O Egito está novamente em fogo. Hoje, no aniversário
do primeiro ano no poder, Morsi terá que lidar com uma manifestação monstro na
praça Tahrir. Vinte milhões de egípcios assinaram uma petição pedindo sua
resignação.
O porta-voz de Morsi adotou a técnica de Obama: culpar
todos os males do pais em seu predecessor. Mas o fato é que apesar da Irmandade
Muçulmana ter sido o grupo melhor organizado durante as manifestações,
claramente não tinha qualquer idéia ou programa de governo para o caso de
assumirem o poder. A violência destas novas manifestações no Egito mostram o
desgoverno. Nesta sexta-feira, um estudante americano judeu Andrew Pochter de
21 anos que trabalhava ensinando inglês a crianças em Alexandria foi mortalmente
esfaqueado em meio aos protestos.
Enquanto isso, a
Síria atingiu o triste marco de 100 mil mortos ou 5% da população. E parece que
Assad, a Hezbollah e o Irã estão com a vantagem. Ontem Assad bombardeou a
cidade estratégica de Homs. Nenhum dos lados pode se dar ao luxo de se render
pois sabe que o perdedor sofrerá uma limpeza étnica sem precedentes na Síria. E
a violência já derramou para o Líbano. No final da semana passada o exército
libanês confrontou clérigos sunitas em Sidon e em outras cidades do país.
Na Turquia os protestos continuam e agora Erdogan
acusa os manifestantes de serem “terroristas” que querem derrubar a democracia.
Uma postura um pouco hipócrita para alguém que mandou atirar em manifestantes
curdos neste final de semana somente por estarem reivindicando direitos para a
grande minoria curda do país.
A Jordânia está em caos político e financeiro por
causa dos milhões de refugiados da
Síria.
E é neste pano de fundo que o Secretário de Estado
americano John Kerry está visitando Jerusalém e Ramallah pela quinta vez este
ano.
Kerry está batendo na porta de Netanyahu e Abbas num
esforço desesperado e obsessivo de reiniciar este processo de paz de araque.
De araque porque a Autoridade Palestina baniu judeus
das áreas controladas por eles. Jornalistas judeus – israelenses ou
estrangeiros – são proibidos de cobrir eventos e negociantes judeus não podem
fazer negócios na Autoridade Palestina. Diplomatas judeus não podem se
comunicar com oficiais palestinos ou se juntarem a diplomatas que tem encontros
com eles.
E o Hamas? Para não ficar para trás, nesta semana o grupo reiterou seu
chamado pela obliteração de Israel e aniquilação dos judeus do mundo.
E a hipócrita comunidade internacional bate palmas
para a criação de um estado judenrein, livre de judeus que faria inveja a
qualquer Hitler.
E para reiniciar estas negociações, os palestinos
estão exigindo uma série de concessões incluindo a soltura de vários prisioneiros
condenados por crimes violentos e o congelamento de construções de judeus na
Judeia, Samaria e Jerusalém. E Kerry parece estar pronto a pressionar Israel
para fazer estas concessões.
A jornalista americana Caroline Glick colocou em seu
artigo desta semana que "na opinião de Kerry não há processo de paz porque os
israelenses são muito ricos, muito felizes, muito avarentos, muitos suspeitosos
e não têm qualquer empatia com os palestinos que continuam a ensinar seus
filhos o ódio e a matarem judeus".
Toda a política externa dos Estados Unidos está em
trapos. Obama decidiu há muito tempo que a Irmandade Muçulmana é uma coisa boa e ajudou seus simpatizantes na Líbia a tomarem o poder. Obama aplaudiu as revoluções da Irmandade
Muçulmana na Tunísia e no Egito. Obama recusou ajuda aos rebeldes na Síria há
dois anos atrás e hoje o Irã, a Russia e a Hezbollah controlam o país colocando
em perigo o Líbano e Israel.
O fato de tanto a Russia como a China e o Equador
estarem protegendo Edward Snowden, o americano que revelou segredos de segurança nacional dos Estados Unidos e o
novo presidente do Irã anunciar que não irá suspender o programa nuclear do seu
país, mostra que ninguém mais respeita a América.
Mas para Obama, o que conta
não é o resultado. É a ideologia. Ele veio para a Casa Branca com sua bagagem
ideológica decidido a implementá-la. O que ele criou foi caos. Um caos
complicado demais para consertar antes do final de sua presidência.
O que sobrou então para salvar seu legado
presidencial em política externa, é conseguir um acordo
entre Israel e os palestinos. Com uma crise interna e a demissão do novo
primeiro-ministro depois de só 18 dias no cargo, Abbas deveria estar correndo para agarrar esta oportunidade. Isto é, se ele realmente quisesse um acordo de paz. Mas
quanto mais Kerry pressiona, mais Abbas mostra que está satisfeito com o status
quo.
Enquanto isso, o jornal Haaretz publicou uma matéria citando um ministro sênior do gabinete de Netanyahu que teria dito que o
primeiro-ministro estaria pronto a retirar Israel de 90% da Judeia e Samaria se
sua preocupações de segurança fossem atendidas.
O que sempre me surpreende é que neste chamado “processo
de paz” todas as concessões sempre têm que ser feitas por Israel. Não há
por exemplo, nenhuma exigência dos Estados Unidos para um fim ao racismo, à discriminação, ao incitamento, à
violência, à glorificação do terrorismo nas escolas e na mídia palestinas.
Kerry exige progresso até setembro. O que seria
progresso do lado palestino? Cessação das reclamações ou das exigências somente
para se sentarem à mesa de negociações?
Os próximos dois meses serão críticos para todos os
países na região. Se Assad ganhar na Síria, a Hezbollah terá que cumprir a promessa
de atacar os altos do Golan. A instabilidade no Egito e Jordânia deixam estas
fronteiras vulneráveis. Qualquer retirada Israelense da Judeia, Samaria e
Jerusalém enfraquecerá o poder de defesa de Israel.
A Judeia, Samaria e Jerusalém, é aonde jaz a história
do povo judeu. A expulsão de seus filhos de seu solo não é algo a ser decidido
unicamente pelos israelenses ou palestinos ou americanos, mas por todo o povo
judeu.Esta é a nossa responsabilidade e dever para com as próximas gerações.
Shalom!
ReplyDeleteAlerta para as mulheres Brasileiras: http://juliosevero.blogspot.com/2013/07/governo-vai-tratar-meninas-como.html
Deus te abencoe!