Sunday, April 20, 2025

O Ocidente Mais Uma Vez Contra Israel - 20/4/2025

Dois assuntos estiveram nas manchetes de Israel nesta semana da Páscoa. Uma foi uma postagem do filho de Benjamin Netanyahu, Yair, insultando o presidente da França, e a outra, o vazamento das intenções de ataque de Israel às usinas nucleares do Irã e o veto americano.

O presidente francês Emmanuel Macron disse de forma muito sucinta que Israel "tem o direito de se defender, mas dentro das proporções" (sejam lá quais forem as proporções da cabeça dele). Ele também reafirmou a necessidade de fortalecer a Autoridade Palestina, reconstruir Gaza e caminhar em direção à criação de um Estado palestino, ao mesmo tempo em que advogava pela retirada militar israelense da Síria, Líbano e Gaza. Só não pediu para visitar a Alice no país das maravilhas.

A reação do filho do primeiro-ministro de Israel foi rápida. Ele mandou o presidente francês se danar (para usar uma palavra mais educada) e depois lembrou da hipocrisia francesa, que se recusa a dar independência à suas colônias na África, na Polinésia e até no Mediterrâneo, para a Ilha da Córsega.

Yair criou um incidente diplomático, mas ele tem razão.

O fato de Macron e a esquerda política no Ocidente não terem aprendido nada com os ataques a Israel de 7 de outubro de 2023 (e o apoio de Mahmoud Abbas a eles) é decepcionante, mas não é nenhuma surpresa.

O que é mais desanimador é que eles nem mesmo aprenderam com as lições do apaziguamento de Hitler antes da segunda guerra mundial. Para Macron e outros lacaios ocidentais o mais importante hoje é prevenir uma terceira guerra a qualquer preço. Especialmente se este preço incluir sacrificar Israel. Então, o Estado judeu não pode ser tão poderoso e controlador, tão "provocador". As mãos de Israel precisam ser amarradas.

Para isso, Macron e seus puxa-sacos querem deslegitimar a doutrina de defesa de Israel de reduzir preventivamente a capacidade de ataque dos inimigos. Isso inclui operações contra o Hamas em Gaza, a Hezbollah no Líbano, as milicias xiitas no Iraque, na Síria, contra células terroristas na Judeia e Samaria, e é claro, o Irã.

Esta doutrina, é o que em Israel chamamos de Doutrina Begin. Em 1981, o primeiro-ministro de Israel, Menahem Begin ordenou a destruição da usina nuclear do Iraque. Dois dias após o ataque, Begin falou para o mundo: “se tivéssemos ficado quietos, dois, três anos, no máximo quatro anos, e Saddam Hussein tivesse produzido 3, 4, 5 bombas, este país e seu povo teriam sido perdidos: um outro Holocausto teria ocorrido na história do povo judeu. Nunca mais é Nunca mais. E nunca permitiremos que o inimigo desenvolva armas de destruição em massa contra nós.” Begin em 1981 estabeleceu um novo padrão para os líderes israelenses: se uma ação preventiva for possível, ela deve ser considerada – especialmente quando a sobrevivência do país estiver em jogo.

Algumas autoridades israelenses esperavam um ataque ao Irã enquanto o comandante do Comando Central americano, General Michael Kurilla, ainda estivesse no cargo, reconhecendo sua afinidade operacional com Israel. Mas Kurilla está de saída. O presidente Donald Trump, embora anteriormente tenha incentivado a ação militar israelense, desde então, decidiu dar uma chance para a diplomacia, chegando a enviar Kurilla para pedir a Israel que recue, por enquanto.

Outras autoridades acreditam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se tornou dependente demais da aprovação americana. E ainda outras dizem que Israel pode e deve agir sozinho – especialmente considerando que as defesas aéreas do Irã, antes consideradas formidáveis, foram severamente degradadas pelas operações israelenses.

Macron e seus comparsas hoje priorizam o retorno da Síria às suas antigas fronteiras em vez de se preocuparem com a segurança e a paz a longo prazo para Israel. Ficamos com a impressão de que eles preferem uma região liderada por ditaduras e tiranos, como Turquia, Catar e Egito, a uma região estabilizada pelo poder militar israelense e seus países parceiros do Acordo de Abraão.

O cheiro que emana desses cidadãos europeus e americanos da velha guarda é de antipatia por Israel. Eles simplesmente não conseguem tolerar um Israel forte.

Em vez de abraçar Israel – a única democracia no Oriente Médio, o único país que constantemente se comprometeu com a paz no Oriente Médio e o único verdadeiro aliado americano no Oriente Médio – como uma potência regional positiva e proativa que está remodelando o Oriente Médio para melhor, eles a difamam como uma bully, ou pior.

Aqui tenho que explicar por que Israel não considera mais ajudar a criar um "governo eficaz e reconstrução" envolvendo, bilhões de dólares e euros adicionais para a Autoridade Palestina ou acordos diplomáticos que não valem nada como acordos com a Síria e o Irã.

Quarenta anos de acordos ao estilo de Oslo, nos quais o Ocidente persuadiu e pressionou Israel a retiradas territoriais e a uma política de contenção contra seus inimigos, provaram ser um fracasso completo. A política de "contenção", que priorizava a diplomacia em detrimento de triunfos militares, fracassou completamente. Tudo explodiu na cara de Israel, com o terror e a invasão da Judeia, Samaria, Gaza, Síria e Líbano, e a marcha do programa de bombas nucleares do Irã que podemos dizer, já chegou lá.

Isso foi acompanhado por décadas de cegueira intencional do Ocidente em relação à natureza jihadista dos inimigos de Israel, à ameaça dos jihadistas a outros países da região e à infiltração de influências jihadistas no próprio Ocidente – das populações migrantes com mentalidade jihadista.

Assim, nos últimos 18 meses, Israel não teve outra escolha a não ser buscar uma avenida melhor para prevenir e neutralizar ameaças inimigas. Em seu discurso à nação ontem à noite, Bibi Netanyahu deixou claro que Israel deve e continuará a guerra em Gaza e em outros lugares até a vitória.

Israel quer ser temida – e sim, militarmente “dominante” –, não amada. E Israel também sabe que seus vizinhos buscarão uma verdadeira parceria somente quando ela for forte.

Assim, Israel não pode mais aceitar políticas que enfatizam "silêncio por silêncio" ou "contenção", pois isso permite que o inimigo desenvolva suas capacidades de ataque sob o pretexto de um período de trégua.

Depois do dia 7 de outubro, entramos numa nova era. Israel tem que projetar sua força para neutralizar definitivamente os adversários e, assim, liderar a região – para reunir uma coalizão de nações verdadeiramente em busca da paz. Sim, para realmente "estabilizar" a região, mas não por meio da dependência de modelos diplomáticos batidos e fórmulas fracassadas que transbordam fraqueza.

É triste e tão destrutivo que políticos como Macron e outros pensem que o caminho para a paz no Oriente Médio seja, mais uma vez, a monotonia, pressionando Israel à contenção, a "mostrar boa-fé" na diplomacia, a se curvar às demandas árabes e a concordar com retiradas que supostamente "satisfarão" a sede de sangue do inimigo. Isso sabendo que somente Israel suportará as consequências de um Irã nuclear.

É horrível que eles se rebaixem a demonizar Israel como uma ameaça, em vez de reconhecer que Israel é o maior trunfo do Ocidente. O único país que conseguiu trazer seus valores de liberdade para a região e o único que não terá medo de defender estes valores face aos tiranos que continuam a ameaçar o mundo. O momento está aqui novamente. A Doutrina Begin não deve ser somente uma memória histórica. Deve ser uma política ativa. Israel precisa se preparar para agir, sozinha se necessário, e logo.

Sunday, April 6, 2025

O Que Está Acontecendo com o Irã - 06/04/2025

Nas últimas décadas, vários esforços foram feitos para impedir que o Irã construísse um arsenal nuclear, seja por meio de diplomacia e acordos internacionais ou sanções econômicas. Mas, apesar das inúmeras horas e trabalho dedicados pelos Estados Unidos e outros países, os tiranos de Teerã estão agora mais perto do que nunca de seu objetivo.

