Sunday, May 26, 2024

As Cortes Internacionais da Injustiça - 26/05/2024

 

Tem um ditado dos nossos sábios que diz: quem tem piedade com o cruel, será cruel com o piedoso.

Nunca isso foi mais verdadeiro do que em nossos dias.

Hoje estamos no dia 233 da guerra mais justa que Israel lutou em todos seus 3.800 anos de existência depois de ser brutalmente atacada com centenas de mísseis, 1400 dos seus cidadãos selvagemente mortos, incluindo bebês, crianças, mulheres, homens, idosos e deficientes, mais de 250 raptados, torturados, estuprados e mortos. Sim, eu repito isso a cada semana porque gente demais na mídia propositalmente retira o contexto, só focando nas ações de Israel em Gaza, como se no dia 8 de outubro, o Estado judeu acordou e decidiu declarar guerra à Faixa de Gaza sem qualquer provocação.

E, no entanto, apesar deste horrendo pogrom, o mundo condena Israel, e não os terroristas. O mundo não se importa, ou mesmo menciona os reféns, e nem se incomoda em reportar os ataques diários do Hamas e da Hezbollah.  Mas se você colocar no Google, “ataques da Hezbollah a Israel hoje”, você só obtém resultados sobre o que Israel tem feito em Gaza. 

Neste final de semana, Israel recuperou os corpos de mais 3 reféns, entre eles, do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, natural do Rio de Janeiro, que foi enterrado hoje em Ashkelon por sua família. O presidente do Brasil, poderia ter usado sua amizade com o Irã, para pedir a libertação dele, vivo ou morto, mas não o fez. O Itamaraty poderia nos ter poupado de suas condolências hipócritas.

E isso me leva à decisão da Corte Internacional de Justiça. Depois da defesa de Israel em 12 de janeiro deste ano, contra a absurda e nojenta alegação da África do Sul a mando do Irã, de que Israel estaria cometendo genocídio em Gaza, a corte superior da ONU ordenou Israel a suspender imediatamente sua operação militar em Rafah. Notem que é lá, em Rafah, que se encontram os últimos 4 batalhões do Hamas. Foi de lá que há menos de uma hora, uma barragem de mísseis foi lançada contra Tel Aviv e Herzelia pelo Hamas. E é lá que se encontram sua liderança e provavelmente os reféns que ainda estão vivos.

É como se a corte ordenasse aos aliados a não entrarem em Berlin em 1945. Não vamos esquecer que no final da Segunda Guerra, os defensores alemães da capital alemã eram não mais que adolescentes. Era o que tinha sobrado do exército alemão. Hoje, esta corte diria aos aliados, não só para não entrar em Berlin e acabar com a guerra prendendo Hitler, mas para enviar “ajuda humanitária” a ele. Absurdo!

Mas mesmo a corte, presidida pelo juiz Nawaf Salam do Líbano, um país que está em guerra com Israel e deveria ter recusado participar da decisão, disse que Israel deveria parar imediatamente a sua ofensiva militar e qualquer outra ação em Rafah que pudesse provocar a destruição física, total ou parcial do grupo palestino. Agora, o que é “parcial”? Um palestino morto, mesmo um terrorista, pode ser considerado como destruição parcial do grupo palestino?

Até agora, essa corte, que lida com matérias de genocídio não encontrou o suficiente para declarar que Israel é culpada deste crime. Ela diz não ter jurisdição para decidir sobre as ações do Hamas porque ele não é um país e não é parte da convenção.

Mas para não ficar para trás, o promotor muçulmano Karim Khan, da Corte Penal Internacional, da qual Israel, Estados Unidos, China e Russia não fazem parte, emitiu mandados de prisão, vejam bem, contra o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e seu ministro da defesa Yoav Galant, por crimes de guerra, especificamente de matar a população de Gaza de fome. Isso enquanto centenas de caminhões entram em Gaza diariamente com alimentos, remédios, roupas e toda outra ajuda humanitária.

Para adicionar insulto à injuria, o tribunal penal ainda emitiu mandados de prisão contra Mohamed Deif, Yahya Sinwar, que estão em Gaza e Ismail Hanyah que mora no Qatar. Isto é como se o tribunal mandasse prender o presidente americano Theodore Rosevelt, o premier inglês Winston Churchill e Adolf Hitler na mesma oportunidade.

