Sunday, June 30, 2024

O Debate Desastroso Que Revelou a Fraqueza Americana - 30/6/2024

 

O tão esperado debate entre Trump e Biden, pedido por Biden, aconteceu e como todos já sabem, foi um verdadeiro desastre para os democratas. Todos os coquetéis de D-us sabe lá o quê, que deram para ele para mantê-lo alerta e coerente falharam. Ele não fez sentido, se mostrou frágil, fechou os olhos por longos períodos mais de uma vez, e quando os olhos estavam abertos ele estava catatônico, quase sem piscar, dando a impressão de não saber onde ele estava.

O mundo inteiro viu o que nós, conservadores, que acompanhamos a mídia conservadora, sabíamos há anos. Os tropeços, as caídas, a falta de direção, falta de cognição, esquecimentos de eventos e pessoas, todos os sinais de senilidade, de demência, do idoso. Muitos analistas dos canais de esquerda não puderam conter seu choque, como se estivessem vendo isso pela primeira vez. E estavam.

Durante toda a presidência de Biden, a mídia esquerdista escondeu, mentiu e encobriu o que realmente estava acontecendo com o presidente. Não mais que um dia antes do debate, estes canais acusaram a Fox News de mostrar imagens fake, geradas por inteligência artificial, exagerando a condição do presidente. Bem, na quinta-feira, ao vivo, em cores, transmitido em todos os canais americanos e do mundo, os democratas finalmente não tiveram como negar.

A mídia internacional, também chocada, não demorou para reagir. A capa do Telegraph inglês de sexta estava repleta de manchetes como “Biden sob pressão para desistir após desempenho ‘doloroso’ no debate”; “Biden é um perigo para o mundo”; “O Mundo Livre deve ter um novo líder”. Os russos riram do “Debate Desastre” do Presidente Biden. O Sydney Morning Herald da Austrália tinha em sua primeira página: “Os democratas têm outras opções após o desastre de Biden”. O jornal chinês South China Morning Post usou como manchete: “A implosão de Biden”.

Nos Emirados Árabes Unidos, o The National disse aos seus leitores que “Biden enfrenta apelos para se afastar após um fraco desempenho no debate”. Um artigo de opinião na página inicial do Toronto Star do Canadá colocou a questão de forma humorosa: “Joe Biden estava supostamente resfriado. Depois de vê-lo no debate, o mundo inteiro está se sentindo mal.”

O Daily Beast americano ontem pediu com urgência para Bill Clinton, Barak Obama e a esposa Jill Biden intervirem para ele não concorrer em novembro. Mas a coisa não é tão simples assim. Eleições são gerenciadas pelos Estados e em muitos deles, o prazo para mudar as cédulas de votação já passou. Ainda, Joe Biden tem a maioria dos delegados no Colégio Eleitoral e a única possibilidade seria ele concordar em retirar sua nomeação e deixar que a Convenção do Partido Democrata, que será realizada em agosto, faça uma eleição na qual qualquer um possa se apresentar como candidato. Neste caso, milhões de democratas que votaram nas primárias perderam seu voto. E ainda haverá muita oposição da vice Kamala Harris que, apesar de ter uma menor aprovação que Biden, acha que é seu direito ser a candidata do partido democrata à presidência.

Eu fiquei atônita. Não consegui acreditar no que estava assistindo. E tudo o que podia pensar era, se ele está assim depois de 20 minutos de debate que ele escolheu, depois de tirar uma semana inteira de folga com 16 conselheiros para se preparar para este debate, é esta a sua performance?

Para mim este debate beirou o abuso de idoso. A sua esposa Jill Biden e os 16 conselheiros deveriam ser presos. Depois do debate Jill disse ao seu marido, que bom querido, você respondeu a todas as perguntas, como se ele fosse uma criança!

E foi aí que me dei conta que quem está no comando é Jill Biden. Ela queria ser a primeira-dama, tanto ou mais que Biden queria ser presidente. E ela tem um exemplo a seguir.

Em 1919, Edith Wilson, a segunda esposa do presidente Woodrow Wilson, foi a de facto, primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Depois de seu marido sofrer um AVC que o deixou paralisado, ela o colocou num quarto e comandou todas as decisões do governo até o final de seu termo. A primeira coisa que ela fez foi esconder, mentir e encobrir a paralisia do marido. Ninguém podia falar com ele sem a aprovação dela. Assim, por 1 ano e 5 meses, Edith foi a de facto presidente do país. E Jill Biden quer repetir o feito.

A minha pergunta é hoje, quem está no comando do país? Há quanto tempo os Estados Unidos estão à deriva, sem ninguém no leme? E o que seus inimigos estavam pensando durante o debate?

A China certamente está pensando que não terá hora melhor para invadir Taiwan. A Rússia está concluindo um pacto com a Coreia do Norte, a China, e o Irã, e não é para perseguir uma paz mundial. Putin deve estar super relaxado planejando sua próxima ofensiva na Ucrânia.

E aí temos Israel e a guerra em Gaza e no Líbano.

Israel depende da ajuda americana com armas, munições, bombas aviões e peças de reposição. Tudo isso é parte da “ajuda” americana anual para Israel que na verdade não vai para Israel mas sim para a indústria bélica americana. Aí quando Israel precisa, ela faz os pedidos e estas indústrias entregam. Isso em troca da promessa de Israel de não desenvolver sua indústria bélica e qualquer ideia neste sentido, ser desenvolvido em conjunto nos Estados Unidos. Tudo muito bem, até a hora que uma administração americana como a de Obama e esta de Joe Biden, resolvem reter os carregamentos para Israel.

