Não há mais
como olhar para a ONU (a Organização das Nações Unidas), como uma organização respeitável
e crível. Dos idos anos iniciais, depois da Segunda Grande Guerra, quando 51 países
de todos os continentes, a grande maioria desenvolvidos, acharam por bem se
reunir para evitar a calamidade que seria uma outra Guerra Mundial, hoje a organização
e suas sub-organizações estão completamente tomadas por ditaduras, violadores dos
direitos humanos, agressores e países beligerantes.
Mas a única
vítima patente desta situação continua a ser Israel, a única democracia do
Oriente Médio. Senão vejamos:
O Conselho da
UNESCO (e para quem não sabe, a Unesco é a organização da ONU responsável pela
educação, ciência e cultura) aceitou como membro, o novo governo do Afeganistão
– aquele, tomado pelos Talibãs. Os mesmo que explodiram as milenares estátuas de
Buda em Março de 2001. Como mais que provado, cultura para eles vale zero. Outra
coisa que a UNESCO se gaba de promover é igualdade de gênero. Mas para o Talibã
isso não é problema já que seu porta-voz anunciou que as mulheres não perfazem
metade da população porque elas não fazem parte da população. Elas são
propriedade! Como Hillel Neuer da UN Watch descreveu, é como nomear um
incendiário como chefe dos bombeiros.
Aí temos o
Conselho de Direitos Humanos que neste mês elegeu 18 novos membros entre eles o
Qatar, a Somália, e o Cazaquistão, bastiões dos Direitos Humanos deste planeta.
Eles foram se juntar a outros paladinos dos direitos humanos como a Rússia, o
Paquistão, a China e a Venezuela. O grupo das democracias livres no Conselho
caiu para um novo mínimo de apenas 15 países dos 47 membros, sendo 31,9% do
total. Temos ditaduras, tiranos e violadores consumados dos direitos humanos
conduzindo esta organização.
Que aliás tem
uma agenda – que se chama de item 7 – única, em relação a apenas um país: Israel.
No último relatório, deles, de Março deste ano, o foco foi sobre as mulheres e
meninas palestinas que são submetidas alegadamente a vários níveis de violência
e discriminação nas esferas publicas e privadas. Isto de acordo com eles, é
resultado de vários fatores, e o primeiro? A ocupação israelense. Só depois vêm
as normas patriarcais da sociedade palestina e práticas de violência baseada em
gênero. Para este organismo, se não houvesse a ocupação israelense, não haveriam
assassinatos de mulheres por honra (que é prevalente na Jordânia e outros
países árabes) e elas seriam tratadas com a igualdade de uma sociedade
ocidental. Quanta idiotice!
Este debate do
Item 7 acontece nada menos que 3 vezes por ano e inclui países como o Irã, a Síria,
a Coreia do Norte e dúzias de outras não-democracias que acusam Israel de inúmeros
crimes e violações dos direitos humanos sem fazer, absolutamente nunca, referência
ao Hamas, ao Jihad Islâmico, à Autoridade Palestina ou ao Irã.
Mas não
paramos aí.
Temos também
a UNRWA. A organização da ONU criada especialmente e somente para lidar com os
supostos “refugiados” palestinos. Aquela que tem um orçamento de 806 milhões de
dólares por ano para pagar professores, saúde, transporte, etc., tudo o que os
governos da Autoridade Palestina e de Gaza não querem fazer, e assim perpetuar ad
eternun o status dos refugiados garantindo um cabide de emprego milionário
para sua cúpula.
Claro que
esta cúpula não quer que seu mau gerenciamento seja conhecido, ou que venha a
público o fato da organização estar ajudando a propagar a incitação, o antissemitismo,
o ódio a Israel e aos judeus.
Então num
evento sem precedentes no início deste mês, a presidente do Conselho de
Direitos Humanos Nazhat Khan cortou o microfone de Hillel Neuer, da organização
UN Watch, quando ele descrevia as postagens de professores da UNRWA em suas próprias
páginas do Facebook, glorificando Hitler e terroristas. Ela acusou Neuer de ter
feito comentários “insultuosos, depreciativos e inflamatórios” que constituíam “ataques
pessoais” a estes professores e isso estava “fora de ordem”.
