Sunday, August 3, 2025

Premiando o Terrorismo - 3/8/2025

 

Hoje faz 667 dias do ataque de 7 de outubro de 2023. Um ano e 10 meses de cativeiro para os 20 reféns presumidamente vivos e 30 mortos. Hoje também é o dia 9 do mês de Av no calendário judaico. O dia mais triste do ano quando choramos e jejuamos enlutados pelas maiores tragédias que ocorreram para o povo judeu nesta data. A destruição do primeiro e do segundo templos, foi neste dia. O massacre de mais de um milhão de judeus na Europa durante a primeira cruzada em 1096 começou neste dia. A expulsão dos judeus da Inglaterra em 1290, da França em 1306 e da Espanha de 1492 também. O massacre de 300 mil judeus pelos cossacos de Chmelnitski, homens, mulheres, e crianças ocorreu no dia 9 de Av de 1648 e muitas outras tragédias relacionadas a este dia. Mais recentemente, o desengajamento, quando o então governo de Ariel Sharon expulsou 8 mil judeus de suas casas da Faixa de Gaza chegando até a desenterrar os mortos também neste dia.

E ontem à noite, outro golpe doloroso. Quando perguntam se há fome em Gaza, respondemos sim. Há uma fome indescritível em Gaza, mas não dos árabes. Dos nossos reféns. O grupo terrorista Hamas publicou um vídeo ontem de Evyatar David de 24 anos. Ele está irreconhecível, se comparado às suas fotos de antes de 7 de outubro. Um esqueleto vivo. Só pelo sobre ossos. Isso é como a fome se parece, não estes hipócritas de Gaza que mostram filhos com doenças genéticas graves no colo de mães e irmãos bem alimentados dizendo que a criança está passando fome.

Mas pior ainda, em uma parte do vídeo, os terroristas do Hamas forçaram Evyatar a cavar sua própria cova no túnel e ele com os olhos vidrados dizendo que Israel acharia o corpo dele lá.

E nós temos que continuar a sustentar esta cambada de terroristas alimentando aqueles que só tem um objetivo na vida: nos matar e destruir Israel.

Dizemos que uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda está colocando o sapato. Em nenhum lugar isso é mais óbvio do que na mídia, onde imagens viralizam e permanecem na mente do público por meses. Esta semana, foi novamente a vez do The New York Times dar ao mundo uma lição de como fazer um péssimo jornalismo.

O jornal publicou em sua primeira página uma matéria sobre a alegada fome em Gaza. O artigo trouxe uma foto de uma criança de um ano e meio emaciada, aninhada nos braços de sua mãe. A legenda afirmava que a criança havia nascido saudável, mas agora sofria de desnutrição grave. Compartilhada na página principal do jornal, o artigo alcançou 55 milhões de acesso, se tornando o símbolo do sofrimento de Gaza. Líderes mundiais citaram a imagem, comentaristas a compartilharam e a implicação era clara. Que o objetivo de Israel nesta guerra era matar crianças de fome.

Ninguém foi procurar saber por que o pequeno irmão desta criança que também estava na fotografia, estava bem alimentado e a mãe não tinha sinais de desnutrição.

Só mais tarde médicos esclareceram que o menino havia nascido com paralisia cerebral e distúrbios musculares que o impediam de engolir alimentos normalmente. Há um índice muito grande em Gaza de crianças que nascem com doenças congênitas. Isso porque os árabes têm o costume de se casar com membros de primeiro grau de sua própria família geralmente primos. Depois que foi revelado que a criança já está há mais de um ano num hospital na Italia tendo ganhado peso e estar bem melhor, o New York Times resolveu publicar uma nota do editor reconhecendo o erro.

Erros são inevitáveis, mas quando cursei a faculdade de jornalismo, aprendi que todo esclarecimento deveria ser publicado no mesmo lugar e com a mesma visibilidade do artigo errado. Quer dizer, se o artigo foi publicado na primeira página do jornal, a correção deve ser feita também na primeira página e com a mesma visibilidade.

É aqui que a credibilidade do New York Times vai para o buraco. O jornal resolveu colocar a correção num feed de relações públicas do jornal, que tem apenas 90 mil seguidores, muito longe dos 55 milhões da sua conta principal.

Por que isso importa? Porque os conflitos hoje são travados tão ou mais ferozmente no campo da opinião pública do que no de batalha. Imagens e artigos moldam debates políticos e influenciam negociações diplomáticas. A publicação da foto da criança aparentemente morrendo de fome gerou consequências imediatas. E a retratação não adiantou a nada. O dano estava feito.

Meia dúzia de líderes de países ocidentais correram para anunciar o reconhecimento do estado palestino, sem negociação com Israel e com nossos reféns ainda no cativeiro. Entre eles, a França, a Inglaterra, Portugal, Canadá e Austrália.

E qual foi a consequência da declaração destes líderes iluminados? O Hamas simplesmente abandonou a mesa de negociação dizendo que não devolveria os reféns até que o Estado Palestino fosse criado com sua capital Jerusalem. E aí temos. Sem rodeos. Os palestinos querem tudo. Querem desmantelar Israel por completo. Do rio ao mar é exatamente o que eles querem. Não um estado ao lado de Israel, mas um em vez de Israel.

E é assim que o terrorismo é recompensado. Depois dos trogloditas do Hamas terem massacrado, estuprado, queimado, ferido e sequestrado israelenses em seu “passeio” pelo sul de Israel, a comunidade internacional está respondendo concedendo-lhes um Estado próprio.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o reconhecimento será anunciado em setembro, a menos que Israel tome "medidas substanciais para pôr fim à terrível situação em Gaza", e que Israel também deve cumprir outras condições, incluindo concordar com um cessar-fogo, comprometer-se com uma paz sustentável de longo prazo que leve à solução de dois Estados e permitir que as Nações Unidas reiniciem o fornecimento de ajuda (diga-se o Hamas), ou o Reino Unido tomaria essa medida na Assembleia Geral da ONU em setembro.

Esta é a estratégia: quando não conseguem convencer um grupo terrorista de absolutamente nada, eles pressionam Israel. E agora, com essa a nova demanda do Hamas?

Nós já tentamos dezenas de vezes dar a estes terroristas um Estado. Tentamos em 1937, em 1948, em 1967, em 1993 com os acordos de Oslo criando a Autoridade Palestina, em 2001 com Barak, em 2005 com a retirada de Gaza e 2008 com Ehud Olmert. Todas as propostas foram rejeitadas. Novamente, eles não querem um estado ao lado de Israel mas um estado em vez de Israel.

Em 2005 Sharon tentou nos convencer que os palestinos criariam a Cingapura do Oriente Médio. Eles poderiam facilmente ter criado a Dubai do Mediterraneo, mas preferiram investir em sua máquina de guerra.

Estamos mais conscientes do que nunca de que o que acontece agora afetará o que vem a seguir. O número de terroristas que o Hamas quer que sejam libertados em troca de reféns após quase dois anos de cativeiro só dará mais ímpeto à sua motivação para realizar outros sequestros.

Sair de Gaza, prometer um cessar-fogo unilateral, e a volta de terroristas para a região a apenas algumas centenas de metros das comunidades judaicas praticamente garantirá novas invasões. E esqueçam da ideia de que iremos remover à força 700 mil judeus de suas casas na Judeia e Samaria em troca de promessas internacionais de paz sem qualquer sentido.

O Hamas não está nos deixando alternativa a não ser continuarmos a atacar e eliminar seus terroristas, mesmo às custas das vidas dos reféns. E para deixar claro: Não estamos fazendo isso para dar uma lição ao Hamas. Mas porque finalmente aprendemos a nossa.

