Enquanto o mundo afunda em
violência, os Estados Unidos, a União Europeia e a ONU não têm outra coisa a
fazer a não ser controlar aonde Israel aprova ou deixa de aprovar projetos de
construção de casas para seus cidadãos.
Na semana passada, o governo
aprovou a construção de 770 apartamentos no bairro de Gilo, em Jerusalem. Gilo
é um bairro judaico construído em terras adquiridas por judeus antes da Segunda
Guerra Mundial. A cidade bíblica de Gilo está mencionada nos livros de Josué e
Samuel. Escavações na área resultaram na descoberta de um forte e implementos
agrícolas da época do primeiro Templo. Mas pelo fato ter estado nas mãos dos
jordanianos entre 1948 e 1967, o mundo absurdamente considera este bairro da
capital, como “território palestino ocupado”!
O porta-voz de Obama, em
especial, disse que os Estados Unidos estão preocupados com “as ações
provocativas e contra produtivas que os fazem questionar o comprometimento de
Israel com uma solução negociada com os palestinos.” Os Europeus, por seu lado,
disseram que “a decisão de construir no assentamento (?) de Gilo, construído
sobre terras palestinas ocupadas (?), mina a viabilidade da solução de dois
estados”! é absurdo atrás de absurdo!!!
Especialmente irritante, é a
adoção por completo da narrativa palestina pelo ocidente. Desde quando houve no
local uma entidade independente palestina para que Israel a tenha ocupado? Nunca. E se a Europa achava que este conluio
com a retórica árabe e palestina a protegeria do terrorismo, estava muito
enganada. Ao contrário, sua deferência ao mundo islâmico deixou seus cidadãos
expostos aos ataques mais bárbaros de sua história. Eu digo deferência porque na
Europa não é mais apropriado ser patriota, ter orgulho de sua cultura, história
e tradições. O correto hoje é a equiparação da cultura europeia com uma que não
trouxe nada além de derramamento de sangue, ignorância, violência e terrorismo.
Quando Mahmoud Abbas reviveu
velhos libelos de sangue, acusando Israel de envenenar poços de água, a Europa
o aplaudiu de pé. , não pode reclamar ou declarar absurdas outras
reivindicações árabes ou palestinas.
Por exemplo, na semana passada
o Ministro do Exterior da Autoridade Palestina, Ryiad al Malki, disse aos
líderes da Liga Árabe, que estava preparando uma ação judicial contra a
Inglaterra por causa da Declaração Balfour na qual Sua Majestade expressava em
1917 simpatia pelo estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu na
Palestina. De acordo com Malki, Londres seria responsável por todos os “crimes
cometidos por Israel” deste o fim do Mandato Britânico em 1948 e pelo prejuízo
aos palestinos que supostamente viviam na terra por “milhares de anos”!
De fato, esta declaração foi
inconsequente porque os ingleses nunca cumpriram sua palavra. Primeiro, em vez
de estabelecerem um lar nacional judaico na Palestina, apenas quatro anos depois,
em 1921, os ingleses pegaram 70% da área para estabelecer o reinado da
Transjordânia. Na década de 30 a imigração judaica foi reduzida a níveis
irrisórios, selando o destino de milhões que morreram nos campos de extermínio.
Esta é só a última das
tentativas de exploração de nossas leis e abuso do sistema internacional de
justiça para deslegitimar Israel. A última porque já tivemos outras pérolas. Em
2003, acadêmicos egípcios tentaram processar Israel por todo o ouro e
preciosidades que os hebreus levaram consigo durante o Êxodo de Moisés! Em
2014, os egípcios novamente discutiram acionar Israel desta vez pelo dano
causado ao povo egípcio pelas 10 pragas mencionadas na Bíblia.
E porque os palestinos não
processam a Jordânia?? Afinal, o reinado ficou com 70% da Palestina! Ou a ONU
que votou a favor da partilha? Para se manterem nas manchetes, alguém disse que
os palestinos estariam prontos a processar o próprio D-us por ter feito uma
aliança com Abraão!
