Nesta semana que passou, o presidente
da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas escolheu percorrer a Europa para tentar
convencer empresas europeias a cortarem relações econômicas com as comunidades
judaicas na Judeia e Samaria e nos bairros de Jerusalém do leste.
Abbas também teria pedido à França
para tomar medidas contra centenas de judeus franceses que moram em comunidades
localizados além da linha de armistício de 1949. De acordo com o jornal Al-Quds
al-Arabi, baseado em Londres, Abbas teria exigido que a França tirasse a
cidadania destes franceses e encontrasse outras formas para pressioná-los a
abandonarem suas casas e propriedades nestes locais.
Se alguém acha que pedidos como
estes são absurdos não está ciente de quanto receptiva a Europa é à eles.
Em Julho, a União Européia aprovou
diretrizes especificamente censurando instituição judaicas e entidades
governamentais que operam além das linhas de armistício de 1949. A partir de
janeiro de 2014, qualquer subsídio, prêmio ou empréstimo para desenvolvimento
científico, tecnológico e intelectual será negado a qualquer instituição
judaica localizada além da linha verde.
Esta é a prerrogativa da Europa. Não
é a primeira vez que ela aprova leis aplicáveis somente a judeus. Mas isto não
foi o suficiente e em setembro, ela conseguiu se rebaixar ainda mais. No meio
do mês, cumprindo uma ordem da Suprema Corte de Israel o exército destruiu 250
estruturas ilegais construídas por palestinos no Vale do Jordão. A decisão da
Suprema Corte estava em conformidade com os acordos assinados com os palestinos
que deu jurisdição à Israel sobre o Vale do Jordão.
Cinco dias depois, ativistas
palestinos chegaram ao local carregando tendas. Mas não estavam sós. Estavam
acompanhados de diplomatas europeus para lhes dar cobertura diplomática
enquanto violavam a lei e os acordos assinados pela OLP. Isto teria sido
suficiente para um escândalo mas a coisa foi mais além. A adida cultural do
consulado francês em Jerusalém, Marion Castaing decidiu que dar cobertura não
era suficiente e decidiu então dar um soco no rosto de um policial israelense.
O vídeo está no Youtube e mostra que o soco foi totalmente sem provocação.
Mas em vez de se desculpar com
Israel pelo comportamento de diplomatas europeus ajudando palestinos a violarem
a lei e a violência física de Castaing, a chefe da política estrangeira da
União Européia, Catherine Ashton atacou Israel.
Ela teve a cara de pau de dizer que
aquelas tendas haviam sido pagas por contribuintes europeus como “assistência
humanitária”, que deplorava sua confiscação e exigia uma explicação de Israel
sobre o incidente.
O papel da União Européia em
financiar os esforços palestinos para construir ilegalmente no Vale do Jordão e
outros lugares não é único. Seu desrespeito à lei de Israel e aos acordos que
ela assinou com os palestinos se estende a construções ilegais em toda a
Judeia, Samaria e Jerusalém. O que foi diferente desta vez foi não só o
fornecimento de cobertura diplomática para a violação da lei mas a prontidão em
usar de força física contra as forças de segurança de Israel. Aonde estamos?
Por um lado, Ashton proclama sua
devoção ao processo de paz e ao direito internacional e por outro patrocina
atos como estes. Esta hipocrisia precisa ser assinalada.
Se Israel até agora deu o benefício
da dúvida aos europeus foi porque acreditou em suas promessas vazias de
comprometimento com o processo de paz. A consequência foi que desde os acordos
de Oslo há 20 anos atrás, todos os passos tomados por Israel para mostrar boa
vontade foram usados contra ela e para enfraquece-la.
Para os europeus e outros proponentes de expulsar os judeus da Judeia, Samaria, Jerusalém e as Colinas do Golã, o axioma é que a própria presença de judeus nestes lugares é ilegítima. Se eles vencerem, o único lugar no mundo aonde os judeus estarão proibidos de viver será na terra da qual saíram. Sim pois foi na Judeia, Samaria e nas porções de Jerusalém que passaram ao controle de Israel em 1967, que falaram os profetas da Bíblia, aonde reinaram os reis de Israel e aonde se passaram os mais profundos eventos bíblicos vivenciados pelo povo judeu. É aonde o monte do Templo de Salomão se encontra, o local mais sagrado do mundo e em direção do qual judeus do mundo inteiro têm rezado três vezes por dia por mais de 2 mil anos.
Em outras palavras, palestinos,
árabes, europeus e outros por aí, querem impedir os judeus de se estabelecerem
precisamente aonde estão suas raízes históricas e culturais. Eles argumentam
que os assentamentos são “ilegais”. Vamos então revisitar esta “indiscutível
verdade” pela enésima vez, para termos tudo claro na cabeça.
Este argumento se baseia no Artigo 49
(6) da Quarta Convenção de Genebra de 1949 que diz que uma força militar
ocupadora “não pode deportar ou transferir parte de sua própria população civil
para o território que ocupar”. Esta cláusula, escrita logo após a Segunda
Guerra Mundial se referia à tremenda transferência de população efetuada pelos
nazistas e outros regimes totalitários.
Só que não há qualquer consenso
entre juristas se é ou não ilegal para indivíduos decidirem de livre e
espontânea vontade se instalarem no território, especialmente se não estiverem
tirando ninguém de sua propriedade. De fato, não há nem consenso se Israel é
uma força de ocupação ou não pois a Judeia e a Samaria não pertenciam a
qualquer país soberano. A anexação da Cisjordânia pela Jordânia em 1949, não
foi reconhecida pelo resto do mundo. Depois de sua vitória em 1967, o direito
de Israel à Judeia e Samaria se tornou tão forte - se não mais forte - que o de
qualquer outra nação, considerando que a Liga das Nações em 1922 quando
estabeleceu o Mandato da Palestina, explicitamente reconheceu os profundos
laços dos judeus à Judeia, Samaria e Jerusalém.
Mas o que é ainda mais moralmente
repreensível é ouvir o Sr. Abbas em inúmeras ocasiões dizer que o futuro estado
da Palestina não tolerará a presença de um só judeu em seu solo.
Israel deu cidadania a 1.7 milhões
de Árabes. Hoje foi noticiado que pela primeira vez um Druso irá comandar o
Batalhão 51 dos Golani do exército de Israel. Porque então um futuro estado
palestino não poderia oferecer o mesmo a seus residentes judeus?
As fronteiras finais de um estado
palestino devem ser determinadas através de negociações e compromisso mútuo,
não medidas unilaterais como boicotes e represálias com o único propósito de
forçar Israel a abandonar as áreas com as quais tem a maior ligação histórica,
cultural e religiosa.
A tolerância tem limites. Não
podemos aceitar em silêncio tudo o que líderes como Ashton dizem, especialmente
quando destorcem a lei internacional e quando fazem proclamações e promessas
vazias de apoio à causa da paz. Somente se expusermos a verdade por trás destas
mentiras é que a paz terá qualquer oportunidade de acontecer.
No comments:
Post a Comment