Wednesday, July 23, 2025

O Antisemitismo de Nossos Dias - 13/07/2025

 

Na madrugada de terça-feira, 24 de junho, o presidente Donald Trump, anunciou de repente, o cessar-fogo com o Irã depois dele ter ordenado a Força Aérea americana destruir três instalações nucleares: Natanz, Isfahan e Fordow com seus B-2 e bombas para destruir bunkers.

O cessar-fogo deveria entrar em vigor oficialmente às 7 da manhã do dia 24. Mas o Irã esperou até as 6:59 para lançar sua última salva de mísseis e drones. Infelizmente um deles atingiu um prédio de apartamentos em Beer Sheva matando 4 israelenses, totalizando 28 mortos nesta guerra de 12 dias com o Irã. No final daquela noite, outra vez, dois drones assassinos lançados minutos antes do cessar-fogo, foram interceptados a caminho de Israel. Drones não são mísseis balísticos e demoram muito tempo para percorrer os 2 mil e trezentos km entre a República Islâmica e Israel.

Eu me pergunto, o que teria acontecido, se os drones tivessem atingido Israel com poder letal após o cessar-fogo ter sido anunciado?

Quando o Irã lançou seus mísseis balísticos e de cruzeiro e drones assassinos contra Israel, ele o fez de modo aleatório, para atingir o máximo de dano e mortes de civis. E de fato, dos 28 mortos, 27 eram civis e apenas, um, um garoto de 18 anos morto no dia 24 de junho, tinha acabado de se alistar e ainda não tinha terminado o curso básico do exército.

No final o resultado foi o seguinte: o regime iraniano explodiu um hospital, um centro de pesquisa do câncer, uma clínica para crianças deficientes e milhares de casas de civis. Israel explodiu as capacidades de mísseis balísticos do Irã, militares de alta patente, cientistas do programa nuclear e, junto com os Estados Unidos, seu precioso programa nuclear.

Pergunto: Que lado você apoia?

Depois do cessar-fogo, tentamos voltar à normalidade, mas a ameaça dos misseis não acabou. Os aliados do Irã, os Houthis do Iêmen, e até mesmo o Hamas em Gaza, continuaram a lançar mísseis e drones e voltamos a correr para os abrigos.

Os misseis dos Houthis são menos sofisticados que os do Irã e, geralmente causam menos danos. Como os do Hamas. Mas desta vez, não podemos normalizar esta situação.  Se 7 de outubro de 2023 nos ensinou alguma coisa, é a não ignorar os sinais de agressão. Desde a época de Shimon Perez, ouvimos que "você faz a paz com inimigos, não com amigos". Mas primeiro, paz se faz com países, não com organizações terroristas que mantêm reféns. Segundo, e mais importante, não se pode fazer a paz com inimigos que ainda juram destruir você. Que oferecem apenas um cessar-fogo temporário, para nós darmos suficiente tempo a eles se rearmarem e nos atacar outra vez. Isto é pura insanidade.

Um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas em Gaza seria uma tolice – até suicida. Seria esquecer a invasão e a megaatrocidade do Hamas patrocinada pelo Irã. E mesmo assim, Israel mandou um grupo de negociadores para Qatar e lidar com as exigências absurdas do Hamas para soltar os 50 reféns vivos e mortos como se o Hamas tivesse sido vitorioso nesta guerra.

Ainda assim, o ritmo acelerado das mudanças no Oriente Médio é palpável. O Hamas está sentindo pela primeira vez a oposição de outros em Gaza.   Nesta última quarta-feira, o “ministro do interior” do Hamas, informou Yasser Abu Shabab, líder de uma milícia armada, que ele deve se entregar em até dez dias por "traição, espionagem e rebelião armada". Em resposta, o grupo de Abu Shabab disse que "todos os membros do Hamas devem ser julgados pelas mesmas acusações – por conexões com o Irã e a Irmandade Muçulmana.

Na Judeia e Samária, vemos o mesmo movimento. O Sheikh mais poderoso de Hevron, Sheikh al-Jabari e outros 21 Sheikhs declararam que querem cooperar com Israel e aderir aos acordos de Abraão, numa cisão completa com a Autoridade Palestina. O Sheikh de 48 anos disse que quer instituir o Emirado de Hevron (sendo ele provavelmente o emir) e que o melhor para os Palestinos é trabalhar com Israel para o bem de suas comunidades.  

Mas voltando ao que é importante, amanhã o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu viaja outra vez para Washington. Antes de 7 de outubro, parecia que Israel e a Arábia Saudita estavam à beira de um acordo de paz – um acordo que o Hamas conseguiu até agora sabotar. Só que hoje, com a ameaça do Irã amplamente reduzida, a Arábia Saudita se sente mais segura graças a Israel (e aos EUA). Talvez Netanyahu está indo para Washington para saber se Mohamed Bin Salman irá finalmente aderir aos Acordos de Abraão.

Muitas possibilidades se abriram com as ações de Israel pós-7 de outubro: o Líbano soberano foi fortalecido com a queda da Hezbollah, e a Síria tem um novo líder, Ahmed al-Sharaa. Não sabemos ainda o que ele fará com todo o reconhecimento, hoje mesmo a Inglaterra reatou as relações diplomáticas com Damasco, mas Israel deverá ter muita cautela. É só perguntar o que as comunidades drusas, cristãs, curdas e alawitas estão passando com ele.

Mas o mundo continua estranhamente obcecado pelos palestinos. E acordos de paz não são garantia de boas relações. A Jordânia e Israel assinaram um tratado de paz em 1994, mas no domingo passado, a seleção jordaniana se recusou a jogar com Israel na Copa do Mundo de basquete sub-19. Isso garantiu a Israel uma vitória técnica, mas o envenenamento das mentes destes jovens foi é uma vergonha.

Um incidente bizarro ocorreu na semana passada em Tournai, na Bélgica. Cerca de 100 ativistas pró-palestinos mascarados invadiram a fábrica da OIP, uma subsidiária belga da fabricante israelense de armas Elbit Systems. Longe de prejudicar a guerra defensiva de Israel em Gaza, os manifestantes danificaram tanques destinados a ajudar a Ucrânia em sua guerra contra a agressão russa.

A eleição de Zohran Mamdani como candidato democrata à prefeitura de Nova York na semana passada é outro exemplo. Ele apoia abertamente o slogan "Globalizar a Intifada". Quer dizer, levar a todos os países do mundo, homens bomba para se explodirem em restaurantes, cafés, discotecas e ônibus. Que tal?

E aí temos o antisemitismo que não mostra nenhum sinal de enfraquecimento. Neste final de semana em Melbourne, na Australia, 2 incidentes graves ocorreram, um em uma sinagoga que no meio da refeição de shabbat foi atacada com um instrumento incendiário e forçou os congregantes a fugirem pelas portas dos fundos. O outro, um restaurante israelense foi invadido por manifestantes pró-palestinos e destruído.

A ex-refém Noa Argamani, que foi resgatada pelo exército no ano passado, enfrentou uma audiência terrível no Canadá na semana passada quando discursava em prol dos reféns ainda em Gaza. Durante o evento, membros do Grupo de Solidariedade Palestina gritaram para ela, entre outras coisas: "O Hamas está chegando". Imaginem o trauma dela!

E na semana passada também tivemos a vergonha do festival de música de Glastonbury, no sul da Inglaterra. A dupla de punk rap Bob Vylan liderou os gritos de "Morte, morte às Forças de Defesa de Israel" clamando pela destruição do único exército na Terra encarregado de proteger os judeus do genocídio." A BBC que transmitiu o festival, não achou nada de errado com a apresentação. Realmente, a cultura popular britânica é hoje como uma cervejaria de Munique do século XX. Você pode esperar uma mistura eclética de baladas e gritos pré-pogrom."