E foi exatamente isso que Biden fez, para agradar os muçulmanos que moram em Estados críticos para a sua eleição como Michigan e Minnessota.

Neste caso Israel está numa enrascada, se o seu maior aliado e fornecedor dos meios para ela se defender se recusa a fazê-lo por razões políticas. E sabemos que todo o time de política exterior de Biden é o mesmo time da era Obama. E Obama não suportava nem Israel, nem Netanyahu, preferindo os radicais islâmicos do Irã.

E Israel continua a lutar em todas as frentes. Em Gaza contra o Hamas, no Norte contra a Hezbollah, contra os drones vindos do Iraque, os mísseis vindos do Iêmen e os ataques terroristas diários na Judeia e Samaria. Além disso, Israel está lutando contra o antissemitismo mundial, (só neste final de semana sua embaixada na Serbia foi atacada) e contra os esforços da ONU para deslegitimar o Estado Judeu.

Imaginem que o Secretário Geral desta famigerada organização, teve a audácia de avisar Israel para não escalar as tensões e operações militares no sul do Líbano e que o mundo não aceitaria que Beirut se transformasse em outra Gaza.

Como se fosse Israel quem estivesse procurando briga. Mas ele não deu qualquer aviso para a Hezbollah ou para o governo Libanês do qual ela faz parte, e muito menos para o Irã que ameaçou Israel com uma guerra de aniquilação se atacasse a Hezbollah. E o Irã não parou aí. Ele também ameaçou Chipre, um país da Europa, se Chipre autorizasse Israel a usar seu aeroporto!

Alguém ouviu alguma condenação da ONU? Algum aviso, ou pedido para o Irã se abster? Nada. Guterrez deveria colocar o rabo entre as pernas e resignar. Desde 2006 a ONU mantém uma força de paz no sul do Líbano, a UNIFIL, para prevenir uma guerra. 18 anos e esta força fez ZERO, absolutamente NADA para evitar que a Hezbollah enviasse milhares de mísseis que vieram do Irã sobre Israel. Que piada!

O mundo está definitivamente pior desde que Biden assumiu o comando da maior potência da história. Os inimigos sentiram o sangue na água e estão preparando para dar o bote. Chegou a hora do governo americano acordar e fazer algo para restabelecer alguma forma de dissuasão pelo menos com a China e a Rússia. Se não, os próximos 5 meses (até as eleições em novembro) serão os mais perigosos para a paz mundial desde a Segunda Grande Guerra. Especialmente para Israel.

Sunday, June 23, 2024

Israel Precisa Acabar com o Hamas para Acabar a Guerra - 23/06/2024

 

Ontem Israel comemorou o 20º aniversário de Na’ama Levy. Na’ama ficou famosa pelo vídeo que os terroristas palestinos fizeram e transmitiram, arrastando a menina pelos cabelos, de trás de uma camionete com a calça ensanguentada. Na’ama trabalhava em programas de paz com os palestinos. Quando ela implorou aos terroristas que a amarravam: “Tenho amigos na Palestina”, seus “amigos” a chamaram de cachorra e Sabaya (escrava sexual).

Hoje fazem 260 dias que Na’ama e outros 119 reféns vivos e mortos continuam no cativeiro. São oito meses desde os horrores do ataque do Hamas, no qual mais de 1.200 civis foram mortos – muitos deles torturados, estuprados e queimados até a morte – outros 250 foram feitos reféns.  Até agora Israel perdeu 661 soldados, um custo altíssimo para o país, para combater estes terroristas.

Tudo isso e ainda a pressão de um mundo que não vê mais longe que suas necessidades políticas, inclusive o maior aliado de Israel, os Estados Unidos e das organizações internacionais que deveriam lutar contra tiranias, terrorismo e guerras injustas e não estados democráticos que lutam por sua sobrevivência.

Na semana passada falei aqui sobre a relatora especial da ONU, a antissemita Francesca Albanese, que falando dos dois lados da boca, se disse aliviada pela soltura dos quatro reféns mas imediatamente condenou o suposto “massacre” cometido por Israel para libertá-los. Ela disse no seu Twitter que “Israel usou reféns para legitimar o assassinato, ferimento, mutilação, fome e traumatização de palestinos em Gaza. E ao mesmo tempo intensificou a violência contra os palestinos no resto do território ocupado e em Israel.” Você ouviu corretamente: Israel é a culpada pelas consequências do sequestro de reféns pelo Hamas. É o fim da picada! Mas isso foi na semana passada.

Em sua postagem nesta semana, Albanese acusou Israel de nada menos de usar um palestino como escudo humano! Ela citou um vídeo que mostrava um civil palestino ferido amarrado num veículo militar em Jenin, sem perguntar se o vídeo era verdadeiro ou as circunstâncias do evento.

Seria engraçado - se não fosse trágico - ela nunca ter condenado ou mesmo mencionado o fato de quem tem a prática generalizada e de longa data de usar escudos humanos é o Hamas e não Israel. Mas Albanese sabe disso. O que ela está fazendo é manipular a percepção internacional sobre o que está se passando.