No ponto em que estamos as negociações com os aiatolás são inúteis. Durante anos, o Irã enganou intencionalmente a comunidade internacional, fingindo cumprir os acordos nucleares enquanto secretamente avançava seu programa de armas, interferindo nas inspeções das instalações nucleares e desafiando repetidamente as demandas da comunidade internacional para cessar e desistir de obter armas nucleares.

Há apenas seis semanas, um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica disse: “O Irã afirma ter divulgado todo o material nuclear, atividades e locais exigidos no Acordo de Salvaguardas. Isso é inconsistente com as avaliações da agência.” Tradução: O Irã continua mentindo sobre a extensão de seu programa nuclear.

A AIEA estima que se o inventário atual do Irã for enriquecido ainda mais, seria suficiente para seis ogivas nucleares. O Irã poderia enriquecer urânio suficiente para cinco bombas de fissão em cerca de uma semana apenas e o suficiente para oito armas em menos de duas semanas.”

Esses aiatolás devem ser impedidos a todo custo antes que seja tarde demais.

Assim que Trump assumiu o governo americano, ele reimpôs as sanções contra o Irã, mas além de levar tempo para fazerem efeito, elas têm brechas que precisam ser fechadas como isenções e licenças especiais que facilitam o comércio iraniano, o comércio de petróleo entre o Irã e a China, operações bancárias feitas por terceiros e ONGs islâmicas que mandam fundos para o Irã.

Além disso, os Estados Unidos podem "desestabilizar" o regime através de ataques cibernéticos à infraestrutura crítica e a de petróleo, incluindo refinarias, oleodutos e terminais de distribuição.

Não podemos esquecer que é preciso estabelecer uma linha de apoio com o povo do Irã. Isso envolve uma campanha de informação agressiva, apoio aos grupos de oposição, criar redes de cooperação regionais, e o uso da mídia social e tradicional. Devemos mostrar ao povo iraniano a repressão e os abusos dos direitos humanos, direitos de livre expressão, e de imprensa do regime. Informar sobre a falência econômica e a transferência dos fundos do país para apoiar os grupos como o Hezbollah, o Hamas, os Houthis e as milicias xiitas no Iraque que não trazem qualquer benefício ao povo iraniano. E de todas as formas apoiarmos os que protestam contra um regime que a maioria deles claramente detesta.

Mas como disse, isso tudo leva tempo. Um tempo que talvez e infelizmente, não tenhamos mais.

Por isso, é que o governo Trump está transferindo uma quantidade sem precedentes de arsenal militar para o Oriente Médio, na vizinhança do Irã e do Iêmen. Essa transferência, junto com sanções econômicas e um prazo de dois meses para o Irã encerrar seu programa nuclear e entregar todo o seu arsenal, incluindo mísseis intercontinentais e balísticos e seu estoque de uranio enriquecido, deveria fazer o Irã pensar duas vezes. Mas não.

O Irã está claramente nervoso, o que é uma coisa boa, mas também desafiador, o que era de se esperar. O "Líder Supremo" Aiatolá Khamenei disse no mês passado, que Teerã não seria intimidado a negociar com os EUA baixo a "demandas e ameaças excessivas", e rejeitou negociações diretas. E ameaçou um "golpe duro" se os EUA atacassem o Irã.

O comandante da força aérea da Guarda Revolucionária iraniana tornou a ameaça ainda mais explícita esta semana: "Os EUA têm 10 bases e 50.000 soldados na região... Se você vive em uma casa de vidro, não deve atirar pedras", ele disse. E o conselheiro de Khamenei e ex-presidente do parlamento Ali Larijani enfatizou que se os EUA bombardearem as instalações nucleares do Irã, a "opinião pública" iraniana pressionará o governo a "mudar sua política" e a buscar armas nucleares.

Larijani está é sonhando. O povo iraniano está esgotado de ser maltratado por este bando de fanáticos que querem trazer o apocalipse. Se houver um ataque, o povo iraniano ficará do lado dos Estados Unidos. E os aiatolás sabem disso.

No final das contas, Trump sabe que neste caso, não pode ficar só na promessa, na ameaça. Ele terá que agir como prometeu, e isso terá que ser em breve. Porque manter a sua palavra será decisivo ao lidar com a China e com a Rússia. E talvez seja por isso que Trump ligou neste final de semana para Bibi - que estava em viajem na Hungria - para vir imediatamente para Washington.

É essa realidade aterrorizante que explica a postura dura tomada pelo presidente americano em relação aos iranianos, a quem ele avisou que eles enfrentarão bombardeios "como nunca visto antes" se não desmantelarem seu programa nuclear.

A abordagem de Trump é precisamente o que é necessário neste momento crítico, mesmo porque ficou abundantemente claro que a liderança do Irã não tem intenção de desistir de suas ambições nucleares. Quanto mais o mundo espera, mais perto o Irã fica de uma arma nuclear que poderá enviar contra Israel ou qualquer outro aliado americano.

Na última segunda-feira, em um sermão proferido em Teerã, o líder supremo aiatolá Khamenei, reafirmou seus apelos anteriores pela destruição de Israel, dizendo: "Erradicar a entidade sionista é um dever religioso e moral".

Estamos todos na mira dele, e a cada dia que passa o candidato a Hitler da Pérsia está se aproximando cada vez mais de seu objetivo ameaçando todos e tudo o que prezamos. E uma vez que o Irã pense que acabou com os judeus, como sabemos, o Ocidente será o próximo. Então, esta não é apenas uma batalha de Israel; é uma guerra de todos, e chegou a hora de Washington e Jerusalém agirem.

Claro, a ideia de atacar o Irã é aterrorizante. Mas, por mais assustadora que a ideia possa parecer, ela empalidece em comparação com termos aiatolás atômicos capazes de ameaçar o mundo com chantagem nuclear e destruição. Temos que confrontar a realidade de que a única solução verdadeira para o problema da República Islâmica é a sua queda.

As recentes ações de sucesso de Israel contra o Hamas e o Hezbollah (proxies do Irã) e seus golpes esmagadores nas defesas aéreas do Irã criaram uma oportunidade única para Washington que pode não existir mais a frente.

Trump deixou claro que quer um Oriente Médio onde os amigos de Washington sejam muito mais fortes e seus inimigos muito mais fracos.

Para isso estamos correndo contra o tempo; e não há um momento sequer a perder.

Os EUA e/ou Israel devem bombardear o Irã agora, antes que seja tarde demais.

 

Sunday, March 30, 2025

Os Protestos em Gaza - 30/03/2025

 

Este ano não tivemos cerimônias. Não em Jerusalem e não no Cairo. Nem qualquer evento simbólico em Washington para marcar os 46 anos do acordo de paz entre Israel e o Egito. Em vez de celebrações o que temos é tensão que vem crescendo desde maio último quando Israel lançou a ofensiva no sul da Faixa de Gaza. Nesta ofensiva, Israel tomou o corredor Filadelfia, que tinha se tornado uma galinha de ovos de ouro para a família do presidente egípcio al-Sissi, que alegadamente cobrava e continua a cobrar dezenas de milhares de dólares para um visto de saída de Gaza e entrada no Egito e para de lá ir para outro país.

A paz entre Israel e o Egito sempre foi fria. Enquanto os líderes políticos dos dois países assinavam tratados, autoridades de segurança construíam uma estrutura de cooperação contra ameaças mútuas, e israelenses viajavam aos milhares para o Cairo, Alexandria e Luxor, a paz nunca chegou ao povo egípcio. E hoje, essa paz parece mais uma relíquia.

As tensões pioraram ainda mais quando o presidente americano Donald Trump anunciou que iria relocar a população de Gaza para outros países gerando um protesto árabe liderado pelo Egito. De repente, a Faixa de Gaza deixou de ser a prisão em céu aberto e Israel sua carcereira para se tornar a terra palestina e que, por amor a ela, os palestinos nunca deixariam.

Mas a realidade não é bem assim. A mídia israelense relatou há alguns dias que, desde que a guerra em Gaza começou, cerca de 35 mil pessoas deixaram a Faixa — não forçadas, mas voluntariamente. O Ministro de Energia e Infraestrutura Eli Cohen disse durante uma entrevista à Rádio do Exército que os números do governo israelenses são mais próximos de 70 a 80 mil.