E aqui está o ponto crucial: o antissemitismo misturado ao apoio ao jihad islâmico está se espalhando pelo mundo, mas há o que fazer. Israel deve ela, e ela sozinha acabar o trabalho no Irã. O envolvimento americano foi o primeiro de uma guerra de Israel. E isso não deve mais acontecer para restaurarmos nosso poder de dissuasão e não termos que lidar com exigências mal colocadas do governo americano. Outra coisa, nem Khamenei nem seu filho e sucessor Mojtaba, poderiam ter sobrevivido à esta guerra. Sem mudança de regime no Irã estaremos na estaca zero em pouco tempo porque eles irão reconstruir seu programa nuclear.  

E aí infelizmente, teremos testemunhado até agora, apenas a primeira guerra entre Israel e o Irã.


Sunday, July 20, 2025

Israel na Defesa de Outros - 20/07/2025

 

Ataques contra civis drusos, perpetrados por beduínos e membros das forças governamentais do novo governo sírio, se multiplicaram na última semana, alvejando a minoria drusa na cidade de Sweida no sul da Síria. A magnitude dos ataques, as imagens dos massacres, a selvageria contra civis inocentes nos trouxeram de volta ao pesadelo do 7 de outubro.

Corpos foram empilhados no chão de quartos dentro do Hospital Nacional de Sweida, porque o necrotério estava lotado. Outros corpos estavam enfileirados em corredores encharcados de sangue. A cidade, cercada, está isolada e inacessível. A equipe médica, teve que operar sem eletricidade, sem água e com apenas os suprimentos médicos restantes até o hospital ser destruído e médicos mortos.

Um líder druso, Sr. Anan Kheir, me disse hoje que há pelo menos 1500 mortos, que a contagem está difícil pois há muitos corpos nas ruas. Entre eles pelo menos 21 mulheres e 45 crianças foram identificadas. As vítimas foram mortas por fogo de artilharia, tiros de snipers e execuções sumárias. Idosos foram baleados na cabeça em suas camas. Imagens horrendas do massacre foram publicadas pela Sky News, ao vivo de Sweida.

Sim, também houve casos de estupros de adolescentes e meninas. E cenas saídas da Alemanha nazista, com os jihadistas cortando os bigodes e barbas dos líderes religiosos drusos para humilha-los.

E o mundo? em completo silêncio. Novamente. E ficou assim até que Israel se envolveu para proteger os drusos. E para quê? Para condenar Israel por ferir a soberania da Síria e até alegando que Israel estava interessada em fomentar a violência para seu próprio benefício como disse o presidente da Turquia. Sim, este hipócrita do Erdogan, que fala que outros querem ocupar território quando ele próprio se apoderou do norte da Síria e isso sem falar de Chipre.

E por que Israel se envolveu? Porque os judeus e os drusos de Israel têm um pacto de sangue. Os drusos servem o exército chegando a ser generais. São membros da Knesset, diretores de hospitais, enfim, nossos irmãos. No dia 7 de outubro eles provaram ser até mais que isso. Eles largaram tudo e desceram ao sul do país para lutar contra o Hamas, muitos deles dando suas vidas. Eles são uma minoria, mas são muito corajosos e muito dignos. E os drusos da Síria são suas famílias. Literalmente. Famílias que foram divididas durante a Guerra dos Seis Dias. No Brasil há uma comunidade representada pelo Lar Druzo Brasileiro em São Paulo e Belo Horizonte mas eles estão principalmente no Líbano, na Síria, em Israel e alguns na Jordânia.

A comunidade drusa não é apenas uma aliada histórica de Israel, mas ela está na linha de frente entre a ordem e o caos. Defender esta comunidade não é só uma necessidade estratégica, mas um imperativo moral. Deixá-la à mercê dos jihadistas de al-Jolani ou al-Sharaa, como ele decidiu ser chamado depois que vestiu o terno, seria convidar estes radicais islâmicos apoiados pela Turquia a se instalarem nas portas de Israel.

As consequências da guerra com o Irã remodelaram a forma como Israel é percebida e como deve agir daqui para a frente. Enquanto o Ocidente continua atolado na questão palestina, o mundo árabe está ajustando sua postura para lidar com Israel como a nova superpotência da região. E uma superpotência não se mede apenas por sua capacidade de dissuasão, mas pela ordem que ela cria à sua volta. Isso significa agir quando minorias, especialmente irmãos de longa data como os drusos, enfrentam o extermínio.

Com a queda de Bashar al-Assad, o auto titulado presidente da Síria, Ahmad al-Sharaa (um ex-membro do grupo jihadista Hay'at Tahrir al-Sham ligado à Al-Qaeda), não está conseguindo segurar a frágil colcha de retalhos que compõe o país e que está se desfazendo rapidamente. Primeiro seus jihadistas atacaram os alawitas matando várias centenas e causando o êxodo de milhares para o Líbano. Depois, e ainda continua, a perseguição aos cristãos. Agora temos o massacre dos drusos. Depois quem virá? Os curdos que a Turquia quer exterminar? Ou os armênios, circassianos, turcomanos, ou os assírios?

Os ataques aéreos israelenses contra as forças e tanques sírios na semana passada, criaram uma ruptura histórica. Pela primeira vez, Israel decidiu não apenas se defender, mas também defender outros. Não se trata de um mero jogo político. mas um sentimento de continuidade moral de sua própria saga de perseguição e sobrevivência.

Deixar Sweida à sua própria sorte, seria uma traição dos valores sobre os quais o Estado de Israel foi construído desde a independência: segurança, solidariedade e uma defesa inabalável da dignidade humana. Israel não esperou que mediadores acalmem a situação ou que as forças de paz da ONU protejam os drusos ou protejam a fronteira, nem se absteve de atacar os jihadistas de Sharaa porque a Europa está novamente investindo na Síria.

O mesmo vale para a Judeia e Samaria. Ninguém se ilude que a "autoridade" palestina possa ou venha a neutralizar terroristas. Ninguém tem a mínima confiança que a AP possa se tornar um sistema de governo democrático, transparente ou eficiente. Trinta anos e depois de bilhões de dólares e euros, o retorno do investimento na independência palestina é uma vergonha. Não há lá nem democracia, nem Estado de Direito, ou transparência, investimento na economia ou na educação para a paz. Só há nepotismo e corrupção, programas de "pagar para matar" (ou seja, salários para os terroristas que fazem ataques contra Israel), propaganda violenta e ataques diplomáticos em todos os fóruns internacionais possíveis. Nenhum hospital novo foi construído na Judeia ou Samaria. Esses fundos devem ter acabado em contas em algum paraíso fiscal. E mesmo com a UNRWA, desde 1949, nenhum refugiado foi reassentado.

Mesmo assim, a França e a Arábia Saudita querem ressuscitar a ilusão de um Estado palestino. E para quê? A França, respondendo à seus eleitores muçulmanos, quer impedir que Israel se torne “forte” demais, "agressivo" demais em suas ações militares, "dominante" demais na região. Ou bem-sucedido na prevenção da criação estabanada de um Estado palestino. "Sem discussão", disse Macron pomposamente esta semana sobre "a necessidade de reconhecer urgentemente" o Estado palestino. Isso "precisa" acontecer, apesar dos protestos e, se necessário, dos cadáveres de israelenses.

Em Gaza a situação é igual. Israel tem que acabar com a ameaça do Hamas e proteger o sul do país. Isso quer dizer que além de alguma negociação para a libertação de reféns, não há como fazer um acordo com esse grupo terrorista e ele precisa ser erradicado.

Em relação ao Irã, Israel deve impedir a República Islâmica de reconstruir seu programa nuclear e de mísseis balísticos e de recriar sua rede de proxies por aí afora.

Em suma, Israel tem que seguir em frente e manter sua vantagem. Agora é a hora de remodelar o Oriente Médio para melhor.

