Há 15 anos atrás um legislador alto
e de boa aparência do Estado de Massachusetts pediu a palavra no Senado americano.
Em seu discurso apaixonado e veemente, este senador implorou a seus colegas uma
ação imediata contra a limpeza étnica que estaria ocorrendo na época, nos
Bálcãs.
Em seu discurso, em 23 de Março de
1999, John Kerry defendeu uma ação militar efetiva que teria como “objetivo
essencial minimizar a capacidade de limpeza étnica na antiga Iugoslávia”. Suas
palavras convenceram os senadores que votaram 58 a 41 a favor da ação militar e
no dia seguinte os Estados Unidos, junto com a OTAN começaram os
bombardeamentos em Belgrado.
É irônico, que o senador que falou
tão firmemente contra limpeza étnica nos Bálcãs em 1999 hoje, em 2014, como
secretário de estado Americano, lidera a campanha para implementa-la no Oriente
Médio.
Kerry decidiu sim que vai ganhar um
prêmio Nobel e está colocando toda a responsabilidade da assinatura de um
acordo de paz com os palestinos em cima de Israel. Kerry quer o estabelecimento
e a implantação de um estado palestino na Judeia e Samaria, seja ele qual for, de
preferência antes de ele sair de seu posto de secretário de estado, no máximo
até 2016 com o fim da presidência Obama.
E para alcançar este objetivo, Kerry
está exigindo a remoção sistemática e compulsória de um grupo étnico e religioso
específico: os judeus. Em vez de condenar a posição racista palestina, Kerry
está apoiando os ditames da OLP que prega a aniquilação dos judeus de seu meio,
simplesmente por que são judeus.
Desculpem-me, mas isto não é a
própria definição de limpeza étnica? Quando oficiais israelenses levantaram a
possibilidade de judeus ficarem em suas casas sob o governo da Autoridade
Palestina, o negociador Saeb Erekat imediatamente declarou para a Associated
Press que “nenhum judeu terá permissão para viver no estado palestino, nem um
só”. E aí está a verdadeira face do nacionalismo palestino: um estado nazista.
Se nem mesmo a ideia de judeus
vivendo em seu meio é aceitável, que tipo de país estão os Estados Unidos
ajudando a criar?? Mais um bastião de autocracia, corrupção e opressão no
Oriente Médio? Já não basta os que temos??
A Síria está devastada por Guerra civil.
O Líbano está a beira de outra. O Egito imerso em tumultos violentos com insurgentes
islâmicos. O Irã continua a girar suas centrífugas num passo alarmante. O
Iraque está no caos e a Al-Qaeda e subsidiárias continuam a ameaçar regimes árabes
tradicionais e interesses ocidentais todos os dias.
Com a região em fogo e tantas crises
exigindo atenção, os Estados Unidos decidiram fazer de Israel o assunto crucial
de sua política externa. Kerry visitou Jerusalém e Ramallah uma dúzia de vezes
desde o começo do ano passado ameaçando boicotes, impondo restrições e prevendo
o fim do mundo se Israel não assinar um acordo de paz com os palestinos. E a única
maneira, já que os palestinos se mostram irredutíveis, é pressionar Israel a
fazer concessões absurdas que não só colocam em perigo a sua segurança, mas
também a estabilidade da Jordânia.
Kerry deveria ter algumas lições de
história pois não aprendeu que a paz não pode ser imposta por um terceiro. Os
acordos de Israel com o Egito e Jordânia foram negociados entre eles, sem a
interferência dos Estados Unidos que só entraram para ratificar o que as partes
já haviam acordado.
A experiência americana na Coréia, no
Vietnã, no Iraque e Afeganistão não terminou em paz. Na Irlanda, que é o país
que todos gostam de usar como comparação com Israel, os americanos foram na
verdade negociar a rendição do IRA após uma caça e eliminação esmagadora de
seus líderes pelo governo britânico.
Kerry só precisa olhar para alguns quilômetros
ao norte de Jerusalém para a brutalidade na Síria e no Líbano entre cidadãos do
mesmo país para fazer o que qualquer pessoa razoável faria: pensar duas vezes nas
consequências das ações que ele está tentando impor a Israel.
Com tudo o que está acontecendo na
região, os Estados Unidos deveriam estar pressionando seus inimigos, não seus
aliados e especialmente não Israel que é o país mais frágil, cercado por
inimigos por todos os lados.
Israel tem direito legal, moral,
histórico e de segurança à Judeia e Samaria. Abandonar qualquer um destes
direitos nunca lhe trouxe paz no passado e não lhe trará a paz no futuro. Temos
Gaza como prova.
Uma paz viável só pode existir se
negociada diretamente entre israelenses e palestinos, não no quarto de hotéis
de 5 estrelas aonde se hospeda o Sr. Kerry, e de onde ele impõe concessões
unilaterais a Israel em troca de ameaças.
Qualquer um que apoia a chamada “solução
de dois estados” e advoga a expulsão de judeus de lugares como Hebron, Shiloh,
Beit El, berços da nação judaica como descritos na Bíblia, é alguém que apoia a
limpeza étnica. Em nome de uma paz dúbia, os que estão por trás desta política
estão de acordo com a discriminação e deportação de uma comunidade étnica e
religiosa na sua integralidade.
Só imaginem o escândalo se algum político
israelense sugerisse a remoção de árabes israelenses de suas casas e sua
deportação para o nascente estado palestino. E ainda assim, por alguma razão, a
comunidade internacional não tem qualquer problema em adotar este padrão duplo
e hipócrita, pois neste caso se trata de deportar judeus.
Estes líderes internacionais que
estão tão desesperados para criarem um estado palestino deveriam se olhar no
espelho e perguntar se realmente acreditam que o fim justifica os meios.
O que estes líderes e Kerry não conseguem ver é que algo tão básico não merecia nem ser discutido. Uma paz baseada na imoralidade e injustiça é uma paz que não pode, não deve e não durará.
E nada seria mais imoral ou injusto
do que a criação do Estado do Apartheid da Palestina e o exílio mais uma vez,
depois de 2 mil anos, de judeus de suas casas e de sua terra ancestral.
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