Sei
que não é educado falar mal de uma pessoa que já morreu. Mas há exceções. O brutal
ditador Fidel Castro finalmente deixou este mundo, em sua cama, não como os
milhares que ele executou e torturou. O ditador está morto, mas a ditadura
continua viva e em família, agora com seu irmão mais novo Raul, outro carrasco
revolucionário.
O
bairro da Pequena Havana em Miami explodiu em comemorações com buzinas de
carros, pessoas dançando salsa nas ruas e fogos de artificio. Refugiados e
descendentes de refugiados finalmente puderam festejar a morte de Castro. Em
Cuba, Raul decretou nove dias de luto.
O
que espanta são as expressões de condolências mundo a fora. O primeiro-ministro
socialista do Canadá Justin Trudeau foi severamente castigado por sua mídia ao
dizer que lamentava profundamente a morte de Fidel, “um lendário revolucionário
e orador, e amigo de seu pai”. A oposição chamou a declaração de repugnante e
uma vergonha para o Canadá.
Obama,
para não ficar atrás, desejou condolências à família de Fidel e disse “que seus
pensamentos e preces estavam como povo cubano. Que nos próximos dias, eles
iriam relembrar o passado e olhar para o futuro. Que a História iria gravar e
julgar o enorme impacto desta figura singular no povo e no mundo ao seu redor”.
O
presidente eleito Donald Trump por seu lado, não mediu as palavras. Após anunciar
em seu Twitter que “Fidel Castro Está Morto” Trump disse que “hoje, o mundo
marca a morte de um ditador brutal que oprimiu seu povo por quase seis décadas.
O legado de Fidel Castro é um de pelotões de fuzilamento, roubo, imenso
sofrimento, pobreza e negação dos direitos humanos mais básicos”.
O
senador Marco Rubio da Florida, filho de refugiados de Cuba e a Congressista
Ileana Ros-Lehtiner que chegou aos Estados Unidos aos sete anos fugindo de
Fidel, competiram para ver quem usava os piores adjetivos sobre o ditador.
Os
líderes de esquerda, especialmente os jovens como Trudeau e Obama, que não vivenciaram
em suas peles ou em suas famílias a tragédia da ditadura de Cuba e que
estudaram a História somente do ponto de vista dos acadêmicos de esquerda, só
podem ter esta visão infantil e romantizada do rebelde revolucionário que o
povo acreditou iria salvá-lo. E há a
possibilidade de Obama ou John Kerry participar do funeral. Isto seria como dizemos
em inglês, um insulto em cima do dano causado.
Não
poderíamos ter um melhor exemplo de divergência de posição entre Obama e Trump
que esta.
A
mídia por seu lado, não pôde deixar de pular neste barco. A CNN teve um
programa de mais de uma hora chamado “Viajando com Fidel”. A MSNBC não parou de
glorificar o que chamou de “conquistas” de Cuba como estudo universitário e o
sistema médico. O que não falaram é que fora de Havana, não havia nenhuma
destas “conquistas” a celebrar.
Em
meio à todas estas expressões ninguém enviou condolências às famílias dos
milhares de mortos e torturados ou lembraram as centenas que apodrecem nas
prisões cubanas especialmente jornalistas, blogueiros e ativistas por direitos
humanos. Ou lembrar que desde a abertura
feita por Obama, ocorreram ainda mais prisões, mais perseguições, e menos
direitos humanos.
Para
que lembrar estes fatos e estragar esta rara oportunidade de saudar um ditador
e ainda ser considerado um liberal?
Esta
mesma esquerda que se diz a voz da democracia nos Estados Unidos, está angariando
milhões de dólares para pagar uma recontagem de votos em três estados nos quais
Trump ganhou apertado.
Na
melhor tradição da esquerda hipócrita, eles pedem a recontagem nos Estados de
Wisconsin, Michigan e Pensilvânia supostamente para “manter a integridade da
eleição”.
Oficialmente
não é Hillary Clinton ou o partido democrata quem está pedindo a recontagem,
mas Jill Stein, a candidata do Partido Verde, alguém que não conseguiu mais que
um por cento dos votos do povo nestas eleições presidenciais. Isto não tem
precedente.
Em
vez de Hillary tomar o caminho de boa perdedora, como ela exigiu de Trump nos
debates, ela pulou no trem da Stein e mandou seus advogados supervisionarem a
recontagem.
Mas
quem esqueceu a reação de Hillary Clinton durante o último debate com Trump quando
ele não respondeu se aceitaria qualquer que fosse o resultado da eleição? Clinton
disse estar horrorizada pois o país sempre teve eleições justas e livres e
aceitar o resultado era esperado por qualquer candidato à presidência. Ela
continuou dizendo estar escandalizada, pois Trump era a primeira pessoa a não
respeitar o sistema tornando-se uma ameaça direta à democracia!!
O
interessante é o fato dos jornalistas não terem feito a mesma pergunta à Hillary:
se ela aceitaria o resultado. Ninguém esperava que ela perdesse...
No
seu discurso de concessão, quando pela primeira vez parecia ter se tornado
humana, Hillary disse que agora o povo precisava se unir e dar uma chance a Trump
para governar.
A
outra coisa interessante é que o Partido Verde já conseguiu cinco milhões de
dólares para a recontagem, mais do que conseguira para sua própria campanha à
presidência! Será que os Clintons estão bancando esta operação?? Que desculpa é
essa de fazer a recontagem para supostamente manter a integridade da eleição?
Porque não pedem a recontagem também aonde a vitória de Hillary foi apertada,
como no Estado de New Hampshire? Lá ela ganhou com menos de 0,4% dos votos!
E
agora?? Quem está ameaçando a democracia?
Trump
já escolheu vários membros de seu gabinete apesar da mídia todos os dias dizer
que seu time está em desordem permanente. Os protestos estão diminuindo, e a
maioria da população já se conformou com Trump na presidência.
Então
Hillary, que tal por o rabo entre as pernas e dar uma chance ao presidente
eleito Donald Trump governar?
No comments:
Post a Comment