O Hamas tem utilizado a táctica do escudo humano pelo menos desde 2007: Eles colocam armas, lançadores de mísseis e terroristas em meio a civis e a edifícios de uso civil como hospitais, escolas, postos de saúde, para aumentar a probabilidade de mortes e feridos durante os contra-ataques israelenses a estes locais que, de acordo com a lei internacional, se tornaram alvos militares.

Infelizmente, não fosse a intervenção e o micro-gerenciamento que os Estados Unidos estão impondo a Israel esta guerra poderia ter terminado há muito tempo, evitando mortes e sofrimento dos dois lados.

Ao norte do país, tem-se falado muito nesta semana se Israel irá ou não entrar em guerra com a Hezbollah no Líbano. Me desculpem, mas Israel já está em guerra com a Hezbollah. Milhares de mísseis e drones suicidas-assassinos foram lançados do sul do Líbano a Israel desde as atrocidades do 7 de outubro.

Cerca de 60 mil israelenses que moram no Norte continuam evacuados de suas casas. Incêndios devastadores provocados pelos lançamentos de mísseis da Hezbollah destruíram vastas áreas de terras agrícolas, florestas e reservas naturais. Se isto não é guerra, certamente não é paz.

Joe Biden e seu secretário de Estado Anthony Blinken, no entanto, estão mais preocupados com a reeleição de Biden em novembro e estão forçando Israel a  um cessar-fogo tanto com o Hamas como com a Hezbollah. Já no dia seguinte ao ataque, em 8 de outubro, quando Israel ainda coletava os corpos dos chacinados em todo o sul, Blinken apelava à Israel por contenção! Como disse a jornalista Lyat Collins, “não se pode dar a outra face quando nosso rosto acabou de ser feito em pedaços”.

Pior ainda, John Kirby, o Conselheiro de Comunicações de Segurança Nacional da Casa Branca, esta semana declarou que: “Não vimos o Hezbollah entrar com os dois pés em Israel. É claro que eles têm conduzido ataques através da fronteira e os israelenses têm se defendido. Mas não queremos ver uma escalada. Não queremos ver uma segunda frente.” OK! Isso quer dizer que devemos apenas esperar mais um pouquinho até que o exército terrorista cruze a fronteira? Que raciocínio é esse?

Há uma obtusidade, uma estupidez deliberada da comunidade diplomática internacional. Em vez de apelar a Israel para que exerça moderação, ela deveria deixar claro que chacinas, estupros, sequestros e decapitações, nunca são aceitáveis. Em vez de exigir que Israel forneça ajuda humanitária ao inimigo (algo nunca visto na história), deveria exigir do Hamas a soltura dos reféns. Mas em vez disso, Biden está congelando a entrega de armas e munições que poderiam ser usadas para acabar com a guerra com sucesso.

E até agora, vimos como o mundo é obtuso. Primeiro ameaçou Israel se entrássemos em Gaza. Entramos. Depois alertou que iria ser um massacre se tomássemos o hospital Al-Shifah. Tomamos. Depois imploraram para não tomarmos a cidade de Gaza. Tomamos. E aí veio o absoluto escândalo mundial para não entrarmos em Rafah. E lá estamos. E o mundo se calou a cada estágio. Hoje Israel está demolindo as centenas de tuneis, dezenas dos quais mostram a cumplicidade do Egito nesta trama. De acordo com a divisão de engenharia do exército de Israel, não há uma casa em Rafah que não tenha uma entrada de túnel.

Agora o mundo exige que digamos o que pretendemos fazer com a Faixa de Gaza depois da Guerra, como se não houvesse alternativa para o Hamas. Deixa-me ser bem clara: deixar o Hamas no poder seria como deixar Hitler como líder da Alemanha depois da Segunda Guerra. É neste nível de absurdo. Não haverá um “dia seguinte” que possa ser implementado enquanto o Hamas permanecer viável.

No Norte, o mundo parece esquecer que a Hezbollah faz parte do governo libanês. Pode ser difícil exercer pressão sobre uma organização terrorista – que não se sente vinculada pelo direito internacional – mas um Estado soberano pode e deve ser responsabilizado.

Em 2006, quando a Hezbollah lançou centenas de mísseis e sequestrou dois soldados israelenses, tivemos uma guerra, não com o grupo terrorista, mas com o Líbano. A guerra durou um mês e dois dias e custou ao Líbano bilhões para reconstruir. Na época, o líder da Hezbollah, Hassan Nasrallah teria dito que se ele soubesse da devastação, não teria começado a guerra com Israel.

Mas como com o Hamas, que já exige que Israel e o resto do mundo reconstruam Gaza, a comunidade internacional acabou pagando pela reconstrução do Líbano.

A mensagem que o Hamas, o Hezbollah, os Houthis e os seus chefes iranianos recebem então, é que o terrorismo compensa. Não importa a atrocidade que cometam, o mundo “iluminado” garantirá que eles não paguem pelas consequências e o Estado Judeu continuará a ser criticado e condenado.

Gaza é o resultado do fracasso da liderança árabe palestina nos últimos 55 anos em desenvolver uma infra-estrutura para governar o povo de forma justa e não corrupta e em trabalhar com Israel para desenvolver uma relação estável e pacífica. Este é o cerne do problema.

