Na Casa
Branca mais dois escândalos se somaram aos três já em andamento: o encobrimento
do ataque terrorista em Benghazi em 11 de setembro do ano passado, a
perseguição pela Fazenda americana de grupos conservadores que se opõem a Obama
e a obtenção de informações telefônicas de jornalistas e editores da Associated
Press e da Fox News.
Agora foi
revelado que no meio desta crise econômica e desemprego, a Fazenda americana
teria gasto 50 milhões de dólares em 3 anos em conferências, com direito a
suites presidenciais e aulas de dança mostrando que ninguém no governo está
olhando para aonde o dinheiro do contribuinte está indo. Mas ainda pior, nesta
semana o jornal inglês The Guardian noticiou que o governo Obama estaria
monitorando as chamadas telefônicas e emails de milhões de americanos.
A mídia em
peso de repente acordou. Até o liberalíssimo e pró-Obama jornal The New York
Times declarou em seu editorial desta quinta-feira que esta administração
perdera toda a credibilidade e que o executivo estava abusando do poder. Este
editorial está bem longe do forte endosso dado em 2008 pelo prestigioso jornal
ao então candidato Obama. Agora o governo disse que irá instaurar uma
investigação criminal para descobrir quem teria vazado esta informação para a
mídia.
A justificação
desta administração para espionar as comunicações de milhões de americanos é a
de evitar um outro ataque terrorista como o de 11 de setembro de 2001. Isto
seria até plausível se Obama não tivesse declarado o fim à guerra ao terrorismo
com a captura de Osama Bin Laden, a retirada das tropas americanas do Iraque e
Afganistão e o fechamento da prisão de Guantanamo Bay.
Desta vez o
povo americano está muito ofendido perguntando o que aconteceu com a 4ª Emenda
à Constituição Americana que protege o cidadão contra buscas e arrestos
despropositados e ao seu direito à privacidade. E se esta vigilância fosse mesmo
efetiva porque não evitou o último ataque em Boston? E ao mesmo tempo em que esta
administração gasta milhões para escutar conversas de americanos, não mede
esforços para proteger os direitos dos terroristas, envia bilhões de dólares em
ajuda à Irmandade Muçulmana no Egito e se cala enquanto armas químicas são usadas
contra civis na Síria e entregues a grupos terroristas como a Hezbollah.
No Oriente
Médio vimos uma semana de protestos na Turquia e a consequente repressão do
governo que incluiu o bloqueio do twitter e a redução da velocidade da internet
nas grandes cidades. A Guerra Civil na Siria continua e a retomada da cidade de
Quseir pelas forças do governo com a ajuda da Hezbollah foi uma perda
significativa para os rebeldes. A revista francesa Paris-Match fez uma reportagem
sobre uma milícia sunita fortemente armada de mulheres de véu concluindo que
esta guerra sectaria entre Shiitas e Sunitas decidirá quem estabelecerá a
hegemonia na região: o Irã ou a Irmandade Muçulmana e a Al-Qaeda. Qualquer dos
dois resultados não será bom para Israel.
E sobre
Israel, apesar de toda a região estar em caos, o secretário de estado americano
John Kerry anunciou que está indo pela quinta vez a Jerusalem, a Ramallah e à
Jordania desde que assumiu o cargo em fevereiro. No mês passado quando em
visita ao Forum Econômico Mundial na Jordânia, Kerry anunciou um plano de dar a
Abbas 4 bilhões de dólares para reduzir o desemprego dos palestinos e aumentar
seu produto interno bruto. Mais 4 bilhões a desaparecerem na teia de corrupção
da Autoridade Palestina.
E há mais.
Enquanto Abbas está diz estar feliz em receber 4 bilhões de dólares dos
contribuintes americanos, ele deixou claro aos árabes que isso não é um pagamento
contra moderação de posições. Ele ainda exige que Israel solte todos os
terroristas palestinos presos, que concorde em aceitar milhões de chamados “refugiados”
para dentro de Israel próprio além da rendição de toda a Judéia, Samária e
Jerusalém do norte, sul e leste. Tudo isso só para ele se sentar à mesa de
negociações.
E Abbas não
parou aí. Nas comemorações da fundação da OLP na semana passada, Abbas disse
que a Carta Magna da organização de 1964 reflete a vontade do povo palestino.
Esta Carta clama pela destruição de Israel e foi escrita 3 anos antes Israel
ganhar o controle da Judeia, Samaria, Gaza e Jerusalem do Leste.
Em resposta,
Kerry aplaudiu a nomeação do novo primeiro-ministro palestino, um burocrata que
irá ajudar a escoar os 4 bilhões para bancos na Suiça e já avisou que irá
anunciar seu próprio acordo de paz nesta próxima visita. Jornalistas próximos
ao governo de Israel descrevem que as autoridades do país estão incrédulas e
reagem como se estivessem lidando com uma pessoa louca.
Mas isso é um
erro. Kerry foi comandado por Obama para implementar seu programa ideológico e
não se importa com a nossa percepção - meros mortais. Como prova, nesta semana Obama
promoveu Susan Rice ao cargo de Conselheira em Segurança Nacional. Rice foi embaixadora
dos Estados Unidos na ONU e deveria ter recebido o cargo de Kerry – Secretaria
de Estado. Mas este plano foi por água abaixo quando após o ataque de Benghazi
ela mentiu ao povo americano em 4 programas de tv dizendo que o ataque fora uma
reação espontânea a um filme sobre Maomé na internet.
Isso por sí
só teria acabado com a carreira de qualquer burocrata em Washington. Mas não só
ela foi mantida no governo mas promovida. Eu pessoalmente gosto muito de Susan
Rice e acho ela qualificada para qualquer cargo em governo. Mas nos Estados
Unidos não se mente ou engana o povo, especialmente para ajudar a eleger
alguém.
O mesmo não
posso falar de Samantha Power, nomeada por Obama para ser a nova embaixadora
americana na ONU. Alguns anos atrás, Samantha deu uma entrevista na
Universidade Berkeley pregando uma intervenção militar contra Israel para
evitar o genocidio de palestinos. Ela trabalhou na campanha de Obama mas foi
forçada a resignar depois de ter chamado Hillary Clinton de monstro! E é essa
pessoa que agora terá que defender o Estado Judeu no fórum mais anti-semita do
mundo, aonde o próprio direito de Israel de existir é debatido diariamente!
Com os
escândalos domésticos se empilhando, com a tortura e assassinato do embaixador
americano em Benghazi, o uso de armas químicas na guerra civil da Síria, os
protestos na Turquia, a instabilidade e radicalização do Egito, Tunisia e Líbia,
além do Afeganistão e Iraque e o Irã correndo para obter a bomba atômica, a
incompetência de Obama está aí, escancarada para todos verem. Aliás, um novo
livro entitulado “Amador” do jornalista Edward Klein expõe a falta de liderança
executiva de Obama como um político arrogante, impaciente e com sonhos de
grandeza.
Mas se alguém
está pensando que tudo isso está fazendo Obama reconsiderar sua política, está
enganado. A cada alegação de escândalo ou possível derrota na passagem de leis
que promovem sua agenda,Obama não se dobra, ele se radicaliza. Ele está
definitivamente comprometido em avançar sua política e visão do mundo.
Isto
significa que Israel não pode descartar a política americana, seja os loucos
planos de Kerry ou o suposto enfraquecimento de Obama. Israel tem que estar
preparada para as pressões que virão pois só a assinatura de um acordo de paz com
os palestinos poderá salvar o legado que Obama quer deixar para a posteridade.
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