Novos ventos estão soprando no Oriente Médio no que parece serem os dias finais da administração Trump. O comprometimento do presidente americano para com Israel continua a surpreender. Trump vai ficar na história como o presidente que mais ajudou a trazer a paz para esta conturbada região, cheia de tiranos e ditadores. E apesar de tudo isso ele não recebeu o prêmio Nobel da paz. O desacreditado comitê prefere dá-lo a alguém que fez absolutamente zero pela paz, como Obama. Quanta hipocrisia!
Nesta semana
Trump conseguiu que mais um país árabe, o Marrocos assinasse um acordo para
normalizar as relações com Israel. Só que esta normalização não veio de graça.
Os Estados Unidos prometeram investir $3 bilhões no país e reconheceram a
controversa ocupação do Saara Ocidental pelo Marrocos.
O Saara
Ocidental sempre foi considerado uma entidade separada do Marrocos. É um dos
lugares menos populosos do mundo, mas é muito rico em recursos minerais que o
Marrocos explora impiedosamente. Era uma colônia espanhola até 1975 e tem sido
listada como um território sem governo central pela ONU desde 1963. Os
Sahrawis, como são chamados os locais, criaram um movimento de independência
chamado Front Polisario reconhecido até hoje pela ONU como representante
legítimo da população local, e seu direito à auto-determinação. Em 1976, o
Front Polisario declarou a independência e a formação da Republica Democrática
Árabe do Sahrawi reconhecida por 46 países. O território, no entanto, continuou
a ser reclamado tanto pelo Marrocos como pela Mauritânia até 1979.
O Marrocos
foi mais agressivo. Contrariamente à 4ª Convenção de Genebra , que proíbe a
transferência de partes de sua população civil para um território ocupado, o
Marrocos instigou sua população a se mudar para o Saara Ocidental, mantendo à
força mais de 40 mil em tendas. Hoje 2/3 da população de 600 mil pessoas é
marroquina.
Não só a
normalização com mais um país árabe deve deixar Mahmoud Abbas e sua corriola
nervosos, mas o reconhecimento do direito do ocupador a uma região árabe,
deveria incomodá-los. Até agora eles não se manifestaram.
E isto deve
ser porque a reação no Marrocos sobre a normalização não foi nada parecida com
o que vimos com os Emirados Árabes ou no Bahrain. Os jornais, em sua maioria só
mencionaram o reconhecimento americano da ocupação do Saara Ocidental. Em
Israel, claro, houve outra festa, especialmente na comunidade marroquina que
agora espera pelos vôos diretos.
Nos Emirados,
vimos neste final de semana cenas extraordinárias em Dubai que incluíram as
celebrações de Hanukah, traduzindo o acordo com Israel em ações concretas. Uma
Menorah gigante foi acesa frente a famosa torre Burj Al-Khalifa. Além disso,
incrivelmente o Sheik Hamad Bin Khalifa al Nahyan, um dos Emires, anunciou a
compra de 50% do time de futebol israelense Beitar Yerushalayim, prometendo um
investimento de 300 milhões de shekels nos próximos 10 anos! Incrivel mesmo.
Vimos esta
semana também alguns países da Europa acordarem um pouco. O parlamento da
Noruega votou em cortar a ajuda aos palestinos em mais de 3.4 milhões de
dólares por causa da recusa deles reduzirem a incitação à violência em seus
livros escolares. Os legisladores noruegueses deram um basta às promessas que a
reforma dos livros escolares é iminente e declararam que até que o ódio e a
incitação forem removidos dos livros escolares palestinos, a União Européia e
as nações europeias devem seguir o exemplo da Noruega e cessarem sua
participação na incitação diária dos escolares palestinos e para o vergonhoso
abuso de suas contribuições. Até que enfim!!! Realmente novos ventos!
Outra boa
noticia para Israel foi a resolução anual sobre Jerusalem. Pela primeira vez em
muito tempo, tirando os 9 países tradicionais, a Liberia, decidiu votar contra,
porque a resolução se refere aos locais santos somente pelo nome muçulmano de
Haram al-Sharif e não o Monte do Templo como é conhecido por Judeus e Cristãos.
Foram 147 votos a favor, 10 contra e 16 abstenções. 3 abstenções a mais que o
ano passado.
O Brasil,
desta vez, apesar de ter votado a favor a resolução, uma pena ter perdido esta
oportunidade, disse que poderia mudar seu apoio à resolução se a ONU não
adotasse uma linguagem mais abrangente, reconhecendo a santidade do local para
judeus e cristãos. Taí uma boa oportunidade para nós, cidadãos do Brasil expressarmos
nossa opinião ao Ministério das Relações Exteriores!
Para
finalizar, o Butão, uma pequena monarquia entre a Índia e a região do Tibet,
hoje ocupada pela China, anunciou o envio de um embaixador para Israel.
Nesta região,
mensagens são importantes. Esta onda de apoio a Israel está aí para ficar se o
governo Biden não ressuscitar os dinossauros malignos da era Obama e traze-los
para seu governo, como John Kerry que assegurou ao mundo que Israel nunca teria
paz com seus vizinhos se não fizesse antes a paz com os palestinos, dando a
eles toda a Judeia, Samaria e Jerusalem. Kerry estava errado.
Ou resolver
apaziguar a Turquia ou o Irã, que nesta semana executou por enforcamento o
jornalista Rouhollah Zam por (olhem só), “corromper a terra”, uma acusação sem
um crime específico.
Zam estava
vivendo na França e foi sequestrado e levado ao Irã pelas autoridades
iranianas. Mas o escândalo da Europa, que não pode protege-lo, foi de dizer aos
mulás para não fazerem isto de novo porque a pena de morte é uma penalidade
cruel. É com este país que Joe Biden quer renovar o acordo nuclear e levantar as
sanções.
Nesta festa
de chanukah, no meio desta pandemia, quando não temos como festejar em publico,
podemos pelo menos iluminar as injustiças, mas sem esquecer de iluminar e
agradecer pelas boas noticias que recebemos, por menores que sejam.
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