Parafraseando Einat Wilf “Existe um caminho para a paz. Baseia-se na transformação da mente palestina, afastando-a da destruição e aproximando-a da construção. E finalmente aceitar que os judeus não são estrangeiros nesta terra, e reconheçam o elo de quase quatro milênios entre os judeus e seu lar ancestral.”

Apaziguar o Hamas, a Hezbollah, os Houthis,  ou o Irã aumenta a possibilidade de um caos contínuo no Oriente Médio e até de uma conflagração nuclear. A Europa e os Estados Unidos, devem compreender que o “dia seguinte” só poderá começar quando o Hamas e os seus irmãos jihadistas deixarem de ser uma ameaça ou simplesmente deixarem de ser.

Sunday, June 16, 2024

Onze Soldados Perdidos - 16/06/2024

 

Vamos começar hoje lamentando a morte de 11 dos nossos soldados ontem. Uma verdadeira tragédia que prova o quanto estes terroristas querem destruir Israel e que, mesmo perdendo milhares de combatentes, não estão prontos a devolver os 120 reféns, homens, mulheres, crianças, bebês e idosos que estão sendo torturados há 253 dias sem comida, água, medicamentos e sem qualquer contato com suas famílias.

Normalmente, a mídia iria se sensibilizar. Lembram das meninas sequestradas pelo Boko Haram na Nigeria? Até a mulher do Obama saiu como #tragam nossas meninas de volta. Mas isso não se passa quando se trata de judeus. E se precisávamos de sermos lembrados de quão corruptas algumas pessoas são, quando falam sobre o Estado de Israel e a sua luta contra o Hamas, este lembrete veio no sábado passado, depois das forças especiais de Israel terem conduzido uma incrível operação militar para resgatar quatro reféns de Gaza, que chegou até a envergonhar Hollywood.

Mas enquanto celebravamos as primeiras boas notícias desde o começo desta guerra – nas praias, nas sinagogas e do lado de fora do hospital para onde Noa, Shlomi, Almog e Andrey foram levados – Israel foi alvo de uma onda sem precedente de condenações pelo fictício massacre que teria sido alegadamente cometido no bairro de Nuseirat para libertá-los.

Não importou que os reféns estivessem presos em apartamentos residenciais ocupados por famílias de supostos médicos e jornalistas em vez de guardas de cadeia, ou que os soldados de Israel tenham travado uma batalha feroz contra terroristas armados até os dentes, sendo alvejados inclusive com mísseis antitanque ao mesmo tempo que tentavam proteger os reféns e leva-los de volta a Israel sãos e salvos.

Os comentários que seguiram à estas condenações, retratavam Gaza como um lugar seguro e inofensivo, onde os soldados de Israel puderam caminhar silenciosamente até às portas dos apartamentos onde os reféns estavam mantidos e pedir educadamente para levarem Noa, Andrey, Shlomi e Almog. Como se fossem um serviço de Uber. A situação descambou para o ridículo tão rápido, que jornalistas questionaram representantes de Israel de porque o exército não avisou os residentes de Nuseirat sobre a operação, antes de lançar o resgate. O lamentável é que estes chamados “jornalistas acharam estar fazendo perguntas sérias.

Mas a coisa não parou nestes ignorantes. Josep Borrell, o alto representante da União Européia para os negócios estrangeiros e política de segurança, publicou dois tweets após o resgate. No primeiro ele se disse aliviado pelo resgate dos reféns, mas no segundo, acusou Israel de ter cometido um massacre.

E aí veio a relatora especial da ONU, Francesca Albanese, uma mulher com um ódio obsessivo de Israel, que num primeiro momento também expressou seu alivio pelos reféns terem sido “liberados”, mas imediatamente depois passou a acusar Israel de usar “reféns para legitimar matar, ferir, mutilar, deixar passar fome, e traumatizar os palestinos em Gaza.”

Vamos ler a mensagem de novo. Ela usa a palavra “liberados. Não querida. Eles não foram “liberados”. Eles foram “resgatados” a força. Quatro israelenses que em nenhuma negociação com o Hamas seriam liberados num futuro próximo.   

Infelizmente, Borrell e Albanese, seja imbuídos de um antissemitismo doentio, sejam idiotas úteis que fingem dirigir organizações sérias e influentes, eles promovem um sistema de valores que acoberta e acolhe organizações terroristas, desde que seu alvo seja Israel.

Borrell e Albanese defendem da boca para fora o resgate dos reféns, mas a verdade é que não querem que Israel salve ninguém. Eles exigem que quando Israel for atacada no meio de um resgate, ela não pode reagir, não pode atirar de volta. Em vez disso, Israel tem que deixar que seus soldados morram e os terroristas recapturarem os reféns. O que eles querem é que Israel fique de mãos atadas para não poder lançar uma operação de resgate.

Infelizmente, quando se trata de Israel, já sabemos que a razão e os próprios cérebros destes dois, saltam pela janela, sendo substituídos pela insanidade moral e pelo ódio que impede a compreensão da razão pela qual Israel continua a lutar. Este absurdo moral permite que estas pessoas derramem lágrimas quando israelenses são mortos e subsequentemente declarem que Israel tem o direito de se defender, mas assim que Israel começa a se defender essas mesmas pessoas condenam Israel impiedosamente e apelam por seu fim, do rio ao mar.

