Os livros de história no futuro talvez contem
que a terceira guerra mundial começou no dia 30 de setembro de 2015. Em 1914, a
Primeira Guerra Mundial começou no dia 28 de junho pelo assassinato em Sarajevo,
do arquiduque Ferdinando da Áustria. Na época, ninguém imaginava que este
atentado, perpetrado longe das grandes capitais europeias, iria conduzir à
carnificina da Grande Guerra.
É a combinação de jogo de alianças e ações
irresponsáveis que levaram as grandes potências ao abismo e a « belle époque »
num massacre em massa nunca antes visto na história da humanidade.
Da mesma maneira, estamos assistindo pasmos aos
primeiros ataques russos na Síria. Damasco está bem longe de Washington, Moscou
e Paris, mas as ações de Putin podem tornar um conflito regional em uma
conflagração mundial. Não é apenas uma
pequena base em Tartus e um punhado de “conselheiros” russos na Síria. Agora
vemos porta-aviões com caças avançados atracarem numa base russa nova em
Latakia e centenas de russos desembarcarem para operá-la. É sobre a Rússia
violar o espaço aéreo turco sem pedir desculpas e enviar mísseis que atravessam
o espaço aéreo iraniano e iraquiano livremente. É a Rússia expandindo sua área
de influência preenchendo todo o vácuo deixado por esta deplorável
administração Obama.
Putin vê o assassino de seu próprio povo,
Bashar Al-Assad, como aliado. Foi ele também quem vendeu e instalou as usinas
nucleares no Irã. Para garantir sua presença na Síria e bases no Mediterrâneo
para contrapor os países da OTAN, ele tem que primeiro eliminar a oposição
síria a Assad e só depois ele irá se ocupar do Estado Islâmico. Por isso vimos
em 30 de setembro, bombardeamentos russos em Homs, Hama e outras cidades que
nada têm a ver com o Estado Islâmico, mas são bases da oposição. Putin mostrou seus
músculos quando viu Obama capitular nas negociações com o Irã. E ele teve
razão. A reação da Casa Branca à ofensiva russa foi apenas de declarar “sua
preocupação” e cancelar seu fracassado programa de treinamento de membros da
oposição ao custo de 500 milhões de dólares.
O problema do fortalecimento de Assad é o
consequente fortalecimento do Irã e de seu rebento, a Hezbollah, diretamente na
fronteira com Israel. Além dos tumultos internos e os recentes ataques de
mísseis de Gaza, o Estado Judeu não precisa de mais um front no norte.
Somente neste final de semana 10 israelenses
foram feridos em ataques na capital. Nos dias anteriores além de Jerusalém,
tivemos ataques em Afula, Nazaret Ilit, Yaffo, Petah Tikva e Kyriat Gat, todas
cidades parte de Israel desde a sua criação em 1948. Isto não é surpresa.
Líderes palestinos constantemente doutrinam os
árabes de que Yaffo - que é parte de Tel Aviv - e todo o resto de Israel são
territórios ocupados e serão eventualmente liberados e passarão para o controle
palestino. Se o mundo se incomodasse em ouvir o que o “parceiro para a paz”
Mahmoud Abbas e seus comparsas andam dizendo há anos, não ficariam surpresos
com esta onda de esfaqueamentos. Diariamente nas escolas, universidades, pela
tv, rádio, internet e em canções, cidades israelenses são reclamadas como
palestinas fazendo deste “processo de paz” uma zombaria.
Uma famosa apresentadora de um programa de
crianças da TV oficial palestina em maio deste ano, falando através um boneco,
disse sobre Yaffo: “meus amiguinhos, eu digo a vocês que com certeza, Yaffo, e
não só Yaffo, mas Haifa, Acco, Nazaret e todas as cidades palestinas ocupadas
em 1948 retornarão a nós um dia”. Assim, de acordo com a ideologia promovida
pela Autoridade Palestina, Yaffo era Palestina, hoje é “ocupada” e no futuro
voltará a ser palestina.
Um vídeo produzido pelo “Projeto Pergunte”
publicado no Youtube mostra que os palestinos acreditam piamente que nunca
nenhum judeu viveu na Terra Santa antes de 1948. Um chegou a comparar os
palestinos aos índios americanos e os israelenses aos colonos europeus que de
repente aportaram na praia e fundaram um estado. Eles se dizem os nativos e os
israelenses estrangeiros que nunca tiveram qualquer ligação com esta terra. Este foi o tema predominante das duas ultimas
intifadas.
Neste contexto, esta última onda, no entanto,
têm uma característica diferente. Os terroristas acreditam que ao atacarem
judeus eles estão protegendo a mesquita de Al-Aksa de ser destruída.