Na quinta-feira, cerca de 200 moradores de Gaza teriam deixado Gaza para receber cuidados médicos em outros países acompanhados de seus familiares; e na quarta-feira, houve relatos de que, nos próximos dias, 100 moradores de Gaza estariam se mudando para a Indonésia para trabalhar em construção.

Vale a pena ter tudo isso em mente ao considerar alguns acontecimentos realmente espantosos em Gaza esta semana. Pela primeira vez, manifestações contra o Hamas eclodiram na terça-feira e continuaram na quarta e quinta-feira. Não vamos colocar o carro na frente dos bois e pensar que o Hamas está à beira do colapso. Mas esses protestos — seu tamanho, o fato de terem ocorrido em vários locais na Faixa de Gaza ao mesmo tempo e continuado por dois dias — representam algo novo e diferente, algo nunca visto antes: os maiores protestos anti-Hamas já realizados em Gaza.

Centenas e centenas de manifestantes tomaram o que restou das ruas, exigindo a libertação imediata dos reféns israelenses que ainda estavam vivos para pôr fim à guerra. Esses manifestantes irritados e frustrados, gritando que já tinham tido o suficiente, eram provavelmente os mesmos que apoiaram o Hamas, celebraram o sucesso de seu massacre em 7 de outubro e talvez até entraram para ajudar o grupo terrorista a saquear, a torturar, a estuprar e a matar israelenses.

Mas depois de 17 meses de guerra, a realidade desta loucura finalmente os alcançou. As condições de vida intoleráveis, sem moradia, água, eletricidade, esgoto e dependo da ajuda humanitária controlada pelo Hamas para comer, os manifestantes não se contiveram, e mesmo correndo o risco de morte, saíram às ruas contra o Hamas.

O fato de eles estarem pedindo a soltura dos reféns para a guerra acabar, mostra o seu desespero completo e absoluto que se transformou em raiva contra o Hamas — mesmo um pouco tarde. Ou talvez, quem sabe, finalmente se deram conta quem são os verdadeiros vilões que destruíram suas vidas.

Uma das razões para estes protestos agora, tem a ver com o fim do cessar-fogo. Os moradores de Gaza que retornaram ao que restou de suas casas quando o cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro tiveram um choque — e agora que Israel recomeçou as operações dentro de Gaza e a alertar as pessoas para deixarem suas casas novamente, eles não querem reviver o que já passaram desde 7 de outubro.

Dalia Ziada, uma autora egípcia disse que hoje a situação em Gaza é diferente por três razões: “O Hamas está só e devastado; a mídia tendenciosa patrocinada pelo Catar já perdeu a credibilidade e capacidade de manipular a verdade; o povo de Gaza quebrou as barreiras do medo depois de não ter mais nada a perder.”

Ahmed Fouad Alkhatib, um blogueiro palestino-americano de Gaza e membro sênior do Atlantic Council, postou no X que "os protestos massivos anti-Hamas e anti-guerra em Gaza não são organizados pela OLP, AP ou Fatah. Eles são expressões orgânicas, populares e inteiramente autênticas de frustrações, raiva, fúria e exaustão de um povo mantido refém pelo terrorismo e criminalidade implacáveis ​​do Hamas."

Até agora, houve pouca reação internacional a esses protestos a nível de governos — tanto ocidentais quanto árabes. Mas se eles continuarem a crescer, isso poderá gerar pressão sobre o Hamas ou apoio a uma liderança alternativa em Gaza.

O silêncio dos manifestantes pró-Palestina no exterior atingiu Alkhatib. Ele escreveu que se deparou com um "protesto 'pró-Palestina' aparentemente organizado espontaneamente" em Washington na quinta-feira. Similar ao que ocorreu em São Paulo, na terça-feira.

Ele disse: "Eu pensei, uau, talvez eles estejam aqui para apoiar as centenas de milhares de moradores de Gaza que têm se manifestado contra o Hamas e exigido o fim do governo do grupo terrorista. Em vez disso, esses manifestantes estavam repetindo os mesmos velhos slogans cansados ​​e não fizeram nenhuma menção ou referência aos moradores de Gaza que estão colocando suas vidas em risco. A surdez dos manifestantes era surpreendente, quase como se estivessem deliberadamente tentando ofuscar o que estava acontecendo em Gaza."

Alkhatib escreveu que, além de desafiar o Hamas, esses manifestantes de Gaza estavam expondo a fraude do movimento tradicional de "solidariedade pró-Palestina" no Ocidente, "um que só se importa com as vidas palestinas quando se encaixa em uma agenda estritamente anti-Israel e aplica indignação seletiva, mas nunca em relação a uma organização terrorista fascista islâmica que destruiu o projeto nacional palestino e prejudicou o povo palestino. Que vergonha para todos que ainda estão em silêncio!"

As vozes que emergem dos protestos — onde os cartazes incluem “Fora, fora, fora! Hamas, saia”, “Queremos viver” e “O sangue de nossos filhos não é barato” — confirmam isso, apontando para uma disposição crescente entre os moradores de Gaza de expressar descontentamento com o Hamas, apesar dos riscos. E a repressão não tardou. Odai al-Rabei, de 22 anos, foi sequestrado, torturado e assassinado pelo Hamas. Vídeos circularam mostrando imagens gráficas do corpo de al-Rabei, que parecia ter sofrido tortura. Outros vídeos mostraram o cortejo fúnebre de al-Rabei realizado em Gaza hoje, no qual milhares de participantes declararam em fúria: “Em espírito e sangue nós o vingaremos, Odai!”, “Allahu Akbar,” assim como “Fora, fora, fora! Hamas fora!” O fato de as pessoas ainda estarem indo às ruas sugere que elas sentem que há pouco a perder.

Os protestos em Gaza não significam que o Hamas está prestes a cair — assim como revoltas semelhantes em outros lugares raramente levam a uma mudança de regime da noite para o dia. Mas eles desafiam suposições de longa data sobre o povo de Gaza: que eles nunca enfrentarão o Hamas e que eles não têm para onde ir.

Para Israel, isso representa uma abertura estratégica e um desafio. Ela já está se moveu para apoiar a realocação voluntária.

A missão agora é não esmorecer e continuar as operações militares que trarão mais pressão sobre o Hamas, tanto de Israel como internamente. Israel também precisa estar pronta com planos e ideias construtivas para ajudar os moradores de Gaza que quiserem sair, e a colocar uma nova ocupação da Faixa que se ocupe da educação sem lições de ódio, da próxima geração, e que limpe qualquer traço da memória do Hamas e dos outros grupos terroristas que são os verdadeiros inimigos do povo árabe da região.

Sunday, March 23, 2025

A ONU Volta aos Seus Piores Momentos - 23/3/2025

Israel está em guerra há quase um ano e meio. A guerra mais longa do Estado judeu desde sua criação em 1948. Isso mostra a diferença entre uma guerra entre exércitos e outra com um grupo terrorista. E a verdade é que esta guerra ainda está longe de acabar.

Em 7 de outubro, Israel estimou que o Hamas tinha aproximadamente 30 mil terroristas em suas fileiras. 20 mil dentre eles — incluindo muitos de seus líderes foram mortos nos combates. No domingo passado, o ex-chefe do estado maior do exército de Israel, Gadi Eisenkot enviou uma carta para a Knesset dizendo que tinha recebido informações de que o Hamas teria agora entre 25 mil e 30 mil novos combatentes e o Jihad Islamico outros 5 mil. Em outras palavras, o tamanho da força terrorista do Hamas agora é quase o mesmo de quando a guerra começou. Seguindo esta fonte, inteligência obtida por Israel mostrou que o Hamas e outros grupos estavam planejando novos ataques do estilo do 7 de outubro.

Esta força renovada dos grupos terroristas e sua determinação em perpetrar mais atrocidades, foi o que prontificou Israel a finalmente tomar medidas muito mais agressivas na Faixa de Gaza. Levou também o ministro da defesa Israel Katz a dar ao Hamas um ultimato sem precedente: ou eles devolvem todos os reféns ou o inferno irá baixar sobre a cabeça deles.

