As
comunidades do sul de Israel passaram este final de semana correndo para os
abrigos contra bombas, acalmando as crianças e avaliando o estrago causado por
mais de 190 mísseis e dúzias de tiros de morteiros vindos da Faixa de Gaza. Quando
nos é dito que cada sirene dá apenas 15 segundos para alguém sair da cama,
pegar os filhos e alcançar o abrigo, imaginem o que estes moradores têm passado
nestes anos. É um milagre que desta vez houve somente 3 feridos.
Depois de uma
semana inteira batalhando centenas de pipas em fogo, de balões com explosivos e
até camisinhas cheias de gás hélio carregando coquetéis molotov que já
queimaram 30 milhões de metros quadrados de reservas naturais, plantações e
pomares, na sexta-feira, o exército de Israel se deparou com granadas na
fronteira aonde um soldado foi ferido. Israel então decidiu dar um basta e atingiu
os campos de treinamento, armazéns e bases do Hamas aonde dois palestinos
morreram. Além disso, Netanyahu mandou fechar a travessia Keren Shalom, por
onde passam por dia mais de 250 caminhões com toneladas de alimentos, remédios,
todo o tipo de material, inclusive cimento que os palestinos usam para seus construir
seus tuneis de terror e gás hélio para hospitais, deixando somente a ajuda
humanitária absolutamente necessária.
Imediatamente
o Hamas acusou Israel de ser “criminosa de guerra”. Pessoal, não dá para
acreditar o que está se passando. E assim que seu estoque de misseis parece ter
se reduzido substancialmente, o Hamas e o Jihad Islâmico declararam um “cessar-fogo”.
Isto quer dizer, eles atacam e logo em seguida impedem Israel de responder.
E a mídia
internacional, senhoras e senhores, é descarada em sua escandalosa cobertura
destes eventos. As manchetes foram de “Dois palestinos mortos em combate com
Israel” a “Israel dá o golpe mais duro no Hamas deste a guerra de 2014 em Gaza”.
E é claro, os artigos são recheados de informações sobre a suposta catastrófica
situação da população e da sempre “iminente” crise humanitária.
Desde que
Israel saiu de Gaza em 2005, seus ardentes inimigos afirmam que a Faixa
continua sob “ocupação” e sempre a beira de uma crise humanitária. Interessante
que durante os sete anos da guerra civil na Síria nunca se falou de crise
humanitária como fome em massa e a propagação de epidemias relacionadas com a
fome. Similarmente durante os dois anos de guerra contra o Estado Islâmico,
nunca houve uma crise humanitária entre os 5 milhões de pessoas que os
terroristas controlavam.
Vamos colocar
as fake news de lado. O fator mais importante por trás das verdadeiras crises
humanitárias - o espectro da fome em massa e das doenças contagiosas - é, antes
de mais nada, o colapso da lei e da ordem, e a violência entre as milícias e as
gangues. Esta foi a história de Darfur, na Somália, na República
Centro-Africana e hoje no Iêmen aonde 8 milhões de pessoas estão morrendo de
fome e mais de um milhão contraíram a cólera. Em tal situação, os primeiros a
sair são as agências de socorro, as equipes médicas locais, os funcionários do
governo e a polícia deixando os necessitados indefesos.
Este cenário
não poderia estar mais longe da realidade de Gaza. O Hamas, a principal fonte
destas fake news, governa Gaza com mão de ferro. Poucas democracias
desenvolvidas no mundo podem se gabar das baixas taxas de homicídio que
prevalecem em Gaza. Ausente é qualquer notícia sobre o fechamento de um
hospital, uma escola, universidade ou uma repartição em Gaza.
Também, não
há qualquer notícia sobre a saída de agências de assistência ou de seus empregados,
ou do fechamento de organizações de direitos humanos. E a Organização Mundial
da Saúde, que monitora rigorosamente o mundo para prevenir o surto de doenças
contagiosas, não anda de olho em Gaza.
E por uma boa
razão. A OMS sabe que centenas de médicos em hospitais israelenses mantêm
contato direto com seus colegas em Gaza e que Israel supre todas as
necessidades de remédios e equipamento. Não é de admirar, então, que a
expectativa de vida em Gaza, aos 73 anos, seja quatro anos maior do que a média
mundial. Além disso, todas as escolas e postos de saúde são pagos e gerenciados
pela ONU. Gaza deve ser a inveja de países como o Sudão e o Iêmen.
O mesmo site
do Hamas na Internet, Resala.net, que alerta o mundo para uma crise humanitária
iminente, apresenta vídeos sobre sua crescente indústria de veículos usados em
Gaza. Outro site mostra jovens surfando na praia de Gaza. E foi por isso que o
enviado especial do presidente americano, Jason Greenblatt perguntou por que o
Hamas não gasta os 100 milhões de dólares que recebe do Irã para resolver sua suposta
crise humanitária?
A resposta é
óbvia. O Hamas quer todo o dinheiro da ajuda internacional e dos impostos que
cobra pelos caminhões que entram na Faixa para pagar sua milícia, o contrabando
de armas e materiais para aumentar seus estoques de mísseis e a construção de
túneis.
Então o
problema não é só Israel ter que lidar com todos os tipos de ataques diários do
Hamas e seus soldados. É lidar com a mídia internacional que não tem limites
para expressar sua parcialidade e ódio ao Estado judeu. Quando ela põe ênfase
na reação de Israel sem contar verdadeiramente o que ocorreu para provocar esta
reação, a mídia está prontificando o leitor a se posicionar contra Israel.
Todos lembram
do que aconteceu no dia da inauguração da embaixada americana. A manchete dos
jornais de todo o mundo apontava o dedo acusador a Israel por ter supostamente
matado uma bebê de 8 meses com gás lacrimogênio.
Pareceu irrelevante
na ocasião para a mídia perguntar o que fazia um bebê no meio de uma
manifestação violenta para quebrar a grade de separação com Israel. Mas pior
ainda foi a falta de retratação da mídia quando veio à tona o fato do Hamas ter
pago 8 mil shekels para a mãe levar para a grade o corpo da menina que já
estava morta por um defeito genético.
E isso sem
falar dos 60 mortos que o Hamas confessou serem seus “soldados” e não civis
inocentes como haviam publicado. Um povo que vive na mentira e vive da mentira.
A reação de
Israel deveria ser óbvia. Nenhum país iria permitir uma chuva de 190 mísseis em
seu território sem uma resposta à altura. Mas Israel se sente amarrada pela mídia
e pelos políticos, e isto só encoraja a violência no outro lado.
Israel
precisa ser proativa com a mídia. Denunciar o que o outro lado está fazendo
antes de ser obrigada a justificar suas reações. Além disso, acho que chegou a
hora de nos voltarmos para a população de Gaza para acusar seus líderes. Seu
nojento comércio de corpos, a escavação inútil de túneis e o lançamento de
mísseis que apenas convidam as represálias israelenses contra a população enquanto
que os comandantes do Hamas e suas famílias se escondem dentro dos túneis como
ratos para fugirem do perigo.
Que o povo de Gaza, que votou pelo Hamas, acorde
e saia para as ruas e não para a cerca de separação com Israel.
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