No dia 29
de novembro de 1947, a ONU votou a histórica partilha entre árabes e judeus do
que havia sobrado do Mandato Britânico da Palestina depois que 77% da área fora
usada para criar a Jordânia. A sessão, presidida por nosso Oswaldo Aranha aprovou
a resolução 181 por 33 votos a favor a 13 contra. Segundo a resolução, dos 23% que
restaram da Palestina, 12% seriam dados aos judeus e o resto aos árabes. A
maioria do território dada aos judeus ficava no deserto. Os árabes não aceitaram e o resto é história.
Trinta anos
depois, como para escancarar seu arrependimento por ter votado a criação do
Estado de Israel, a ONU instituiu, no mesmo dia 29 de novembro, o Dia de Solidariedade
ao Povo Palestino. Assim, a cada ano desde 1977, em vez da ONU lembrar sua
histórica e única recriação de um país desaparecido há dois mil anos, comemorar
a ressuscitação de uma cultura bíblica em sua terra natal, a ressurreição de uma
língua considerada morta há séculos, a ONU grita “Mea Culpa” aos quatro ventos
e conduz eventos “culturais” para surrar Israel.
Este ano,
Ban Ki-Moon declarou que “o numero de demolições de casas palestinas dobrou.
Gaza continua em emergência humanitária, sua infraestrutura desmoronando e economia
paralisada”. Nada sobre os contínuos ataques terroristas, mísseis que continuam
a chover de Gaza e a reconstrução bem noticiada pelo Hamas dos túneis para
trazer a guerra para Israel. Nada sobre os 332 projetos de construção que
Israel está gerenciando na Faixa e as toneladas de ajuda humanitária que Israel
manda todos os dias para Gaza.
Mas este
ano a ONU não parou aí. A Assembléia Geral votou e aprovou seis resoluções
condenando Israel. Uma delas, usou somente os termos árabes para descrever o
Monte do Templo em Jerusalem, novamente ignorando as raízes bíblicas judaicas e
cristãs do local. 147 membros votaram a favor, inclusive novamente o Brasil,
somente sete contra e oito se abstiveram. Outros países que haviam denunciado a
resolução da UNESCO lembram-se (?), como a França, Itália, Alemanha e
Inglaterra, também votaram a favor das resoluções. Os heróis que votaram contra
foram os Estados Unidos, Canada, Israel, as Ilhas Marshall, a Micronesia, Nauru
e Palu.
A resolução
principal declarou que “qualquer ação tomada por Israel, para impor suas leis,
jurisdição e administração na Cidade Santa de Jerusalem são ilegais e portanto
nulas e sem efeito”. As outras resoluções incluíam perolas como mandar Israel
transferir o controle dos Altos do Golan para a Síria (!!!) e terminar o que
chamaram de “ocupação” do povo palestino.
Mas o que chamou
a atenção mesmo, no entanto, foi o uso de um cachecol com a bandeira palestina pelo
grande palhaço deste circo, o Presidente da Assembleia Geral Peter Thomson do
super-importante país as Ilhas Fiji. O
embaixador de Israel na ONU Danny Danon criticou Thomson severamente e com
razão. Como presidente da Assembleia Geral ele deveria se manter neutro e não
se enrolar na bandeira palestina e vomitar ataques contra Israel.
Em
resposta, durante o discurso de Thomson, Dannon segurou uma cópia do Jornal The
New York Times de 30 de Novembro de 1947 que tinha em sua manchete: “Assembleia
Vota Pela Partilha da Palestina. A Margem foi de 33 a 13; Árabes Se Retiram;
Aranha Elogia o Trabalho ao Final da Sessão”.
Nestes
quase 70 anos, o que fizeram os árabes e os que se auto intitulam “Palestinos”
além de terrorismo, destruição e morte?
Ninguém na Assembleia
Geral ou em qualquer outro fórum internacional jamais levantou a voz para dizer
que depois de 70 anos e bilhões de dólares doados a eles, chegou a hora de se
concentrarem em construir um estado em vez de incitação e terrorismo.
Os que gritam
“Palestina Livre” deveriam saber que a liberdade não é algo dado. É uma responsabilidade e uma obrigação. A pergunta é: que tipo de
liberdade os palestinos buscam? Que responsabilidades estão eles
prontos a assumir e que preço estão dispostos a pagar pela liberdade?
Desde os
acordos de Oslo, Israel saiu de cada cidade palestina deixando a administração
delas à Yasser Arafat e a Mahmoud Abbas. E o que estes dois paladinos da
democracia fizeram? Construíram um dos maiores sistemas de corrupção
governamental, sem um sistema judiciário efetivo ou uma indústria. Não construíram
uma só estação de tratamento de água e esgoto ou uma só estação elétrica. Seu
sistema educacional é todo voltado a envenenar diariamente as mentes das
crianças a partir do jardim de infância com propaganda antissemita do pior
tipo.
Isto é
liberdade? Quando ensinam seus filhos que judeus são macacos e porcos, eles não
estão marchando em direção à libertação da Palestina. Estão acorrentando sua próxima
geração ao racismo, preconceito, ignorância e pobreza de espírito.
Em vez de construírem
algo, criarem algo, eles escolhem a cultura do assassinato e destruição como
vimos com os incêndios há duas semanas. Eles não pararam até que líderes
palestinos vieram para a mídia reclamando que os incêndios também estavam
afetando árabes israelenses e palestinos. Quer dizer, se estivessem afetando unicamente
os judeus, então poderiam continuar ateando os fogos. Esta é a mentalidade.
Infelizmente
sabemos que mentalidade é algo muito difícil de mudar. Mas esta semana tivemos
um brilhante exemplo aqui nos EUA do que ainda é possível.
Apesar de
ainda não ter sido inaugurado como presidente, Trump não hesitou parar tudo o
que estava fazendo e decidiu salvar mil e cem empregos da fábrica Carrier de
ar-condicionados que estava se mudando para o México.
Ele ligou
diretamente ao presidente da empresa e negociou com o governo de Indiana (que é
de seu vice) incentivos fiscais à fabrica se ela ficasse nos Estados Unidos e
garantisse os empregos dos americanos. Depois de dois dias, a fábrica concordou
e mil e cem empregos foram salvos.
Isto foi um
direto tapa na cara de Obama que havia declarado semanas antes da eleição que
não havia jeito de evitar que fábricas se mudassem para outros países mais
pobres aonde é mais barato fabricar produtos para o consumidor americano.
Trump ainda
declarou que receberá um salário simbólico de um dólar por ano como presidente.
São coisas
como estas que estão mudando a opinião de muitos democratas e independentes a
favor de Trump. Há um otimismo no ar. A bolsa está subindo loucamente mostrando
uma confiança sem precedentes dos mercados no próximo governo. A América
apostou num homem de negócios e não num político, alguém que não deve nada a
ninguém e prometeu limpar o lodaçal em Washington.
Seria tão bom se os ventos que sopram aqui chegassem ao
hemisfério sul... Mas isto fica para uma outra vez.
Dedico este comentário aos que pereceram no trágico vôo da Lamia. Recuso a
definir o que ocorrer como acidente, pois acidente é algo imprevisível. Isto
foi um caso de no mínimo altíssima negligência e desprezo para com a vida do
próximo. Minhas preces estão com as famílias destes jovens atletas e dos não
tão jovens jornalistas, treinador e assistentes que deveriam ainda estar conosco.
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