Depois de tudo o que passamos no último ano e meio, parece inconcebível que o Hamas tenha conseguido ressurgir das cinzas e ameaçar o estado judeu. Há, é claro, muitas razões para isso, que vão desde as várias restrições impostas a Israel pelo governo Biden até os cessar-fogo, ambos os quais deram ao grupo terrorista tempo e oportunidade para se reconstituir. Mas, independentemente de como chegamos aqui, é essencial que Israel agora prossiga até que a vitória total seja alcançada.

Contrariamente ao que se prega hoje, historicamente, só há paz depois da guerra quando há um vitorioso e um derrotado.

Isto é do lado militar. Mas Israel também precisa alcançar a vitória no âmbito internacional mas esta vitória provou ser muito mais elusiva e complicada, especialmente no que se refere à agencias internacionais como a ONU, o Conselho de Direitos Humanos, a UNICEF, Comissão dos direitos das mulheres, etc.

Há poucos dias do massacre de 7 de outubro, o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, tinha uma explicação, ou pelo menos uma desculpa para o Hamas. O fato de os terroristas terem assassinado 1.200 pessoas, sequestrado 251 e cometido todo o tipo de atos cruéis e bárbaros de estupro, mutilação, saques e terem incendiado comunidades inteiras, é que isso não “aconteceu num vácuo”.

Achamos que desta vez a retorica iria ser diferente, com tantas provas de comportamento desumano, sadista. Mas não. Em tom típico da ONU, quando palestinos atacam Israel, tudo é desculpado. Quando Israel responde, é um genocídio, um crime contra a humanidade.

O que fazer com uma organização que chega a ser demente em suas escolhas e que não consegue deixar de ser hipócrita.

Vocês sabem qual é o país que está presidindo a Comissão de Direitos das Mulheres da ONU nesta sessão anual? Pasmem: A Arabia Saudita. Um país em que as mulheres não são seres humanos, mas são propriedade dos homens de sua família. O seu status é pior do que o dos incapazes no Brasil que podem ser eventualmente emancipados. As mulheres sauditas podem ser vendidas, casadas a força e até mortas sem impunidade se um parente duvidar que ela possa estar trazendo alguma vergonha para a família, como falar ao telefone com um rapaz que não seja seu parente.

No Iêmen, o casamento de meninas de até 3 anos de idade é prevalente. É o país que está em último lugar no Índice de Igualdade de Gênero. O Paquistão tem uma taxa altíssima de violência contra mulheres, mas a polícia raramente se intromete. O Congo, é conhecido como a “capital mundial do estupro” e o Irã, que preside, prestem atenção, o Irã que preside o Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos e resolveu usar da tecnologia de drones e reconhecimento facial para perseguir as mulheres que não usam o véu do jeito que eles querem.  Todos estes países têm em comum uma coisa: que nenhuma resolução da ONU foi aprovada contra qualquer um deles.

Eu já falei aqui da hipocrisia de Guterrez que mandou suspender toda a ajuda humanitária ao Iêmen porque 6 de seus funcionários foram presos pelos Houthis. Mas Israel tem que “aumentar a ajuda humanitária” para seus algozes que mataram milhares e sequestraram 251. Pois é. E o exemplo da ONU não para aí. Na semana passada, uma juíza da ONU Lydia Mugambe de Uganda, foi condenada no Reino Unido por escravizar uma jovem. Mugambe com a maior cara de pau, alegou que tinha imunidade diplomática devido à sua posição na ONU.

Outra história de escravidão moderna que foi completamente ignorada pela mídia na semana passada, foi a de soldados israelenses que resgataram 10 trabalhadores indianos que tinham sido levados para uma vila na área controlada pela Autoridade Palestina na Judeia e Samaria, onde seus passaportes foram apreendidos e eles foram forçados a trabalhar. Seus passaportes estavam sendo usados ​​por palestinos para entrar ilegalmente em Israel.

Como sempre, as condenações da ONU em relação ao tratamento das mulheres são evidentes, somente quando ela pode acusar falsamente Israel de ser a perpetradora. Um relatório de 49 páginas publicado no dia 13 de março último pela "Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e Israel" foi publicado sob o título - prestem atenção: "Mais do que um ser humano pode suportar: o uso sistemático de violência sexual, reprodutiva e outras formas de violência de gênero por Israel desde 7 de outubro de 2023". Dá para acreditar?

Quando um relatório é baseado nas informações fornecidas por um regime terrorista como o do Hamas em Gaza, não é surpresa que o resultado seja uma perversão. No relatório, não há qualquer menção ao terror do Hamas.

Não há menção ao uso deliberado de centros médicos pelo Hamas como bases terroristas. Imagens de terroristas detidos, despidos até a cueca são apresentadas como abuso sexual, sem nenhuma menção de que é para verificar se eles não estão usando cintos com explosivos.

O relatório também fala do uso da fome por Israel para supostamente reduzir a natalidade palestina — a mentira que estrelou durante os 17 meses da guerra Israel-Hamas (alguém viu qualquer imagem de palestinos mortos de fome?) — mas nem menciona os reféns israelenses emaciados que claramente tiveram comida e assistência médica negadas. Até mesmo a comissão de Pillay foi forçada a admitir que havia evidências de que o Hamas e outros grupos terroristas haviam realizado atos de estupro e mutilação genital em 7 de outubro. Mas nada disso foi o suficiente para a ONU condenar o Hamas.

O desrespeito do Hamas pela vida humana, incluindo a de seu próprio povo, pode ser visto em outro incidente chocante na semana passada. Soldados israelenses avistaram um menino de quatro anos se movendo em direção a um posto do exército na zona de segurança de Gaza. O menino disse aos soldados que havia sido enviado pelo Hamas. Mais tarde, ele foi devolvido a Gaza em coordenação com organizações internacionais.

Não está claro se a criança de quatro anos foi enviada para verificar o estado de alerta das tropas ou em uma tentativa deliberada de fazer os soldados abrirem fogo contra a criança que se aproximava, lançando assim outro libelo de sangue contra os israelenses. De qualquer forma, ele está sofrendo abuso infantil no estilo jihadista e possível martírio.

Não vamos nos enganar. O Hamas está usando o cessar-fogo e os reféns para se rearmar e recrutar mais terroristas. Suas atividades de cavar túneis também não parou um só dia.  Por 10 anos antes do 7 de outubro, o Hamas falou sobre uma trégua de longo prazo com Israel quando na verdade se preparava para o pior massacre de judeus desde o Holocausto.

A América deveria ouvir o que os líderes do Hamas dizem em árabe para seu próprio povo, e não o que eles dizem durante reuniões no Catar. Um deles, Sami Abu Zuhri declarou em árabe: “O direito à resistência não é negociável. As armas da resistência são uma linha vermelha, e não as trocaremos pela reconstrução [da Faixa de Gaza] ou ajuda humanitária.”

Com o aviso de Israel Katz parece que Israel finalmente chegou à conclusão de que não podemos e não devemos permitir que o Hamas volte a arriscar outro massacre. Chega de hesitação e chega de atrasos. Israel tem que terminar com o Hamas e dar a oportunidade para os moradores de Gaza buscarem outros locais para se fixarem. Chegou a hora de Israel eliminar o Hamas de vez e pôr fim aos seus sonhos mortais de destruição de Israel e de judeus de uma vez por todas.

  

Sunday, March 2, 2025

Israel e a Visão do Estado Palestino - 02/03/2025

 

Ontem entramos no mês de Adar. Um mês de alegrias e milagres para o povo judeu. Mas este ano, a entrada do mês de Adar coincidiu com o começo do mês do Ramadan islâmico, um mês que em vez de ser de jejum e introspecção como os imams dizem ser, é o mês preferido dos terroristas para sair matando judeus, na esperança de receberem uma maior recompensa do outro lado, se morrerem no atentado.

Este ano, também parece que D-us nos presenteou com milagres um pouco mais cedo. No dia 20 de fevereiro, o dia em que o Hamas enviou os corpos de Shiri, Ariel e Kfir Bibas, um atentado monstro tinha sido planejado pelo Irã, com bombas colocadas em 5 ônibus e homens bomba prontos para se explodirem no meio das forças de resgate e civis que correriam para socorrer as vítimas.