Aos cidadãos da velha guarda da diplomacia tradicional, hipócrita e apaziguadora, cuja antipatia por Israel fede até os céus, digamos: se acostumem com um novo Oriente Médio, com uma Israel forte.

O que estamos testemunhando pode ser o primeiro capítulo de uma Pax Israelense, uma ordem regional não imposta pela conquista, mas assegurada pela força de princípios. Que comece em Sweida, não apenas porque é possível, mas porque é o correto a fazer.

 

Sunday, June 15, 2025

O Leão que se Levantou 15/06/2025

 

Nesta última quinta-feira à noite, Israel lançou a Operação Leão Que Se Levanta atingindo diversos alvos militares e nucleares no Irã (sei que a mídia colocou o nome de Leão Ascendente mas no Hebraico a palavra é que se levanta como está em Números 23:24).

A mídia internacional parecia estar confusa e a pergunta de todos era porque Israel teria atacado agora, em meio às negociações entre o Irã e os Estados Unidos. Sim, parece que eles perderam a última resposta do Irã que rejeitou categoricamente a posição americana recusando qualquer restrição ao seu suposto “direito” de enriquecer urânio. Além disso, a Agência Internacional de Energia Atômica noticiou esta semana que Teerã estaria violando flagrantemente suas obrigações em relação ao enriquecimento e caminhando rapidamente para uma bomba juntamente com a crescente ameaça dos aiatolás ao Estado judeu levaram Israel a decidir tomar a situação em suas próprias mãos.

Ao longo do conflito, Teerã forneceu suprimentos e treinamento a grupos terroristas e milicias da região para atacar Israel, incluindo os Houthis no Iêmen, a Hezbollah na Síria e no Líbano, as milicias xiitas do Iraque e o Hamas em Gaza.

A República Islâmica não entrou nesta negociação com a América para resolver qualquer conflito. Está negociando para sobrevivê-lo. No começo deste mês, quando o Supremo Líder Ali Khamenei publicamente rejeitou a proposta de reduzir o enriquecimento de urânio, ele fez isso para mostrar força, desmoralizar seus adversários e reforçar a coesão interna ao mesmo tempo que adiava qualquer resposta para os negociadores, uma tática repetidamente usada pelo Irã  para garantir a sobrevivência do regime.

A diplomacia com o Irã não é um processo linear. Eles não levam o tempo em consideração mesmo após Trump ter imposto o prazo de 60 dias para entrarem num acordo. Cada dia que permitimos ao regime de Teerã manobrar através de atrasos e adiamentos, ele fortalece seus sistemas para sobreviver a qualquer colapso, resistir inspeções e projetar perigo. Enquanto negociadores vem e vão, o regime iraniano sobrevive. Seus diplomatas não negociam, eles gerenciam o confronto

O programa nuclear não é o centro da questão. Depois de todos estes anos e com dezenas de usinas nucleares, o Irã não produziu um kilovate sequer de energia elétrica. Está mais do que claro para quê o regime quer enriquecer urânio.

E pior, apesar de todas as ameaças de morte à America, morte a Israel, vamos varrer Israel do mapa, etc., nenhum país ou organização, ou a ONU, jamais condenou o Irã. Assim, Israel, sozinha, decidiu destruir o programa nuclear do Irã, alvejando com precisão não só as usinas, mas as fábricas de mísseis balísticos e drones, e toda a cúpula militar e da Guarda Revolucionária iraniana, objetivos claramente militares. Como é de sua conduta, Israel enviou mensagens em farsi para o povo iraniano ficar longe de bases militares, depósitos de armas, etc., para não se ferirem.

A resposta do Irã era esperada. Desde a última quinta-feira estamos sob ataque, passando a maioria do tempo nos abrigos ou muito próximos a eles. A cada onda de mísseis enviados do Irã, nos protegemos porque diferentemente de Israel, o Irã almeja matar nossos civis.

Mas dessa vez, estamos todos unidos, rezando para que ao final haja uma queda deste regime pernicioso, fanático e violento. A questão agora é se os sofridos cidadãos do Irã estão prontos para aproveitar uma oportunidade paralela para sua própria liberdade.

Por 46 longos anos – desde que o aiatolá Khomeini sequestrou uma revolução popular e erigiu a República Islâmica – o povo iraniano tem vivido sob um regime que se alimenta do medo.

Mas nas últimas 48 horas, esse medo passou do povo para os homens desta ditadura em Teerã e depois para as equipes de mísseis que descobriram o que acontece quando Israel decide agir.

Mais de 100 aviões de combate de Israel atingiram os locais subterrâneos de enriquecimento de urânio em Natanz, bases aéreas em Tabriz e Hamdan e centros de comando na própria Teerã. Simultaneamente, agentes do Mossad sabotaram bases de defesa aérea e depósitos de mísseis nas profundezas da República Islâmica. O chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e uma série de cientistas nucleares foram eliminados.

Não menos impressionante foi a velocidade com que todo o aparato político de Israel se uniu. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou os líderes da oposição Yair Lapid e Benny Gantz antes da decolagem dos primeiros jatos. Ambos deram declarações de apoio inequívoco. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o líder trabalhista, Merav Michaeli, que raramente aparecem juntos, na sexta-feira, os dois, lado a lado elogiaram o profissionalismo do exército e da aeronáutica, rezando por seu sucesso.

A Knesset, que está sempre debatendo, se levantou em uníssono para aplaudir os pilotos. Quando o Comando da Frente Interna ordenou que os cidadãos se abrigassem, eles se uniram – esquerda, direita, seculares, religiosos, árabes, drusos e judeus.

Essa unidade é um trunfo estratégico. As maiores vitórias de Israel – 1948, 1967, Entebbe, o ataque a Osirak em 1981 – nasceram de momentos em que o povo disse aos seus soldados: "Vão e nós os apoiaremos". Mais uma vez, vemos o poder de uma sociedade que discute ferozmente uns com os outros na quinta-feira e luta ombro a ombro na sexta-feira.

Voltemo-nos agora para Teerã, Shiraz, Mashhad e Tabriz. O regime investiu a riqueza do povo iraniano em milícias, de Gaza até Sanaa, em fábricas de mísseis balísticos e planos terroristas, de Buenos Aires a Burgas. Prometeu glória e entregou isolamento, inflação, rios contaminados e a maior taxa de execução per capita do mundo. Em 2022, vocês gritaram "Zan, Zendegi, Azadi" – "Mulher, Vida, Liberdade" – e a Guarda Revolucionária respondeu com balas. Agora, a guarda descobriu que eles também sangram.

Povo do Irã, saibam que Israel é sua amiga. Antes dos aiatolás tínhamos um relacionamento muito estreito. E como Israel que se levantou, aproveitem este momento e levantem-se.

Na noite de sexta-feira milhões de israelenses passaram em abrigos trocando mensagens de WhatsApp com amigos dentro do Irã, oferecendo orações e solidariedade. Israel não está em guerra com o povo iraniano; está em guerra com uma cambada fanática que assassina sírios, iemenitas, israelenses, mas principalmente iranianos – todos os dias. Chegou a hora de retomarem sua dignidade.

O caminho será difícil – tiranias raramente se rendem da noite para o dia – mas Israel expôs as fraquezas do regime. Suas defesas aéreas falharam; seus mísseis tiveram pouco sucesso; seus mitos foram destruídos. Os líderes que sobraram estão enviando suas famílias para fora do país. Até o Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, se sentiu compelido a prometer vingança "no momento que escolhermos" – uma formulação que quase sempre significa fraqueza.

A Operação Leoa que se Levanta não acabou; Netanyahu prometeu continuar "até que a ameaça iraniana seja removida". Ele continuou dizendo: “A esperança que estendemos agora é ao povo iraniano: não tenham medo. Os 46 anos que vocês sofreram já são longos o suficiente. O eixo do mal que ligava o Hamas, o Hezbollah e a Força Quds está muito mais fraco hoje do que na quinta-feira. Ajudem-se e vocês encontrarão parceiros em toda a região, de Riad a Rabat e – sim – Jerusalém.

