Sunday, April 15, 2018

A Punição da Síria e os 70 Anos de Israel - 15/04/2018

Na sexta-feira à noite Donald Trump cumpriu mais uma promessa. Ele não deixou o ataque químico perpetrado pelo governo sírio contra seu próprio povo seguir sem resposta. Junto com a Inglaterra e a França, os países aliados acreditam ter destruído não só o laboratório de pesquisas, mas os principais depósitos aonde Assad armazena as armas químicas. O exercito americano definiu a operação com três palavras: precisa, esmagadora e efetiva.

A Rússia imediatamente pediu uma sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU para condenar a América dizendo que não havia provas suficientes que um ataque químico teria ocorrido. Este argumento pobre só convenceu a China e a Bolívia e os russos perderam vergonhosamente a votação.

Imaginem a cara de pau da Rússia! Um país que invadiu a Ucrânia e ocupou toda a península da Crimeia dizer que os Estados Unidos haviam violado a lei internacional ao atacar a soberania de outro país!

Este ataque deixou Putin em má situação, pois no dia 13 de março último ele tinha prometido proteger o território sírio de um ataque americano. As baterias antiaéreas russas ficaram surpreendentemente silenciosas mostrando que as defesas sírias não são tão robustas como queriam que pensássemos. Quase que imediatamente, para diminuir o dano à sua reputação, os russos lançaram uma campanha de desinformação dizendo que haviam abatido 70 dos 105 mísseis lançados. Os aliados negaram. Após todos os 105 mísseis terem atingido os três objetivos designados, os sírios lançaram uns 40 mísseis para o ar, simbolicamente. O Irã, como sempre, condenou os aliados chamando-os de “criminosos”!

Será que este ataque será suficiente para deter a Síria de usar armas químicas contra a sua população no futuro? Claro que não. A Síria certamente tem outros armazéns e a regularidade do uso de gás clorina e sarin nesta guerra civil tem sido desconcertante. 73 ataques desde 2012, 14 deles só nos últimos 2 anos com centenas de mortos e milhares de feridos.  

Nikki Haley, a embaixadora americana na ONU, deixou claro no sábado, que se houverem outros ataques, os Estados Unidos e seus aliados estão prontos para dar outra lição a Assad.

E ontem foi a vez de Israel. A Força Aérea destruiu um túnel do Hamas de alguns quilômetros, que começava em Gaza e terminava a poucos metros da comunidade Kfar Aza, numa clara demonstração de que é mais importante para o grupo terrorista usar os recursos doados pela comunidade internacional para construir tuneis contra Israel do que dar moradia, água, eletricidade e outros serviços básicos à sua população.

73 anos após o final da Segunda Guerra Mundial, as forças do mundo novamente parecem se concentrar em torno do povo judeu. Na época eram os judeus da Europa, hoje é o Estado de Israel que nesta semana comemora 70 anos de independência.

O número 70 é muito significativo e tem até um aspecto místico no judaísmo.

De acordo com o Midrash Zuta: “Deus, que tem 70 nomes, deu a Torá, que tem 70 nomes, a Israel - que também tem 70 nomes, e que se originou das 70 pessoas que desceram ao Egito com Jacó. Israel foi escolhida entre as 70 nações da terra para celebrar 70 dias santos no ano (52 sábados e 18 dias festivos). A Torá foi transmitida a 70 anciãos e o Sinédrio (o Tribunal) composto por 70 Sábios. Existem 70 interpretações da Torá e Jerusalem que tem 70 nomes foi o local escolhido para o Templo, que tinha 70 pilares. Na Ética dos Pais está escrito que “Setenta é o tempo de sentar em satisfação e contentamento”. 

Certamente, Israel, aos 70 anos, fez muito para dar satisfação e alegria ao povo judeu. Esta incrível nação fez a terra desolada florescer, com uma incrível capacidade de cultivar qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer lugar; construiu cidades modernas e magníficas; revolucionou o estudo da Torá e a observância das leis religiosas - graças a Israel, mais judeus estão estudando a Torá hoje do que em qualquer outro momento em toda a história; a tecnologia israelense guia o planeta, o exército é incomparável, e a economia está crescendo exponencialmente apesar dos altos impostos do país. Israel tem uma das maiores taxas de satisfação e uma das maiores médias de expectativa de vida do mundo.

Mas, com tudo isso, Israel ainda está longe de aonde quer chegar. Ela sabe que há muito mais que pode fazer. A nação judaica que emergiu da Shoah, enlutada e quebrada, recuperou seu orgulho e seu lugar de direito como uma força a ser considerada, no Oriente Médio e além. Israel cresce numericamente a uma taxa alucinante - 1.200% em apenas sete décadas - e em breve abrigará a maioria dos judeus atualmente existentes.

Barbara Sofer escreveu neste final de semana as 70 razões pela qual ela ama Israel e cada uma delas é surpreendente. Mas algumas se destacam mais que outras como o fato de 2 companhias start-ups israelenses uma de Cesarea e a outra de Nazaré, serem as finalistas na competição americana no combate à insuficiência cardíaca; outra start-up Mercu-removal ganhou primeiro lugar em Los Angeles da melhor ideia para limpar mercúrio da água; e um time de neurologistas inventaram um teste não-invasivo para diagnosticar sinais de demência. Por esta e por outras, os israelenses são os décimos primeiros mais felizes do mundo, atrás da Noruega e Finlândia. São mais felizes  que os ingleses e americanos. Quem poderia imaginar isto lendo as noticias?

Tragicamente, Israel teve muitos momentos de medo e luto. Ela enterrou alguns de seus melhores jovens - homens e mulheres, defendendo o país ou vítimas do terrorismo. Mas quando seus pais, familiares e amigos saem dos cemitérios, eles enxugam as lágrimas e retornam à construção da nação. Poucos na Terra suportaram o que Israel suporta e ainda mantiveram seu senso de propósito Divino e sua capacidade de continuar.


Para um ser humano, 70 conota o início da velhice. Mas em nível nacional, em termos históricos, 70 é ainda muito, muito jovem – Israel ainda está em sua infância. Está apenas começando a esculpir seu destino, e precisa que toda alma judaica se junte a este destino. Isto porque há algo absolutamente claro sobre este pequeno e vibrante país: que o melhor de Israel ainda está por vir.

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