Só que em vez de explodirem de manhã na hora do rush, elas explodiram de noite. D-us mudou o horário de 9 da manhã para 9 da noite. E não sou eu quem falou isso. Foi Amjad Taha, um jornalista dos Emirados Árabes Unidos que estava comentando sobre o fracassado plano terrorista no sul de Tel Aviv. Ele disse: "Quando Deus escolhe proteger você, Ele dobra o próprio tempo.", Taha postou no X/Twitter. "Terroristas palestinos da Cisjordânia ajustaram suas bombas para a detonarem à noite em vez de pela manhã, num ataque destinado a massacrar centenas de mulheres e crianças israelenses durante o rush, apenas para detonar em um estacionamento vazio." Ninguém foi ferido pelas explosões.

A observação é espantosa, mas não tanto quanto em 2014, até mesmo o Hamas reconheceu que “o Deus deles muda a direção de nossos misseis no ar”. Quando até mesmo terroristas fazem esta observação, você se pergunta por que esses terroristas continuam a planejar seus ataques para eliminar o estado judeu.

Incrivel que ninguém, mas ninguém dentre os palestinos, levantou a voz para condenar o massacre de 7 de outubro. Pior que isso, a aprovação do Hamas subiu para 86%. E é para este pessoal que o mundo espera que Israel se retire do coração do país, da Judeia e Samaria e de Gaza para dar a eles um estado, com soberania e liberdade para fazer tratados e se afiliar com outros estados terroristas do mundo, recebendo apoio financeiro e militar para continuar sua busca pela destruição do Estado de Israel.

Os defensores da criação de um estado palestino argumentam que todas as nações têm o direito à autodeterminação, e os palestinos não são exceção. Eles acreditam que isso traria estabilidade para a região e melhoraria a governança e a situação econômica, tirando a motivação para o terrorismo. Mas os próprios palestinos reconhecem que não são um povo aparte dos árabes da região. Um ministro do Hamas há alguns anos declarou que metade dos palestinos são egípcios e a outra metade é saudita.

E a história demonstrou que cada passo em direção à independência palestina levou ao aumento da instabilidade e do terror. Os grupos islâmicos veem todo Israel como terra de propriedade muçulmana (waqf) e se recusam a aceitar qualquer compromisso. É uma rejeição fundamental do direito de Israel de existir.

Houve várias ofertas de paz, todas rejeitadas. A ONU ofereceu a partilha, rejeitada. Os Acordos de Oslo, que deveriam trazer a esperança por um "Novo Oriente Médio", rapidamente desintegraram em ondas de terror com a primeira e segunda intifadas.Israel ofereceu a independência e 96% de todo o território da Judeia e Samaria, e 100% de Gaza, inclusive Jerusalem Oriental, por Ehud Barak e Ehud Olmert. Rejeitado. Israel abandonou Gaza e a entregou totalmente para a Autoridade Palestina que não durou no poder nem dois anos até ser chutada de Gaza pelo Hamas que a transformou numa base de guerra e lançamento de mísseis. Até mesmo propostas generosas - incluindo o plano de paz de Trump de 2020, que ofereceu um estado palestino em 70% da Cisjordânia com US$ 50 bilhões em ajuda econômica - foram rejeitadas imediatamente.

Apesar de tudo o que ocorreu nos últimos 17 meses, a ideologia antissemita e anti-Israel é tão difundida entre os árabes que uma pesquisa da Universidade de Birzeit descobriu que quase 90% dos palestinos não aceitam o direito de Israel de existir e votariam no Hamas em novas eleições. Aliás, para quem não sabe, o slogan, do rio ao mar, a palestina será livre, em árabe é: da água até a água, a Palestina será árabe.

Se o Hamas ganhasse o controle da Cisjordânia, as principais cidades de Israel, incluindo Tel Aviv, bem como o Aeroporto Ben-Gurion, estariam dentro do alcance direto dos mísseis. A geografia estreita de Israel, sem profundidade estratégica, torna difícil, se não impossível, de defender.

Durante sua campanha presidencial de 2024, Trump reverteu sua posição, dizendo: "A solução de dois estados será muito, muito difícil, e não tenho certeza se pode mais funcionar". Sua mudança de posição reflete o fato de que a medida que a violência palestina continua, mais líderes mundiais reconhecem que a condição de Estado não trará a paz, mas encorajará os extremistas.

A proposta do presidente Trump para migração voluntária de Gaza tem 80% de apoio entre os israelenses. Os líderes do Hamas deixaram sua posição clara: eles nunca aceitarão a existência de Israel. Seus apelos pela destruição de Israel e por outros massacres como o de 7 de outubro demonstram que eles não têm interesse em qualquer cenário que inclua um estado de Israel em qualquer lugar da região.

Por seu lado, a Autoridade Palestina continua a glorificar terroristas em currículos escolares e declarações públicas. A promessa de Abbas de interromper os pagamentos a terroristas durou apenas alguns dias antes de ele os restabelecer com um nome diferente. Recentemente, ele reafirmou seu apoio aos "mártires" e prisioneiros, declarando: "Mesmo que tenhamos apenas um centavo restante, ele irá para eles".

A fase 1 do cessar-fogo contra a soltura de alguns reféns terminou. Israel tentou sem sucesso estendê-la. O que sobrou foi finalmente para Israel adotar medidas extremas e suspendeu toda a ajuda humanitária, inclusive o fornecimento de eletricidade. Se o Hamas quer voltar para a guerra, então é o que ele vai ter. Israel prometeu que irá acabar com este grupo terrorista como objetivo desta guerra. Nenhum país do mundo aceitaria a existência de um grupo que não tem qualquer moral e nenhum escrúpulo em sequestrar idosos, e mães com seus bebês e devolvê-los mortos. Israel não tem outra solução.

Precisamos reconhecer que os eventos de 7 de outubro marcaram o fim do sonho do estado palestino. Até Abbas entende essa realidade. Aqueles que continuam a defender esta ideia débil devem encarar os fatos.

Até que os árabes que se consideram parte de um povo palestino mude fundamentalmente sua ideologia e renuncie completamente ao terrorismo, não haverá um estado palestino e o melhor que podem fazer se querem viver com dignidade e prosperidade e dar um futuro que não seja de violência para seus filhos, é aceitar a oferta de Trump e se mudar para outro lugar.

Sunday, February 16, 2025

O Plano de Trump Para Gaza - 16/02/2025

 

Hoje, a questão em todo o mundo é se o plano do presidente Donald Trump de reassentar os moradores de Gaza em outros países pode dar certo. A julgar por uma pesquisa feita pouco antes da guerra, pelo Centro Palestino de Política e Pesquisa antes que grande parte de Gaza fosse destruída, a proposta de Trump é razoável.

A pesquisa descobriu que 44% dos jovens de Gaza entre 18 e 29 anos gostariam de emigrar. Quase um terço (31%) de toda a população já tinha considerado emigrar. O "destino preferido dos moradores de Gaza é a Turquia, seguido pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Catar". A maioria disse querer sair por razões econômicas; o segundo e o terceiro motivos são oportunidades "políticas" ou educacionais. O quarto motivo é a segurança e o quinto é a corrupção. Se esta porcentagem já era substancial antes da guerra, hoje com certeza ela é muito maior.

Trump que sempre trabalhou em construção civil, sabe calcular quanto tempo levará para reabilitar a Faixa de Gaza. Enfrentar morar de 15 a 20 anos em tendas fincadas em escombros, respirando poeira e ouvindo o interminável barulho ​​de construção, não é o que a maioria da população almeja, especialmente os jovens que desejam começar uma vida e construir um futuro.

O menor problema de Trump é a população. Tanto o Hamas, o Jihad Islâmico e a Autoridade Palestina rejeitarão este plano por razões políticas. Eles não querem perder seus escudos humanos e a história mostra que nem a Autoridade Palestina nem o Hamas nem qualquer outro grupo colocou alguma vez o bem do povo à frente de considerações políticas. Estes grupos podem intimidar os moradores chamando os que escolherem sair de traidores.

Consequentemente, se Trump quiser que seu plano tenha sucesso, ele deve ignorar a Autoridade Palestina e o Hamas e trabalhar diretamente com o povo de maneira sigilosa e com a saída garantida pelos Estados Unidos.

