No próximo dia
19 de julho fará um ano do ataque a turistas israelenses na Bulgária que deixou
6 mortos e dúzias de feridos. E mais uma vez as autoridades búlgaras
confirmaram o envolvimento da Hezbollah neste ato terrorista.
Em maio deste
ano, a polícia nigeriana prendeu 3 libaneses com um arsenal suficiente para um
pequeno exército: fuzis anti-tanques, quatro minas, 21 lançadores de granadas,
17 metralhadoras Ak-47s com mais de 11 mil balas, dinamite e outras guloseimas.
Os três confessaram serem agentes da Hezbollah.
Também em maio
deste ano, as cortes do Kenya condenaram dois agentes iranianos à prisão
perpétua por atividades terroristas. Depois de presos os dois entregaram à
polícia uns 20 quilos do poderoso explosivo RDX, e confessaram terem trazido ao
país mais 100 quilos. Tanto na Nigéria como no Kenya, os alvos seriam interesses
israelenses e ocidentais.
Estes dois
casos provam não só a expansão do Irã e da Hezbollah na África do Leste e Oeste
mas o fato do continente africano estar na linha de frente do terrorismo internacional
que busca alvos americanos, europeus, israelenses e também africanos.
O Departamento
de Estado americano, em seu Relatório Anual sobre Terrorismo por País concluiu
que há um “ressurgimento claro do patrocínio estatal do Irã e do seu aliado
Hezbollah em ataques terroristas”, algo não visto desde os anos 90.
Isto sem falar
no envolvimento do Irã e Hezbollah na guerra civil na Síria e em crimes contra
o povo sírio.
E com tudo
isso, a Europa ainda está dividida sobre declarar a Hezbollah ou parte dela, uma
organização terrorista. Mas os fatos acima e outros deveriam deixar claro que não
só a Hezbollah deve ser designada uma organização terrorista mas a comunidade
internacional deve também se posicionar contra o Irã.
Não foi
coincidência que o ataque na Bulgária ocorreu exatamente no 18º aniversário do
ataque ao centro cultural judaico AMIA em Buenos Aires em 1994 que matou 87
pessoas e feriu mais de 300. O promotor especial argentino Alberto Nisman,
nomeado para investigar o caso, concluiu em seu relatório de mais de 500
páginas que a penetração do Irã e da Hezbollah na America Latina está sendo
usada para executar ataques terroristas quando o Irã decidir, direta ou
indiretamente através da organização terrorista Hezbollah”.
Nisman descreve
o envolvimento de diplomatas e da embaixada do Irã em Buenos Aires, de associações
culturais e de caridade e até de mesquitas, no planejamento, consumação e cobertura
das operações terroristas.
Primeiro,
Nisman concluiu que o ataque à AMIA foi ordenado pelo mais alto escalão do
governo do Irã, não uma facção radical. Isso foi um ato de terror em massa
orquestrado pelo governo islâmico.Assim, o governo argentino emitiu mandatos
de prisão contra o ex-presidente Rafsanjani, o ministro da inteligência e
segurança Ali Fallahian, o ministro do exterior Ali Velayati e o ex-comandante
da Guarda Revolucionaria Mohsen Rezai. Os dois últimos concorreram nestas
últimas eleições para a presidência do Irã.
O relatório de
Nisman também descobriu que o motorista suicida do carro usado no ataque era um
agente da Hezbollah.
Nisman se
refere à vasta estrutura operacional e de inteligência que “infiltrou” Buenos
Aires e dos seus tentáculos que se estendem a países vizinhos incluindo o
Uruguay e Chile.
Nisman disse
que o motivo principal do ataque foi a decisão da Argentina em cancelar os
contratos de fornecimento de tecnologia nuclear e armas à Republica Islâmica do
Irã.
Este ataque à
AMIA foi sem dúvida um presságio do que estaria para vir em 2011, 2012 e até
2013 em 5 continentes incluindo Chipre, Georgia, Azerbaijão, Singapura, Turquia
e Estados Unidos além do Kenya e Nigéria.
Dadas as
evidências irrefutáveis do envolvimento do Irã no terrorismo internacional e da
cumplicidade da Hezbollah, uma questão se coloca: o que pode a comunidade
internacional fazer para punir estes perpetradores e desencorajar outros atos
terroristas?
Primeiro deve
haver um trabalho conjunto em todos os níveis: diplomático, econômico e
político para isolar o Irã como um pária entre as nações. Estados devem trazer reclamações contra o Irã na
Corte Internacional de Justiça por ataques a diplomatas e civis. Além disso, a
Guarda Revolucionaria do Irã deve também ser designada como organização
terrorista pelo mundo e a Hezbollah pela Comunidade Européia.
O ataque à AMIA
foi inequivocamente e mais que tudo, um ataque contra o povo judeu. E o povo
judeu e Israel são os alvos preferidos do Irã. Sabendo disso, a comunidade
internacional não pode mais excluir Israel dos fóruns globais anti-terrorismo.
É chocante ver que os Estados Unidos criaram um Fórum Global de
Contraterrorismo em 2011 e na reunião de 2012, Israel foi excluída. É chocante
não só dada a quantidade e magnitude dos horrores causados por terroristas a
Israel mas é chocante excluir um país líder em tecnologia e know-how em
contraterrorismo. Qualquer esforço global sério e crível deve incluir Israel se
quiser ser bem sucedido.
A recente onda
de ataques terroristas deve servir de alarme para a comunidade internacional.
Ela tem que acordar e agir para combater e punir esta cultura de incitamento,
terror e impunidade. Uma resposta internacional coordenada é necessária para
combater estas ameças à segurança e à paz internacional. Se não agirmos agora
contra o Irã e a Hezbollah, muito mais vidas serão perdidas e o sangue destas vítimas
estará em nossas mãos.
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