E por que não deveriam eles acreditar nesta
obscenidade? Nos últimos meses, aonde quer que vão, cada vez que ligam suas
televisões, leem o jornal, nas escola ou nas mesquita eles ouvem que os judeus
estão destruindo al-Aksa. Al-Aksa está em perigo. Eles devem pegar em armas
para defendê-la dos judeus, a qualquer custo.
Um homem está no centro deste libelo de sangue.
O homem que dissemina essas mentiras assassinas e orquestra a morte e confusão não
é outro que o favorito “palestino moderado” do Ocidente: o chefe da OLP e
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Em 16 de Setembro, Abbas fez um discurso na
televisão e que ele postou em sua página no Facebook incitando os palestinos a
matarem judeus. Em suas palavras, "Al-Aqsa é nossa. Eles [os judeus] não
têm o direito de profaná-la com seus pés imundos. Nós não vamos permitir que
eles façam isso e nós faremos tudo em nosso poder para defender Jerusalém
".
Abbas acrescentou, "Nós abençoamos cada
gota de sangue derramada por Jerusalém. Este é um sangue limpo e puro derramado
por Deus. É a vontade de Deus que cada mártir irá para o céu e cada
[terrorista] ferido, receberá a recompensa de Deus”.
Duas semanas depois, Abbas abriu seu discurso
perante a Assembleia Geral da ONU com as mesmas mentiras, ameaças e incitação. Quase
exatamente um ano atrás, Abbas vomitou o mesmo discurso, com as mesmas consequências
assassinas. Em um discurso perante o comitê executivo da Fatah em outubro
passado, Abbas disse: "Devemos impedir que eles [os judeus] entrem nos
lugares santos a todo o custo. Estes são nossos lugares santos, esta é a nossa
al-Aksa, nossa Igreja do Santo Sepulcro. Eles não têm o direito de entrar. Eles
não têm o direito de profana-las. Temos que bloquear a entrada dos judeus 'com
nossos corpos para defender os nossos locais sagrados ".
Nas semanas subsequentes, as palavras de Abbas foram
retransmitidas 19 vezes na tv palestina. Durante esse período, os terroristas
árabes massacraram rabinos rezando em uma sinagoga em Jerusalém, assassinaram
passageiros esperando em estações de ônibus -inclusive uma recém-nascida- e
tentaram assassinar o ativista de direitos humanos Yehuda Glick. Ao todo, onze
israelenses foram massacrados naquela onda terrorista.
Todos os anos, a mesma Autoridade Palestina que
chora pobreza perpétua, paga mais de 100 milhões de dólares a terroristas em
prisões israelenses e às suas famílias. Paga mais quando o terrorista morreu
matando judeus. Quanto mais revoltante e repulsivo o ataque mais alto é o
salário.
A média paga a terroristas é sete vezes o
salário médio de um funcionário público palestino. Abbas sabe que o dinheiro é
o principal motivador para palestinos atacarem judeus mas não é o único motivo.
Todo aspirante a terrorista sabe que ele será glorificado nos meios de
comunicação árabes e sua família terá seu status elevado inclusive com visitas
do próprio Abbas.
Nos últimos dias o jornalista israelense Gal
Berger conseguiu cópias das planilhas de pagamento aos terroristas e suas
famílias. O surpreendente é que Abbas não só financia os assassinos da sua Fatah.
Ele financia os do Hamas e se recusa a condenar seus ataques por pior que
sejam, como o da família Henkin na semana passada.
Quando ele hipocritamente diz coordenar suas
forças de segurança com o exército de Israel, é somente para ele se manter no
poder e evitar um golpe do Hamas. Isto lhe dá a segurança para prosseguir com
sua guerra diplomática e prejudicar a economia de Israel e negar-lhe o direito
de autodefesa. Neste ano, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o
presidente Obama nem mencionou o conflito árabe-israelense. Isto deixou Abbas
possesso. Então para ele voltar a ter alguma relevância, precisa extrair um
número de vítimas em Israel.
Israel tem que quebrar esta prática. Primeiro, Israel
pode confiscar toda a propriedade pertencente aos terroristas, inclusive contas
bancárias e transferi-las para as famílias das vítimas. Segundo, pode bloquear
os canais de tv e rádio palestinos cada vez que haja incitação mentirosa que
possa causar violência. E terceiro, em vez de restringir o acesso ao Monte do
Templo, Netanyahu deveria sim, estabelecer um dia de preces de judeus na
esplanada, mostrando quem tem a soberania no local e reafirmando o direito de
judeus de rezarem no seu local mais sagrado. Isto trará respeito e restaurará o
poder de dissuasão. Sim, ouviremos muitas condenações e protestos, mas como
vimos, o mundo está preocupado com outras coisas mais urgentes do que as
alucinações histéricas do Sr. Abbas. Nada menos do que isso nos dará somente
períodos de calma temporários entre ondas de carnificinas orquestradas pelo Sr.
Abbas.
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