Você nunca ouve Borrell ou Albanese perguntarem por que o Hamas mantém os reféns em apartamentos residenciais, no meio da população civil de Gaza? E por que não acusam o Hamas de crime de guerra ao fazê-lo?  Mas não. O antissemitismo fala mais alto e eles preferem condenar Israel por fazer o que qualquer país democrático e decente faria: resgatar os seus. 

Hoje de manhã os canais de mídia social ficaram inundados de 4 fotos supostamente dos meninos Bibas, sendo levados nas comemorações do dia de Yasser Arafat. Não tivemos ainda 100% confirmação que são eles mas aonde está o mundo exigindo a sua volta?

Há alguns dias, o jornal The Wall Street Journal, publicou uma matéria na qual Yahya Sinwar, o psicopata assassino de Gaza, teria escrito para seus comparsas no Qatar dizendo que as mortes dos palestinos neste conflito foram “sacrifícios necessários”. E se ele está pronto a sacrificar os palestinos, o que diria dos israelenses. E é claro, nenhum dos filhos dele foi usado como bucha de canhão. Só os filhos dos outros.

O problema é que quando Sinwar vê que Israel vira alvo de críticas internacionais ferozes quando resgata os seus, será que ele fica mais motivado a libertar os reféns num acordo ou a mantê-los por mais tempo? O que acham?

O que estes políticos e jornalistas ocidentais não entendem é que Sinwar não quer acabar com a guerra. Ele não tem qualquer problema em sacrificar a população de Gaza inteira para alcançar seus fins. É só olhar para as respostas do Hamas às propostas de acordo de cessar-fogo. Ele rejeitou todas porque não tem nada a perder.  Se alguém acha que apelar para algum interesse moral ou humanitário deles funciona, está muitíssimo enganado.

Para que a guerra termine, Sinwar e a liderança do Hamas precisam sentir que eles têm algo a perder. Para que o Hamas concorde com um acordo para devolver os reféns ele precisa que o mundo diga que Israel não está restrita, não está de mãos atadas e está lutando uma guerra justa. Que não há nenhum prazo ou condição que Israel precise cumprir e que os Estados Unidos continuarão e até acelerarão a entrega de armas estratégicas a Israel.

Se os líderes do Hamas em Doha fossem expulsos ou presos, e se Sinwar sentisse que Israel está livre para agir, então talvez concordasse em libertar os reféns e aceitasse o cessar-fogo proposto pelos americanos. Infelizmente isso não vai acontecer. E mais vidas terão que ser perdidas dos dois lados até que qualquer medida de razão volte para as mentes destes oficiais e jornalistas moralmente corruptos.

 

Sunday, June 9, 2024

Quatro Refens Resgatados! 9/6/2024

 

Hoje vamos começar com 4 alegrias e 2 tristezas. Primeiro, o resgate ontem de Noa Argamani de 26 anos, Almog Meir Jan de 21, Andrey Koslov de 27 e Shlomo Ziv de 40 anos foi a boa notícia que esperávamos ouvir nos últimos 8 meses.  A operação, nomeada Arnon, foi algo saído dos filmes de ação mais elaborados. Finalmente, a mãe de Noa, Liora, que está com um câncer terminal no hospital, poderá realizar seu último pedido de abraçar a filha antes de morrer. Os 4 reféns, foram heroicamente salvos das mãos do Hamas em Gaza, ou melhor, das mãos das famílias de civis “inocentes” que só estavam sendo pagos pelo Hamas para manter os 4 presos em suas casas. Mas estes resgates tiveram um preço alto para Israel. Primeiro foi a perda do oficial Arnon Zamora que morreu durante a operação.

A segunda, e uma notícia ainda mais triste, foi o falecimento do pai do refém Almog Meir Jan, que morreu um dia antes do resgate, sem esperança de reencontrar o filho. Quando o exército contatou a família, não conseguiu falar com ele. Logo em seguida a família o encontrou morto em seu apartamento, de acordo com eles, de tristeza.

O resgate dos quatro reféns deu um novo ímpeto para Israel para apertar o cerco sobre o Hamas e tentar resgatar os outros cativos. Mas no exterior a história foi contada diferentemente. Israel foi obviamente condenada pela morte destes “civis inocentes” que atiraram nos soldados para evitar que levassem os reféns, sem relacionar estas mortes com o resgate dos prisioneiros.

Ninguém criticou o Hamas ou responsabilizou o grupo por manterem reféns na residência de supostos “civis inocentes”. Noa Argamani foi encontrada em um apartamento e os outros 3 em outro em Nuseirat no centro de Gaza. O que não contam é que a família que prendeu Noa, era a do jornalista da Al-Jazeera Abdullah Al-Jamal que foi morto durante o resgate.

Eu repito: se a maioria da população de Gaza é formada por civis inocentes, porque ninguém coopera com Israel para encontrar os 120 reféns que ainda estão no cativeiro? Será que não há um residente de Gaza que não pensa em salvar as vidas de outros palestinos se contasse para Israel onde estão os reféns?

O Hamas se recusa a divulgar a lista de pessoas que mantém cativos e não permite visitas por parte da Cruz Vermelha. É problemático chegar a um acordo de libertação de reféns – em troca da libertação de terroristas e de um cessar-fogo – sem saber quantos reféns estão vivos e quantos estão mortos.