O herdeiro do trono iraniano Reza Pahlavi, o filho do último Xá do Irã, declarou no X que está pronto para conduzir o país durante o período de transição para a democracia. Ele que há 46 anos vive nos Estados Unidos, sabe o que é ter um país livre com uma economia próspera e em paz.

Talvez seja coincidência para quem acredita nelas, mas a bandeira do Irã antes dos aiatolás, tinha um leão no centro. Como a Leoa que se levanta, o povo do Irã tem que se levantar como o leão e restaurá-lo a seu lugar de honra.

Quanto a Israel, posso dizer que demos um basta a darmos desculpas por nossa força. Vamos parar de dar o microfone àqueles que são contra nós e querem nossa capitulação através de concessões absurdas. O próximo capítulo da nossa história não será escrito por profetas da destruição. Será escrito pelos milhões de israelenses orgulhosos que acreditam no nosso país, que amam nosso país e sabem que seus melhores dias ainda estão por vir.

Somos fortes, somos orgulhosos, somos unidos, e estamos aquí para ficar.

“Am Yisrael Chai” – a Nação de Israel Vive

Sunday, June 8, 2025

Deixar Gaza Morrer de Fome se for Israel Que Fornecer o Alimento - 8/6/2025

 

Ontem marcamos 20 meses desde que o Hamas iniciou a guerra que nós, em Israel, estamos vivenciando – uma guerra que parece não ter fim. Nossos reféns permanecem em cativeiro nas condições mais terríveis possíveis, comparadas aos campos de concentração nazistas – uma realidade comprovada por aqueles que foram libertados.

Israel continua a sofrer o doloroso custo desta guerra, que só nesta semana levou a vida de 8 soldados. 8 familias que não serão as mesmas para sempre. Muitos reservistas já estão servindo há mais de um ano, perdendo seus meios de subsistência. Há milhares de israelenses ainda deslocados de suas casas além do dano à economia do país.

E pela primeira vez na história da humanidade, um país atacado sem provocação, num dia santo, que teve mais de 1200 de seus civis mortos, mutilados, queimados e outros 250 raptados, agora tem que alimentar seu inimigo. Um inimigo que não usa uniforme, que ataca de centros civis - hospitais, mesquitas, escolas e residências para forçar a condenação da vítima.

Mas pior ainda, toda a ajuda humanitária entregue até agora foi direto para as mãos do grupo terrorista Hamas, que a vendeu aos moradores de Gaza a preços exorbitantes para financiar seus tuneis, misseis e recrutas para continuar a atacar Israel.

E por causa da pressão do mundo, Israel teve que novamente enviar ajuda humanitária a seus inimigos, mas dessa vez a coisa foi diferente. Israel decidiu alimentar os moradores e fazer o Hamas passar fome.

Israel fez a coordenação com a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização sem fins lucrativos registrada na Suíça até então desconhecida, patrocinada por grupos privados americanos e facilitada por Israel. A GHF começou a distribuir alimentos e outra ajuda diretamente ao povo. Dois centros de distribuição foram montados e em dois dias, eles conseguiram entregar cerca de 15 mil caixas de alimentos – cada uma contendo itens básicos capazes de sustentar de cinco a seis pessoas por 3,5 dias.

Sim, o que aconteceu no início foi caótico. Houve atrasos, rumores, ameaças e até violência. Mas também houve algo novo: pela primeira vez, os moradores de Gaza ignoraram as ordens do Hamas e aceitaram ajuda de um grupo não afiliado a ele.

Para muitos em Israel, isto era muito esperado. Mas para os hipócritas e críticos do novo sistema na comunidade internacional, a uma mudança é inaceitável. E quem dera uma ajuda similar pudesse ser enviada aos famintos no Sudão onde as pessoas não têm condição de ficar de pé para recebê-la? E porque será?

Mas a questão aqui não se resume aos alimentos básicos. A verdadeira questão aqui é o controle. E o Hamas sabe disso, e é por isso que a reação do grupo terrorista foi furiosa.

O Hamas ameaçou a população para não pegar a ajuda, circulou notícias falsas de que a distribuição havia sido interrompida ou suspensa e chegou até a montar barreiras para dificultar o acesso aos pontos de distribuição. Mas todo este esforço foi em vão.

Os moradores de Gaza foram pegar os alimentos, alguns pisoteando as barricadas do Hamas para alcançar os americanos e protegidos ao longo do perímetro por soldados israelenses. Um vídeo capturou um pai de Gaza agradecendo a "todos que nos ajudaram – muçulmanos, infiéis, americanos", enquanto seus filhos ao redor carregavam os pacotes de comida nos ombros. A mensagem foi inequívoca: o monopólio do Hamas sobre a distribuição da ajuda estava chegando ao fim e, com ele, o controle sobre os civis de Gaza.

Um oficial sênior do exército de Israel disse que eles se prepararam para cenários muito piores, após as cenas iniciais de distúrbios. “A barreira do medo foi quebrada. O Hamas está em seu ponto mais baixo em termos de controle.” Mas este controle ainda não chegou ao fim precisamente porque o Hamas sequestrou a ajuda humanitária até agora.

“O Hamas ficou com uma boa parte para si e vendeu o restante para a população civil a preços exorbitantes”. “E, assim, financiaram novos recrutas. Eles precisam reabastecer sua máquina de guerra, sua máquina terrorista, seu exército terrorista. Então, eles usaram a ajuda humanitária para continuar a guerra. E Israel disse: isso tem que parar.”

Dessa perspectiva, o novo sistema rompeu o vínculo entre a ajuda e o Hamas, minando seu controle e mostrando aos moradores de Gaza que existem alternativas.

Mas nem todos veem isso como uma solução. Os críticos como a ONU e outras organizações argumentaram que colocar a distribuição de ajuda sob o controle de fato de Israel vai contra décadas de normas humanitárias que proíbem a entrega da ajuda por uma das partes em conflito.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou a medida, afirmando que ela viola os princípios humanitários. Países doadores – incluindo Canadá, Austrália, Inglaterra e a maior parte da Europa – alegaram a ajuda foi politizada, não para ajudar civis, mas para promover os objetivos de guerra israelenses.

Que incrível! É de passar mal. Quer dizer, quando o Hamas, um grupo terrorista sequestra a ajuda e extorque o povo durante décadas, isso tudo bem. Quando Israel coloca a casa em ordem e entrega de fato os alimentos diretamente às famílias – por meio de centros seguros, monitorados e protegidos militarmente – isso de repente se tornou inaceitável? Israel está promovendo seus objetivos de guerra? Sério? Traduzindo: o objetivo da hipócrita comunidade internacional não é o de alimentar o povo de Gaza, mas o de contribuir com o esforço de guerra do Hamas. Finalmente a máscara caiu.

Durante décadas, o mundo ignorou o fato de o Hamas fazer da assistência humanitária uma ferramenta de repressão. Enquanto a UNRWA e outras ONGs que estavam envolvidas com o Hamas, entregavam a ajuda, o Hamas a tomava – taxando, revendendo, desviando e usando os lucros para recrutar combatentes, cavar túneis e financiar sua máquina de guerra. Esse modus operandi continuou durante toda a guerra, e não houve alvoroço algum no mundo sobre como isso era uma "armamentização da assistência".

Agora o Hamas está mais fraco do que nunca. Militarmente, Israel continua a desmantelar suas capacidades. Politicamente, a perda de controle sobre a distribuição da ajuda atinge o cerne do que restou da sua autoridade. Cada família que recebe comida sem a bênção do Hamas é um pequeno ato de rebelião. E cada dia que o novo modelo continua é mais uma rachadura no muro de controle do Hamas.

