãe, seu pai e 3 irmãos. Hoje eles vivem em Jerusalem com seus avós, mas nesta semana retornaram para o lugar que eles chamavam de lar, o lugar para sempre tingido com o sangue dos seus. Foi a pequena Tamar de então 12 anos, que entrou em casa e descobriu a cena horripilante naquela noite de sexta-feira.
Os Fogels estavam entre os evacuados de Gaza em 2005. Eles foram arrancados de sua casa, colocados em um trailer e só depois de muitos sacrifícios conseguiram se estabelecer em Itamar.
Na época, jornais do mundo inteiro mostraram o choque e as condenações, inclusive da hipócrita Autoridade Palestina. Digo hipócrita porque 10 meses após o massacre (que incluiu decapitar a bebê Hadas de 3 meses e cortar a garganta dos seus irmãos Yoav de 11 e Elad de 4 além de seus pais), em sua televisão estatal, ela fez um tributo aos dois terroristas assassinos chamando-os de “heróis” que se tornaram “lendas” entre os palestinos.
Acho que não há melhor tributo para esta família do que exigir o fim da demonização destes judeus que a mídia chama de “colonos”. A redução dos mais de 200 mil israelenses que moram além da “Linha Verde” à cidadãos de segunda classe deve acabar.
Estes israelenses são pioneiros que compraram terras na Judéia e Samária, ou se mudaram para comunidades existentes, hoje vivem em constante incerteza, pois não sabem se ficarão nas casas pelas quais trabalharam tão duro e arriscaram tudo.
Muitas vezes a retratação destes israelenses na mídia chega a lembrar os libélos de sangue da Idade Média nos quais judeus eram acusados de matar crianças cristãs para fazer a matzah na Páscoa. Eles são chamados de “sanguessugas”, “cruéis”, “serpentes”, “primitivos”e “medievais”. Suas comunidades são rotuladas de “ilegais” o que os torna párias da sociedade. Eles são alvos dos estrangeiros que odeiam Israel e da esquerda israelense.
Alguns jornais locais os pintam como uma raça aparte do povo de Israel e são vilificados como um peso desnecessário para o orçamento de defesa do país.
Suas casas são demolidas, seus filhos traumatizados, seus negócios arruinados. Eles são acusados de tirar vantagem do governo pagando menos impostos e recebendo moradia subsidiada. Como se isto fosse uma contrapartida justa por terem seus direitos humanos e democráticos pisoteados ou esquecidos.
São israelenses que escolhem viver pelo que é melhor para o país e não pelo que é melhor ou mais confortável para eles. São pessoas normais, mas idealistas, que se vêem como parte de um projeto em andamento: o estado de Israel. Suas vidas são a declaração de que Deus deu esta terra ao povo judeu, o registro de imóveis é a Bíblia e por ela estão preparados a lutar e a dar suas vidas.
Qualquer sociedade teria inveja de seu sentimento comunitário e de soliedariedade. Eles geram os melhores soldados do exército de Israel igual à juventude de esquerda dos kibutzim de outrora.
Em 1948 conseguiram conter os exércitos árabes invasores. Mas também plantaram tomates na areia. Eles causam hostilidade pela mesma razão que judeus em toda a história foram vilificados: sua recusa em comprometer seus princípios judaicos.
E os árabes? Eles não tem qualquer problema com degolar ou desfigurar crianças. Nem mesmo suas próprias crianças. 6 dias atrás, ativistas sírios colocaram fotos online dos corpos de cinco crianças sírias desfiguradas após serem mortas pelo exército de Assad.
Os árabes em geral mas os palestinos em particular não têm o direito moral de serem soberanos, nem mesmo estando sentados em poços de petróleo. Quando os aliados viram as atrocidades cometidas pelos nazistas na segunda guerra mundial eles impuseram uma política de não fraternização com os alemães. Na Conferência de Postdam, foi decidida a transferência das populações alemãs que se encontravam na Polônia, Checoslováquia e Hungria. Milhões de alemães foram transferidos para as áreas de controle dos aliados. E porquê? Porque aos olhos do mundo, as atrocidades cometidas pelos nazistas tiraram do povo alemão seu direito de conduzirem suas vidas.
E os palestinos não são diferentes. Em vez de promover educação, desenvolvimento, liberdade e paz, eles glorificam terroristas, massacres, jihadismo e opressão. Esta sociedade, como a alemã em 1945, não tem legitimidade e não tem direito moral a um estado.
Toda vez que ocorre um ataque ouvimos: se só estas comunidades de judeus saíssem da Judéia e Samária os árabes iriam reconhecer Israel e viver em paz. Israel já tentou isso quando saiu de Gaza e vimos o resultado.
Os assentamentos israelenses na Judéia e Samária não são rotulados de “ilegitimos” porque há realmente algo de ilegítimo com eles. É simplesmente uma tática para enfraquecer Israel. Não duvidem que se algum dia os judeus da Judéia e Samária forem evacuados, o próximo alvo será a Galiléia ou o Negev e assim por diante, até a destruição do estado judeu.
Israel deve deixar bem claro que sua legitimidade é indivisível. Não há diferença entre construir em Itamar e Ma’aleh Adumim, Netanyah e Tel Aviv. Ela tem que parar de ceder às pressões internacionais que só convidam mais pressões. Chegou a hora destes israelenses que vivem além da linha verde receberem o reconhecimento que merecem. E isto deve ser o ponto final desta questão.
No comments:
Post a Comment