Parece que entramos na zona
além da imaginação. Mas se perguntados, líderes Europeus e a administração Obama
considerarão estas reclamações com seriedade. Para eles, elas merecem respeito,
não escárnio.
E aí está o ponto crucial do
que estamos vivendo hoje. Ao mostrar reverência para este tipo de ações e
retórica, o ocidente não está trazendo estes povos para a sociedade das nações
e incentivando-as a serem mais civilizadas. Isto só funciona se o outro lado estiver
aberto para a mesma filosofia.
No pensamento islamista,
quando um ocidental lhe mostra respeito, confirma sua inferioridade. Quando
ouvimos imãs dizerem que o Islão é uma religião de tolerância, não entendemos
que a definição de tolerância no Islamismo é diversa da que conhecemos. No
ocidente, ser tolerante é aceitar o outro como seu igual, mesmo quando ele tem
uma fé diferente. A tolerância no Islão significa que você tem o direito de
viver e praticar o judaísmo e o cristianismo (mas não outras religiões), mantendo-se
no seu lugar inferior de Dhimmi, e pagando tributos por tal tolerância.
Regra geral dhimmis não podem
ter casas mais altas que as de muçulmanos, devem atravessar a rua quando um
muçulmano estiver vindo em sua direção, não podem expor símbolos de suas
religiões, não podem construir igrejas ou templos novos, não podem beber vinho
em publico e por todos estes “privilégios”, o dhimmi deve assinar um contrato e
pagar a jizyah, o imposto anual. Esta seria a “pax islâmica” não fosse o fato dos
próprios muçulmanos não concordarem entre si sobre como será este governo mundial,
qual sharia será aplicável e quem será o califa! Para os xiitas, por exemplo, teria
que ser um descendente do primo de Maomé, Ali. Para os sunitas teria que ser um
representante da elite de Meca.
Se notarmos bem, os jihadistas
reproduzem as mesmas táticas usadas por Maomé no século VII. Eles não formam
grandes exércitos com uniformes e vão lutar. Eles preparam ataques em pequenos
grupos, como assaltantes de caravanas. Roubam e matam para instilar o medo e
fazer com que as pessoas fujam. Ao fugir, eles tomam seus bens e sua terra e
foi assim que o islamismo avançou no seu princípio. Nós chamamos isto
terrorismo.
E como não há paz no próprio
mundo do Islão temos sunitas contra xiitas, contra sufistas, contra alawitas,
etc.. E vemos sunitas do Estado Islâmico matar outros sunitas porque não
aceitam sua versão do islamismo e da sharia. Mas mesmo assim, todos querem
impor ao ocidente este culto mortífero e retrógrado.
Infelizmente, os líderes do
mundo se recusam a verem o mundo como os islamistas veem o mundo. Eles ainda
olham para o mundo islâmico com curiosidade e abrem seus braços a milhões que atravessam
suas fronteiras.
Quando a Europa acordar do seu
sonho igualitário e politicamente correto, será tarde demais. Sua recusa em
identificar quem é o inimigo e formar uma política apropriada para combatê-lo é
simplesmente um contrassenso.
Imaginem em 1940, a Europa e
os Estados Unidos indo para a guerra cuidando para não chamar os alemães de
nazistas. Seria um absurdo. Sem colocar o politicamente correto no lixo e
descrevermos qual é o perigo real que corremos, nunca o venceremos. É com isso
que o Estado Islâmico, o Irã, a Hezbollah, o Hamas e a Autoridade Palestina
estão contando. Temos que identificar nosso inimigo, entender sua ideologia e
estabelecer uma estratégia para combate-la. Só assim venceremos. Se não o
fizermos, teremos muito mais inocentes em clubes, dias nacionais e em igrejas e
sinagogas massacrados por esta ideologia.
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