As eleições
americanas finalmente acontecem nesta terça-feira. Mas uma quantidade
astronômica de eleitores já votou em pessoa ou por correio. Por enquanto não há
meios para fazermos previsões porque as pesquisas mostram um total empate. Mas
independente de quem irá ganhar, Israel deve estar preparada para enfrentar os
meses entre novembro e a inauguração do novo presidente em janeiro mesmo
esperando uma vitória
decisiva de Donald Trump.
Nos últimos
15 anos, esses períodos de transição provaram ser perigosos
para a política americana com relação a Israel.
Não podemos
esquecer a decisão do
presidente Barack Obama em dezembro de 2016, quando ele estava prestes a deixar
a Casa Branca após oito anos de pressão, ameaças e intimidação do primeiro-ministro
Netanyahu, de dar um último tapa na cara de Israel fazendo aprovar a resolução 2334 do Conselho de
Segurança das Nações Unidas. Esta foi a resolução que declarou
que as comunidades judaicas na Judeia e Samaria constituem uma violação
flagrante do direito internacional.
Em vez de
vetar a resolução, Obama desonestamente ajudou a escrevê-la e depois fez os EUA
se absterem na votação. Pior que isso, Obama tinha planejado uma segunda
resolução que teria
imposto um cronograma "irreversível" para um acordo final entre
Israel e os palestinos, significando o estabelecimento de
um estado palestino completo e descontrolado.
Milagrosamente,
e por intervenção de Netanyahu junto à Putin com a ajuda do time de Trump que
tinha sido eleito, Israel conseguiu o veto da Rússia. Mesmo assim, o secretário
de estado americano da época, John Kerry, fez um discurso violento contra
Netanyahu, exigindo que o mundo continuasse a pressionar Israel até ela se
curvar.
Uma resolução semelhante no Conselho de Segurança da ONU
impondo parâmetros "irreversíveis" para a criação de
um estado palestino—
com, digamos, um prazo de dois anos — pode ser exatamente o que o governo
Biden-Harris está planejando nos próximos três meses.
E isso pode
muito bem acontecer apesar
do objetivo aberto dos palestinos de destruir Israel; apesar do massacre
cometido pelo Hamas em 7
de outubro e do apoio da Autoridade Palestina a esse ataque; apesar do programa de salários
para terroristas de
Mahmoud Abbas; apesar da tomada de grande parte de Samaria pelas milícias do
Hamas.
Outras
medidas punitivas contra
Israel que o governo Biden poderá tomar incluem o reconhecimento da
soberania palestina em Jerusalém Oriental – para tentar compensar a mudança da embaixada dos
EUA para Jerusalém pelo governo Trump; uma rejeição do
reconhecimento por Trump de que as comunidades judaicas na Judeia e Samaria não
são “inconsistentes com o direito internacional” e outras sanções adicionais
inclusive junto ao Tribunal Penal Internacional.
O pior de tudo, no entanto, é a continua ameaça de um embargo de armas dos EUA
a Israel. Em 13 de outubro último, o Secretário de Estado Antony Blinken e o Secretário
de Defesa Lloyd Austin deram a Israel um aviso de 30 dias para deixar mais
ajuda humanitária entrar em Gaza, ou então enfrentar "implicações"
não especificadas.
O aviso se
referiu a um memorando
do Conselho de Segurança Nacional dos EUA que permite rever a
assistência militar se o país não estiver cumprindo as garantias anteriores de permitir a entrega de
assistência humanitária.
Outras legislações que poderiam ser invocadas contra Israel
incluem o Ato de Assistência Estrangeira e o Ato Leahy, que impedem o governo americano de fornecer assistência militar a
países que restrinjam a ajuda humanitária.
Isso mesmo
que a tal ajuda humanitária seja tomada por terroristas e sirvam somente aos
seus fins.