O novo método de distribuição – apoiado, financiado e protegido por Israel e pelos EUA – foi projetado para quebrar esse ciclo.

Se for bem-sucedido, este novo método fará mais do que apenas alimentar as pessoas. Ele minará a autoridade do Hamas. Empoderará os moradores de Gaza a buscar liderança em outro lugar. E ajudará a responder à pergunta com a qual Israel vem lutando há mais de 600 dias: como derrotar não apenas o exército do Hamas, mas também seu domínio sobre a sociedade?

E só então poderemos pensar como será o “dia seguinte” em Gaza.

Sunday, May 11, 2025

A Fraqueza Moral do Ocidente Desmascarada - 11/5/2025

 

Hoje começamos com uma notícia verdadeiramente feliz. Depois de 43 anos, o Mossad e o exército de Israel conseguiram identificar e recuperar os restos mortais de Zvi Feldman que morreu na primeira guerra do Líbano.

Feldman, desapareceu na batalha de Sultan Yacoub, em 1982, junto com outros dois soldados: Yehuda Katz e Zachary Baumel, cujos restos mortais foram devolvidos a Israel em 2019. O corpo de Feldman estava no coração da Síria.

A batalha de Sultan Yacoub, há quase 43 anos, foi um confronto entre as Forças de Israel e o exército sírio no Vale do Bekaa, no Líbano. A batalha custou a vida de 21 israelenses e deixou mais de 30 feridos. Infelizmente os pais de Feldman, Avraham e Pnina já faleceram, mas seus irmãos e sobrinhos continuaram seus esforços para localizá-lo.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu foi pessoalmente ao apartamento da família Feldman para dar a notícia. Netanyahu afirmou que não irá sossegar até que o corpo de Yehudah Katz também seja devolvido.

Esse é o DNA de Israel. Nunca desistir de encontrar seus filhos para um enterro digno na terra de seus ancestrais. Ninguém fica para trás. Mesmo depois de 43 anos. E é por isso que continuamos nossa batalha para retornar os 59 reféns ainda em Gaza, os vivos e os mortos. E com certeza não esquecemos e continuamos a procurar nosso piloto Ron Arad que está desaparecido há 38 anos.

Neste fim de semana, equipes de negociação americanas e iranianas desembarcarão novamente em Muscat, no sultanato de Omã para a quarta rodada de negociações nucleares entre os países.

Os iranianos têm se mostrado irritados com as mudanças percebidas na abordagem da Casa Branca às negociações. Os EUA parecem ter endurecido sua posição, exigindo que o programa nuclear iraniano seja completamente desmantelado.

O Irã insiste ter o direito de enriquecer urânio para objetivos puramente civis. Eles acham que somos idiotas. Desde quando o 7º produtor de petróleo do mundo e o 2º em produção de gás natural, precisa de energia nuclear para gerar eletricidade?

Depois de amanhã Trump estará na Arabia Saudita em sua viagem à região, que não inclui Israel. É claro, Trump quer mostrar que ele defende primeiro os interesses americanos e não virá para defender os de Israel. Talvez por isso ele tenha assinado um acordo com os Houthis, se comprometendo a não mais atacar o Iêmen se os Houthis cessassem seus ataques ao transporte marítimo. Os Houthis deixaram bem claro que este acordo não os impedia de atacar Israel.

E aí temos a prova do que é este conflito verdadeiramente. E ele não tem nada a ver com território. O Iêmen não faz fronteira com Israel, longe disso. O mesmo vale para o Irã, que patrocina os Houthis, o Hamas, a Hezbollah e o Jihad Islâmico.

Esta é uma guerra contra a existência de Israel. Contra a existência de um Estado judeu. O Hamas tem a destruição de Israel como objetivo em sua constituição. Os Houthis são ainda menos sutis; sua bandeira ostenta o slogan: "Alá é o Maior, Morte à América, Morte a Israel, Maldição aos Judeus, Vitória ao Islão".

O Hamas em Gaza e a Hezbollah no Líbano gastaram bilhões na construção de túneis subterrâneos e armamento às custas da população. Para quê exatamente senão para começar uma guerra com Israel? Nas áreas controladas pelos Houthis no Iêmen, há uma epidemia de fome, mas estes terroristas jihadistas preferem investir em armas a aliviar a pobreza.

Por que fariam isso, se não para lhes dar a capacidade de atacar? Por que o Hamas rejeita qualquer sugestão de desarmamento? Porque o Irã precisa de mais de 20 centros de produção nuclear? Ninguém no mundo estará seguro se o Irã puder acoplar ogivas nucleares ao seu arsenal de mísseis.

E aí vamos aos incêndios florestais nas Colinas da Judeia. Vários incêndios eclodiram no Dia da Lembrança, um dia antes das comemorações dos 77 anos de Independência de Israel. Alguns árabes do leste de Jerusalem rapidamente se aproveitaram da situação para cometer ataques incendiários seguindo a mensagem do Hamas no seu canal do Telegram incentivando os árabes a "queimarem tudo o que puderem bosques, florestas e casas de colonos". "Jovens da Cisjordânia, jovens de Jerusalém e aqueles dentro de Israel, incendeiem seus carros... Gaza aguarda a vingança dos livres", escreveu o Hamas. É assim que os árabes se relacionam com a terra que eles dizem amar? E morrer por ela? Queimando tudo o que podem?

E alguém ouviu algum protesto dos ativistas climáticos e ecológicos? Onde está Greta Thunberg? Será que ela está doente? Eu não ouvi nada nem dela nem de outros. 

Mas a maior hipocrisia é o que está acontecendo no conflito entre a India e o Paquistão.

No dia 22 de abril último, 19 dias atrás, terroristas muçulmanos apoiados pelo Paquistão abriram fogo contra turistas indianos, na região do Cashmir, matando 26 pessoas – pais, maridos, avôs e filhos em frente de suas famílias. Uma mulher com deficiência teve que rastejar montanha abaixo para se salvar. Os assassinos pediram às vítimas que recitassem versos islâmicos para provar que não eram hindus e forçaram os homens a baixar as calças para provarem serem circuncidados antes de executá-los.

As mesmas vozes que irrompem quando Israel se defende do terror estão em silêncio agora. Os mesmos campi universitários que se transformaram em zonas de protesto 24 horas por dia, 7 dias por semana, depois de 7 de outubro não têm nada a dizer sobre o 22 de abril.

Porque, desta vez, as vítimas são civis indianos – a maioria hindus – executados a sangue frio por terroristas paquistaneses. E, de repente, o mundo se calou. Não há tendas. Não há hashtags. Nem solidariedade. Nem indignação. Nem vigílias. Nem manchetes. Apenas silêncio.

Há 19 dias que o Ocidente parece não conseguir encontrar sua voz. Quando o Hamas massacrou judeus em 7 de outubro, o mundo não conseguia parar de vociferar sobre condenar os açougueiros ou os massacrados. Agora, não consegue nem mesmo falar a respeito. Apenas silêncio.

A Índia não se calou. Ela respondeu. Em poucos dias, o exército indiano lançou ataques através da fronteira, destruindo nove instalações de infraestrutura terrorista no Paquistão. Foram retaliações precisas contra centros de treinamento conhecidos do Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammed.

O Paquistão, previsivelmente, negou tudo. Depois, alegou ser vítima. Depois, intensificou a violência. Seguiram-se ataques de drones, fechamentos do espaço aéreo e ameaças de guerra. Mas o mundo só ficou olhando. Nenhuma sanção foi aprovada. Nenhuma reunião de urgência foi chamada. Nenhum ganhador do Prêmio Nobel pediu moderação ou “contenção de ambos os lados”.