Somente agora, 8 meses depois verificamos que Dolev Yehud, um paramédico que acreditávamos ter sido feito refém, de fato morreu no dia 7 de outubro. Seu corpo estava tão carbonizado que precisaram fazer testes muito especiais para identificá-lo.  No mesmo dia em que o destino de Yehud foi noticiado, também ficamos sabendo que quatro reféns idosos – Chaim Peri, de 80 anos; Amiram Cooper, de 84; Yoram Metzger, de 80; e Nadav Popplewell, de 51 anos – foram mortos em cativeiro. Todos os quatro já haviam sido vistos em vídeos divulgados pelo Hamas então sabemos que foram levados vivos.

Nos vídeos, o Hamas e o Jihad Islâmico obrigaram os prisioneiros a declarar que Netanyahu era o único responsável por seu estado e a incentivar mais protestos contra o governo numa tentativa barata de semear a divisão em Israel.  Este é o plano estratégico do Irã e dos seus representantes terroristas.

Ada Sagi, de 75 anos, que foi mantida em cativeiro em Gaza até à sua libertação em novembro, contou que seus captores também foram pagos para mantê-la prisioneira. Os estudantes que a vigiavam recebiam 70 NIS por dia, um valor elevado para os padrões de Gaza, e a família em cuja casa ela estava detida ficou feliz quando recebeu outro prisioneiro, pois isso significava mais dinheiro.

O pai da família que manteve Ada como refém durante 54 dias disse a ela que ele não era cúmplice das atrocidades. Ao que Ada respondeu: ‘Como você não é cúmplice, se você tirou minha liberdade e eu estou presa contra a minha vontade, na sua casa? Você é cúmplice. Isso é dinheiro do Hamas.’

Vamos deixar algo claro: o Hamas, e somente o Hamas é responsável por todas as mortes ocorridas nesta guerra. De judeus e de palestinos. Mas o mundo só se revolta e se escandaliza se quem está atirando é um judeu.  

Mas este resgate também nos mostrou outra coisa: toda interferência americana foi em prejuizo de Israel em tempo e recursos. Primeiro os EUA pediram a Israel para não entrar em Gaza, mas depois de muito debate, Israel entrou. Depois pediram para não entrar no hospital Shifah, Israel não teve escolha e entrou, depois em Khan Yunis, Israel tomou o bairro, e agora pedem para não entrar em Rafah. Alguém duvida ainda que Israel irá entrar em Rafah?

Sabendo disso, na semana passada, Joe Biden decidiu apresentar um plano que ele disse ter sido elaborado pelo gabinete de guerra de Israel com o aval do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. É muito estranho que ele tenha revelado um plano de outro chefe de estado sem que aquele chefe de estado estivesse presente e ainda, tê-lo publicado numa sexta-feira à noite nos Estados Unidos, quando já era madrugada em Israel. Claramente Biden decidiu colocar Israel contra a parede para aceitar um acordo a qualquer preço. Sempre foi muito mais fácil pressionar Israel por concessões do que forçar os palestinos, principalmente o Hamas, uma organização terrorista, a um acordo.

Apesar de toda a conversa americana sobre um cessar-fogo, o Irã e os grupos terroristas que apoiam continuam a pregar a eliminação do Estado Judeu, custe o que custar – mais mísseis, mais massacres, mais ataques cibernéticos e o isolamento internacional através da guerra e da pressão. O objetivo final é fazer com que Israel saia definitivamente – do rio ao mar.

A próxima vez que você ouvir falar de “civis inocentes de Gaza”, pergunte: eles mantiveram pessoas em cativeiro? Eles sabem onde os reféns estão sendo mantidos e estão protegendo os captores? Eles participaram na invasão, nos massacres, nos estupros e nos saques que ocorreram em 7 de Outubro, quer diretamente juntamente com os milhares que invadiram Israel nesse dia, quer indiretamente, celebrando o banho de sangue e os raptos?

Durante a limitada incursão de Israel em Rafah, que provocou a ira internacional, foram descobertos mais de 20 túneis, atravessando o reduto do Hamas em Gaza e chegando até o Egito. Enormes quantidades de armas, mísseis, combustível e outros produtos são contrabandeados através destes túneis. E isso ao mesmo tempo em que Israel é forçada a fornecer “ajuda humanitária” aos seus agressores.

O plano de Biden parece ser pressionar Israel para que ela assine qualquer acordo e deixar que o Egito e o Qatar tentem fazer o Hamas cumprir seu lado. Desculpe meu ceticismo. Tenho problemas de confiança – especialmente com os “cessar-fogos” do Hamas: Israel cessa, o Hamas dispara.

A campanha nas redes sociais “TODOS os olhos voltados para Rafah” demonstrou que o mundo está olhando na direção errada: A atenção deveria estar voltada para o Irã, o principal patrocinador dos terroristas; o Catar, que hospeda líderes do Hamas com luxo; e a Turquia, onde o regime de Erdogan também fomenta o ódio.

A propósito, enquanto todos os olhos estavam voltados para Gaza, na semana passada as forças dos EUA e do Reino Unido atacaram alvos Houthi no Iémen, na sequência de ataques crescentes apoiados pelo Irã ao transporte marítimo internacional. Os Houthis alegaram que todas as 16 pessoas mortas na operação eram civis. E agora hein? Será que as duas potencias também vão entrar na lista do Antonio Guterrez daqueles que matam crianças?

