Foi como ver
o mitológico pássaro fênix renascer das cinzas. Foi um tsunami vermelho, a cor
do partido republicano. Trump não só ganhou o colégio eleitoral, mas ganhou de
longe o voto popular. Não só ele conseguiu se reeleger presidente em dois
termos não seguidos, mas também conseguiu eleger a maioria do Senado e da
Câmara dos Representantes.
Todos os
Estados que estavam com a eleição empatada foram para Trump.
Agora, vemos
a elite do partido democrata culpando um ou outro. Mas isso é completamente a
culpa deles próprios. Ao esconder a condição física de Joe Biden, eles
sacrificaram sua credibilidade. Quem assistiu a Fox, o canal da direita, não
ficou nada surpreso quando Biden se mostrou confuso e incoerente no debate.
A verdade é
que Kamala Harris já em 2019 não era nada querida em seu próprio estado da
California. Ela não recebeu nenhum voto do próprio partido democrata quando
concorreu para presidente. E aí ela foi “instaurada” para concorrer nesta
eleição.
A verdade é
que os Estados Unidos estão cheios desta doutrina esquerdista que tomou o país
como refém. 87% são contra permitir rapazes transgênero participarem em
competições femininas. A porcentagem é ainda maior quando se trata de
compartilhar vestiários e banheiros. Ninguém tem paciência para aqueles que
decidem usar outros pronomes e obrigam a sociedade a se dobrar a eles.
A verdade é
que Trump conseguiu um recorde sem precedentes de votos de homens negros, dos
latinos, especialmente porto-riquenhos e mulheres brancas. E a economia foi a
primeira razão do seu voto, a imigração descontrolada que afetou todas as
cidades americanas a segunda.
Os democratas
finalmente se deram conta que as mulheres vão mais ao supermercado do que à
clínica de aborto. Para mim, a maior perdedora desta eleição não foi Kamala,
mas Oprah Winfrey. A celebridade que nunca endossou qualquer candidato,
resolveu endossar Kamala, ameaçando o povo americano contra eleger um ditador
nazista.
Além de não
ser capaz de terminar uma sentença de modo coerente, Kamala mostrou zero do seu
programa econômico para o país. Ela decidiu que para combater a inflação, era
preciso que o governo impusesse os preços, igualzinho como na União Soviética,
e vimos aonde ela foi parar. Trump por seu lado, prometeu acabar com impostos
sobre gorjetas, sobre horas extra e sobre herança. Ele também quer reduzir os
impostos corporativos para incentivar as empresas a contratarem mais
empregados. E a Bolsa de Valores está em tremenda alta, desde a vitória.
Mas não só no
âmbito doméstico estamos vendo reviravoltas. Quarenta e oito horas depois da
sua vitória, Trump ainda não iniciou o seu mandato como presidente, e o mundo
inteiro parece estar se alinhando de outra forma.
A China
declarou que chegou a hora de sentar na mesa de negociação com os Estados
Unidos.
O México decidiu
acordar e reativou as medidas para impedir que imigrantes ilegais cheguem à
fronteira com os Estados Unidos.
A União
Europeia pediu a Trump que iniciasse uma nova fase nas suas relações.
O presidente
russo Vladimir Putin parabenizou Donald Trump na quinta-feira por vencer a
eleição dos EUA, e disse que Trump agiu como um homem de verdade durante a
tentativa de assassinato contra ele.
O Catar, que
é um país minúsculo que sua influência no mundo vem do fato de ter uma base
naval americana em seu território, informou que não mais será um mediador entre
Israel e o Hamas.
O Hamas pede
o fim imediato da guerra após a eleição de Trump.
E até os
talibãs anunciaram que esperam começar um “novo capítulo” com a administração
Trump lembrando o acordo de paz assinado com os Estados Unidos em 2020 e
esperam ser retirados da lista de organizações terroristas.
A verdade é
que a eleição de Donald J. Trump para a presidência trouxe alívio a muitos
regimes árabes. Antes das eleições, eles foram cautelosos em expressar
preferência por qualquer candidato, óbvio, mas estava claro que, tirando o Irã,
a Autoridade Palestina e o Hamas, os outros favoreceram Trump em vez de Kamala
Harris. A reeleição de Trump é uma boa notícia para os estados árabes, mas especialmente
para Israel.
Primeiro,
vários líderes árabes importantes já conhecem Trump e sua equipe. Fortes laços
pessoais foram formados com líderes como Mohammed bin Zayed Al Nahyan, o
presidente dos Emirados Árabes Unidos, e Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro
e governante de fato da Arábia Saudita. Ao longo de sua campanha, Trump se
referiu a bin Salman como um "amigo" e o cobriu de elogios, muito
diferente de Biden que começou seu governo chamando o príncipe herdeiro saudita
de assassino do jornalista Jamal Khashoggi.
Segundo,
durante seu mandato anterior, Trump tinha uma política clara de não
interferência nos assuntos internos de países estrangeiros. Ele uma vez se
referiu ao presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi como "meu ditador
favorito". Espera-se que um segundo governo Trump continue com essa
abordagem, evitando criticar regimes em questões como liberdade política e
direitos humanos.
Terceiro, há
uma expectativa, especialmente entre os estados do Golfo, de que Trump irá adotar
uma postura mais dura em relação ao Irã. A crescente confiança do Irã e de seus
capangas — como evidenciado pelo ataque do Hamas em 7 de outubro — é vista por
muitos no Golfo como ligada à falta de credibilidade dos EUA sob o governo
Biden que até agora tenta bajular os aiatolás para retornarem ao falho acordo
nuclear.
Além disso,
os estados regionais veem Trump como tendo laços estreitos com o
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e, mais importante, como tendo o apoio da
comunidade judaica e evangélica do país.
Os vizinhos
de Israel esperam um fim rápido para a guerra de Gaza, que aumentou as pressões
sobre eles tanto de seus cidadãos quanto de elementos radicais na região. Eles
esperam que Trump pressione Netanyahu a concluir a guerra antes mesmo de Trump
assumir o cargo.
Sim,
esperamos que a guerra termine com Trump, mas não com a pressão sobre Israel
como foi com a administração Biden. Trump sabe que uma guerra se termina quando
há um vencedor e um perdedor. Netanyahu deixou claro que quer vencer esta
guerra e ela só não acaba por causa da pressão de Biden. Assim, é mais possível
que Trump ajude Bibi a ganhar a guerra para terminá-la do que continuar com a
política de “defesa sim, vitória não” para Israel.
Ainda, a
normalização israelense-saudita está novamente na mesa. A Arábia Saudita prevê
que uma administração Trump 2.0 será mais generosa do que Biden em termos de
incentivos oferecidos ao reino em troca da normalização com Israel, e, mais
importante para eles, adotará uma linha mais dura em relação ao Irã.
Os laços
pessoais e a influência de Trump sobre os principais líderes regionais, sua
posição em relação ao Irã e potencialmente a renovação das sanções contra os
aiatolás, aumentará a probabilidade de normalização das tensões do Oriente
Médio. Até agora os Houthis têm se mantido quietos, e somente a Hezbollah, que
hoje está descabeçada, continua a atirar. Israel está confiante que os últimos
dias do grupo estão próximos e isso será um presente para Trump antes que
assuma a presidência. Só falta o mais importante: o retorno dos reféns. Mas
Trump já avisou que é melhor que isso aconteça antes de janeiro.
E é assim que
o verdadeiro poder se parece.
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