Já vimos esse roteiro antes. Porque nós, israelenses, o vivemos todos os dias. A Índia é Israel nesta história. Uma democracia lutando pela vida de seus cidadãos, acusada de "escalar" simplesmente por se recusar a morrer em silêncio. E o Paquistão, como o Hamas, se esconde atrás de uma negação furada enquanto exporta o terror impunemente.

Após o 7 de outubro, a Índia foi um dos poucos países que ficou do lado de Israel e do seu direito de se defender. E agora quando a Índia se defende, Israel não ganha apenas um aliado. Ganha um espelho.  O triste é ver a indiferença do mundo quando não se trata de judeus se defendendo.

Não esperem de pé ver estudantes e manifestantes protestarem quando os terroristas forem paquistaneses muçulmanos e as vítimas forem indianos, porque aí a narrativa fica inconveniente.

Para estes hipócritas, a indignação seletiva é fácil. A coerência moral, por outro lado, é muito mais difícil e ainda está longe do alcance dos antissemitas.

 

Sunday, April 20, 2025

O Ocidente Mais Uma Vez Contra Israel - 20/4/2025

Dois assuntos estiveram nas manchetes de Israel nesta semana da Páscoa. Uma foi uma postagem do filho de Benjamin Netanyahu, Yair, insultando o presidente da França, e a outra, o vazamento das intenções de ataque de Israel às usinas nucleares do Irã e o veto americano.

O presidente francês Emmanuel Macron disse de forma muito sucinta que Israel "tem o direito de se defender, mas dentro das proporções" (sejam lá quais forem as proporções da cabeça dele). Ele também reafirmou a necessidade de fortalecer a Autoridade Palestina, reconstruir Gaza e caminhar em direção à criação de um Estado palestino, ao mesmo tempo em que advogava pela retirada militar israelense da Síria, Líbano e Gaza. Só não pediu para visitar a Alice no país das maravilhas.

A reação do filho do primeiro-ministro de Israel foi rápida. Ele mandou o presidente francês se danar (para usar uma palavra mais educada) e depois lembrou da hipocrisia francesa, que se recusa a dar independência à suas colônias na África, na Polinésia e até no Mediterrâneo, para a Ilha da Córsega.

Yair criou um incidente diplomático, mas ele tem razão.

O fato de Macron e a esquerda política no Ocidente não terem aprendido nada com os ataques a Israel de 7 de outubro de 2023 (e o apoio de Mahmoud Abbas a eles) é decepcionante, mas não é nenhuma surpresa.

O que é mais desanimador é que eles nem mesmo aprenderam com as lições do apaziguamento de Hitler antes da segunda guerra mundial. Para Macron e outros lacaios ocidentais o mais importante hoje é prevenir uma terceira guerra a qualquer preço. Especialmente se este preço incluir sacrificar Israel. Então, o Estado judeu não pode ser tão poderoso e controlador, tão "provocador". As mãos de Israel precisam ser amarradas.

Para isso, Macron e seus puxa-sacos querem deslegitimar a doutrina de defesa de Israel de reduzir preventivamente a capacidade de ataque dos inimigos. Isso inclui operações contra o Hamas em Gaza, a Hezbollah no Líbano, as milicias xiitas no Iraque, na Síria, contra células terroristas na Judeia e Samaria, e é claro, o Irã.

Esta doutrina, é o que em Israel chamamos de Doutrina Begin. Em 1981, o primeiro-ministro de Israel, Menahem Begin ordenou a destruição da usina nuclear do Iraque. Dois dias após o ataque, Begin falou para o mundo: “se tivéssemos ficado quietos, dois, três anos, no máximo quatro anos, e Saddam Hussein tivesse produzido 3, 4, 5 bombas, este país e seu povo teriam sido perdidos: um outro Holocausto teria ocorrido na história do povo judeu. Nunca mais é Nunca mais. E nunca permitiremos que o inimigo desenvolva armas de destruição em massa contra nós.” Begin em 1981 estabeleceu um novo padrão para os líderes israelenses: se uma ação preventiva for possível, ela deve ser considerada – especialmente quando a sobrevivência do país estiver em jogo.

Algumas autoridades israelenses esperavam um ataque ao Irã enquanto o comandante do Comando Central americano, General Michael Kurilla, ainda estivesse no cargo, reconhecendo sua afinidade operacional com Israel. Mas Kurilla está de saída. O presidente Donald Trump, embora anteriormente tenha incentivado a ação militar israelense, desde então, decidiu dar uma chance para a diplomacia, chegando a enviar Kurilla para pedir a Israel que recue, por enquanto.

Outras autoridades acreditam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se tornou dependente demais da aprovação americana. E ainda outras dizem que Israel pode e deve agir sozinho – especialmente considerando que as defesas aéreas do Irã, antes consideradas formidáveis, foram severamente degradadas pelas operações israelenses.

Macron e seus comparsas hoje priorizam o retorno da Síria às suas antigas fronteiras em vez de se preocuparem com a segurança e a paz a longo prazo para Israel. Ficamos com a impressão de que eles preferem uma região liderada por ditaduras e tiranos, como Turquia, Catar e Egito, a uma região estabilizada pelo poder militar israelense e seus países parceiros do Acordo de Abraão.

O cheiro que emana desses cidadãos europeus e americanos da velha guarda é de antipatia por Israel. Eles simplesmente não conseguem tolerar um Israel forte.

Em vez de abraçar Israel – a única democracia no Oriente Médio, o único país que constantemente se comprometeu com a paz no Oriente Médio e o único verdadeiro aliado americano no Oriente Médio – como uma potência regional positiva e proativa que está remodelando o Oriente Médio para melhor, eles a difamam como uma bully, ou pior.

Aqui tenho que explicar por que Israel não considera mais ajudar a criar um "governo eficaz e reconstrução" envolvendo, bilhões de dólares e euros adicionais para a Autoridade Palestina ou acordos diplomáticos que não valem nada como acordos com a Síria e o Irã.

Quarenta anos de acordos ao estilo de Oslo, nos quais o Ocidente persuadiu e pressionou Israel a retiradas territoriais e a uma política de contenção contra seus inimigos, provaram ser um fracasso completo. A política de "contenção", que priorizava a diplomacia em detrimento de triunfos militares, fracassou completamente. Tudo explodiu na cara de Israel, com o terror e a invasão da Judeia, Samaria, Gaza, Síria e Líbano, e a marcha do programa de bombas nucleares do Irã que podemos dizer, já chegou lá.

Isso foi acompanhado por décadas de cegueira intencional do Ocidente em relação à natureza jihadista dos inimigos de Israel, à ameaça dos jihadistas a outros países da região e à infiltração de influências jihadistas no próprio Ocidente – das populações migrantes com mentalidade jihadista.

Assim, nos últimos 18 meses, Israel não teve outra escolha a não ser buscar uma avenida melhor para prevenir e neutralizar ameaças inimigas. Em seu discurso à nação ontem à noite, Bibi Netanyahu deixou claro que Israel deve e continuará a guerra em Gaza e em outros lugares até a vitória.

Israel quer ser temida – e sim, militarmente “dominante” –, não amada. E Israel também sabe que seus vizinhos buscarão uma verdadeira parceria somente quando ela for forte.

Assim, Israel não pode mais aceitar políticas que enfatizam "silêncio por silêncio" ou "contenção", pois isso permite que o inimigo desenvolva suas capacidades de ataque sob o pretexto de um período de trégua.

Depois do dia 7 de outubro, entramos numa nova era. Israel tem que projetar sua força para neutralizar definitivamente os adversários e, assim, liderar a região – para reunir uma coalizão de nações verdadeiramente em busca da paz. Sim, para realmente "estabilizar" a região, mas não por meio da dependência de modelos diplomáticos batidos e fórmulas fracassadas que transbordam fraqueza.