Por seu lado, a Hezbollah intensificou os seus ataques com mísseis e drones ao norte de Israel, causando incêndios massivos nas reservas florestais. Onde estão os ativistas verdes, a Greta com sua raiva climática?  Os ataques do Hezbollah, em violação das resoluções e acordos da ONU, são outra razão pela qual Israel não confia na palavra dos terroristas.

Na Judeia e Samária, tivemos um ataque na semana passada do estilo de 7 de outubro que saiu de Tulkarem contra Bat Hefer, no centro de Israel. Os terroristas, alguns deles usando bandanas do Hamas, fizeram selfies enquanto atiravam contra a comunidade israelense.

É difícil contar o número de frentes de onde Israel está sendo atacada: Gaza, Líbano, Síria, territórios controlados pela AP na Judeia e Samaria, Iémen, Iraque e Irã.

Mas qual é o plano de Biden? Ninguém entendeu o que ele disse mas pelo contexto pareceu ser o mesmo plano de fevereiro, em que o Hamas soltaria reféns em etapas, não todos de uma vez, contra uma segurança internacional de que Israel não mais atacaria o grupo, que Israel daria o dinheiro para reconstruir Gaza e deixaria o Hamas no poder. Só rindo mesmo...

Biden tem uma visão de um Oriente Médio pacífico “no dia seguinte a Gaza”. Como se estivesse negociando um acordo entre a Suécia e a Suiça. Se ao menos os inimigos de Israel partilhassem da mesma visão. Mas não. Os terroristas continuam mais inspirados pela “vitória” do Hamas do que pelas belas palavras de Biden. E vimos isso na passeata palestina frente à Casa Branca neste final de semana: os cartazes diziam: a Vitória ou o Martirio. Quer dizer, estão prontos todos a morrer para destruir Israel.

É contra isso que estamos lutando. E é por isso que temos que erradicar estes grupos e sua ideologia. Se a liderança do Hamas ou do Jihad Islâmico sobreviverem, o sonho de paz de Biden poderá prolongar em muito o pesadelo de guerra em vez de acabar com ele.

Sunday, June 2, 2024

O Reconhecimento da Balestina - 02/06/2024

 

Sempre aquece o coração vermos jovens abraçando causas que são maiores que eles. Isso nos lembra os bons tempos da nossa juventude quando também éramos idealistas e facilmente influenciados por outros. Como agora, nem sempre sabíamos exatamente por que estavam protestando, o que estávamos reivindicando e nem mesmo as consequências se conseguíssemos o reclamado. Enfim, a ingenuidade da juventude em sua melhor forma.

O que é alarmante, é quando adultos, líderes de países saem carregando bandeiras que não são suas, sem medir as consequências de seus atos. Foi o que vimos na semana anterior quando a Noruega, Irlanda e Espanha reconheceram o Estado da Palestina. Não posso dizer que fiquei surpresa. Afinal, estes 3 países têm uma longa história antissemita, apesar de suas populações judaicas serem microscópicas. A Espanha só revogou o decreto de expulsão dos judeus de 1492 em 1968! A Noruega proibiu a presença de judeus e as poucas centenas que moravam em Oslo durante a guerra foram levados a Auschwitz. Na Irlanda, onde os judeus não passaram de 3,800 almas em 1911, durante o século XX sofreram tanto dos católicos como dos protestantes, inclusive o boicote da minúscula comunidade de Limerick, em 1904.

Não foi necessária coragem moral, como eles alegam, mas sim colocar de lado qualquer moralidade para declarar oficialmente o reconhecimento de um Estado que não tem fronteiras definidas, não tem democracia e tem uma economia tão falida, que um dia depois do anúncio, o Banco Mundial alertou que a Autoridade Palestina enfrentava um “colapso fiscal”.

Mas isso não é novidade. O mendigo número um do mundo não se comove com o espectro do desastre financeiro. Sempre haverá um ou outro país pronto para doar o que falta para a AP continuar a sua “política de pagar para matar”, que lhe custa mais de 360 milhões de dólares por ano. Da mesma forma, que o regime assassino do Hamas em Gaza, cuja constituição só fala da destruição de Israel, continua a persuadir o mundo de que precisa de quantidades cada vez maiores de “ajuda humanitária”, embora seus terroristas continuem gordos e nunca falta combustível para mísseis.

Aliás, misseis de Rafah foram lançados esta semana contra o sul e o centro de Israel, enquanto a Hezbollah bombardeou o norte, e drones do Irã foram lançados do Iraque no leste de Israel, e os Houthis continuaram a tentar atacar Eilat a partir do sul. Todos estes mísseis foram lançados contra a população civil de Israel e nenhum deles transmitia uma mensagem de paz. Foram crimes de guerra.

Foi neste cenário que estes três países, a Noruega, Irlanda e Espanha fizeram seu anúncio, tentando recrutar outros estados a fazer o mesmo.  Talvez em sua ingenuidade, estes três não se informaram que apesar da fanfarra que fizeram, eles não foram os primeiros a reconhecer o Estado da Balestina pois mais de 140 dos 193 Estados-membros da ONU já o reconheceram, incluindo a Suécia. Sim, Balestina, o ilusório país de um povo que escolheu um nome que eles mesmos não conseguem pronunciar.

