Sunday, February 2, 2014

Kerry: Pressione Seus Inimigos Não Seus Aliados - 2/2/2014

Há 15 anos atrás um legislador alto e de boa aparência do Estado de Massachusetts pediu a palavra no Senado americano. Em seu discurso apaixonado e veemente, este senador implorou a seus colegas uma ação imediata contra a limpeza étnica que estaria ocorrendo na época, nos Bálcãs.

Em seu discurso, em 23 de Março de 1999, John Kerry defendeu uma ação militar efetiva que teria como “objetivo essencial minimizar a capacidade de limpeza étnica na antiga Iugoslávia”. Suas palavras convenceram os senadores que votaram 58 a 41 a favor da ação militar e no dia seguinte os Estados Unidos, junto com a OTAN começaram os bombardeamentos em Belgrado.

É irônico, que o senador que falou tão firmemente contra limpeza étnica nos Bálcãs em 1999 hoje, em 2014, como secretário de estado Americano, lidera a campanha para implementa-la no Oriente Médio.

Kerry decidiu sim que vai ganhar um prêmio Nobel e está colocando toda a responsabilidade da assinatura de um acordo de paz com os palestinos em cima de Israel. Kerry quer o estabelecimento e a implantação de um estado palestino na Judeia e Samaria, seja ele qual for, de preferência antes de ele sair de seu posto de secretário de estado, no máximo até 2016 com o fim da presidência Obama.

E para alcançar este objetivo, Kerry está exigindo a remoção sistemática e compulsória de um grupo étnico e religioso específico: os judeus. Em vez de condenar a posição racista palestina, Kerry está apoiando os ditames da OLP que prega a aniquilação dos judeus de seu meio, simplesmente por que são judeus.

Desculpem-me, mas isto não é a própria definição de limpeza étnica? Quando oficiais israelenses levantaram a possibilidade de judeus ficarem em suas casas sob o governo da Autoridade Palestina, o negociador Saeb Erekat imediatamente declarou para a Associated Press que “nenhum judeu terá permissão para viver no estado palestino, nem um só”. E aí está a verdadeira face do nacionalismo palestino: um estado nazista.

Se nem mesmo a ideia de judeus vivendo em seu meio é aceitável, que tipo de país estão os Estados Unidos ajudando a criar?? Mais um bastião de autocracia, corrupção e opressão no Oriente Médio? Já não basta os que temos??

A Síria está devastada por Guerra civil. O Líbano está a beira de outra. O Egito imerso em tumultos violentos com insurgentes islâmicos. O Irã continua a girar suas centrífugas num passo alarmante. O Iraque está no caos e a Al-Qaeda e subsidiárias continuam a ameaçar regimes árabes tradicionais e interesses ocidentais todos os dias.

Com a região em fogo e tantas crises exigindo atenção, os Estados Unidos decidiram fazer de Israel o assunto crucial de sua política externa. Kerry visitou Jerusalém e Ramallah uma dúzia de vezes desde o começo do ano passado ameaçando boicotes, impondo restrições e prevendo o fim do mundo se Israel não assinar um acordo de paz com os palestinos. E a única maneira, já que os palestinos se mostram irredutíveis, é pressionar Israel a fazer concessões absurdas que não só colocam em perigo a sua segurança, mas também a estabilidade da Jordânia.

Kerry deveria ter algumas lições de história pois não aprendeu que a paz não pode ser imposta por um terceiro. Os acordos de Israel com o Egito e Jordânia foram negociados entre eles, sem a interferência dos Estados Unidos que só entraram para ratificar o que as partes já haviam acordado.

A experiência americana na Coréia, no Vietnã, no Iraque e Afeganistão não terminou em paz. Na Irlanda, que é o país que todos gostam de usar como comparação com Israel, os americanos foram na verdade negociar a rendição do IRA após uma caça e eliminação esmagadora de seus líderes pelo governo britânico.

Kerry só precisa olhar para alguns quilômetros ao norte de Jerusalém para a brutalidade na Síria e no Líbano entre cidadãos do mesmo país para fazer o que qualquer pessoa razoável faria: pensar duas vezes nas consequências das ações que ele está tentando impor a Israel.

Com tudo o que está acontecendo na região, os Estados Unidos deveriam estar pressionando seus inimigos, não seus aliados e especialmente não Israel que é o país mais frágil, cercado por inimigos por todos os lados.

Israel tem direito legal, moral, histórico e de segurança à Judeia e Samaria. Abandonar qualquer um destes direitos nunca lhe trouxe paz no passado e não lhe trará a paz no futuro. Temos Gaza como prova.

Uma paz viável só pode existir se negociada diretamente entre israelenses e palestinos, não no quarto de hotéis de 5 estrelas aonde se hospeda o Sr. Kerry, e de onde ele impõe concessões unilaterais a Israel em troca de ameaças.

Qualquer um que apoia a chamada “solução de dois estados” e advoga a expulsão de judeus de lugares como Hebron, Shiloh, Beit El, berços da nação judaica como descritos na Bíblia, é alguém que apoia a limpeza étnica. Em nome de uma paz dúbia, os que estão por trás desta política estão de acordo com a discriminação e deportação de uma comunidade étnica e religiosa na sua integralidade.

Só imaginem o escândalo se algum político israelense sugerisse a remoção de árabes israelenses de suas casas e sua deportação para o nascente estado palestino. E ainda assim, por alguma razão, a comunidade internacional não tem qualquer problema em adotar este padrão duplo e hipócrita, pois neste caso se trata de deportar judeus.

Estes líderes internacionais que estão tão desesperados para criarem um estado palestino deveriam se olhar no espelho e perguntar se realmente acreditam que o fim justifica os meios.

O que estes líderes e Kerry não conseguem ver é que algo tão básico não merecia nem ser discutido. Uma paz baseada na imoralidade e injustiça é uma paz que não pode, não deve e não durará.


E nada seria mais imoral ou injusto do que a criação do Estado do Apartheid da Palestina e o exílio mais uma vez, depois de 2 mil anos, de judeus de suas casas e de sua terra ancestral.

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