Para quem viu a entrevista de Khan na CNN, ele conseguiu distorcer o raciocínio para estes mandados de tal modo que os menos avisados podem mesmo acreditar em sua justeza. Ele disse à entrevistadora Christiane Amanpour que Israel tinha o direito de se defender, mas não era porque o Hamas precisava de água que Israel poderia suspender o fornecimento de toda a água para os inocentes civis da Faixa de Gaza.

Dar ajuda humanitária aos civis palestinos em Gaza parece ser a coisa mais misericordiosa que Israel possa fazer durante esta guerra. Nenhum outro país do mundo jamais forneceu e nem hoje está fornecendo ajuda humanitária a seus inimigos, exceto Israel. Peguem qualquer conflito. Chega a ser absurdo pensar que o governo do Mali estaria enviando ajuda humanitária aos islamistas do tipo Boko Haram que massacram suas aldeias. Ou que a Rússia estaria enviando centenas de caminhões com comida e remédios para a Ucrânia. Ninguém, não amigos ou inimigos do Sudão está enviando ajuda aos milhares que estes sim, estão morrendo de fome.

A grande verdade é que nenhum país, pela lei internacional está obrigado a alimentar e medicar seu inimigo. Ninguém espera isso de um país quando ele é atacado. Isso vai simplesmente contra todo o instinto humano ou comunitário de sobrevivência.

Para qualquer pessoa com uma conta nas redes sociais e que tem acompanhado esta guerra, fica claro que imediatamente após estes caminhões passarem para dentro de Gaza, o Hamas domina os caminhões e rouba seu conteúdo. Com mais  de 531 mil toneladas de alimentos entregues a uma população de 1.7 milhão de pessoas, só há uma explicação se for verdade que o povo de Gaza está com falta de alimentos: é que o Hamas está desviando a ajuda humanitária. Isto quer dizer que os alimentos e os mantimentos enviados para a população civil de Gaza não chegam a eles mas estão beneficiando somente o Hamas e seus terroristas. A negação deste ponto é a negação da realidade.

Os israelenses já reconhecem que a ajuda enviada não chega nas mãos dos civis palestinos e o que está acontecendo é que Israel está praticamente reabastecendo seu inimigo – algo que não deveria ser permitido pela lei internacional. E não o é, exceto no caso de Israel.

Imaginem que a Relatora Especial da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, que tem uma longa história de declarações anti-Israel e adora um tete a tete com oficiais iranianos, pediu sanções internacionais, embargos e suspensões das relações com Israel em uma postagem no X, antigo Twitter, no sábado.

Ela afirmou no seu post que a única forma de Israel cessar a sua campanha para desenraizar o Hamas da cidade de Rafah, seria se fosse forçada a parar. Quer dizer, na opinião dela, não podemos desenraizar ou acabar com um grupo terrorista desalmado e brutal. Temos que deixá-lo fazer o que ele quer. Não poderia haver melhor mensagem para os grupos terroristas. Vamos amarrar as mãos dos países que vocês atacam e contra vocês não vamos fazer nada porque vocês não são países e não são afiliados à nossa organização. Muito bom, não?

Expressar compaixão com uma população civil em qualquer guerra pode parecer a coisa certa a fazer até você morrer nas mãos de um inimigo que deveria ter passado fome e se rendido meses atrás. Ou até que a população, sentindo a fome, revelasse aonde estão mais de 100 reféns para acabar com a guerra. Não seria exatamente esta situação sobre a qual nossos rabinos alertaram quando disseram que a compaixão descabida se torna cruel para os piedosos?

Por mais de 3.000 anos, o Judaísmo tem sido a razão pela qual vivemos e morremos. Hoje Israel é essa razão. Finalmente voltamos e voltamos para ficar. Não temos para onde ir. Mesmo os países que nos receberam de braços abertos no final nos expulsaram, converteram a força ou nos mataram. E é por isso que o líder sionista Joseph Trumpledor, que morreu defendendo Tel Hai, disse a famosa frase: “É bom morrer pelo nosso país”.  Não porque seja bom morrer. Nunca. Nós somos o povo que sempre escolheu a vida. É bom morrer por nosso país, porque é bom viver por ele.

 

 

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