O problema é que além dos atores terroristas em Gaza, Israel tem que lidar com os líderes dos países vizinhos. Eles também não querem que nenhum residente de Gaza deixe a “prisão de céu aberto” como eles chamam a Faixa. Na terça-feira passada, o rei Abdullah da Jordânia se encontrou com Donald Trump, quase exatamente um ano depois de se sentar com Joe Biden, na Casa Branca. Um ano atrás, Abdullah sentado ao lado de um Biden sonolento, discordou abertamente da política americana. Desta vez, ele se sentou ao lado de Trump e segurou a língua. O contraste entre as duas reuniões não poderia ter sido mais impressionante.

Na terça-feira, Abdullah parecia visivelmente perturbado, mudando de posição na cadeira enquanto o presidente expandia seu plano de assumir o controle de Gaza e realocar seus moradores, inclusive para uma "parcela de terra na Jordânia". O rei se contraiu enquanto Trump falava, mas ofereceu pouca resistência. Ele apenas disse que há um plano egípcio que será apresentado no final deste mês na Arabia Saudita.

Abdullah não desafiou o plano de Trump publicamente nem o contradisse abertamente. Ele sentou-se ali em silêncio, cauteloso e contido, abstendo-se notavelmente de criticar Israel — algo que ele tem feito frequentemente desde o massacre de 7 de outubro em vários fóruns internacionais. Ele entendeu que Trump seria muito menos receptivo a essas queixas.

Abdullah não foi tão contido com Biden. O rei exigiu um cessar-fogo completo alegando mentirosamente que depois de 4 meses havia mais de 100 mil mortos em Gaza – a maioria mulheres e crianças. Mas depois que Trump deu a luz verde a Israel para soltar o inferno em Gaza se o Hamas não libertasse os reféns Abdullah decidiu ficar calado.

Além disso, no ano passado, Abdullah defendeu o papel e o financiamento da UNRWA. Mas com Trump tendo assinado uma ordem executiva na semana passada cortando o financiamento da UNRWA e dizendo que a organização tinha sido infiltrada por terroristas, alguns que inclusive participaram do massacre de 7 de outubro, Abdullah entendeu que levantar a questão provavelmente não era a coisa mais sensata a fazer. Ele simplesmente sentou e ouviu enquanto Trump falava sobre seu plano de assumir o controle de Gaza.

Abdullah claramente discordou. Mas ele não expressou essa oposição — pelo menos não na cara de Trump. Em vez disso, ele o elogiou. Engolindo seco, ele disse: "Sr. Presidente, eu realmente acredito que com todos os desafios que temos no Oriente Médio, finalmente vejo alguém que pode nos levar até a linha de chegada para trazer estabilidade, paz e prosperidade para todos nós na região.

Somente depois, no X, Abdullah expressou alguma resistência real, afirmando que ele havia "reiterado a posição firme da Jordânia contra o deslocamento de palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Esta é a posição árabe unificada. Reconstruir Gaza sem deslocar os palestinos e abordar a terrível situação humanitária deve ser a prioridade de todos." Quer dizer, manter os residentes de Gaza nestas condições intoleráveis, entregar ajuda humanitária que o Hamas vende a preços astronômicos para comprar armas e voltamos de novo ao começo da roda.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, não quis sair da panela para a frigideira e cancelou sua visita a Washington. Temos então que esperar até o final do mês para ver o que estes hipócritas que vivem chorando sobre os palestinos vão fazer para cinicamente manter toda a população num estado precário, somente para ser usada como peão contra Israel. 

E junto com isso, o antissemitismo não parece se aplacar pelo mundo. Dezenas de milhares de manifestantes pró-Palestina em Londres, que parecem não ter mais o que fazer no sábado, saíram para insultar os judeus. Porco sionista” foi apenas um dos insultos - e gritos de "Khaybar, Khaybar, oh judeus, o exército de Maomé retornará", pregando outro genocídio judaico foi entonado por todo o caminho.

O antissemitismo está em um nível recorde. Mas o que as autoridades locais estão fazendo é praticamente nada.

Na Alemanha, a neta de um sobrevivente do Holocausto registrou nada menos que 60 ocorrências com a polícia, entre elas ameaças de estupro, de ser degolada e de ser fisicamente agredida, tudo saindo da Universidade Goethe onde ela estuda. Ela ainda gravou estudantes a seguindo na saída do campus universitário e de receber constantes ameaças anônimas de que será esfaqueada ou baleada. A polícia alega que além de uma investigação não pode fazer nada.

E um rapaz do estado de Utah depois de fazer dúzias de ameaças, decidiu ir para NY para atirar em judeus na sinagoga central.

Mas nesta semana ganhou o prêmio de antissemitas do mês um casal de enfermeiros muçulmanos na Australia. No Instagram, um influenciador israelense Max Veifer, recebeu a ligação de Ahmad Rashad Nadir que se identificou como médico e de Sarah Abu Lebdeh uma enfermeira que trabalhavam num hospital em Sydney. Quando Max Veifer se identificou como israelense, o tom dos dois mudou, o ameaçaram de morte e chegaram a alegar terem assassinado israelenses e ameaçado assassinar outros israelenses no hospital, de acordo com declarações do Ministro da Saúde Mark Butler e do Conselho de Enfermagem e Obstetrícia de New South Wales.

O conselho de enfermagem suspendeu o registro dos dois o que, de acordo com Butler, significa que "eles não podem exercer a enfermagem em nenhum lugar da Austrália, em nenhum contexto".

Butler continuou dizendo que “os australianos têm o direito de se sentir seguros aonde quer que vão e nenhum lugar deve ser mais seguro do que um hospital. A ideia de que alguém pense em destacar um grupo específico e declarar que não se importa com eles, e pior, ameaçar ativamente suas vidas, vai contra todos os princípios do nosso sistema de saúde. Seus comentários repugnantes – e o ódio que os sustenta – não têm lugar em nosso sistema de saúde e em nenhum lugar da Austrália.”

Óbvio que a polícia australiana está agora investigando para verificar se eles realmente mataram israelenses ou judeus, mas espero que isso não termine com um tapinha na mão ou que eles sejam reintegrados no corpo de enfermagem em qualquer lugar.

Este é o ódio que está sendo marquetado em todo o mundo e que os judeus da diáspora estão começando a sentir na pele. Aqui em Israel estamos ainda na roda viva da alegria da volta de reféns e da amargura da soltura de sanguinários que só contribuem com violência para a humanidade. Mas o teatro da propaganda é um estudo na arte de auto-decepção. E é o que assistimos a cada espetáculo do Hamas.

Seus terroristas, vestidos com trajes novos e completos de batalha — equipamentos que eles obviamente nunca usaram em combate pois se escondem em tuneis, atrás das saias das mulheres e sob os berços dos bebês — desfilam pelo palco como matadores de dragões vitoriosos, ameaçando marchar sobre Jerusalém.

Esta não é a mensagem de uma força triunfante. É a fanfarronice vazia de um movimento buscando relevância, agarrando-se a símbolos porque a realidade se voltou contra ele. Gaza está em ruínas, completamente destruída. Centenas de milhares de moradores de Gaza caminharam do sul de volta para suas moradias no Norte, e não encontraram nada além de escombros. A formação militar do Hamas foi destruída; tudo o que resta são caminhonetes com homens armados brandindo rifles.

Se esta é uma vitória para o povo palestino, então não sei o que poderia ser uma derrota.

Por seu lado, o Egito e a Jordânia sabem que vão ficar com a responsabilidade de tentar reabilitar Gaza e isso irá demandar muita liderança que seus governos corruptos parecem não ter. E todos estes antissemitas que hoje não têm mais vergonha de expressar seu antissemitismo, vão ter que lidar com a decepção de não terem a Palestina do Rio ao Mar, mesmo sem saberem que rio ou que mar e terão que viver com Israel laNetzah, para sempre. Am Israel Chay para a eternidade!.

Sunday, February 9, 2025

O Nunca Mais Está Acontecendo Agora - 09/02/2025

 

Ontem deveria ter sido mais um dia de comemoração em Israel. Outros três reféns foram libertados pelo Hamas contra 183 criminosos culpados de assassinato e de participarem em ataques terroristas. Mas a alegria inicial foi logo substituída por espanto e incredulidade.