Imediatamente
ela deu a palavra ao próximo orador, nada menos que o representante do Centro
para o Retorno Palestino, uma organização ligada ao movimento terrorista Hamas.
Um relatório da inteligência alemã de 2012, mostrou que o Hamas não aparece
abertamente na Europa e em vez disso usa plataformas como o Centro para o
Retorno Palestino.
Este orador
procedeu a vomitar dezenas de acusações falsas contra Israel inclusive dizendo
que a ocupação de Israel prevenia o acesso de Gaza à água. Isso quando Israel
transfere diariamente milhões de metros cúbicos de sua água para Gaza.
Neuer
publicou seu relatório em seu site e pelo Twitter para quem quiser ver. Ele
nomeou mais de 100 professores e empregados, todos pagos pela UNRWA, que
postaram conteúdo antissemita na mídia social incluindo vídeos sobre judeus que
controlam o mundo, incitação e glorificação do terrorismo, além de Hitler. Videos
que comemoram a morte de israelenses.
Depois de
pedir sem sucesso para Khan reverter sua decisão, Neuer apelou para o
secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez para que sua apresentação,
perfeitamente legítima de postagem antissemitas de professores da ONU, não pode
de forma alguma ser caracterizada como “comentários depreciativos, insultuosos
e inflamatórios" e nem como "ataques pessoais".
Ele também
disse a Guterrez que o mais alto órgão de direitos humanos das Nações Unidas estava
enviando uma mensagem perigosa ao mundo quando, sem qualquer fundamento, ela bloqueia,
sumaria e arbitrariamente, ativistas de direitos humanos de apresentarem um
relatório sobre o antissemitismo sistêmico instigado diariamente pelos
professores da UNRWA, que é uma agência da ONU.
Ele pediu
ainda a Guterrez para reiterar o fato das Nações Unidas acreditarem e defenderem
a liberdade de expressão garantida pelo Artigo 19 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, e que apoiarão o trabalho de delegados não governamentais na
exposição e combate ao antissemitismo.”
É claro, Até
agora não houve resposta. Mas o embaixador de Israel Gilad Erdan decidiu que
ele iria levar o poster contendo a postagem de Hitler para a reunião da Assembleia
Geral da ONU. No entanto, e que surpresa! Ele também foi barrado de entrar no
recinto com o poster. Tiraram dele a munição para rebater as declarações do Comissário
Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini que se autocongratulou pelo alto nível de
escolaridade sua organização fornece aos palestinos.
Erdan tinha
uma boa razão para mostrar o poster. A corrupta UNRWA não merece o status de
uma agência para “refugiados” quando esconde seus gastos e continua a empregar
educadores que regularmente incitam o terrorismo contra os judeus, na sala de
aula e na mídia social.
Mas Erdan
disse que não vai desistir da luta e ele tem razão. O problema é que como o
trabalho de Neuer revela, a UNRWA não opera no vácuo. Pelo contrário, é uma de
muitas organizações perigosas da ONU que não têm nenhuma causa legítima para
existir a não ser para encher os bolsos de alguns. A UNRWA desfruta do
benefício adicional de perpetuar a pobreza dos árabes que serve, enquanto
fornece cobertura para assassinos em massa empenhados em aniquilar Israel.
A ONU está
podre. Irremediavelmente podre. Por dentro e por fora. A ONU hoje está tomada
por tiranos que a usam para promoverem suas agendas, encobrirem seus malfeitos
e condenarem seus inimigos. Países que têm alguma consciência deveriam sair destas
diversas organizações e aplicar em sua própria casa, os milhões que têm que
pagar anualmente à elas para a cultura, para combater a discriminação e o
antissemitismo. No ponto em que
chegamos, como Erdan certamente sabe, nenhuma evidência fotográfica apresentada
à ONU pode ou irá alterar essa realidade sombria. Infelizmente!
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