Sunday, July 22, 2018

A Cupula Trump-Putin e a Histeria da Esquerda - 22/07/2018


Parece que a mídia anda com o cabelo em fogo e mais gasolina é jogada assim que o presidente Trump acorda a cada manhã. Se não fosse tão sério seria cômico. Esta semana em particular foi um carnaval de declarações absurdas e ofensivas. A reação da mídia ao encontro de Trump com Putin em Helsinque chegou a ser comparado na MSNBC ao ataque do Japão a Pearl Harbor em 1941 e à Noite dos Cristais quando os nazistas atacaram as residências e negócios dos judeus na Alemanha em 1938(!)

Na coletiva de imprensa em Helsinque um repórter da Associated Press quis enquadrar o presidente Trump e perguntou se ele acreditava mais em Putin que negou ter tentado influenciar as eleições americanas ou nas agências de inteligência que confirmaram seu envolvimento. Com Putin alí do lado e Trump tentando abrir um diálogo com o presidente russo para discutir problemas realmente importantes como reduzir a influência do Irã no Oriente Médio, sua presença na Síria e ameaças a Israel, a anexação da Criméia, a Coreia do Norte, e outras coisas, a última coisa que Trump precisava  era ser obrigado a chamar Putin de mentiroso em público e ao vivo em cadeia internacional.

Trump tentou dizer que ele não via razão para a Rússia tentar influenciar as eleições americanas. A mídia em peso entendeu que ele estava humilhando o FBI e as outras agências de segurança e saiu denunciando a resposta antes mesmo da conferência terminar. A reação dos democratas e do resto da esquerda foi a de um moleque com déficit de atenção e hiperatividade em esteroides. O diretor da CIA de Obama, John Brennan chamou Trump de “traidor”, e o acusou de ter cometido um “alto crime”. Madeleine Albright ex-secretária de estado se disse “preocupada” que Trump tivesse passado segredos para Putin e daí para baixo.

Interessante que a reação da mídia não chegou nem perto quando Obama foi pego por um microfone aberto dizendo ao pé do ouvido do primeiro ministro russo Medvedev para avisar Putin que ele teria “mais flexibilidade depois de sua reeleição”. Ou quando Obama zombou de Mitt Romney no debate de 2012 dizendo para ele sair dos anos 80, pois a guerra fria já tinha acabado.

Trump se encontrou com Putin como parte de suas obrigações como líder dos Estados Unidos, coisa que todos os presidentes americanos fizeram desde a Segunda Guerra Mundial.

A segurança nacional dos EUA e, de fato, a segurança internacional dependem dos líderes das duas maiores potências do mundo manterem sua cooperação. A capacidade dos líderes americanos e russos de trabalharem juntos tem um papel fundamental na prevenção de outra guerra mundial. Teria sido negligente se Trump tivesse recusado este encontro com Putin.   

Duas questões críticas, a presença do Irã na Síria e o arsenal nuclear da Coréia do Norte, foram objeto de discussão entre Trump e Putin. Suas observações sobre os dois assuntos mostraram a importância desta reunião para a segurança nacional dos EUA e para a estabilidade global a curto e longo prazo.

Antes de se encontrarem em Helsinque, a perspectiva de guerra entre Israel e o Irã e a Hezbollah na Síria era quase certa. Na segunda-feira, as forças do regime sírio - dominadas pelo Irã através da Guarda Revolucionária, unidades da Hezbollah e forças da milícia xiita controladas pelo Irã - começaram sua ofensiva para assumir o controle da região de Quneitra, no lado sírio da fronteira com Israel.

Se o Irã conseguir consolidar suas forças, ou as forças da Hezbollah na Síria especialmente ao longo da fronteira com Israel, Israel terá que ir à guerra para expulsar o Irã pela força. Israel simplesmente não pode aceitar uma situação que envolva uma presença iraniana permanente na Síria, especialmente considerando que o Irã controla o Líbano através da Hezbollah.

Em seus comentários, Putin e Trump disseram que estão comprometidos com a segurança de Israel. Putin disse que concorda que o acordo de retirada das forças de 1974 entre Israel e a Síria deve ser respeitado. O acordo impede que as forças militares sírias sejam enviadas para a fronteira com Israel e limita sua implantação na área adjacente a ele. Trump afirmou abertamente que os EUA apoiam os esforços de Israel para impedir que o Irã fortaleça suas forças na Síria.

Essas observações foram importantes por duas razões: Uma é que os líderes das duas maiores potências da terra enviaram uma mensagem conjunta alta e clara para o Irã e para a Hezbollah.

O Irã vai entender dos Estados Unidos que ela está pronta a enviar tropas e lutar ao lado de Israel assim como o fez com seus aliados na Síria para derrotar o Estado Islâmico. Putin, por seu lado, deixou claro que apesar dele apoiar o regime de Assad para proteger primariamente suas bases no país, ele não lutaria ao lado do Irã numa guerra com Israel e pior, com os Estados Unidos.

Embora essas declarações possam não convencer o Irã e a Hezbollah a retirarem suas forças da Síria imediatamente, elas jogaram um balde de água fria nos planos imediatos dos aiatolás de arrastarem Israel para uma guerra.

Se este tivesse sido o único resultado da cúpula, sua importância seria incontestável. Mas há um segunda razão. A reunião Trump-Putin locou em questão a viabilidade a longo prazo da parceria russo-iraniana.

Alguns dias antes da cúpula em Helsinque, o principal conselheiro de assuntos internacionais do líder supremo do Irã, Ali Akbar Velayati desembarcou em Moscou para uma reunião com Putin. Num comunicado ele disse que o Irã tinha interesse "apenas num relacionamento estratégico e de longo prazo com a Rússia". A mensagem de Putin é que hoje ele está vendendo o Irã em troca de um relacionamento melhor com os Estados Unidos e Israel (e conseguir o levantamento das sanções impostas a ele pela anexação da Criméia).

A própria noção de que um presidente americano possa cometer traição ao buscar uma relação de cooperação com o líder da Rússia é um absurdo. Declarações que acusam Trump de traição e chamam os militares para derrubá-lo são aterrorizantes. Elas demonstram que os adversários de Trump estão tão obcecados em deslegitimar sua presidência, com encontrar um meio qualquer para justificar um impeachment que estão dispostos a arriscar uma guerra mundial para alcançar seus objetivos.

Quando consideramos a histeria dos críticos de Trump por um lado, e as extraordinárias realizações alcançadas por ele em Helsinque do outro, precisamos agradecer que Trump estava disposto, como ele disse, a "assumir um risco político em busca da paz", em vez de "arriscar a paz em busca de ganhos políticos". Nesta semana os Estados Unidos e o mundo se beneficiaram enormemente de sua coragem.

   

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