Sunday, October 20, 2013

A Interminável Incitação Palestina - 20/10/2013

Na última quinta-feira o jornal The Washington Post publicou um artigo acusando a Turquia de ter exposto uma rede de espiões israelenses para o Irã. Imediatamente, o Ministro das Relações Exteriores da Turquia Ahmet Davutoglu acusou Israel de fazer acusações infundadas, de tentarem sujar a Turquia na comunidade internacional. Hoje, no entanto, o mesmo ministro aparentemente confirmou a acusação dizendo que o chefe da inteligência turca estava apenas “fazendo seu trabalho”.

Está claro que apesar do presidente Obama ter pressionado Netanyahu a pedir desculpas à Erdogan pelo incidente da flotilha em 2010, a Turquia não tem qualquer intenção de regularizar suas relações com Israel. Esta acusação é extremamente séria, pois se for verdadeira, a Turquia teria violado todas a regras de cooperação entre as organizações de inteligência e ninguém mais confiará nos turcos com qualquer informação. Vale lembrar que a Turquia até 2010 era considerada aliada de Israel e até serviu de intermediária entre o estado judeu e os árabes.

Por outro lado, no dia 26 de setembro último, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em seu discurso à Assembléia Geral das Nações Unidas, afirmou que os palestinos “continuam a estender a mão aos israelenses dizendo: vamos trabalhar para que a cultura de paz reine”. Realmente, sentimentos muito louváveis se não fossem cobertos de hipocrisia.

Imediatamente após voltar de sua viagem a Nova Iorque e de seu discurso, o Sr. Abbas cancelou alguns encontros para receber o celebrado poeta egípcio Hisham Al-Gakh, autor do famoso hit “nosso inimigo é o diabo sionista de rabo de garfo”.

Na mesma noite, o Sr. Al-Gack teve a oportunidade de recitar sua canção “maravilhosa” ao receber um prêmio do ministro da cultura palestino. Em Julho, o programa “Palestina Esta Manhã” tinha como quadro principal duas irmãs recitando um poema do mesmo Sr. Al-Gack referindo aos “filhos do Sion” como “macacos barbáricos” e “porcos miseráveis”.  

Estes são somente dois de milhares de exemplos do incitamento palestino contra o estado judeu e o povo judeu. Há até vários exemplos da glorificação de Hitler nas páginas do Facebook de escolas governamentais palestinas e em publicações para crianças patrocinadas pela Autoridade Palestina. Estas mensagens, propagadas diariamente na mídia palestina e nas salas de aula, são internalizadas pela grande população e especialmente pelas crianças e juventude.

Desde os idos dias dos acordos de Oslo, há 20 anos atrás, o otimismo israelense por uma paz duradoura foi substituído por uma profunda desconfiança das intenções reais dos palestinos. E não é só por causa dos ataques terroristas, que emanaram das áreas transferidas para o controle palestino, mas também pela conclamação diária pela destruição de Israel pelo governo, mídia, e escolas.

A história do povo judeu nos ensinou de maneira dura, a nunca subestimar o poder do ódio.

As estações de televisão, de rádio, escolas públicas, colônias de férias, revistas para crianças e sites da internet, estão sendo usados pelos palestinos para imprimir no cérebro de sua população quatro mensagens principais:

Primeiro, que a existência do estado judeu (independente de suas fronteiras), é ilegítimo porque não há povo judeu, como não há história judaica neste pedaço de terra.

Segundo, que judeus e sionistas são criaturas horríveis que corrompem os que moram em sua vizinhança.

Terceiro, que palestinos precisam continuar com sua luta até a inevitável substituição de Israel por um estado árabe-palestino.

Finalmente, que todas as formas de resistência são louváveis e válidas, mesmo que algumas formas de violência não sejam de todo convenientes.

Assim, em vez de serem escolados na “cultura de paz”, a próxima geração de palestinos estão sendo alimentados de modo implacável com uma retórica que inclui a idolatria de terroristas, a demonização dos judeus e a convicção que cedo ou tarde Israel deixará de existir.

Mesmo depois do anúncio do Secretário de Estado John Kerry da renovação das negociações de paz, a incitação continua sem qualquer trégua. Por exemplo, na recente “visita de paz” do clube de futebol FC Barcelona ao distrito de Hebron, a televisão palestina fez questão de lembrar ao seu público que a Palestina se estende de “Eilat a Rosh Hanikra”, isto é, não é só a Judéia, Samária e a Faixa de Gaza, mas a terra de Israel em toda as sua extensão. Esta observação foi seguida de uma canção cantada por Muhammad Assaf, o ganhador do programa popular Ídolo Árabe que falava sobre a “libertação” de cidades israelenses como Haifa, Tiverias e Sfat.

O fato que esta indoutrinação anti-Israel e anti-semita persiste, apesar de toda a fanfarra do relançamento das negociações de paz entre Israel e os palestinos, constitui um obstáculo formidável para o caminho da paz. Ela deveria ter desaparecido 20 anos atrás quando os palestinos se comprometeram a acabar com todas as formas de incitação conforme os acordos de Oslo. E até que ela termine, as negociações não irão resultar em qualquer progresso.

Progresso para a paz requer que ambos os palestinos e israelenses criem uma atmosfera condutiva ao diálogo. A difícil decisão de Israel de soltar 100 terroristas condenados de suas prisões em 28 de julho último, assim como as medidas para ajudar a economia palestina, foram passos corajosos para mais uma vez tentar criar confiança e melhorar a atmosfera das negociações.

Só que estes passos são tomados somente por Israel. Não há qualquer reciprocidade do lado palestino. O mínimo que eles poderiam fazer é suspender seu patrocínio público de ódio gratuito.

Se eles não o fizerem, qualquer tentativa de negociações irá falhar. E já estamos vendo os resultados: desde que as negociações retomaram, a violência tem escalado substancialmente com vários ataques terroristas, o último neste final de semana quando um palestino tentou romper o portão de uma base israelense com seu trator.

Imediatamente após, o primeiro ministro do Hamas Ismail Hanyieh conclamou os árabes a se prepararem para a “Grande Intifada de Al-Aksa” e exigiu o fim das negociações entre a OLP e Israel. E o Hamas está realmente se preparando para esta possibilidade. Durante esta semana Israel descobriu um túnel de 1.7 Km, incrivelmente sofisticado entre a Faixa de Gaza e o kibutz Ein Hashloshah. O túnel, inteiramente de concreto, com eletricidade e linhas telefônicas, além de um estoque de explosivos, foi construído com material doado por Israel para que o Hamas supostamente construísse escolas e outras infra-estruturas que eles reclamam o tempo todo para a comunidade internacional que lhes falta.

Tudo isso mostra que as suspeitas dos israelenses sobre as intenções palestinas são mais uma vez confirmadas e o perigo das concessões poque o outro lado exige para uma suposta “paz”.

A Turquia e os palestinos são prova que Israel não pode se iludir com as intenções de seus inimigos. Chegou a hora de Israel e o mundo exigirem passos concretos destes inimigos como o fim da campanha de deslegitimação do povo judeu e do Estado judeu antes de qualquer negociação sobre um status final, a entrega de territórios ou a normalização de relações.


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