Os rostos dos três, Or Levy, Eli Sharabi e Ohad Ben Ami estavam magros e afundados, seus corpos frágeis, precisando da ajuda de seus captores, terroristas do Hamas para andar. Olhos fundos, ossos salientes e estruturas esqueléticas tocaram um alarme instantâneo para israelenses e judeus em todo o mundo: sobreviventes do Holocausto! Esta é a história que seus corpos contaram depois de 491 dias de cativeiro do Hamas. Eli Sharabi sem saber que sua mulher e duas filhas tinham sido mortas em 7 de outubro e Or Levy terá que criar seu filho Almog sem sua esposa, também assassinada naquele dia horrendo.

Mas quando esses reféns voltaram para casa precisamente 80 anos após a queda do regime nazista, a resposta do mundo foi inimaginavelmente fria. Logo após todas as comemorações da libertação de Auschwitz e a renovação das juras de “nunca mais” por este mundo antissemita e hipócrita, nossos reféns regressam esqueléticos e torturados, imagens idênticas aos sobreviventes do Holocausto.

A BBC ontem convenientemente omitiu o sofrimento destes reféns. Hoje, ela compara em sua página inicial a situação dos reféns com as dos 183 criminosos palestinos soltos ontem. A CNN, por outro lado, achou adequado destacar a condição "emaciada" dos prisioneiros (não judeus) mas palestinos libertados que, é preciso dizer, receberam três refeições por dia, assistência médica e visitas de familiares e da Cruz Vermelha. A comparação não é apenas absurda; é obscena.

Vamos esclarecer as coisas. Os prisioneiros palestinos nas prisões israelenses não são reféns; eles são criminosos condenados, muitos culpados de terrorismo e assassinato. Suas detenções seguem julgamentos, evidências e devido processo legal em que eles têm acesso a advogados de sua escolha — luxos que o Hamas não concede a seus prisioneiros. Eles podem apelar de suas sentenças, têm acesso a livros, televisão, jornais e até estudos universitários.

E os reféns israelenses em Gaza? Trancados na escuridão, sem alimentação suficiente, em túneis super úmidos, sem luz do sol, sem exercício, sem contato com seus entes queridos ou com a Cruz Vermelha. Alguns deles foram operados sem anestesia; outros tiveram ferimentos graves por mais de um ano sem nenhum tratamento médico. O corpo da refém Eden Yerushalmi, de 24 anos, que foi assassinada num túnel junto com outros 5 reféns, pesava 36 kilos!

Agora eu pergunto: Onde estão as organizações de direitos humanos? Onde estão os protestos das mesmas vozes que, em um momento ou outro, se juntaram em rápida sucessão para condenar Israel? Elas estão mudas, indiferentes às vítimas israelenses, a menos que a tragédia possa de alguma forma ser distorcida para se tornar parte de uma condenação do estado judeu.

Ontem não vimos nenhum palestino subnutrido ou em farrapos. Sabem onde podemos ver milhares de pessoas subnutridas e farrapos? No Sudão. Mas ninguém liga para eles. No Jews, no News. Não tem judeus, não tem notícia.

Em sua volta para casa, a ex-refém Liri Albag contou que foi obrigada além de limpar e cozinhar, de tomar conta dos filhos de 3-4 anos de idade do casal que a prendia. E a brincadeira preferida deles era: “cuspir na judia”. Estes são a próxima geração de terroristas sendo preparados hoje para nos matar amanhã.

Mas estes terroristas e a população que vimos ontem, todos bem alimentados, bem vestidos e bem armados, não perdem por esperar.

Em sua conferência de imprensa com Bibi Netanyahu, Trump fez uma declaração bombástica: que os Estados Unidos iriam tomar Gaza. Agora temos outro comandante na Casa Branca e esta declaração tem o potencial de mudar todo o mapa do Oriente Médio! E o que ele oferece é a saída de Gaza para aqueles que querem sair da Faixa. E não são poucos.

Gaza não tem uma fronteira somente com Israel. Sua principal fronteira é com o Egito. Mas este país “irmão” dos palestinos fechou a passagem e somente os muito ricos conseguem um visto de saída de Gaza e de entrada no Egito. Incrivelmente, até mesmo cidadãos egípcios, que estavam em visita em Gaza, precisaram pagar as somas astronômicas que beneficiam ao que parece, a família do presidente Al-Sisi. Que surpresa!

Durante anos, uma rede de agentes de viagens e intermediários baseados no Egito e em Gaza têm oferecido passagem rápida por Rafah por um preço que varia de centenas a milhares de dólares. Quanto mais profundo o desespero para sair, melhor o negócio. Durante a guerra com o Hamas em que a outra saída controlada por Israel para Gaza foi fechada, as taxas dispararam. Alguns corretores agora estão cobrando dos palestinos entre US$ 4.500 e US$ 10.000 para uma autorização de travessia, de acordo com mais de uma dúzia de entrevistas conduzidas pelo Projeto de Reportagem do Crime Organizado e Corrupção e pela plataforma de mídia SaheehMasr, sediada no Cairo. A taxa para aqueles com nacionalidade egípcia é menor, em torno de US$ 650 a US$ 1.200 por pessoa. Até janeiro de 2024, a estimativa é que os egípcios tenham feito acima de 88 milhões de dólares com este esquema.

Trump simplesmente disse: se pudermos achar um lugar ou vários lugares e construirmos residências bem bonitas, e injetarmos dinheiro na economia, eu acho que seria melhor do que voltar para Gaza!

O mundo rapidamente reagiu à solução de Trump dizendo ser transferência forçada, um crime contra a humanidade, algo impossível. Isso me lembrou o autor Arthur C. Clarke que disse que ideias novas passam por 3 fases: a primeira é “não é possível fazê-la”, a segunda é “provavelmente pode ser feita, mas não vale a pena” e finalmente a terceira “eu sabia que era uma boa ideia desde o começo”.

E esta é uma ideia única, sem precedentes? Absolutamente não. Em todas as guerras há transferência de populações. Depois da Segunda Guerra, em 1950, 14.6 milhões de alemães foram transferidos da Europa central para a Alemanha e Áustria. Em 1947, na divisão da Índia, 20 milhões de pessoas foram transferidas, hindus do Paquistão para a Índia e muçulmanos da Índia para o Paquistão e Bangladesh.

Então por que o escândalo? Porque isso eliminaria uma plataforma de lançamento de mísseis e guerra contra Israel, perpetuando o conflito.

Isso quer dizer que Trump irá enviar tropas americanas para a área, ou reclamar soberania americana na Faixa…? Não. Quem conhece Trump sabe que você não pode levar o que ele diz literalmente, mas você tem que levá-lo a sério. Ele provavelmente dará a Israel todo o necessário para coordenar a saída dos palestinos que querem sair e a limpeza de toda a área destruída, que de acordo com estimativas levará 15 anos.

Se a saída voluntaria da população civil de Gaza for facilitada, removendo assim os escudos humanos do Hamas, que também complicam as operações do exército de Israel, e a normalização com as outras nações árabes é alcançada, isso deixará o Hamas mais isolado e ineficaz. Um regime como o do Hamas, que prioriza sua própria sobrevivência em detrimento do bem-estar das pessoas pelas quais afirma lutar, acabará perdendo o controle quando essas mesmas pessoas que ele governa puderem livremente buscar uma alternativa.

Ao sugerir que os Estados Unidos tomem Gaza, Trump fez o que ele sabe fazer de melhor: abrir a porta para uma discussão acirrada até o alcance da solução. Ele declarou que a solução de dois estados está morta e que devemos aprender com a história. Tudo já foi tentando e tudo falhou. E se o mundo vê Gaza como uma prisão a ceu aberto, porque manter sua população presa? Porque não permitir que ela saia, quem quiser sair, e reconstruir a área?

Estamos vivendo verdadeiramente tempos históricos. Anos que serão lembrados tanto por seus avanços tecnológicos como por sua brutalidade. E inexplicavelmente uma geração que consegue reconciliar os dois. E é exatamente por isso que elegemos Donald Trump para líder do mundo livre porque somente ele com sua coragem poderá nos ajudar a navegar estes tempos.