Então vamos às perguntas que este reconhecimento levantam: a primeira: se a grande maioria dos membros da ONU reconhece a existência de um Estado palestino, porque eles precisam manter seu status de “refugiado perpétuo” e porque a UNRWA ainda existe, mantida por bilhões de dólares por ano? Num mundo onde há um mínimo de bom senso, deveria ser óbvio que pessoas não podem ser consideradas refugiadas se tiverem o seu próprio Estado – especialmente os que vivem nesse Estado. Em Gaza, de onde Israel saiu completamente em 2005, há 8 campos de refugiados. Na Judeia e Samaria, há 19 campos de refugiados oficiais e 4 não oficiais. Como isso faz sentido?

E isso nos leva à segunda questão: como podem estes países reconhecerem um estado sem fronteiras? Digamos, para efeitos de argumentação, que o “Estado da Palestina” esteja situado no que o mundo chama de “Cisjordânia”. Esta é a área conhecida pelos judeus há milênios como Judéia e Samaria. A Noruega, Irlanda e Espanha, a ONU e a Comunidade Europeia se queixam constantemente de que os judeus que vivem nesta parte da sua pátria ancestral representam um obstáculo à paz. E a Espanha já indicou que considera Jerusalém Oriental – onde se encontram os locais mais sagrados do Judaísmo – a capital da Palestina. Isso quer dizer que vamos todos, residentes e turistas, ter que levar conosco nossos passaportes quando entrarmos no metrô da cidade? Como vamos separar os serviços de eletricidade, água, esgotos e torres de comunicação?

A “Palestina”, segundo o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez, inclui tanto a Cisjordânia como Gaza, ligadas através do soberano Israel. Como? Ele não disse. A Espanha, com mais de 20 vezes o tamanho de Israel, quer um Estado da Palestina que abranja o Estado judeu, ao mesmo tempo que rejeita todos os apelos à independência da Catalunha.

E pior: eles não têm qualquer problema em chamar a mesma área de “Territórios Palestinos Ocupados” e de Estado da Palestina” conforme a sua conveniência.

Além de ser um Estado falido política e economicamente, a Autoridade Palestina é inerentemente antissemita. Até onde irão os europeus para criar um estado de apartheid palestino? Será que estes “paladinos da paz” forçarão o despejo de meio milhão de judeus – e apenas judeus – das suas casas? Ou eles esperam que Israel faça isso? Desculpem, mas até hoje estamos pagando pelas consequências catastróficas do despejo de todas as comunidades judaicas de Gaza em 2005.

Outra pergunta: Quem é o líder deste estado palestino reconhecido? Mahmoud Abbas em Ramallah – demasiado assustado para realizar eleições nos últimos 19 anos? Ou Yahiya Sinwar, onde quer que esteja escondido com o seu exército terrorista e escudos humanos em Gaza? Ou talvez o igualmente corrupto e sanguinário Ismail Haniyeh, refugiado no Qatar?

Os embaixadores norueguês, espanhol e irlandês foram convidados a assistir ao vídeo angustiante de cinco soldadas raptadas pelo Hamas no dia 7 de Outubro. Os rostos aterrorizados e sangrentos das jovens espancadas em seus pijamas manchados de sangue foram demais para a embaixadora da Irlanda que em vez de expressar solidariedade, fez uma reclamação oficial. Ela, uma mulher, não conseguiu demonstrar qualquer compaixão por Na’ama Levy, de 19 anos, que trabalhava em programas para paz, quando ela disse aos terroristas que a amarravam: “Tenho amigos na Palestina”. Seus “amigos” a chamaram de Sabaya, ou escrava sexual.

E não foi somente o Hamas. De acordo com Bassam Tawil, um escritor árabe muçulmano, membros da Fatah, da Autoridade Palestina também participaram do massacre de 7 de outubro.

Os líderes dos países que reconheceram o Estado palestino negam que estejam recompensando este ato bárbaro de terrorismo, realmente se iludindo de que este seja um passo em direção à paz. Como observou Tawil: “No momento em que reconheceram um Estado palestino, poucos meses após o ataque do Hamas a Israel, isso enviou uma mensagem aos terroristas: que quanto mais pessoas massacrarem, incluindo os habitantes de Gaza que o Hamas usa como escudos humanos, mais apoio terão dos europeus e do resto da comunidade internacional.”

O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, afirmou que era preciso oferecer uma solução política que seria dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança. Este é o raciocínio – ou a falta dele – que nos levou aos Acordos de Oslo há três décadas. E foi vista como um sinal de fraqueza por nossos inimigos. Oslo nos deu mais de 1.200 “vítimas israelenses da paz” que foram agora somados aos 1400 de 7 de outubro.

Milhares de membros do Hamas, da Jihad Islâmica, da Fatah, e de civis “comuns” de Gaza invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, violando, mutilando, decapitando, assassinando, pilhando, queimando e raptando. Eles não procuravam a paz e prosperidade naquele dia. Se quisermos boas relações com os nossos vizinhos, não os invadimos e massacramos. Este é um pesadelo do qual Israel não consegue acordar.

Mas já que são agora um estado reconhecido, que tal tratá-los como tal? no Tribunal Penal Internacional, e no Tribunal Internacional de Justiça? Vamos começar exigindo que a Cruz Vermelha visite os reféns.

Aqueles que reconhecem unilateralmente um Estado da Palestina depois deste massacre deveriam agir mais como chefes de estado e menos como jovens ingênuos facilmente manipulados por mais iludidos que estejam.