É triste e tão destrutivo que políticos como Macron e outros pensem que o caminho para a paz no Oriente Médio seja, mais uma vez, a monotonia, pressionando Israel à contenção, a "mostrar boa-fé" na diplomacia, a se curvar às demandas árabes e a concordar com retiradas que supostamente "satisfarão" a sede de sangue do inimigo. Isso sabendo que somente Israel suportará as consequências de um Irã nuclear.

É horrível que eles se rebaixem a demonizar Israel como uma ameaça, em vez de reconhecer que Israel é o maior trunfo do Ocidente. O único país que conseguiu trazer seus valores de liberdade para a região e o único que não terá medo de defender estes valores face aos tiranos que continuam a ameaçar o mundo. O momento está aqui novamente. A Doutrina Begin não deve ser somente uma memória histórica. Deve ser uma política ativa. Israel precisa se preparar para agir, sozinha se necessário, e logo.

Sunday, April 6, 2025

O Que Está Acontecendo com o Irã - 06/04/2025

Nas últimas décadas, vários esforços foram feitos para impedir que o Irã construísse um arsenal nuclear, seja por meio de diplomacia e acordos internacionais ou sanções econômicas. Mas, apesar das inúmeras horas e trabalho dedicados pelos Estados Unidos e outros países, os tiranos de Teerã estão agora mais perto do que nunca de seu objetivo.

No ponto em que estamos as negociações com os aiatolás são inúteis. Durante anos, o Irã enganou intencionalmente a comunidade internacional, fingindo cumprir os acordos nucleares enquanto secretamente avançava seu programa de armas, interferindo nas inspeções das instalações nucleares e desafiando repetidamente as demandas da comunidade internacional para cessar e desistir de obter armas nucleares.

Há apenas seis semanas, um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica disse: “O Irã afirma ter divulgado todo o material nuclear, atividades e locais exigidos no Acordo de Salvaguardas. Isso é inconsistente com as avaliações da agência.” Tradução: O Irã continua mentindo sobre a extensão de seu programa nuclear.

A AIEA estima que se o inventário atual do Irã for enriquecido ainda mais, seria suficiente para seis ogivas nucleares. O Irã poderia enriquecer urânio suficiente para cinco bombas de fissão em cerca de uma semana apenas e o suficiente para oito armas em menos de duas semanas.”

Esses aiatolás devem ser impedidos a todo custo antes que seja tarde demais.

Assim que Trump assumiu o governo americano, ele reimpôs as sanções contra o Irã, mas além de levar tempo para fazerem efeito, elas têm brechas que precisam ser fechadas como isenções e licenças especiais que facilitam o comércio iraniano, o comércio de petróleo entre o Irã e a China, operações bancárias feitas por terceiros e ONGs islâmicas que mandam fundos para o Irã.

Além disso, os Estados Unidos podem "desestabilizar" o regime através de ataques cibernéticos à infraestrutura crítica e a de petróleo, incluindo refinarias, oleodutos e terminais de distribuição.

Não podemos esquecer que é preciso estabelecer uma linha de apoio com o povo do Irã. Isso envolve uma campanha de informação agressiva, apoio aos grupos de oposição, criar redes de cooperação regionais, e o uso da mídia social e tradicional. Devemos mostrar ao povo iraniano a repressão e os abusos dos direitos humanos, direitos de livre expressão, e de imprensa do regime. Informar sobre a falência econômica e a transferência dos fundos do país para apoiar os grupos como o Hezbollah, o Hamas, os Houthis e as milicias xiitas no Iraque que não trazem qualquer benefício ao povo iraniano. E de todas as formas apoiarmos os que protestam contra um regime que a maioria deles claramente detesta.

Mas como disse, isso tudo leva tempo. Um tempo que talvez e infelizmente, não tenhamos mais.

Por isso, é que o governo Trump está transferindo uma quantidade sem precedentes de arsenal militar para o Oriente Médio, na vizinhança do Irã e do Iêmen. Essa transferência, junto com sanções econômicas e um prazo de dois meses para o Irã encerrar seu programa nuclear e entregar todo o seu arsenal, incluindo mísseis intercontinentais e balísticos e seu estoque de uranio enriquecido, deveria fazer o Irã pensar duas vezes. Mas não.

O Irã está claramente nervoso, o que é uma coisa boa, mas também desafiador, o que era de se esperar. O "Líder Supremo" Aiatolá Khamenei disse no mês passado, que Teerã não seria intimidado a negociar com os EUA baixo a "demandas e ameaças excessivas", e rejeitou negociações diretas. E ameaçou um "golpe duro" se os EUA atacassem o Irã.

O comandante da força aérea da Guarda Revolucionária iraniana tornou a ameaça ainda mais explícita esta semana: "Os EUA têm 10 bases e 50.000 soldados na região... Se você vive em uma casa de vidro, não deve atirar pedras", ele disse. E o conselheiro de Khamenei e ex-presidente do parlamento Ali Larijani enfatizou que se os EUA bombardearem as instalações nucleares do Irã, a "opinião pública" iraniana pressionará o governo a "mudar sua política" e a buscar armas nucleares.

Larijani está é sonhando. O povo iraniano está esgotado de ser maltratado por este bando de fanáticos que querem trazer o apocalipse. Se houver um ataque, o povo iraniano ficará do lado dos Estados Unidos. E os aiatolás sabem disso.

No final das contas, Trump sabe que neste caso, não pode ficar só na promessa, na ameaça. Ele terá que agir como prometeu, e isso terá que ser em breve. Porque manter a sua palavra será decisivo ao lidar com a China e com a Rússia. E talvez seja por isso que Trump ligou neste final de semana para Bibi - que estava em viajem na Hungria - para vir imediatamente para Washington.

É essa realidade aterrorizante que explica a postura dura tomada pelo presidente americano em relação aos iranianos, a quem ele avisou que eles enfrentarão bombardeios "como nunca visto antes" se não desmantelarem seu programa nuclear.

A abordagem de Trump é precisamente o que é necessário neste momento crítico, mesmo porque ficou abundantemente claro que a liderança do Irã não tem intenção de desistir de suas ambições nucleares. Quanto mais o mundo espera, mais perto o Irã fica de uma arma nuclear que poderá enviar contra Israel ou qualquer outro aliado americano.

Na última segunda-feira, em um sermão proferido em Teerã, o líder supremo aiatolá Khamenei, reafirmou seus apelos anteriores pela destruição de Israel, dizendo: "Erradicar a entidade sionista é um dever religioso e moral".

Estamos todos na mira dele, e a cada dia que passa o candidato a Hitler da Pérsia está se aproximando cada vez mais de seu objetivo ameaçando todos e tudo o que prezamos. E uma vez que o Irã pense que acabou com os judeus, como sabemos, o Ocidente será o próximo. Então, esta não é apenas uma batalha de Israel; é uma guerra de todos, e chegou a hora de Washington e Jerusalém agirem.

Claro, a ideia de atacar o Irã é aterrorizante. Mas, por mais assustadora que a ideia possa parecer, ela empalidece em comparação com termos aiatolás atômicos capazes de ameaçar o mundo com chantagem nuclear e destruição. Temos que confrontar a realidade de que a única solução verdadeira para o problema da República Islâmica é a sua queda.

As recentes ações de sucesso de Israel contra o Hamas e o Hezbollah (proxies do Irã) e seus golpes esmagadores nas defesas aéreas do Irã criaram uma oportunidade única para Washington que pode não existir mais a frente.

Trump deixou claro que quer um Oriente Médio onde os amigos de Washington sejam muito mais fortes e seus inimigos muito mais fracos.

Para isso estamos correndo contra o tempo; e não há um momento sequer a perder.

Os EUA e/ou Israel devem bombardear o Irã agora, antes que seja tarde demais.