 

Sunday, February 2, 2025

A Mídia Que Só Ama Judeus Mortos - 2/2/2025

 

Ontem mais três reféns israelenses foram soltos nesta primeira fase do pagamento de resgate por Israel. Um pai, de 54 anos, Ofer Calderon, que finalmente pode abraçar seus 4 filhos, um avô americano-israelense de 65 anos, Keith Siegel, e um marido e pai de 35 anos, Yarden Bibas, que voltou sem sua mulher Shiri e seus bebês Ariel de 5 anos agora, e Kfir de quase 2 anos. Kfir foi levado quando tinha apenas 9 meses. Foi um retorno como nenhum outro. Todo o país prendendo a respiração e rezando neste Shabat por Yarden. Não sabíamos se ele já tinha sido avisado que sua família ainda continuava cativa em Gaza.

E aí o noticiário da noite mostrou um vídeo sem voz de um Yarden com rosto contorcido sendo filmado pelo Hamas enquanto eles contavam a ele que Shiri, Ariel e Kfir estavam mortos, num ato de inimaginável crueldade. E quando ele foi finalmente recebido ontem por seu pai e sua irmã, vimos que a luz dos seus olhos tinha desaparecido.

O Hamas continua a fazer seu circo, exibindo os reféns em palcos onde escreveram em inglês “Palestina: A vitória do povo oprimido sobre o Nazismo Sionista”. Os reféns obrigados a sorrir e acenar, com sacolas de memórias do seu cativeiro, diplomas assinados pela Cruz Vermelha e até cópias do al-Corão. E o coreógrafo desta palhaçada toda? Nada menos que um jornalista da AlJazeera chamado Tamer Al-Mishal! Seria mais apropriado a rede reconhecer que é uma empresa de propaganda e não de noticias.

E contra 34 israelenses, Israel está soltando 1,900 terroristas, muitos com prisão perpétua, assassinos impiedosos que em muitos países teria recebido a pena de morte.

Pessoas que se importam com Israel ao redor do mundo sabem que o esforço para obter uma cobertura positiva — ou até mesmo justa — do estado judeu na mídia internacional é enorme. E o jornalista Gil Hofman compilou várias instâncias preocupantes.

Na semana do ataque de 7 de outubro, eu disse aqui que o mundo estava se comiserando com Israel, mas que sabia que logo iria acabar E de fato, ela terminou quase que instantaneamente com três exceções.

Israel recebeu cobertura positiva no próprio dia 7 e parte do dia 8 de outubro, até que o exercito se recompôs e começou a lutar. A mídia foi empática novamente quando o Irã lançou seus ataques a Israel com mísseis balísticos e drones em 13 de abril e 1º de outubro de 2024.

E ainda temos os relatórios favoráveis ​​no Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto (exceto por programas como Bom Dia Inglaterra que esqueceram suas vítimas judias). Como disse Dara Horn em seu livro de 2021, “As Pessoas Amam Judeus Mortos”.

Aqueles que buscavam empatia da mídia nas últimas duas semanas pelas nove jovens israelenses, dois homens idosos, e dois de meia idade que finalmente retornaram para suas famílias, e para a nação que incessantemente orou por eles — ficaram amplamente decepcionados.

A foto principal na capa do The New York Times Internacional na segunda-feira, 20 de janeiro, um dia após Romi Gonen, Doron Steinbrecher e a cidadã britânica Emily Damari terem sido libertadas, era mais uma foto de Khan Yunis com a manchete "Residentes de Gaza Sonham Com Sua Casa". A edição americana tinha uma foto enorme do campo de refugiados de Jabalya e uma menor da refém Emily Damari que voltou sem dois dedos.

A esmagadora maioria da mídia internacional continuou a transmitir a narrativa enganosa do Hamas, implicitamente justificando o sequestro e a retenção de reféns.

A BBC alegou falsamente, durante sua reportagem ao vivo, que Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram libertadas usando os mesmos uniformes do exército que usavam quando entraram em Gaza. A gigante da mídia britânica financiada publicamente realmente achou que o mundo tinha esquecido as imagens chocantes filmadas pelo próprio Hamas das meninas ensanguentadas arrancadas de suas camas em pijamas e roupas íntimas e desfiladas pelas ruas de Gaza? A ABC News da Austrália e outros veículos também compraram essa mentira asquerosa.

Por que importa tanto que a mídia mundial tenha errado?

Importa porque o Hamas estava deliberadamente tentando insinuar que essas "soldadas" eram alvos militares legítimos e estava usando a imprensa para espalhar essa mensagem ao redor do mundo.

As quatro jovens foram forçadas a subir num palco com todo o aparato de uma comemoração incluindo faixas erguidas com o dinheiro que Gaza de repente encontrou. Os terroristas do Hamas bem alimentados usavam uniformes, limpos e passados, para fazer o mundo esquecer que eles normalmente operam à paisana.

Ao facilitar o golpe repugnante de relações públicas do Hamas, a mídia mundial deu a ele legitimidade e humanizou a organização terrorista que continuará tentando sequestrar e assassinar o máximo de judeus possível.

E só se a coisa tivesse parado por aí..

Mas não. Os assassinos libertados das prisões israelenses foram tratados como vítimas de Israel. Esperávamos que os principais meios de comunicação internacionais no mínimo os chamassem de terroristas, mas sua flexibilidade etimológica foi totalmente assustadora. O New York Times os chamou de "ativistas", o Washington Post se referiu a eles como "ativistas políticos", a Reuters disse que eles eram "palestinos proeminentes" e o The Guardian disse que eles foram "presos por operações anti-Israel". Sim, mas o prêmio vai para a Globo que os definiu como “reféns” de Israel, não terroristas sanguinários presos e mantidos às custas do contribuinte israelense.

A mídia então contou histórias de prisioneiros palestinos abraçando seus filhos pela primeira vez sem se preocupar em mencionar porque estavam na prisão e sob quais acusações.

Por exemplo, o The Washington Post destacou a infame terrorista da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) Khalida Jarrar, presa há seis anos após participar de um ataque terrorista que assassinou Rina Shnerb, de 17 anos.

"Em um ato surpreendente de omissão jornalística, o The Washington Post convenientemente ignorou seus [Khalida Jarrar] laços diretos com a violência, em vez disso, a pintou como mais uma figura política incompreendida em vez de uma peça-chave de uma organização terrorista", escreveu o Honest Reporting.

Os relatos da mídia sobre a libertação dos prisioneiros na semana passada não foram melhores. A Sky News postou um vídeo do que descreveu como celebrações "emocionantes" em Gaza após as notícias do cessar-fogo. Nisto ela compartilhou um clipe de uma grande multidão cantando “Khaybar Khaybar ya yahud” – uma ameaça bem conhecida de massacre de judeus – com a palavra “Khaybar” se referindo ao lugar onde os judeus da Arábia Saudita foram massacrados no ano 628. O final do canto é “jaish Muhammad soufa ya’oud,” que significa “o exército de Maomé retornará.”

Os principais meios de comunicação minimizaram consistentemente a tragédia do lado israelense. A manchete da NBC na segunda-feira foi "Hamas diz que 8 dos 26 reféns restantes estão mortos", esquecendo que na época ainda havia 90.

O HonestReporting compilou uma análise de 733 prisioneiros palestinos cujos nomes foram divulgados pelo governo israelense com seu gênero, idade, as acusações contra eles e sua afiliação terrorista.

Ao contrário de sua representação na mídia internacional como principalmente mulheres e crianças presas injustamente, 91% são homens; 91% têm entre 18 e 59 anos; 609 dos 733 foram condenados por crimes violentos; e 87% são membros de organizações terroristas.

Vamos ver o que a mídia internacional fará nas próximas semanas, incluindo se os meninos Bibas e sua mãe forem trazidos em sacos para cadáveres. Estamos todos apenas esperando com a respiração presa. O povo todo, em Israel e na Diáspora está desesperado por qualquer notícia. E se eu não consigo parar de pensar na Shiri e seus bebês nas profundezas do inferno, como a família, como Yarden deve se sentir? A tortura é sobre todos nós.

A tortura de todo Am Yisrael, esperando que por um milagre esses garotinhos ruivos e sua mãe voltem para casa sãos e salvos.