Parece
que o presidente Barack Obama está bem preocupado ultimamente. Os Republicanos têm
seu candidato para as eleições de novembro e desta vez Obama não pode mais prometer
que irá transformar a América.
Hoje ele
procura a reeleição com um histórico que deixa muito a desejar. Isto não quer dizer que ele tenha perdido a
adoração dos fans ou da mídia. Muito pelo contrário. Devido ao fato do
adversário republicano Mitt Romney ser um Mormon que tem orgulho de sua
afluência e sucesso nos negócios, a imprensa não tem qualquer problema em
retratar Obama como o candidato dos pobres.
O fato
deste presidente estar criando mais pobreza a cada minuto passa sem menção, é
claro. A culpa continua a ser colocada em Wall Street.
Mas
aqueles eleitores que na última vez não estavam prestando muita atenção para o
histórico de posições anti-americanas de Obama, estão se conscientizando das
consequências de sua ideologia. E não é por não gostarem de seus discursos, mas
por sua incapacidade de pagar seus aluguéis ou hipotecas, por verem suas
aposentadorias virar pó e não entenderem os procedimentos complicados do
sistema de saúde que Obama quer impor. Mas acima de tudo, hoje os eleitores
menos afortunados perderam a esperança prometida há 3 anos atrás.
Apesar de
ser difícil detectar o peso que os americanos dão para a política externa, eles
sabem quando seu país está lhes dando orgulho e quando não está. Eles também
estão vendo que com todas as promessas de tornar a América um país mais agradável
ao mundo, os Estados Unidos estão sucateando sua liderança e o presidente não
se importa.
O que
importa a Obama, como a todo político, é se manter no poder. Mas no seu caso, a
situação é mais urgente. É imperativo ele ser reeleito para levar a cabo sua
agenda, sem se preocupar com votos.
Sua
última jogada, esta semana, foi apelar para os patriotas usando o falecido Osama
Bin Laden como seu garoto propaganda. Obama usou o aniversário da eliminação do
líder da Al-Qaeda para levar o crédito de tal jeito que se alguém ouvir seu
discurso em 100 anos pensará que toda a operação, inclusive a invasão da casa
no Paquistão, foi levada à cabo por ele pessoalmente. Não só isso, Obama ainda
teve a arrogância de dizer que nenhum outro presidente teria tido a coragem de
tomar a decisão de matar o líder da Al-Qaeda.
Isto é
claro um absurdo pois a decisão no local foi tomada pelo Almirante McRaven.
Encontrar
e matar Bin Laden era o único assunto de consenso entre os americanos. Mas a
prepotência com a qual Obama está levando o crédito pela operação será lembrada
como a atitude mais cínica usada por um político até hoje.
Foi sua
atitude de apaziguamento para com os radicais árabes-muçulmanos do mundo que
possibilitaram ao Paquistão dar refúgio á este arqui-terrorista. Foi sua
incessante atitude de arrumar desculpas para os islamistas, que Obama incentivou
a disseminação da ideologia de Bin Laden por todos os grupos jihadistas que têm
se multiplicado a cada dia após a”Primavera Árabe”.
E a América
tem tido sorte. Até agora ela conseguiu evitar centenas de ataques de
islamistas. Mas ela não tem tido tanta sorte no campo ideológico.
O ódio ao
ocidente e aos judeus é uma característica central da realidade política e
estratégica, especialmente no Oriente Médio. É o ódio aos valores ocidentais, a
Israel e aos judeus que dita os regimes, as políticas externas, as aspirações
militares, a cultura, os temas educacionais e até as políticas de saúde, de
Ramallah a Tehran.
Mas falar
deste ódio e de suas implicações políticas para árabes e muçulmanos é taboo e
proibido, tanto em Washington quanto em Bruxelas ou Moscow.
O fato do
ocidente recusar ver estas implicações e reconhecer que este ódio é a maior
força da política árabe e iraniana simplesmente significa que todo o debate
sobre o Oriente Médio no ocidente é completamente divorciado da realidade.
Omar
Abu-Sneina, um terrorista assassino condenado à prisão perpétua em Israel, foi
um dos presos trocados por Gilad Shalit. Originalmente de Hebron, Abu-Sneina
foi libertado em Gaza. No mês passado o exército israelense interceptou um chip
de computador que ele mandou para a sua familia com instruções de como
sequestrar outros soldados israelenses. O tratamento que ele descreve deveria
ser infligido ao refém não é aceitável nem para um animal.
A
crueldade e a rejeição de qualquer humanidade para com vidas de israelenses não
é só uma função do fato deste espécime ser um terrorista. É uma reflexão dos
valores da sociedade palestina como um todo. Estes valores são continuamente
expressos pela mídia tanto controlada pelo Hamas como pela Fatah, nos livros
escolares, atividades culturais e por autoridades religiosas.
A
onipresença do ódio ao judeus e aos valores ocidentais no dia-a-dia é tão
devastadora que é difícil de imaginar qualquer aspecto da vida palestina que
não esteja inundada por ele.
Na semana
retrasada, uma corte palestina condenou à morte Mohammed Abu Shahala por ele
ter vendido uma casa em Hebron à um judeu. Ele foi torturado e rapidamente
julgado e sentenciado à morte por uma corte da Autoridade Palestina.
É
chocante pensar que hoje, no século 21, a venda de propriedade a judeus pode
ser punida com a pena de morte. O próprio fato desta lei existir dentro do
sistema jurídico da Autoridade Palestina mostra uma justiça perversa e bárbara,
derivada das leis impostas na Idade Média e pelos nazistas.
E é por esta
razão primordialmente que hoje a paz não é possível, independente de qualquer
concessão que Israel possa fazer. E esta situação não se limita aos palestinos
mas ao mundo árabe e muçulmano. Mas em vez de lidar com o problema, os líderes
americanos e europeus enterram suas cabeças na areia. Numa recente viagem à Tunisia,
Hillary Clinton fez um bate papo com estudantes e jornalistas. Alguém perguntou
como poderiam ter confiança em líderes americanos se durante as eleições eles
procuram o apoio do lobby sionista.
Em vez de
rejeitar a premissa da questão, que os judeus controlam a política americana ou
que haja algo errado em apoiar Israel, Clinton tratou a questão como legítima.
Ela disse que a pergunta era justa e que estrangeiros prestam mais atenção no
que os políticos falam do que o próprio povo americano.
É porque
os americanos e europeus se recusam a ver que o mamute do ódio aos judeus e aos
valores do ocidente está na sala que eles não são confiáveis quando se trata de
tomar decisões políticas racionais. E já que não podemos confiar neles para
tomarem decisões racionais, Israel não pode confiar neles como aliados ou
parceiros quando tem que confrontar as ameaças e o ódio de seus vizinhos.
O que
Obama precisa entender é que Bin Laden pode estar morto mas seu legado está
vivo e prosperando. E isto porque sua ideologia continua a receber apoio de membros
de sua própria administração e da administração européia. A zombaria feita
ontem pelos acusados no primeiro dia do julgamento dos terroristas do 11 de
setembro mostra a falta de respeito que existe hoje pelos islamistas para com a
América.
Se
continuar a fechar os olhos, Obama não será lembrado como o guerreiro que matou
Bin Laden mas como o ingênuo idiota que o transformou em lenda.
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