Sunday, July 14, 2013

Declarando o Irã e a Hezbollah Terroristas - 14/07/2013

No próximo dia 19 de julho fará um ano do ataque a turistas israelenses na Bulgária que deixou 6 mortos e dúzias de feridos. E mais uma vez as autoridades búlgaras confirmaram o envolvimento da Hezbollah neste ato terrorista.

Em maio deste ano, a polícia nigeriana prendeu 3 libaneses com um arsenal suficiente para um pequeno exército: fuzis anti-tanques, quatro minas, 21 lançadores de granadas, 17 metralhadoras Ak-47s com mais de 11 mil balas, dinamite e outras guloseimas. Os três confessaram serem agentes da Hezbollah.

Também em maio deste ano, as cortes do Kenya condenaram dois agentes iranianos à prisão perpétua por atividades terroristas. Depois de presos os dois entregaram à polícia uns 20 quilos do poderoso explosivo RDX, e confessaram terem trazido ao país mais 100 quilos. Tanto na Nigéria como no Kenya, os alvos seriam interesses israelenses e ocidentais.

Estes dois casos provam não só a expansão do Irã e da Hezbollah na África do Leste e Oeste mas o fato do continente africano estar na linha de frente do terrorismo internacional que busca alvos americanos, europeus, israelenses e também africanos.

O Departamento de Estado americano, em seu Relatório Anual sobre Terrorismo por País concluiu que há um “ressurgimento claro do patrocínio estatal do Irã e do seu aliado Hezbollah em ataques terroristas”, algo não visto desde os anos 90.

Isto sem falar no envolvimento do Irã e Hezbollah na guerra civil na Síria e em crimes contra o povo sírio.

E com tudo isso, a Europa ainda está dividida sobre declarar a Hezbollah ou parte dela, uma organização terrorista. Mas os fatos acima e outros deveriam deixar claro que não só a Hezbollah deve ser designada uma organização terrorista mas a comunidade internacional deve também se posicionar contra o Irã.  

Não foi coincidência que o ataque na Bulgária ocorreu exatamente no 18º aniversário do ataque ao centro cultural judaico AMIA em Buenos Aires em 1994 que matou 87 pessoas e feriu mais de 300. O promotor especial argentino Alberto Nisman, nomeado para investigar o caso, concluiu em seu relatório de mais de 500 páginas que a penetração do Irã e da Hezbollah na America Latina está sendo usada para executar ataques terroristas quando o Irã decidir, direta ou indiretamente através da organização terrorista Hezbollah”.

Nisman descreve o envolvimento de diplomatas e da embaixada do Irã em Buenos Aires, de associações culturais e de caridade e até de mesquitas, no planejamento, consumação e cobertura das operações terroristas.

Primeiro, Nisman concluiu que o ataque à AMIA foi ordenado pelo mais alto escalão do governo do Irã, não uma facção radical. Isso foi um ato de terror em massa orquestrado pelo governo islâmico.Assim, o governo argentino emitiu mandatos de prisão contra o ex-presidente Rafsanjani, o ministro da inteligência e segurança Ali Fallahian, o ministro do exterior Ali Velayati e o ex-comandante da Guarda Revolucionaria Mohsen Rezai. Os dois últimos concorreram nestas últimas eleições para a presidência do Irã.

O relatório de Nisman também descobriu que o motorista suicida do carro usado no ataque era um agente da Hezbollah.

Nisman se refere à vasta estrutura operacional e de inteligência que “infiltrou” Buenos Aires e dos seus tentáculos que se estendem a países vizinhos incluindo o Uruguay e Chile.

Nisman disse que o motivo principal do ataque foi a decisão da Argentina em cancelar os contratos de fornecimento de tecnologia nuclear e armas à Republica Islâmica do Irã.

Este ataque à AMIA foi sem dúvida um presságio do que estaria para vir em 2011, 2012 e até 2013 em 5 continentes incluindo Chipre, Georgia, Azerbaijão, Singapura, Turquia e Estados Unidos além do Kenya e Nigéria.

Dadas as evidências irrefutáveis do envolvimento do Irã no terrorismo internacional e da cumplicidade da Hezbollah, uma questão se coloca: o que pode a comunidade internacional fazer para punir estes perpetradores e desencorajar outros atos terroristas?

Primeiro deve haver um trabalho conjunto em todos os níveis: diplomático, econômico e político para isolar o Irã como um pária entre as nações.  Estados devem trazer reclamações contra o Irã na Corte Internacional de Justiça por ataques a diplomatas e civis. Além disso, a Guarda Revolucionaria do Irã deve também ser designada como organização terrorista pelo mundo e a Hezbollah pela Comunidade Européia.

O ataque à AMIA foi inequivocamente e mais que tudo, um ataque contra o povo judeu. E o povo judeu e Israel são os alvos preferidos do Irã. Sabendo disso, a comunidade internacional não pode mais excluir Israel dos fóruns globais anti-terrorismo. É chocante ver que os Estados Unidos criaram um Fórum Global de Contraterrorismo em 2011 e na reunião de 2012, Israel foi excluída. É chocante não só dada a quantidade e magnitude dos horrores causados por terroristas a Israel mas é chocante excluir um país líder em tecnologia e know-how em contraterrorismo. Qualquer esforço global sério e crível deve incluir Israel se quiser ser bem sucedido.


A recente onda de ataques terroristas deve servir de alarme para a comunidade internacional. Ela tem que acordar e agir para combater e punir esta cultura de incitamento, terror e impunidade. Uma resposta internacional coordenada é necessária para combater estas ameças à segurança e à paz internacional. Se não agirmos agora contra o Irã e a Hezbollah, muito mais vidas serão perdidas e o sangue destas vítimas estará em nossas mãos. 

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