Até agora,
antes da eleição, o
governo Biden-Harris se limitou a atrasar a entrega de algumas peças de
reposição militares essenciais e tipos de munições sofisticadas. Mas dá para sentir como, em seus últimos dias, o
governo Biden-Harris, permeado por burocratas da administração Obama,
irá agir de acordo com
seus impulsos mais "progressistas" como
submeter a insolente
Israel e redefinir a política americana para o Oriente Médio, afastando-a de
Israel.
Isso pode incluir uma proposta de última hora e precipitada
ao Irã para mais um acordo nuclear suave e perigoso com a
eliminação de outras sanções.
Muitas dessas ações hostis podem ser revogadas por decreto
presidencial ou corrigidas por sábios secretários de Estado e defesa em um
próximo governo americano mais amigável e estrategicamente sensato,
se, como prevemos e esperamos, Donald Trump for eleito.
Mas reparar os danos de longo prazo de uma resolução do
Conselho de Segurança da ONU com parâmetros e prazos imperativos será muito mais difícil.
Somente o precedente de uma declarada suspensão
no fornecimento de armas
e munições para
Israel seria terrivelmente prejudicial, mesmo que seja posteriormente anulado e
generosamente supercompensado por transferências adicionais.
Trump pode ser capaz de evitar
algumas das piores medidas e planos da equipe Biden-Harris, deixando claro já no dia 6 de novembro que não irá
tolerar tais interferências.
Ele pode e deve declarar que, quando assumir o cargo em 20 de
janeiro, agirá rapidamente para anular quaisquer desvios radicais na política
dos EUA em relação a Israel (ou ao Irã) e que consertará a coordenação entre os
dois países.
Mas o futuro presidente eleito Trump poderá
realmente ajudar
utilmente a pôr fim às guerras atuais de Israel. Guerras
terminam quando há um vitorioso e um vencido. Não quando há apenas um
cessar-fogo que pode recomeçar a qualquer momento. Trump deve dar a Israel a
oportunidade de obter uma vitória esmagadora e inequívoca sobre seus inimigos.
Isso seria uma mudança radical em relação à queixa constante,
deletéria, ambígua, fraca e melosa da administração Biden-Harris de que a(s)
guerra(s) “deve(m) acabar”, “deve(m) acabar agora” e “deve(m) acabar
imediatamente” e que “precisamos de um cessar-fogo imediato”. Ah, e que, embora Israel “tenha o
direito” de se defender, os EUA “deve(m) defender” a lei internacional (que
aparentemente se aplica apenas a Israel e de forma distorcida) enquanto luta
contra seus inimigos, incluindo o Irã.
Mas tudo não
é Israel para os eleitores americanos. A primeira razão pela qual os eleitores
estão escolhendo Trump é por causa da economia. Trump, com sua pergunta simples
de “você está melhor financeiramente hoje do que há 4 anos?” ressoou com o
eleitorado. A segunda razão foi a política desgovernada de imigração, que
trouxe mais de 15 milhões de imigrantes de mais de 100 países, inclusive, doentes
mentais, criminosos e gangues da Venezuela que tomaram a cidade de NY. Para os
evangélicos, as políticas de aborto e transição de sexo para crianças, a
inclusão de atletas que nasceram machos nas competições femininas, enfim, as
políticas radicais de esquerda do partido democrata são as razões para pôr um
fim a este governo e não o estender por mais 4 anos com Kamala Harris.
É bom lembrar
que Kamala era a senadora mais esquerdista de todo o Congresso. E isso é
apavorante mesmo para alguns democratas.
Trump não quer que a América afunde
econômica ou socialmente. Ele também não quer ser arrastado para uma guerra em grande escala no
Oriente Médio. Por isso acreditamos que ele dará a Israel a melhor
defesa, tanto em armas como diplomaticamente. Os mais de 250 mil americanos que
moram em Israel e têm o direito de votar nos Estados Unidos, já mostraram sua
preferência, votando em massa em Trump. Agora, só resta rezar para que uma
América forte e decidida restaure seu poder de dissuasão o suficiente para que os
povos sujeitos à ditaduras, como o Irã, a Venezuela e outros, consigam a
coragem para se livrar dos seus líderes e retornarem à democracia.
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